Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Estação dos ventos, uma casa que abriga amor

Se perguntarem “como é chegar na Estação dos Ventos?”, podemos dizer que  é um bairro de pouca estrutura, talvez até esquecido por muitos. Na direção que leva à ONG, o asfalto passa longe, as casas são simples e humildes, com paredes cinzas de cimento, algumas sem reboco; alguns telhados são remendados, e há terrenos baldios com galhos e pichações, num caminho próximo aos trilhos de trem. Mas chegar lá é diferente. Como se a pouca estrutura não fosse nada e o amor e o acolhimento fosse tudo. Chegar na Estação dos Ventos é se deparar com muros de tijolos e alguns pneus coloridos no chão, transmitindo uma realidade talvez não tão boa, mas que não se compara ao sentimento de tocar a campainha, entrar pelo portão e ser recebido com abraços repletos de carinho, sorrisos contagiantes e olhares que transmitem os mais puros sentimentos.

Disciplina e diversão a partir das artes marciais. Fotografia: Paulo Issler 

Hoje, o Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC) abriga em torno de 70 crianças e adolescentes carentes do bairro KM 3, região periférica de Santa Maria. Começou em 2005, a partir de uma iniciativa de Jan Carlos Ferreira Machado e sua esposa Fabiana Machado. Eles contam que a comunidade estava crescendo e, para as crianças não ficarem sozinhas em casa enquanto seus pais trabalhavam, eles começaram a acolhê-los e cuidá-los. A ONG procura tomar conta das crianças enquanto seus pais trabalham, dessa forma mães, profissionais e voluntários se revezam para proporcionar cuidados aos pequenos.

Nadia Rodrigues, uma das mães, conta que em 2017 ajudou na cozinha. Ela explica que a ONG é um lugar em que se aprende a respeitar, e destaca que ama estar lá, que se trata de sua segunda casa. “O que me move é o sorriso de cada criança no rosto, tu poder chegar de manhã ali e a primeira coisa é ver aqueles rostinhos maravilhosos, falando – tia te amo -, não tem palavras para explicar. Quando eu trabalhei ali a minha razão de ir todos os dias foi enxergar eles, o rostinho de cada criança, pois é gratificante, não tem dinheiro que pague”, conta Nadia.

 

Aquele olhar que diz muito. Fotografia: Juliana Brittes

 

Quando entramos no portão da ONG ou em uma das peças que são as salas das oficinas, é possível perceber o quanto colaboradores, crianças e adolescentes estão criando um vínculo cada vez mais forte, um laço de harmonia, respeito e gratidão. É perceptível que o que está ali sendo desenvolvido será levado no coração de cada um que já passou por esse lugar. Marcia Cristina dos Santos Pereira também é mãe de uma das crianças da ONG e ajudante no local. Ela conta que às vezes ajuda na cozinha e também cuida das crianças. “A gente tem aprendido bastante com as crianças, a gente ensina eles e aprende com eles também a ser paciente, tolerante, aprender ouvir”.

Momento de interação entre as crianças que pintam uns ao outros, além da brincadeira é estimulado o bom convívio entre as crianças. Fotografia: Paulo Issler

Em suas atividades diárias, os professores voluntários do dia procuram levar cultura e conhecimentos. Brayan Cardoso é voluntário da Estação há dois anos. “A minha motivação é colocar ideias de coletividade e empoderamento em prática, principalmente das minorias. Porque é o que falta, eu percebi que as pessoas querem ser ouvidas, querem atenção. As crianças para se desenvolver precisam disso”, conta. Lá as crianças são separadas por idade, em dois turnos – manhã e tarde. Durante a semana, é possível acompanhar oficinas de hip hop, artesanato, mala da leitura, ioga, fotografia, capoeira, percussão, judô e também reforço escolar.[dropshadowbox align=”center” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]O 2º princípio da Declaração dos Direitos da Criança fala que “toda criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade”, e isso é o que a ONG procura levar à elas por meio das relações, das atividades e dos projetos.[/dropshadowbox]

 

Colaboradores dispostos e com um coração cheio de afeto geram uma ONG com amor

A instituição se mantém através de doações, que são feitas por pessoas e algumas empresas da cidade que atendem às necessidades básicas, como alimentação, higiene, material didático, livros, entre outras coisas que uma casa precisa para funcionar. Roberto Farias, pai de uma das crianças, conta que está sempre procurando ajudar e se envolver com a Estação. Ele diz que ajudou na estrutura das paredes, na eletricidade e no encanamento, e ainda destaca que é gratificante ver as crianças felizes, que é importante cuidá-las, pois elas são o futuro.

Já quando a escolinha precisa levantar algum valor são feitas ações como: risoto, bazar (que comercializa itens produzidos pela comunidade), além de realizar um brechó que é abastecido com doações vindas da cidade inteira. Este modelo de arrecadação se assemelha com financiamentos coletivos, que estabelecem uma meta e buscam “investidores” para cumpri-la.

 

 

Crianças  colaboradores na festa de dia das crianças que foi realizada na Estação dos Ventos. Fotografia: Paulo Issler

Além disso, a ONG conta com uma administração de pessoas qualificadas que juntas conseguem somar recursos sem deixar faltar o mais importante, amor e atenção. O afeto é bastante presente entre os colaboradores, as crianças e os adolescentes. Isso porque não basta apenas uma ideia bem elaborada para que um projeto que envolve crianças de certo, é preciso entender o seu contexto socioeconômico, entender que muito mais do que brinquedos e um espaço para lazer, é preciso ter quem brinque junto, quem entenda sua rebeldia, e principalmente quem transmita confiança.

E é pensando assim que o CDC Estação dos Ventos mantém suas portas abertas a 13 anos, cuidando de crianças e jovens de baixa renda, ensinando e aprendendo, mostrando que é possível fazer o bem com boas ideias e muita força de vontade.

 

Apoio à Estação dos Ventos

Hoje são realizados diversos projetos na Estação dos Ventos. Alguns deles são pelos estudantes de Jornalismo da UFN, que trabalham fotografia, audiovisual e campanhas de mobilização social e divulgação. As campanhas são realizadas para arrecadação de roupas, alimentos não-perecíveis, produtos de higiene infantil, produtos de primeiros socorros, entre outros.

[dropshadowbox align=”right” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]

Conheça e contribua com a ONG:

Facebook: www.facebook.com/EstacaoDosVentosONG

Site: www.estacaodosventos.com.br

Telefone: (55) 99190-0572

Rua Luiz Castagna, S/N, Bairro João Goulart, KM 3, Santa Maria – RS

[/dropshadowbox]

Para o projeto social continuar a crescer e poder aumentar seu número de crianças as doações, apadrinhamentos e parcerias são sempre bem vindas. Além do mais, o voluntariado é bastante bem-vindo na Estação. Todas as pessoas que desejam criar um vínculo de amor, carinho, empatia e afeto com as crianças e adolescentes serão bem recebidos e acolhidos.

 

O terceiro setor pelo bem comum

A Estação dos Ventos faz parte do terceiro setor, classificação que inclui as fundações, associações comunitárias, organizações não governamentais (ONGs) etc. São instituições privadas, porém sem fins lucrativos. Uma característica importante, é que esses locais são para o bem comum. Além disso, normalmente as mãos de obras no local são voluntárias.

Hoje o terceiro setor ainda enfrenta problemas devido à crise de 2008 do Brasil, pois isso causou uma grande queda na economia e em vários outros problemas sociais como o desemprego. Esses impasses mostram a falta de competência do primeiro setor – representado pelos governos municipais, estaduais e o federal, e do segundo setor, que são as empresas e o capital privado. São por essas razões que hoje o terceiro setor possui mais sentido.

  Ele hoje tem um papel importante para ajudar a superar a crise. Porém, é necessário que as pessoas trabalhem e se voluntariem em entidades, organizações do setor para que assim a desigualdade social possa um dia diminuir, ou até acabar.

Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 2017 existiam 820 mil ONGs

 

Modelos de mobilização de financiamentos coletivos em prol de crianças, adolescentes e entidades

Criança Esperança

No mundo, existem modelos de financiamento coletivos que deram certo. No Brasil podemos citar, talvez o mais conhecido, que é o Criança Esperança, promovido pela Rede Globo. Que tem como objetivo arrecadar valores para investir em projetos envolvendo crianças e jovens de sul a norte do país. Ação esta que é feita por meio de campanhas que envolvem atores e atrizes que atendem telefonemas vindo de todo país. Como a empresa é um grande veículo de comunicação no Brasil, consegue atingir metas audaciosas e atender um bom número de crianças.

Projetos que não têm apoiadores desta magnitude, buscam estratégias por meio de mobilização social, o que envolve diretamente a comunidade e quase sempre depende de doações vinda da esfera privada.

Teleton

O Teleton é uma maratona da televisão que procura levantar fundos para causas sociais. A ação acontece em diversos países como Argentina, Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Uruguai, Peru, Porto Rico, entre outros. No Brasil o Teleton é apresentado pela SBT, desde 1998. Já foram levantados pelo programa no Brasil mais de 29 milhões que foram destinados à centros de reabilitação.

Programa Nossas Crianças

O programa existe desde 1993 e oferece apoio técnico e financeiro para organizações que atendem crianças e adolescentes em situações vulneráveis. É feita uma mobilização com pessoas e empresas para adoção financeira das crianças e adolescentes. Por exemplo, essas pessoas adotam uma criança do programa e fazem uma doação mensal de 98 reais.

Em 2017, 10.027 crianças e adolescentes foram beneficiados e mais de 1 milhão foi repassado às organizações sociais conveniadas. São organizações de diversas cidades e estados do país.

Reportagem de Ariel Portes e Valéria Auzani. Produção da disciplina de Jornalismo Especializado, sob orientação da professora Carla Torres, durante o 2º semestre de 2018. 

 

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Se perguntarem “como é chegar na Estação dos Ventos?”, podemos dizer que  é um bairro de pouca estrutura, talvez até esquecido por muitos. Na direção que leva à ONG, o asfalto passa longe, as casas são simples e humildes, com paredes cinzas de cimento, algumas sem reboco; alguns telhados são remendados, e há terrenos baldios com galhos e pichações, num caminho próximo aos trilhos de trem. Mas chegar lá é diferente. Como se a pouca estrutura não fosse nada e o amor e o acolhimento fosse tudo. Chegar na Estação dos Ventos é se deparar com muros de tijolos e alguns pneus coloridos no chão, transmitindo uma realidade talvez não tão boa, mas que não se compara ao sentimento de tocar a campainha, entrar pelo portão e ser recebido com abraços repletos de carinho, sorrisos contagiantes e olhares que transmitem os mais puros sentimentos.

Disciplina e diversão a partir das artes marciais. Fotografia: Paulo Issler 

Hoje, o Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC) abriga em torno de 70 crianças e adolescentes carentes do bairro KM 3, região periférica de Santa Maria. Começou em 2005, a partir de uma iniciativa de Jan Carlos Ferreira Machado e sua esposa Fabiana Machado. Eles contam que a comunidade estava crescendo e, para as crianças não ficarem sozinhas em casa enquanto seus pais trabalhavam, eles começaram a acolhê-los e cuidá-los. A ONG procura tomar conta das crianças enquanto seus pais trabalham, dessa forma mães, profissionais e voluntários se revezam para proporcionar cuidados aos pequenos.

Nadia Rodrigues, uma das mães, conta que em 2017 ajudou na cozinha. Ela explica que a ONG é um lugar em que se aprende a respeitar, e destaca que ama estar lá, que se trata de sua segunda casa. “O que me move é o sorriso de cada criança no rosto, tu poder chegar de manhã ali e a primeira coisa é ver aqueles rostinhos maravilhosos, falando – tia te amo -, não tem palavras para explicar. Quando eu trabalhei ali a minha razão de ir todos os dias foi enxergar eles, o rostinho de cada criança, pois é gratificante, não tem dinheiro que pague”, conta Nadia.

 

Aquele olhar que diz muito. Fotografia: Juliana Brittes

 

Quando entramos no portão da ONG ou em uma das peças que são as salas das oficinas, é possível perceber o quanto colaboradores, crianças e adolescentes estão criando um vínculo cada vez mais forte, um laço de harmonia, respeito e gratidão. É perceptível que o que está ali sendo desenvolvido será levado no coração de cada um que já passou por esse lugar. Marcia Cristina dos Santos Pereira também é mãe de uma das crianças da ONG e ajudante no local. Ela conta que às vezes ajuda na cozinha e também cuida das crianças. “A gente tem aprendido bastante com as crianças, a gente ensina eles e aprende com eles também a ser paciente, tolerante, aprender ouvir”.

Momento de interação entre as crianças que pintam uns ao outros, além da brincadeira é estimulado o bom convívio entre as crianças. Fotografia: Paulo Issler

Em suas atividades diárias, os professores voluntários do dia procuram levar cultura e conhecimentos. Brayan Cardoso é voluntário da Estação há dois anos. “A minha motivação é colocar ideias de coletividade e empoderamento em prática, principalmente das minorias. Porque é o que falta, eu percebi que as pessoas querem ser ouvidas, querem atenção. As crianças para se desenvolver precisam disso”, conta. Lá as crianças são separadas por idade, em dois turnos – manhã e tarde. Durante a semana, é possível acompanhar oficinas de hip hop, artesanato, mala da leitura, ioga, fotografia, capoeira, percussão, judô e também reforço escolar.[dropshadowbox align=”center” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]O 2º princípio da Declaração dos Direitos da Criança fala que “toda criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade”, e isso é o que a ONG procura levar à elas por meio das relações, das atividades e dos projetos.[/dropshadowbox]

 

Colaboradores dispostos e com um coração cheio de afeto geram uma ONG com amor

A instituição se mantém através de doações, que são feitas por pessoas e algumas empresas da cidade que atendem às necessidades básicas, como alimentação, higiene, material didático, livros, entre outras coisas que uma casa precisa para funcionar. Roberto Farias, pai de uma das crianças, conta que está sempre procurando ajudar e se envolver com a Estação. Ele diz que ajudou na estrutura das paredes, na eletricidade e no encanamento, e ainda destaca que é gratificante ver as crianças felizes, que é importante cuidá-las, pois elas são o futuro.

Já quando a escolinha precisa levantar algum valor são feitas ações como: risoto, bazar (que comercializa itens produzidos pela comunidade), além de realizar um brechó que é abastecido com doações vindas da cidade inteira. Este modelo de arrecadação se assemelha com financiamentos coletivos, que estabelecem uma meta e buscam “investidores” para cumpri-la.

 

 

Crianças  colaboradores na festa de dia das crianças que foi realizada na Estação dos Ventos. Fotografia: Paulo Issler

Além disso, a ONG conta com uma administração de pessoas qualificadas que juntas conseguem somar recursos sem deixar faltar o mais importante, amor e atenção. O afeto é bastante presente entre os colaboradores, as crianças e os adolescentes. Isso porque não basta apenas uma ideia bem elaborada para que um projeto que envolve crianças de certo, é preciso entender o seu contexto socioeconômico, entender que muito mais do que brinquedos e um espaço para lazer, é preciso ter quem brinque junto, quem entenda sua rebeldia, e principalmente quem transmita confiança.

E é pensando assim que o CDC Estação dos Ventos mantém suas portas abertas a 13 anos, cuidando de crianças e jovens de baixa renda, ensinando e aprendendo, mostrando que é possível fazer o bem com boas ideias e muita força de vontade.

 

Apoio à Estação dos Ventos

Hoje são realizados diversos projetos na Estação dos Ventos. Alguns deles são pelos estudantes de Jornalismo da UFN, que trabalham fotografia, audiovisual e campanhas de mobilização social e divulgação. As campanhas são realizadas para arrecadação de roupas, alimentos não-perecíveis, produtos de higiene infantil, produtos de primeiros socorros, entre outros.

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Conheça e contribua com a ONG:

Facebook: www.facebook.com/EstacaoDosVentosONG

Site: www.estacaodosventos.com.br

Telefone: (55) 99190-0572

Rua Luiz Castagna, S/N, Bairro João Goulart, KM 3, Santa Maria – RS

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Para o projeto social continuar a crescer e poder aumentar seu número de crianças as doações, apadrinhamentos e parcerias são sempre bem vindas. Além do mais, o voluntariado é bastante bem-vindo na Estação. Todas as pessoas que desejam criar um vínculo de amor, carinho, empatia e afeto com as crianças e adolescentes serão bem recebidos e acolhidos.

 

O terceiro setor pelo bem comum

A Estação dos Ventos faz parte do terceiro setor, classificação que inclui as fundações, associações comunitárias, organizações não governamentais (ONGs) etc. São instituições privadas, porém sem fins lucrativos. Uma característica importante, é que esses locais são para o bem comum. Além disso, normalmente as mãos de obras no local são voluntárias.

Hoje o terceiro setor ainda enfrenta problemas devido à crise de 2008 do Brasil, pois isso causou uma grande queda na economia e em vários outros problemas sociais como o desemprego. Esses impasses mostram a falta de competência do primeiro setor – representado pelos governos municipais, estaduais e o federal, e do segundo setor, que são as empresas e o capital privado. São por essas razões que hoje o terceiro setor possui mais sentido.

  Ele hoje tem um papel importante para ajudar a superar a crise. Porém, é necessário que as pessoas trabalhem e se voluntariem em entidades, organizações do setor para que assim a desigualdade social possa um dia diminuir, ou até acabar.

Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 2017 existiam 820 mil ONGs

 

Modelos de mobilização de financiamentos coletivos em prol de crianças, adolescentes e entidades

Criança Esperança

No mundo, existem modelos de financiamento coletivos que deram certo. No Brasil podemos citar, talvez o mais conhecido, que é o Criança Esperança, promovido pela Rede Globo. Que tem como objetivo arrecadar valores para investir em projetos envolvendo crianças e jovens de sul a norte do país. Ação esta que é feita por meio de campanhas que envolvem atores e atrizes que atendem telefonemas vindo de todo país. Como a empresa é um grande veículo de comunicação no Brasil, consegue atingir metas audaciosas e atender um bom número de crianças.

Projetos que não têm apoiadores desta magnitude, buscam estratégias por meio de mobilização social, o que envolve diretamente a comunidade e quase sempre depende de doações vinda da esfera privada.

Teleton

O Teleton é uma maratona da televisão que procura levantar fundos para causas sociais. A ação acontece em diversos países como Argentina, Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Uruguai, Peru, Porto Rico, entre outros. No Brasil o Teleton é apresentado pela SBT, desde 1998. Já foram levantados pelo programa no Brasil mais de 29 milhões que foram destinados à centros de reabilitação.

Programa Nossas Crianças

O programa existe desde 1993 e oferece apoio técnico e financeiro para organizações que atendem crianças e adolescentes em situações vulneráveis. É feita uma mobilização com pessoas e empresas para adoção financeira das crianças e adolescentes. Por exemplo, essas pessoas adotam uma criança do programa e fazem uma doação mensal de 98 reais.

Em 2017, 10.027 crianças e adolescentes foram beneficiados e mais de 1 milhão foi repassado às organizações sociais conveniadas. São organizações de diversas cidades e estados do país.

Reportagem de Ariel Portes e Valéria Auzani. Produção da disciplina de Jornalismo Especializado, sob orientação da professora Carla Torres, durante o 2º semestre de 2018.