Santa Maria possui cerca de 261 mil habitantes, segundo o último censo de 2010 (IBGE). Em média, a população santa-mariense acumula 180 toneladas de resíduos sólidos por dia, e que agora é levado para o aterro sanitário do município.
Agora? Isso mesmo. Desde de 2009 a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos S/A, conhecida como CRVR está instalada na região para promover a operação relativa à atividade de central de tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos através de aterro sanitário com unidade de triagem e compostagem. O aterro que tem capacidade para 300 toneladas por dia recebe lixo de 37 municípios, mas somente a cidade de Santa Maria corresponde a 60% do total.
Conhecido dos moradores por ser popularmente chamado de Central de Tratamento de Resíduos da Caturrita, o aterro está localizado em frente ao antigo “lixão” da Caturrita. No entanto, a questão da localização é polêmica. Para Daniel Domingues Scharf, diretor de água e efluentes do Instituto de Referência em Pesquisa Ambiental Caapuã de Rio do Sul (SC) em declaração no site do instituto, “um grande aterro sanitário no meio do município, onde todo resíduo sólido será depositado, não é a solução mais cabível para resolver o problema do lixo. Pensar que a biorremediação é a proposta melhor para o destino final dos resíduos é subestimar a capacidade intelectual da sociedade que espera por melhorias conscientes. E utilizar o material jogado fora como fonte de energia ou transformá-lo em algum material aproveitável, seria algo consciente e eficaz das nossas autoridades.” Para ele, “a gestão do lixo é um conjunto de atividades que inclui desde a diminuição do próprio volume de lixo produzido através da mudança de hábitos sociais e de procedimentos industriais, até a alteração da legislação ambiental, visando uma política de incentivos ao desenvolvimento de empresas nessa área”.
Erny Lauro Meinhardt, químico industrial, especialista em recursos hídricos e técnico da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), diz que por ser uma cidade especial no Rio Grande do Sul, principalmente por possuir sistema de coleta de lixo e também por possuir um aterro sanitário, Santa Maria sofre de um grave problema de limpeza urbana. “A falta de educação do povo somada com a falta de lixeiras, acaba refletindo nos recursos hídricos, principalmente nos arroios Cadena e Cancela que a gente pode testemunhar nos trechos em que estão visíveis, uma relativa quantidade de resíduos sólidos urbanos”, completa. Para uma cidade que recebe uma quantidade expressiva de resíduos é necessário planejamento e educação ambiental.
Para Marta Tocchetto, doutora em engenharia na área de ciência dos materiais e coorientadora no curso de pós-graduação em Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos e Líquidos na Universidade Federal de Goiás, há uma quantidade expressiva de resíduos sendo produzidos e utilizados, porque uma pessoa produz cerca de 1kg de resíduo por dia. O que preocupa, não é só a questão quantitativa, mas também o desperdício, no sentido de materiais como plástico, metal, que são resíduos que tem potencial de gerenciamento acabarem sendo misturados ao lixo comum e encaminhados ao aterro. “Muitos resíduos, cerca de 30% são recicláveis, portanto, não se justifica eles serem enterrados”, acrescenta Marta.
Por um projeto de educação ambiental
Para a professora o aterro sanitário de Santa Maria está de acordo com as normas e é de fácil percepção a preocupação dos responsáveis para com o meio ambiente e as normas. Mas Marta vê como o maior problema neste sentido, a falta de coleta seletiva, principalmente por parte dos outros municípios que dispõem seus resíduos no aterro da Caturrita. A educação ambiental, com projetos de reaproveitamento, de reciclagem, de reutilização e de menos desperdício são extremamente importantes, até mais do que a disposição, que acaba sendo obrigatória em todos os casos, afirma a professora.
“O estabelecimento de programas de educação ambiental, de projetos de coleta seletiva é de responsabilidade da prefeitura. No momento em que isso não acontece, é óbvio que isso terá reflexo no aterro. Não será possível fazer mágica com/no resíduo contaminado”, finaliza Marta (confira a entrevista no áudio ao lado).
A solução para os problemas dos resíduos em Santa Maria, segundo Erny, seria a educação ambiental nas escolas, por exemplo, de uma maneira direta com as crianças através de projetos. E para os adultos uma educação ambiental um pouco mais indireta, por mensagens em jornais, espaços públicos, eventos e, também, que a Prefeitura disponibilize os equipamentos para limpeza, como lixeiras. “De nada adianta discutir a cobrança de multas com relação ao lixo no chão, se não houver a disponibilidade e a acessibilidade de lixeiras para que a população possa exercer o direito de colocar o seu resíduo num local adequado”, relembra Erny (confira entrevista ao lado).
A professora de Geologia da Universidade Federal de Santa Maria Andréa Valli Nummer, em 2005, iniciou um projeto de extensão como pesquisadora do laboratório de Geologia ambiental da UFSM com a escola Municipal Castro Alves sobre educação ambiental que durou 5 anos e nos dois anos seguintes trabalhamos especificamente com áreas de risco na Vila Oliveira. Durante o processo foram avaliados os principais locais com risco de escorregamento das margens do Cadena e também locais sujeitos a enchentes e alagamentos. Todos estes processos tinham como agravante a grande quantidade de lixo que era jogada nas margens e dentro do arroio. Para a professora o arroio é o último paradeiro do lixo, que vem de muito longe, do centro, das ruas, calçadas, jogado das janelas dos carros, sendo carregado pela água da chuva. “A lei que multará ou não a população que jogar lixo nas ruas, talvez possa ajudar, mas, sem fiscalização, será apenas mais uma lei. Mas, não podemos esquecer que, se a população tivesse educação, não precisaríamos de lei”, salienta (confira a entrevista na íntegra).
Luciana Nunes, mestre em administração com foco na coleta seletiva, relata que, na época de seu projeto a população não tinha conhecimento sobre o estudo e nem sobre coleta seletiva. Segundo ela o ponto principal para que a coleta funcione é a informação do público alvo. Por exemplo, como separar o material se não se sabe o que é e o que não é reciclável? É coleta com hora marcada? Desta forma é impossível aumentar a quantidade de material reciclável Para ela a Secretaria de Proteção Ambiental deveria ter providenciado uma cartilha (digital e em papel), com propagandas em veículos de comunicação e campanhas de conscientização da população antes de implantar o processo no município. Além disso, deveria ter providenciado infraestrutura adequada as Associações (confira a entrevista na íntegra).
Reciclagem e subsistência
Eldia da Rosa Teixeira, moradora do bairro Nova Santa Marta, trabalhou por 19 anos no lixão de Santa Maria e conhece bem a realidade enfrentada por quem precisa coletar resíduos para sobreviver. Apesar de não gostar de lembrar os velhos tempos, Eldia, 58 anos, desabafa que para conseguir se manter foi preciso fazer do lixão sua morada. Segundo ela, os piores momentos era quando chovia, já que o local ficava totalmente impróprio para o trabalho. E mesmo trabalhando por anos como catadora no lixão, Eldia lembra que não conseguiu realizar o sonho da casa própria. Com o fechamento do lixão ela passou de catadora para associada. Agora faz parte do Projeto Associativismo – Sociedade Vicente Palotti (confira a entrevista ao lado).
O lixão que era uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo, não tinha nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos, como por exemplo, o chorume (líquido preto que escorre do lixo). O chorume, penetra pela terra levando substancias contaminadas para o solo e para o lençol freático. Um dos maiores problemas do lixão e que, por muitos anos acompanhou o crescimento do aterro, eram moscas, pássaros e ratos que circulavam livremente no lixão a céu aberto. Pior do que isto era a situação das crianças, adolescentes e adultos que catavam comida e materiais recicláveis.
No “lixão”, os resíduos ficavam expostos sem nenhum procedimento que evitasse consequências ambientais e sociais negativas.
O artigo Processo Operacional da Central de Tratamento de Resíduos da Caturrita, publicado em 2009, de autoria de Rafael Salamoni, Rinaldo Pinheiro e Andrea V. Nummer relata os procedimentos operacionais da destinação final na Central de Tratamento da Caturrita, dizendo que o empreendimento possui uma área de 24,7ha, localizada junto à estrada Vicinal para a Boca do Monte, distando 8,7km do centro da cidade de Santa Maria, e que está recebendo resíduos de 20 municípios da região central e de outros municípios da região serrana e até da região da fronteira do Estado, totalizando uma média de 280 toneladas/ dia de resíduos sólidos domiciliares. Isto leva a crer que desde 2009 o aumento de resíduos foi significativo e que em um futuro, muito próximo, será preciso aumentar o aterro sanitário do município que tem vida útil de 20 anos.
Entenda o antes e depois (clique nas imagens):
Geração de energia
O Estado possui quatro aterros sanitários, Minas do Leão, Giruá, São Leopoldo e Santa Maria. E como o município é uma das cidades do Rio Grande do Sul que possui aterro sanitário, Leomyr de Castro Girondi, gerente comercial do grupo CRVR, cita que Santa Maria tem um menor custo de disposição por ser uma das sedes deste empreendimento. O aterro da Caturrita recebe todos os resíduos sólidos urbanos da cidade e das outras 37 cidades que, no aterro da Caturrita dispõem seus lixos. Segundo Girondi, o aterro está licenciado e dentro da mais moderna técnica (confira no vídeo ao lado) no que diz respeito a coleta de resíduos. Ele afirma também que Santa Maria será o primeiro aterro com geração de energia em aterros de pequeno porte. “Aqui já temos aprovados dentro da empresa um projeto de 1,5 Mega Wats/hora que vai poder atender a iluminação pública de toda cidade.
Saiba mais
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Entrevista completa com Andrea Nummer:
Cadena x Lixo
Como foi o trabalho realizado no local?
Em 2005 como pesquisadora do laboratório de Geologia ambiental da UFSM dei início a um projeto de extensão com a escola Municipal Castro Alves sobre educação ambiental que durou 5 anos e nos dois anos seguintes trabalhamos especificamente com áreas de risco na Vila Oliveira.
Escolhemos esta escola pelo fato de estar localizada em uma região com graves problemas ambientais como uma grande quantidade de lixo nas ruas, pátio das casas e no arroio Cadena, bem como riscos de escorregamento das suas margens (risco para a população) e enchentes em alguns locais. A intenção de trabalhar com os estudantes e com a população local era saber se eles tinham a percepção destes problemas.
Quais os principais pontos a serem destacados sobre o estudo feito na região?
Na ocasião foram avaliados os principais locais com risco de escorregamento das margens do Cadena e também locais sujeitos a enchentes e alagamentos. Todos estes processos tinham como agravante a grande quantidade de lixo que era jogada nas margens e dentro do arroio. Ao entrevistarmos os moradores podemos ver que aqueles que moravam junto às margens do rio eram, na maioria, catadores que traziam o lixo que coletavam no centro da cidade para separar no pátio de suas casas. Desta forma, vendiam o que tinha valor e o restante, ficava no pátio ou era jogado na rua ou dentro do rio. A percepção de “problema ambiental” que tínhamos não era a mesma destes moradores pois, a relação deles com o lixo é diferente da nossa – pra eles, lixo significa subsistência. Este foi o maior aprendizado, se quisermos mudar alguma coisa, isto não pode ser feito “de cima para baixo”, temos que conhecer as pessoas e saber como elas pensam e daí sim criarmos soluções que possam ser realmente efetivas.
Como poderia melhorar a situação do arroio Cadena?
Bom, o arroio passa por muitos bairros da cidade e, não podemos responsabilizar somente a periferia pela poluição pois, se pensarmos um pouco mais a fundo veremos que na verdade quem produz mais lixo é quem tem maior poder aquisitivo ou, onde circulam mais pessoas como no centro da cidade por exemplo.
O arroio precisaria sofrer uma dragagem (aprofundamento do leito por retirada de sedimento) e limpeza. Ao mesmo tempo, suas margens deveriam ser vegetadas para que fossem evitados os escorregamentos e o assoreamento. Da mesma forma, uma fiscalização mais rigorosa poderia evitar o lançamento de esgotos diretamente no arroio, sem tratamento (isso ocorre em grande parte do seu curso)
Além disso, somente a educação ambiental, com discussões efetivas sobre problemas da cidade poderia mudar a realidade dos cidadãos.
Falta fiscalização do poder público?
Falta! O que se vê na verdade é uma ausência do poder público no que se refere a ocupação de áreas improprias para moradia e no planejamento urbano como um todo. Podemos dar o exemplo do Bairro Camobi com 14.000 habitantes e ZERO de rede de esgoto (se pararmos para pensar, para onde vão estes dejetos? Para o arroio mais próximo…)
Falta iniciativas por meio do poder público para reeducar a população quanto ao lixo no arroio?
O arroio é o ultimo “paradeiro” do lixo…que vem de muito longe, do centro, das ruas, calçadas, jogado das janelas dos carros, etc. sendo carregado pela água da chuva. Acho que esta lei que estão para votar, multando quem joga lixo no chão talvez possa ajudar porém, sem fiscalização, será apenas mais uma lei. Mas, não podemos esquecer que, se a população tivesse educação, não precisaríamos da lei.
Qual a solução para aquela região?
A Vila Oliveira recebeu em 2009-2010 obras do PAC que incluíram a revitalização do Cadena e retirada da população das áreas de risco onde fizeram uma avenida e uma ciclovia. Aparentemente as condições do rio em relação ao lixo e escorregamentos de margem melhoraram. O que se vê hoje é a falta de manutenção deste local onde o “mato está tomando conta. Na verdade, após estas obras, o poder público deveria ter incentivado a população a se “apropriar” deste locais de lazer para que possam, em conjunto com a prefeitura, conservar estes locais.
E quanto tempo isso demoraria? Quanto custaria essa mudança?
É um investimento grande e a longo prazo pois, a recuperação pode ser feita com algum projeto como o PAC ou financiamento do BNDE (como foi realizado) porém, se não mudarmos os cidadãos, será uma obra sem fim.
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Entrevista completa com Luciana Nunes:
Coleta seletiva em Santa Maria
ACS – Luciana, porque você decidiu estudar sobre a coleta seletiva no município de Santa Maria?
No momento de decidir sobre um tema de estudo para a dissertação do mestrado, eu fui aprovada em concurso público em Santa Maria e me mudei para cá, com isso, procurei um tema de meu interesse que pudesse ser desenvolvido aqui. Meses atrás da decisão, tive conhecimento do projeto de coleta seletiva que queriam implantar no município, então resolvi realizar a dissertação sobre o tema.
ACS – Quais foram as maiores dificuldades encontradas?
Uma grande dificuldade foi conseguir a confiança dos catadores (autônomos e associados). No caso dos associados, eles estão acostumados a responder perguntas dos pesquisadores, mas afirmavam que nada mudava para eles. E no caso dos autônomos, alguns tinham medo, vergonha e demoravam a se expressar. Mas com o tempo, foi possível a realização do estudo e foi de suma importância saber o que eles achavam da coleta seletiva no município.
ACS – E em relação ao seu trabalho, quais foram as principais constatações?
O trabalho contou com uma série de dados coletados, mas acredito que saber sobre o andamento e funcionamento do projeto de coleta seletiva municipal foi o mais importante, e no caso, descobrir que ele só funcionava na mente da Secretaria de Proteção Ambiental e que de fato as Associações não estavam sendo diretamente beneficiadas.
ACS – Em um trecho do seu trabalho você cita que a proposta sobre a coleta seletiva em Santa Maria foi boa, no entanto, a população não estava preparada. Quais as principais dificuldades para que um trabalho de coleta dê certo na cidade?
A população não tinha conhecimento do projeto (e ainda não tem). Durante o meu estudo conversei com várias pessoas e a maioria nem sabia que tinha coleta seletiva no município. Muitas demonstraram interesse em participar e eu dei as informações necessárias. O ponto principal para que a coleta funcione é a informação do público alvo. Como eu vou separar o meu material se eu não sei o que é e o que não é reciclável e não sei quais os dias de coleta em meu bairro? E coleta com hora marcada? Desta forma é impossível aumentar a quantidade de material reciclável. E ainda tem a questão, por exemplo, do isopor. Em alguns lugares existe a possibilidade de reciclagem do mesmo, porém em Santa Maria, até a época do meu estudo, o isopor não era reciclado. A Secretaria de Proteção Ambiental deveria ter providenciado uma cartilha (digital e em papel), propagandas em veículos de comunicação e campanhas de conscientização da população (escolas, praças, etc.) antes de implantar o processo no município. Além disso, deveria ter providenciado infraestrutura adequada as Associações.
ACS – Como você analisa as políticas públicas e a relação com a coleta seletiva na cidade?
Simplesmente não há política pública. A minha opinião é que jogaram a responsabilidade da coleta seletiva para uma Associação, simplesmente lavaram a mão. Até hoje, mais de um ano após o meu trabalho, nada mudou. Existe interesse do município? Se houvesse, a situação não estaria a mesma.
ACS – Quais as limitações encontradas em Santa Maria?
A maior limitação é a falta de estrutura das Associações. Sei que a ASMAR, responsável pela coleta no município na época do meu estudo, já mudou de prédio após a minha pesquisa, mas provavelmente isso não é o suficiente. Sem o trabalho de divulgação da coleta, que deveria ser feito pelo poder público, a quantidade de material ainda continuará sendo pequena. E a quantidade só pode aumentar, se a ASMAR tiver estrutura para coletar todo o material, ou seja, aumentando o número de caminhões (que na época da pesquisa eram apenas dois, sendo um deles emprestado).
ACS – Na sua opinião, como a coleta poderia ser melhorada?
Com um simples trabalho de divulgação e captação de fundos visando à melhoria na infraestrutura das Associações. Existem editais do Governo Federal com este objetivo. Uma parceria com as IES do município também seria de grande importância na capacitação dos catadores associados.
ACS – Faltam leis ou mudanças nas mesmas para que o lixo da cidade tenha uma maior atenção?
Falta fiscalização e punição. Existe a Política Nacional de Resíduos que veio para ajudar os municípios, entretanto, Santa Maria diz que tem coleta seletiva, mas não tem, pois menos de cinco por cento da população estava sendo atendida até a finalização do meu estudo.
ACS – O que fica para você, como cidadã, pós-estudo?
Eu separo os meus resíduos em casa, separo o reciclável do não reciclável, entretanto, não posso participar da coleta seletiva, pois o caminhão passa no meu bairro em horário comercial e eu trabalho o dia inteiro, e eles não recolhem o reciclável da lixeira, ou seja, eu teria que estar em casa para que eles recolhessem o material e não tenho como levar aos ecopontos. Ou seja, eu “torço” para que um catador autônomo passe na lixeira da minha casa e recolha o meu material reciclável, pois caso contrário, o mesmo será recolhido pela empresa da coleta e seguirá para o aterro, sendo que poderia ser transformado em mercadoria com valor monetário.
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