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Mídia

Interação imersiva nos laboratórios de Jornalismo

Os estudantes visitantes do Ensino Médio interessados no ingresso no curso de Jornalismo foram guiados em uma visita aos laboratórios que ficam no sétimo andar do prédio 14. Os alunos foram apresentados à Agência Central Sul

Volta às aulas tem recepção aos alunos

A primeira semana de volta às aulas foi marcada por intensa programação nos diversos cursos da UFN. No curso de Jornalismo, os alunos foram recepcionados com programação diária. Confira algumas imagens.

8ª Mipa exibe amanhã, sexta-feira, as produções selecionadas

A exibição das produções  da 8ª edição da Mostra Integrada de Produções Audiovisuais(Mipa) da Universidade Franciscana será realizada no dia 25 de novembro, às 20h, no pátio do prédio 14 do Conjunto III da UFN, com

Intercom realiza lives com os vencedores do Prêmio Luiz Beltrão

A Cátedra em Comunicação e Informação Intercom – José Marques de Melo realiza, desde 18 de outubro, sua terceira temporada de lives, com 14 sessões com vencedores de 2021 do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação e dos

Série Trajetórias trouxe jornalista Joyce Noronha Rodrigues

Nesta terça-feira, dia 08/06, ocorreu a segunda live da série Jornalismo UFN: Trajetórias e contou com a participação da jornalista Joyce Noronha Rodrigues. A série marca os 18 anos do Curso de Jornalismo na Universidade Franciscana e

Os estudantes visitantes do Ensino Médio interessados no ingresso no curso de Jornalismo foram guiados em uma visita aos laboratórios que ficam no sétimo andar do prédio 14. Os alunos foram apresentados à Agência Central Sul de Notícias, Rádio UFN, Laboratório de Fotografia e UFN TV.

Segundo Thomas Ortiz, 18 anos, que sonha em trabalhar com jornalismo televisivo “Eu estou realizado por estar aqui, apesar de cogitar os cursos de Engenharia Elétrica e Educação Física, hoje Jornalismo é a minha prioridade e a apresentação dos espaços é muito boa para conhecer a estrutura.”

Já Marcos Gabriel Terra Schneider, 18 anos, demonstra interesse por medicina e Vicente Petrucci Filho, 18 anos, visa ingressar na área de diagramação, mas ambos tiveram sua primeira experiência de interação com o jornalismo e demonstraram interesse pelo espaço de trabalho e pela variedade das áreas de produção do curso.

Durante a apresentação guiada, os alunos aprenderam sobre o processo produtivo da profissão, além de conhecerem a matriz curricular do curso e as atividades práticas disponibilizadas a partir do primeiro semestre para os ingressantes.

Segundo Alam Carrion, 27 anos, jornalista graduado pela instituição e técnico de áudio da Rádio UFN “A introdução dos estudantes aos espaços produtivos é importante pois é a forma de eles conhecerem os bastidores de uma notícia ou uma transmissão, para que dessa forma ele saiba como seria entrar em uma cobertura ao vivo e saberem que muitas vezes não é apenas o que eles enxergam que acontece, que há mais coisas envolvidas além da câmera e do repórter.”.

O vídeo conta a história de Sofia, uma menina que queria ser cientista. Imagem: Divulgação.

Grupo de teatro da UFN lança vídeo-peça educativo produzido durante a pandemia. A produção está disponível no Youtube e conta a história de uma menina que queria ser cientista.

O Grupo Todos ao Palco, vinculado à Universidade Francicana desde 2012, teve seu projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura de Santa Maria em 2019. A ideia inicial era de desenvolver o trabalho em formato presencial, ensaiando e apresentando a peça em espaços públicos e centros comunitários da cidade em 2020. Possuindo como ideia principal fortalecer o fascínio pela ciência entre jovens e adolescentes em ambiente escolar, a produção teve que ser alterada por conta do início da pandemia da Covid-19. O grupo optou por um formato audiovisual diferenciado, incluindo também pesquisas referentes a vacinação contra o vírus. Os integrantes do elenco gravaram algumas cenas em suas casas com seus próprios celulares e outras foram realizadas presencialmente com o menor número de participantes possível e respeitando as restrições referentes a pandemia. A edição foi feita sem que houvesse nenhuma reunião presencial da equipe.

Nomeado Menina, Feminina e Cientista o vídeo-peça em formato de ‘falso documentário’ conta a história de Sofia. Já adulta a personagem relata como foi sua luta para realizar o sonho de ser cientista e como é sua rotina de trabalho como pesquisadora em um dos laboratórios responsáveis pela fabricação da vacina contra a Covid-19. O vídeo possui depoimentos atuais e em formato de lembranças de outros personagens sobre a trajetória de Sofia.

O projeto tem como um de seus objetivos fortalecer a ideia de que pais e professores devem incentivar os jovens a seguirem seus sonhos. A jornalista, especialista e crítica de cinema, Bianca Zasso comenta sobre o trabalho realizado pelo grupo teatral: “Fico pensando se tivesse assistido algo assim nos meus tempos de escola. Tantas meninas apaixonadas por ciências (e por arte também) às vezes só precisam de uma voz de apoio, uma inspiração para seguirem em frente. Tomara que este trabalho chegue a muitos estudantes e professores. É iluminando sonhos que a gente melhora o mundo.”

Luiz Alberto Cassol, cineasta e documentarista, também responsável pelo roteiro, produção e direção geral do projeto comentou: “Menina, Feminista e Cientista trata acima de tudo sobre a liberdade de escolha. A liberdade de seguir aquilo que se quer ser; tanto profissionalmente, quanto pelas causas que se deseja engajar na vida. O trabalho fala sobre a liberdade de sonhar e seguir esses sonhos e possibilita um diálogo amplo na escola de como uma inspiração, um impulso, uma palavra, um apoio, pode fazer como que isso aconteça. É também perceber que durante a pandemia, e com todas as restrições sanitárias e de afastamento, a produção artística está sempre em construção (como este trabalho). É importante debater com professores e alunos o que instigou esse processo de criações artísticas.”

O vídeo esta disponível no Youtube (Menina, Feminina e Cientista) para que todos tenham acesso e possam refletir sobre a importância do incentivo aos sonhos das meninas e meninos na escola.

A primeira semana de volta às aulas foi marcada por intensa programação nos diversos cursos da UFN. No curso de Jornalismo, os alunos foram recepcionados com programação diária. Confira algumas imagens.

Acadêmicos de Jornalismo nos primeiros dias de aulas. (Tiraram a máscara apenas para a foto) Imagem: Laboratório de Fotografia e Memória

Estudantes de Jornalismo conheceram o Laboratório de Fotografia e contaram com a explicação da professora Laura Fabrício sobre o trabalho desenvolvido. Imagem: arquivo pessoal Sibila Rocha.

No estúdio de TV os alunos conheceram o trabalho desenvolvido em algumas disciplinas do curso e no LabSeis, Laboratório de Audiovisual. Imagem: arquivo pessoal Sibila Rocha.

Alunos novos foram recepcionados na capela pela reitora da UFN. Imagem: site UFN.

curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) promove nesta terça-feira (21), mais uma edição da série de lives ‘Jornalismo UFN: Trajetórias’. Neste episódio, que será transmitido ao vivo às 20h, a convidada será Elisangela Mortari com a mediação do professor e jornalista, Bebeto Badke.

Elisangela Mortari é Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professora Titular na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), atua no Departamento de Ciências de Comunicação e no Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas. É líder do Grupo de Pesquisa/CNPq Comunicação e Discursos Sociais. Além disso, foi a primeira coordenadora Jornalismo da UFN e vai contar como o curso foi se estruturando a partir de 2003.

O projeto ‘Jornalismo UFN: Trajetórias’ tem como finalidade realizar bate-papos com profissionais, egressos e funcionários que já passaram pelo curso ou que ainda sejam ligados a ele. Para assistir os outros episódios, confira o IGTV do curso de Jornalismo no Instagram.

Texto: Lucas Acosta/Estagiário de Jornalismo Assecom

Nesta quarta (15) e quinta-feira (16), a Universidade Franciscana (UFN) promoverá o projeto Comunicaflix , o qual envolve o 14º Prêmio Universitário de Publicidade e Propaganda  e o 7º Prêmio Universitário de Jornalismo. O objetivo é avaliar, valorizar e premiar peças publicitárias e produções jornalísticas produzidas nas disciplinas durante o 2º semestre de 2019, 1º e 2º semestre de 2020 e 1º semestre de 2021.

A premiação do Jornalismo será a primeira a ser realizada. Programada para esta quarta-feira, dia 15, às 20h, no hall do prédio 15, no Conjunto III da UFN, o prêmio está divido em oito categorias.  São elas: Assessoria de Comunicação (Planejamento de Comunicação e Assessoria de Imprensa); Audiovisual (programa jornalístico, reportagem, documentário, ficção e audiovisual para a internet); Comunitária (comunicação comunitária); Digital (perfil ou entrevista, reportagem, mídia social, site ou blog, podcast e produção crossmídia); Fotografia (fotojornalismo, fotografia ilustrativa, ensaio, fotografia em sequência, foto documentário e fotografia livre); Impresso (reportagem); Opinião(artigo, crônica, ilustração e resenha ou comentário); e Rádio (reportagem, programa jornalístico, programa radiofônico, radio documentário e crônica radiofônica).

Já a premiação de Publicidade e Propaganda ocorrerá nesta quinta, dia 16, também hall do prédio 15 da Instituição. Em sua 14ª edição, ocurso divide seus prêmios nas seguintes categorias: Fotografia (publicitária e livre); Design Gráfico; Audiovisual (filme publicitário, videoclipe e vídeo livre); Áudio (spot, jingle e áudio livre); Campanha (publicitária e social); e Trabalhos Desenvolvidos em Laboratórios Didáticos (campanha e peça avulsa) e Iniciantes (produções de estudantes que cursam até o 3º semestre do curso).

Texto: Lucas Acosta/Estagiário de Jornalismo Assecom

A exibição das produções  da 8ª edição da Mostra Integrada de Produções Audiovisuais(Mipa) da Universidade Franciscana será realizada no dia 25 de novembro, às 20h, no pátio do prédio 14 do Conjunto III da UFN, com sessão aberta ao público em geral. Em caso de chuva, a sessão será no hall da capela São Francisco.

O tema desta edição é arquivos de pandemia, já que muito se alterou nos modos do fazer audiovisual devido às transformações impostas pelos novo coronavírus. As janelas da vida, sejam elas reais ou digitais, assumiram um primeiro plano na perspectiva.

Fizeram parte da curadoria a jornalista Bruna Taschetto, coordenadora da UFN TV, as professoras Neli Mombelli, do curso de Jornalismo, e Michele Kapp Trevisan, do curso de Publicidade e Propaganda, e os técnicos Alexsandro Pedrollo de Oliveira e Jonathan de Souza. A mostra é organizada pelo LabSeis – Laboratório de Produção Audiovisual dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda e busca ser impulso na fruição das produções dos acadêmicos da instituição.

Conheça as produções selecionadas desta 8ª edição da Mipa.

 De Butuca na Bituca EP 1 – Experimental | 4’

De Butuca na Bituca EP 2 – Experimental | 6’50

Direção de Henrique Schmitt Medina

Tutorial de reutilização das bitucas de cigarro descartadas indevidamente com choque de realidade.

 Sinais – Ficção | 5’32”

Direção de Denzel Valiente e Lavignea Witt

Com o início da pandemia do novo coronavírus, Luísa precisou se adaptar para acompanhar as aulas da faculdade de modo virtual. Além dessa situação, a estudante precisa lidar com o namorado abusivo com quem divide apartamento.

 Anseio – Documentário | 1’15”

Direção de Hercules Hendges

Anseio retrata, por meio de suas imagens, o sentimento de angústia e aflição decorrentes da pandemia, mesclado com a beleza e exuberância de um planeta que está sendo lentamente destruído.

 Conexão Restabelecida – Ficção | 12’

Direção de Allysson Marafiga e Nathália Arantes

Retrata o cotidiano de Jordana, professora de Português de uma escola pública que, em tempos pandêmicos, se depara com as dificuldades de desempenhar seu trabalho através do formato remoto. Para lidar melhor com essa situação, a professora se aconselha com sua amiga Helena, professora de escola particular que vivencia uma situação bem diferente no seu dia a dia.

Cátedra em Comunicação e Informação Intercom – José Marques de Melo realiza, desde 18 de outubro, sua terceira temporada de lives, com 14 sessões com vencedores de 2021 do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação e dos Prêmios Estudantis da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

As lives são sempre às segundas e quartas-feiras, das 18h às 19h.

Um dia antes de cada live, os canais institucionais da Intercom (siteFacebookInstagram e grupo de e-mail) divulgarão o link para inscrição gratuita para participação no Zoom; os participantes inscritos receberão o link da sala antes das sessões, que serão transmitidas ao vivo no Facebook e, posteriormente, disponibilizadas no YouTube.

Além disso, as lives serão transformadas em episódios do PapoCompodcast do grupo de pesquisa PraxisJor, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Confira aqui a programação completa.

Texto e imagem: Intercom.

A internet se consolidou, ao longo do tempo, como um espaço social que permite interações e trocas que alcançam os mais variados âmbitos da vida pública e privada. O ambiente online ainda possibilita um debate a partir de diferentes ideias e posições, o que coloca em destaque o papel que as ferramentas digitais desempenham em sociedades democráticas. Porém, apesar dos avanços das tecnologias de informação e comunicação, a internet também se tornou um terreno fértil para muitas violações, censura e desinformação.

É nesse contexto, tanto de benefício quanto de risco, que a internet tornou-se um instrumento político para muitos governos, que buscam cortar o acesso às plataformas digitais ou realizar apagões totais de conexão. Em 2021, 20 países interromperam o sinal da internet e bloquearam as mídias sociais. Veja abaixo:

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O que são os cortes à internet?

Os cortes, bloqueios ou apagões se caracterizam como uma interrupção intencional da internet, com o objetivo de tornar o serviço inacessível e inutilizável para a população de uma cidade, região ou país. De forma geral, os governos costumam ordenar essas medidas para controlar o fluxo de informações.

Os cortes podem ser totais (apagão), o que compromete toda a conexão da internet, e parciais (bloqueio), ou seja, restritos a tipos específicos de conexão (internet à cabo, móvel ou fibra ótica), ou às mídias sociais e aplicativos de mensagem (Whatsapp, Telegram, Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, etc). A redução da velocidade da conexão também é considerada uma ferramenta de restrição ao acesso à internet.

Cortes na internet, violação de direitos humanos e impactos na democracia

Os bloqueios à internet e às mídias sociais têm impacto em diversos direitos humanos assegurados por declarações e tratados internacionais. O Advogado e Professor de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), João Pedro Seefeldt Pessoa, explica que o direito ao acesso à internet, à informação e à inclusão digital são comprometidos quando ocorrem os cortes. “A restrição do acesso à internet compromete a própria democracia, especialmente quando limita o exercício dos direitos de cidadania pelos usuários”, comenta Pedro.

A população ainda pode ficar vulnerável em diversas frentes, como esclarece a Pesquisadora Júnior de Direito e Tecnologia do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio, Celina Carvalho: “A interrupção do acesso à internet impede o pleno gozo de uma série de direitos e liberdades fundamentais, especialmente o direito à liberdade de expressão e opinião, acesso à informação e liberdade de reunião e associação”.

O Professor Universitário, Advogado e Doutor em Diversidade Cultural e Inclusão Social – FEEVALE/RS, Luciano de Almeida Lima, ainda destaca que a liberdade de expressão é um dos principais direitos violados pelos cortes à internet e às mídias sociais. “Não podemos ignorar que o direito de liberdade de expressão integra a concepção de dignidade da pessoa humana, representando, de outra parte, fundamento necessário à sobrevivência do Estado e da própria democracia”.

“Um bloqueio total da internet pode refletir uma atmosfera de repressão política, censura, violação dos direitos humanos ou a ausência de um Estado Democrático de Direito. Essas restrições podem representar um impacto à democracia justamente porque a ideia de democracia vem acompanhada do reconhecimento de direitos fundamentais de liberdade que tornam possível uma participação política guiada por um senso de agência do indivíduo”, afirma Celina.

Apesar disso, os apagões continuam em curso e atingiram o ápice em 2021. Neste ano, foi registrado o mais longo período de corte na internet em uma democracia. Durante quatro meses, entre 4 de agosto de 2020 e 5 de fevereiro de 2021, o povoado de Jammu e Kashmir, na Índia, ficou sem acesso à internet. De acordo com o governo, os cortes foram feitos durante períodos de operações militares como uma “medida de precaução” e uma forma de “restaurar a ordem” diante de ações terroristas no povoado.

Os cortes na internet são comuns na Índia. Na foto, protestos no país em 2019. Foto: Anushree Fadnavis/Reuters

Apenas neste ano, a Índia já realizou 25 bloqueios à internet e às mídias sociais. Além de Jammu e Kashmir, outras medidas de restrição no país acontecem durante os Protestos dos Agricultores, que se concentram em Nova Délhi e nas cidades ao redor da capital. O governo afirmou que os cortes são realizados para evitar desinformação sobre os movimentos sociais. Porém, especialistas afirmam que é uma tentativa de barrar a organização de novas manifestações.

Jordânia, Senegal, Rússia, Cuba e Bangladesh também empregaram bloqueios à internet e às mídias sociais em períodos de protestos. O governo de Cuba, por exemplo, fez dois cortes neste ano: em janeiro, quando realizou o bloqueio, por duas horas, ao acesso às mídias sociais e aplicativos de mensagem em meio a manifestações contra o governo; e, em julho, quando impôs um apagão no dia do início de novos protestos. Whatsapp, Facebook, Instagram e alguns servidores do Telegram ainda estavam restritos em Cuba, na data de término da reportagem.

De acordo com a organização Access Now, “os governos estão usando interrupções na rede como uma ferramenta não apenas para impedir e desarticular o protesto em si, mas também para ocultar as violações dos direitos humanos comumente associadas aos protestos”. Caso do Irã, que nos meses de janeiro e fevereiro cortou o acesso ao aplicativo Signal e à internet móvel para, supostamente, esconder a repressão às manifestações sociais em alguns locais do país.

20 países cortaram a internet em 2021. Imagem: Picture Alliance.

“Em países onde a democracia não é uma realidade, o bloqueio da internet é utilizado como forma de reprimir essas manifestações sociais, mantendo as pessoas dominadas por essa repressão política. Assim, além de violar direitos, esse bloqueio tem a capacidade de impedir, ou ao menos dificultar muito, a organização da sociedade para os movimentos sociais – que são essenciais em uma democracia, mas não são bem-vistos em países repressivos e autoritários”, relata a Professora, Advogada e Doutoranda em Direito, Bruna Bastos.

Esse é o caso de Mianmar, país do sudeste asiático que é governado por uma Junta Militar, desde o golpe de Estado em fevereiro de 2021. Logo que chegaram ao poder, os militares estabeleceram um “toque de recolher” da internet, que era bloqueada durante toda a madrugada e voltava a funcionar perto das nove da manhã. Em março, a Junta Militar baniu o uso do Twitter, do Facebook e do Instagram. Apenas em abril, a internet à cabo e a fibra óptica foram reestabelecidas. Porém, a internet móvel, usada pela maior parte da população no país, continuava bloqueada.

Outro período recorrente de cortes na internet é em época de eleições. Neste ano, Uganda, Níger, Congo e o Chade realizaram bloqueios durante o pleito. Na Uganda aconteceu um apagão de todos os serviços digitais por quatro dias. O acesso à internet no país já é limitado desde 2018, quando foi criada uma taxa diária para uso das mídias sociais, chamada Over the Top (OTT).

Os objetivos e os efeitos dessa medida em período eleitoral são diversos, como explica o Advogado João Pedro: “Os apagões da internet em época de eleições podem levar à desinformação, quando o usuário não consegue ter acesso a uma diversidade de informações para escolher ou criticar um candidato, bem como, ao desmantelamento de manifestações políticas, com o fim de impedir a liberdade de expressão e silenciar opiniões dissonantes ou contra hegemônicas. Os apagões acabam sendo utilizados por aqueles que querem se manter no poder, de forma ilegítima, e promover uma campanha de desinformação e confusão no povo”.

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Pandemia e cortes na internet: vácuo de informações, assistência e cidadania

A pandemia do coronavírus intensificou o uso da internet e das mídias sociais. Logo, seu bloqueio dificulta que a população tenha acesso a informações durante esse período. “Apagões ou limitações à internet podem interferir no comércio eletrônico, em aplicativos de reserva de vacina, em videoconferências ou mesmo no acesso a informações vitais sobre o vírus da covid-19”, aponta Celina Carvalho.

Os bloqueios em Jammu e Kashmir, na Índia, por exemplo, impediram o trabalho de organizações de assistência humanitária. “Nossos voluntários não conseguiram identificar quem precisava de ajuda”, relatou Bilal Khan à Fundação Thomson Reuters. Khan é membro da Athrout, equipe que fornece ajuda médica e alimentação ao povoado de Jammu e Kashmir.

Além disso, outros impactos de cortes à internet no período atual podem ser observados. Para Bruna Bastos, os bloqueios durante a pandemia tornam-se mais graves, pois violam e adentram em outros direitos além da liberdade de expressão e acesso à informação.

Luciano de Almeida Lima também se posiciona nesse sentido: “Tente imaginar se você ou seus filhos não pudessem ter acesso a aulas online, a serviços públicos digitalizados ou à possibilidade de continuar suas atividades de trabalho como reuniões e vendas. A resposta é muito simples. Você não ficaria excluído simplesmente da internet, você ficaria excluído completamente da cidadania”.

Com a consciência disso, governos utilizam a internet como uma ferramenta para silenciar a população e promover um apagão não somente nas redes, mas em todos os direitos humanos e fundamentais. Entre contradições e tendências autoritárias, os cortes na internet colocam em evidência as democracias em xeque no mundo.

Texto produzido pela acadêmica Laura Gomes na disciplina de Jornalismo Internacional, do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN). Orientação: Profª Carla Torres.

Nesta terça-feira, dia 08/06, ocorreu a segunda live da série Jornalismo UFN: Trajetórias e contou com a participação da jornalista Joyce Noronha Rodrigues. A série marca os 18 anos do Curso de Jornalismo na Universidade Franciscana e a cada duas semanas, às 18h, pessoas que fizeram parte do Curso participam como convidados.

Joyce graduou-se em 2011 e atualmente está na assessoria de comunicação da Prefeitura de Santa Maria. Entre 2013 e 2017 trabalhou no jornal A Razão e no jornal Diário de Santa Maria de 2017 até 2020, também atuou como repórter na Rádio Santamariense entre 2013 e 2014 e, ainda como estudante, foi assessora de comunicação dos Cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda do então Centro Universitário Franciscano (hoje UFN). Ela também fez parte da assessoria de comunicação da empresa CVI – Coca-Cola em 2010.

Na live realizada no Instagram do Curso de Jornalismo (@jornalismoufn) e apresentada pela professora e jornalista Carla Doyle Torres, a jornalista Joyce Noronha Rodrigues comentou que ficou emocionada com o convite e abordou vários assuntos, como a passagem pelo curso e alguns momentos marcantes na Universidade. Comentou também sobre sua carreira como jornalista e suas passagens por rádio e hoje na Prefeitura de Santa Maria.

Joyce comentou também como está sua rotina agora, como assessora de imprensa da Prefeitura, afirmando que foi uma grata surpresa a área de assessoria, e que possui muitas semelhanças com uma redação.

Para finalizar, Joyce Noronha Rodrigues respondeu alguns questionamentos feitos na live por seguidores do Curso e ainda deu algumas dicas para quem sonha em ser jornalista, como assistir ao filme Mera Coincidência, de 1997.

O vídeo está disponível no perfil do Curso de Jornalismo do Instagram, @jornalismoufn, para acessar e saber mais clique aqui.

Na próxima terça-feira, às 20h, ocorre a continuação da série Jornalismo: Futuro do Presente, também no Instagram do Curso, com a apresentação da professora e jornalista Glaíse Palma que entrevista Marcela Donini, editora-chefe do Matinal Jornalismo.

 

Na última semana iniciaram as gravações do curta-metragem “Sinais”. O projeto está sendo desenvolvido por estudantes da disciplina de Cinema II do curso de Jornalismo da UFN. 

Durante o mês de maio, o grupo se reuniu e desenvolveu remotamente o curta-metragem, para exercitar os conteúdos aprendidos em aula. As gravações estão sendo realizadas em formato híbrido, com três atores em set de filmagens, montados na UFN, e o restante da equipe presente por videochamada. A equipe é composta por dez integrantes, e está sendo dividida em pequenos grupos para acompanhar cada set, intercalando os horários e seguindo os protocolos de segurança. 

 O curta tem roteiro de Lavignea Witt, com direção de Denzel Valiente. Na produção estão Matheus Andrade, Laura Gomes e Ariel Portes, na direção de arte Kauan Costa, Caroline Miranda, Luana Giacomelli e Felipe Monteiro, e Emanuely Guterres na assessoria de comunicação. A produção tem orientação da professora Neli Mombelli e conta com o apoio técnico de Alexsandro Pedrollo na direção de fotografia, Jonathan de Souza na edição e finalização de imagem e Alan Carrion na edição de som. Fazem parte do elenco, Vithoria Trentin, Carla Torres, Eduarda Rodrigues, Eduardo de Prá, Walquíria Lerina e Lucas Pereira. 

 “É uma experiência grandiosa, tendo em vista todos os processos até as gravações. Estar fisicamente presente neste projeto possibilita muito conhecimento, ainda mais vivendo em períodos de distanciamento como esse. Acredito que, como eu, meus colegas também curtiram muito a atividade, com certeza sairemos da disciplina com muito mais gosto pela área do cinema e pelo que ele promove”, comenta Emanuely. 

  “Sinais” retrata uma cena corriqueira da pandemia – as aulas da graduação síncronas no formato online. Contudo, o isolamento, além de modificar rotinas, também expôs algumas pessoas a certos tipos de violência, sobretudo, as domiciliares. O curta alerta que os detalhes de comportamentos podem revelar pedidos de ajuda, que são ainda mais silenciados pelo distanciamento social.

  “A ideia  do tema “violência contra a mulher” surgiu depois que vi um vídeo publicitário em uma rede social sobre o assunto. O vídeo também foi produzido durante a pandemia, só que a mulher conseguiu ajuda de uma amiga quando começou a sofrer violência, e eu quis retratar a versão contrária, que é quando a mulher é violentada e a situação passa despercebida pelas outras pessoas, sem que ela receba nenhuma ajuda e suporte”, relata Lavignea Witt.   “Escrevi o roteiro com a ideia de trazer a realidade dura que é a violência contra a mulher. Muitas mulheres que sofrem com isso não têm assistência nenhuma, e eu acredito que seja por isso que ainda haja altos índices de feminicídio no país. Então eu queria que esse curta servisse de alerta para as pessoas, que se atentem aos sinais dessas mulheres para que elas possam ser ajudadas”, acrescenta a acadêmica de jornalismo e roteirista do curta. 

  A data de lançamento de Sinais está prevista para o dia 16 de Julho. Nesta semana, outra equipe irá rodar o curta-metragem Conexão Restabelecida