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Ciência e Pesquisa tomam forma no SEPE 2022

Teve início hoje, terça-feira , 25 de outubro, o Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento é realizado no Conjunto III da UFN e tem o objetivo de integrar as ações desenvolvidas no Ensino,

Qual o verdadeiro papel da indústria farmacêutica?

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UFN: XXIV SEPE começa hoje em plataforma virtual

O XXIV Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE, da Universidade Franciscana acontece de hoje, quarta-feira, 25, até sexta-feira, 27, de modo remoto e tem como tema o debate sobre  Educação e ciência: aliança em favor

Fiocruz: há 120 anos no desenvolvimento científico

Não é de hoje que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem imensa importância sobre os principais estudos científicos do Brasil. Ao longo dos anos gerou diversos avanços e corroborou com a permeabilidade da ciência em solo

SEPE tem Conferência de abertura

Na manhã desta terça-feira, 20, ocorreu a 1º Conferência marcando a abertura do XXIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). A conferência teve início às 9h30 na sala de conferências no prédio 16 do conjunto III

Pint of Science em Santa Maria pela primeira vez

O Pint of Science é o maior festival de divulgação de ciência que ocorre no mundo. Ele tem por objetivo levar os cientistas para perto do público leigo para conversarem sobre desenvolvimentos científicos contemporâneos de uma forma

Internet das coisas foi tema da palestra na UFN

A palestra “Internet das coisas, tecnologia assistida e designer circular” foi o tema da palestra da designer Mariana Pinheiro, nesta quinta-feira, 25, na Universidade Franciscana. Pinheiro é professora do Instituto de Tecnologia Rochester, nos EUA, e especialista

Teve início hoje, terça-feira , 25 de outubro, o Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). O evento é realizado no Conjunto III da UFN e tem o objetivo de integrar as ações desenvolvidas no Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação em âmbito acadêmico, tecnológico e comunitário, socializando conhecimentos, experiências, produtos e ideias entre pesquisadores e estudantes da UFN e de outras instituições. Durante o evento são realizados painéis temáticos, bem como sessões de pôsteres e apresentações orais dos trabalhos científicos.

A exposição de pôsteres ocorreu no hall do Prédio 15, no Conjunto III da UFN. Imagem: Julia Buttignol.

No primeiro dia foram expostos 35 pôsteres trabalhos científicos da área da Saúde. Pedro Aquiles dos Santos é acadêmico do curso de Fisioterapia na UFN e apresenta um trabalho sobre o uso de aromaterapia no tratamento da rinite: “É muito importante expôr na SEPE, principalmente falando de saúde. A rinite afeta cerca de 500 milhões de pessoas no mundo, é importante mostrar que existem tratamentos eficazes para essa condição, sendo um desses a aromaterapia”.

Pedro Aquiles dos Santos é acadêmico do curso de Fisioterapia na UFN. Imagem: Ian Lopes

Cristiano dos Santos Siqueira cursa Biomedicina pela UFN e também destaca a importância da exposição da pesquisa: “Nosso trabalho destaca um problema de saúde acontecendo no Brasil nesse momento. Candida Auris é um fungo altamente resistente que ataca principalmente pessoas com imunidade comprometida. Os casos acabaram aumentando recentemente devido a Covid-19 e nesse trabalho analisamos o contágio, sintomas, detecção e tratamento do fungo.” . A programação da SEPE pode ser acompanhada por meio do site do evento.

O vídeo conta a história de Sofia, uma menina que queria ser cientista. Imagem: Divulgação.

Grupo de teatro da UFN lança vídeo-peça educativo produzido durante a pandemia. A produção está disponível no Youtube e conta a história de uma menina que queria ser cientista.

O Grupo Todos ao Palco, vinculado à Universidade Francicana desde 2012, teve seu projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura de Santa Maria em 2019. A ideia inicial era de desenvolver o trabalho em formato presencial, ensaiando e apresentando a peça em espaços públicos e centros comunitários da cidade em 2020. Possuindo como ideia principal fortalecer o fascínio pela ciência entre jovens e adolescentes em ambiente escolar, a produção teve que ser alterada por conta do início da pandemia da Covid-19. O grupo optou por um formato audiovisual diferenciado, incluindo também pesquisas referentes a vacinação contra o vírus. Os integrantes do elenco gravaram algumas cenas em suas casas com seus próprios celulares e outras foram realizadas presencialmente com o menor número de participantes possível e respeitando as restrições referentes a pandemia. A edição foi feita sem que houvesse nenhuma reunião presencial da equipe.

Nomeado Menina, Feminina e Cientista o vídeo-peça em formato de ‘falso documentário’ conta a história de Sofia. Já adulta a personagem relata como foi sua luta para realizar o sonho de ser cientista e como é sua rotina de trabalho como pesquisadora em um dos laboratórios responsáveis pela fabricação da vacina contra a Covid-19. O vídeo possui depoimentos atuais e em formato de lembranças de outros personagens sobre a trajetória de Sofia.

O projeto tem como um de seus objetivos fortalecer a ideia de que pais e professores devem incentivar os jovens a seguirem seus sonhos. A jornalista, especialista e crítica de cinema, Bianca Zasso comenta sobre o trabalho realizado pelo grupo teatral: “Fico pensando se tivesse assistido algo assim nos meus tempos de escola. Tantas meninas apaixonadas por ciências (e por arte também) às vezes só precisam de uma voz de apoio, uma inspiração para seguirem em frente. Tomara que este trabalho chegue a muitos estudantes e professores. É iluminando sonhos que a gente melhora o mundo.”

Luiz Alberto Cassol, cineasta e documentarista, também responsável pelo roteiro, produção e direção geral do projeto comentou: “Menina, Feminista e Cientista trata acima de tudo sobre a liberdade de escolha. A liberdade de seguir aquilo que se quer ser; tanto profissionalmente, quanto pelas causas que se deseja engajar na vida. O trabalho fala sobre a liberdade de sonhar e seguir esses sonhos e possibilita um diálogo amplo na escola de como uma inspiração, um impulso, uma palavra, um apoio, pode fazer como que isso aconteça. É também perceber que durante a pandemia, e com todas as restrições sanitárias e de afastamento, a produção artística está sempre em construção (como este trabalho). É importante debater com professores e alunos o que instigou esse processo de criações artísticas.”

O vídeo esta disponível no Youtube (Menina, Feminina e Cientista) para que todos tenham acesso e possam refletir sobre a importância do incentivo aos sonhos das meninas e meninos na escola.

Foto: arquivo ACS

Há anos a indústria farmacêutica opera em prol da criação de novos medicamentos e pesquisas frente à doenças que, muitas vezes, são consideradas incuráveis. Porém, por detrás dos bastidores, a “esgotosfera” da sistematização financeira liga o público à falsas esperanças, enquanto se alimenta de seu dinheiro.

O artigo A corrupção institucionalizada da indústria farmacêutica, de Philippe Rivière, publicado no jornal Le Monde Diplomatique, em 2003,  já  destacava a influência da organização farmacêutica mundial acima de médicos e pesquisadores, por meio de uma corrupção onde o consumidor é a principal fonte de renda.

Constata-se hoje que 50% do mercado mundial de remédios está dividido entre  10 maiores firmas farmacêuticas do mundo.  A partir desta informação se pode cogitar o acesso deliberado e a vasta quantidade de remédios à disposição do público… mas não é bem assim. No Hemisfério Sul, por exemplo, centenas de pessoas vão a óbito por não terem acesso à grande parte dos medicamentos ou por serem mantidas em tratamentos longínquos para doenças “incuráveis”. Dentre estas, destacam-se o Câncer, a Diabetes e o Alzheimer.

O ser humano, principalmente o mais pobre, acaba por ser uma vítima deste sistema, e no qual tratamentos simples e remédios baratos poderiam resolver inúmeros problemas de saúde. Mas, quando o lucro fala mais alto, é preferível agir sem serenidade e alienar a população numa Matrix, onde os que a questionam e almejam explorar a camada submersa deste iceberg, geralmente acabam barrados por depoimentos de médicos ou empresas do ramo. O que não se sabe, é que em grande parte das vezes, ambos são totalmente ligados ao lucro destes tratamentos.

O artigo referido destaca casos de escândalos financeiros na Itália, onde a polícia local descobriu um sistema informatizado que viabiliza o acompanhamento de laboratórios por meio das farmácias. Um esquema de corrupção que envolveu 2.900 médicos em desvios de propina. Dinheiro este que estava totalmente ligado à política local, financiando campanhas eleitorais.

A partir destes tópicos é possível questionar se vale a pena seguir achando que tudo está ocorrendo de maneira séria, quando muitos ‘porquês’ geram dúvida frente aos remédios e aos tratamentos indicados? E para onde este dinheiro vai? Obviamente não é todo mercado financeiro ligado ao uso de remédios que age de má fé, mas o abuso sobre os que têm menos condições de se auto-sustentar seguirá enquanto não os questionarem, mesmo havendo provas dos referidos desvios de verba, de tantas empresas envolvidas.

E leva a pensar sobre a responsabilidade destes laboratórios neste momento em que o mundo enfrenta uma pandemia que já ocasionou milhões de mortes. Não seria o momento de uma ação global para que as pesquisas fossem compartilhadas e todos pudessem ter acesso à vacinação?

 

UFN.Foto: Assecom

O XXIV Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE, da Universidade Franciscana acontece de hoje, quarta-feira, 25, até sexta-feira, 27, de modo remoto e tem como tema o debate sobre  Educação e ciência: aliança em favor da vida. 

O evento foi aberto na manhã de hoje com a conferência  Bioética e ciência: desafios e potencialidades das pesquisas em COVID-19 proferida pelo  médico e pesquisador José Roberto Goldim, responsável pelo Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do Centro de Pesquisa Experimental do Hospital de Clínica de Porto Alegre (HCPA) e professor na URFGS e PUCRS.

Durante a tarde, a cientista brasileira  Ana Andreazza, pesquisadora na Universidade de Toronto, Canadá,  vai debater o potencial uso de produtos naturais contra a COVID-19, e o professor Antônio Gomes da Universidade Federal do Ceará – UFC, traz o tema do papel da ciência para o desenvolvimento humano.

O primeiro dia do evento encerra com o debate sobre os rumos da educação e da ciência na pós pandemia,  tendo como palestrante o professor Jelson Roberto de Oliveira, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, membro da “The Posthuman Latin-American Network” e diretor-fundador da Cátedra Hans Jonas da PUC/PR, criada em 2020.

Na quinta, 26, os temas são: Os avanços em práticas de tecnologias mais limpas e sustentáveis no tratamento de efluentes; O Design de propósito para a vida pessoal e profissional; COVID-19: perspectivas das pesquisas clínicas sobre vacinas e medicamentos em Santa Maria e Região; Centralidade das políticas públicas para a reconstrução do Estado social no Brasil: educação e o resgate da cidadania.

E na sexta,  27,  os debates envolvem Tecnologia, informação e formação de pessoas; Pesquisa em ensino e educação, atualidades e perspectivas; Empreendedorismo, inovação e o impacto nas pessoas; Empreendedorismo e criatividade: o futuro do trabalho.

A atual edição do SEPE tem mais de 600 inscritos entre ouvintes e participantes, 461 trabalhos a serem apresentados resultantes de pesquisa e iniciação científica e também irá premiar os bolsistas que se destacaram no período 2019/2020.  Os premiados tiveram seus trabalhos classificados entre 102 projetos avaliados nas áreas de Ciências da Saúde, Tecnológicas, Humanas e Sociais.

Não é de hoje que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem imensa importância sobre os principais estudos científicos do Brasil. Ao longo dos anos gerou diversos avanços e corroborou com a permeabilidade da ciência em solo nacional, embora saiba-se que nos últimos anos, abalos na política governamental foram suficientes para desvalorizar o que foi construído ao longo dos anos.

O Instituto Fiocruz foi fundado no dia 25 de maio de 1900 pelo cientista e médico, Oswaldo Cruz. Desde então,  operou em prol do desenvolvimento de estudos que pudessem colaborar com o crescimento científico no país. Dentre as marcas deixadas pela instituição, consagraram-se: inauguração do Laboratório do Serviço Especial de Profilaxia da Febre Amarela (pela Instituição Rockfeller) em 1937;  construção de laboratórios de tecnologia em produtos biológicos, em 1976;  Laboratório Central de Controle de Drogas, em 1981; criação da Superintendência de Informação Científica, em 1986; isolamento do vírus da aids (HIV), em 1987; recebimento do prêmio mundial em saúde pública, em 2006.

Tendo em vista todos triunfos obtidos, percebe-se no momento atual uma desestrutura histórico social no Instituto, acarretada pela nova base estatal. Mas por que há de se considerar isto? Por meio da trajetória de pesquisas jornalísticas atuantes nos avanços de estudos da ciência, o Instituto Fiocruz quebrou barreiras do que se diz respeito às descobertas da área. Foi renomado como um dos principais órgãos científicos do país, a partir das tentativas de aproximação da ciência com as pessoas.

Parte de todo progresso deve-se aos investimentos que, compulsoriamente, foram realizados de modo constante, após a Ditadura Militar vivida no país. Época esta que remete a um dos períodos mais árduos experienciados pelo setor, já que na época muitos cientistas foram obrigados a abandonar seus cargos, enquanto outros impedidos de trabalhar em qualquer órgão que recebesse apoio governamental.

Por outro lado, no final da década de 80, o Instituto Fiocruz voltou a receber certa valorização nacional, após fim da Ditadura Militar. Investimentos foram recapitulados e novas fundamentações foram estabelecidas, a fim de ressaltar o âmbito científico frente ao povo. Porém, a partir da década de 90, as editorias voltadas à política e esporte ganharam espaço na mídia, o que dificultou a ciência permanecer entre os tópicos mais buscados pelo povo.

Após o governo Lula assumir o poder no começo dos anos 2000, a Fiocruz seguiu recebendo altos investimentos a fim de alavancar a ciência nacional e formar relações internacionais. Essas que auxiliaram a Fundação a tornar-se renomada mundialmente.

Após a nova ordem governamental de 2018, com a posse do presidente Jair Bolsonaro parte dos investimentos voltados à área científica foram cortados. Fator este que impossibilitou uma parcela do que era destinado à ciência,  permanecesse como base das aplicações financeiras.

Centro Hospitalar Covid-19 (Fundação Oswaldo Cruz) – Foto: Raquel Portugal/ Acervo Fundação Oswaldo Cruz

Mesmo com toda situação vivenciada, estudos continuaram sendo realizados. E mesmo com as dificuldades reportadas, a rede celebrou em 2020, 120 anos de contribuições científicas nos setores da ciência e saúde ao povo brasileiro. Em pouco menos de dois meses, também foi inaugurado o Complexo Hospitalar para atender pacientes com diagnósticos graves da Covid-19, o que consequentemente, assegura a organização como referência da Organização Mundial da Saúde (OMS), para as Américas. De fato, um grande progresso numa época em que houveram pouquíssimos investimentos.

No decorrer dos últimos meses, a Fiocruz passou a adotar novas responsabilidades sobre o ensaio clínico Solidariedade, da OMS. Este tem como foco, analisar quatro possibilidades de tratamentos para o vírus da Covid-19. Neste âmbito, três áreas estão envolvidas. São elas: coordenação do Instituto nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI); Arrecadação de parte dos medicamentos de Farmanguinhos (Instituto de tecnologia em fármacos); Apoio da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz).

Além das pesquisas, usualmente, a instituição promove palestras e debates sobre a Covid-19, com intuito de disseminar conscientização coletiva e abordar os acompanhamentos nos estudos realizados. O portal tornou-se mais do que nunca, um dos principais canais informativos do Brasil, com foco específico à ciência e saúde. Um dos pontos mais interessantes, é o alto índice de compartilhamentos de conteúdos voltados à estudos de medicamentos, tratamentos, hospitalizações e cursos de extensão para entendimento da área. Alguns destes disponibilizados como notícias, enquanto outros como podcasts.

O instituto mostra com o tempo, que além de promover a viabilização de dados às pessoas, o foco passa a ser também, no processo de entendimento das mesmas. Um exemplo que pode ser dado, são nas divulgações de acompanhamento dos estudos sobre a doença. Nestas, encontram-se interconexões noticiosas, onde diferentes publicações são relacionadas por meio de ferramentas no site, bem como por hiperlinks, a fim de gerar uma linha de raciocínio para usuários que não costumam acessar o site. Dentre algumas pesquisas, destacam-se: ‘Risco de exposição de profissionais da saúde”; “Mapeamento de hábitos da população brasileira durante o isolamento social” e “Circulação do Covid-19 nas Américas e Europa, sem detecção governamental”.

A partir de todas especificações, percebe-se a responsabilidade adotada pela fundação, que mesmo com menos verba e passando por um surto mundial, atua como um dos principais canais informativos de ciência da América Latina, além de corroborar com o desenvolvimento de vacinas para combater a Covid-19. Talvez este seja mais um passo que propicie a compreensão, do quão importante a ciência é para o mundo.

Matéria produzida para a disciplina de Jornalismo Científico.

A última tarde do XXIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Franciscana, trouxe como tema para debate as prospecções e tendências na área de tecnologia de informação. O painel que tratou desse assunto fazia parte do eixo “Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável III – TIDS” e ocorreu no prédio 16 do Conjunto III – UFN.

Foram convidados três especialistas para falarem sobre o tema. A mesa foi composta pelo Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Zamberlan, Prof. Dr. Mirkos Ortiz Martins e Prof. Dr. Sylvio André Garcia Vieira – UFN, todos da instituição.

Prof. Dr. Mirkos em momento de fala. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

O primeiro foi o professor Mirkos que realizou uma breve apresentação relatando sua caminhada profissional. O professor possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e mestrado e doutorado em Nanociências pela UFN. Mirkos tem experiência na área de modelagem e simulação, com ênfase em Nanociências, atuando principalmente no desenvolvimento, simulação ab initio, computação científica e interdisciplinariedade. Atua como professor dos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação nas disciplinas de compiladores, modelagem e simulação e complexidade de algoritmos.

Mirkos conta o quanto o tema engrandeceu sua carreira profissional e ainda fala em como a área científica possibilita parcerias e contatos importantes, como foi o caso de quando realizou uma parceria com outro professor, o que gerou autoria em livros. “Não pode desistir da pesquisa”, enfatiza Mirkos quando relembra das dificuldades que teve durante seus estudos e que sempre viu motivos para não os abandonar. Para encerrar ele ainda mostrou os projetos em andamento de seus alunos.

Professor Dr. Sylvio relatando sua trajetória profissional no SEPE. Foto: Denzel Valiente/LABFEM

O próximo foi o professor Sylvio, que também trouxe um pouco da sua jornada profissional para os presentes no evento. Sylvio explicou todo seu estudo baseado em Nanociência, que foi tema da sua pós-graduação. A pesquisa permitiu que o professor experimentasse a informática aplicada às ciências da vida, assim contribuindo com pesquisas em áreas diferentes da computação. Por conta disso, ele pode desenvolver pesquisas relacionadas a bioinformática,  que uniram a velocidade e a precisão dos computadores, resolvendo relações biológicas em grandes quantidades de dados. Ou seja, a verificação de possíveis atividades no corpo que cada ser humano tem chances de vir a ter.

O professor Sylvio explicou todo o processo especializado que foi  realizado durante a investigação, que gerou tempo e muito estudo. O professor também orienta jovens dentro da Universidade e acompanha pesquisas na área.

Prof. Dr. Alexandre encerrou a mesa de debates sobre as tendências na área de tecnologias de informação. Foto: Beatriz Ardenghi/LABFEM

Por fim, foi o momento do professor Alexandre que é graduado em Informática pela Unijuí, tem especialização em Sistemas de Informação e Telemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestrado em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e doutorado em Nanociências pela UFN com ênfase em modelagem e simulação de biossistemas e nanomateriais pela abordagem de Sistemas Multiagentes.

Alexandre é  professor assistente IV dos cursos de Ciência da Computação, Jogos Digitais e Sistemas de Informação da instituição e possui experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Inteligência Artificial, atuando principalmente em teoria e modelagem de agentes e sistemas multiagentes, simulação multiagente em ambientes nanoparticulados, engenharia do conhecimento e sistemas de conhecimento.

Durante seu momento de fala ele relatou todo o percurso de sua trajetória profissional, explicando cada etapa da sua pesquisa. Ainda apresentou os trabalhos e os projetos que produziu e os que estão em andamento.

O painel ainda oportunizou um momento de questionamento feito pelos alunos e interessados no assunto. A mesa serviu como um enriquecimento de conteúdo e como uma forma de motivação para a necessidade de persistir na pesquisa, enfatizando que, embora aja dificuldades, é sempre preciso estimular a pesquisa nas universidades do país.

Conferência de abertura do Sepe. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Na manhã desta terça-feira, 20, ocorreu a 1º Conferência marcando a abertura do XXIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE). A conferência teve início às 9h30 na sala de conferências no prédio 16 do conjunto III da Universidade Franciscana (UFN). O conferencista foi o Professor Dr. Odir Antônio Dellagostin que apresentou o tema “Panorama da ciência e tecnologia no Rio Grande do Sul e no Brasil”.

Dellagostin é diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), coordenador da área de biotecnologia da Capes e professor  na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O professor começou sua palestra com a questão “quem são os nossos cientistas?”.

Durante a manhã foram apresentados os financiamentos de pesquisa, bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e orçamentos da Capes para bolsas de estudo. Dellagostin ainda apresentou dados para retratar a situação do Rio Grande do Sul e do Brasil no ramo da pesquisa e do desenvolvimento.  Segundo o professor é impressionante o aumento de doutores atuando na pesquisa, porém que necessitam de recursos. O Rio Grande do sul possui a 4º colocação entre os estados com mais profissionais que tem doutorado e permanece no caminho da pesquisa, com uma alta densidade na força de trabalho.

No RS o destaque no crescimento e na qualidade dos cursos à nível internacional qualificam a Pós-Graduação  como uma das melhores do país.  Já no Brasil o senso de indicadores de iniciativa cientifica coloca o país em 14º  produtor científico, tendo em vista a publicação de mais de 80.000 artigos em 2018. “Poderíamos estar melhor colocados, mas é visível a trajetória de sucesso que estamos trilhando como o crescimento contínuo e acelerado na produção científica”, comentou Dellagostin. São Paulo possui 40% da produção científica do Brasil e o RS abraça 50% da produção científica na região sul. Somente a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) produz 45% de pesquisa no RS.

Conferencista apresentando novo projeto. Foto: Mariana Olhaberriet/LABFEM

“Somos um estado produtor de conhecimento” encerra Dallagostin. Em relação ao desenvolvimento tecnológico a contribuição do RS na produção científica e de patente possui um crescimento  lento. O Brasil  cresce com a produção de artigos, mas tem ritmo menos acelerado com as patentes.

Dallagostin encerrou a manhã falando sobre as ações e projetos da FAPERGS, bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado e apresentando o novo projeto ‘Doutor Empresário’ que visa ajudar com bolsa aqueles que têm interesse em investir em pesquisa. Esse projeto procura promover uma formação em empreendedorismo pois, como afirmou o palestrante: “O futuro se faz com a pesquisa e a pesquisa se faz com recursos”.

 

Divulgação da 3º Mostra de Ciência e Matemática. Imagem: UFN

A 3º Mostra de Ciências e Matemática de Santa Maria está com as inscrições abertas até 5 de setembro para expositores e visitantes, podendo ser realizadas no site da UFN.  Nesta edição o tema que será abordado é “Cultura Digital e Educação: avanços e desafios da ciência e tecnologia”. A mostra tem data marcada para o dia 24 de outubro, no hall do prédio 15, situado no conjunto III da Universidade Franciscana.

A mostra faz parte do Espaço Ciência e possui como objetivo a contribuição com a alfabetização científica dos jovens da educação básica, com intuito de despertar vocações cientificas e tecnológicas, assim estimulando estudantes para que sigam uma carreira cientifico-tecnológico.

A participação é efetuada como expositor ou visitante e em ambas os casos deve ser realizada a inscrição, que é gratuita e deve ser feita pelo site. Para os expositores, podem ser formados grupos de até 3 alunos, desde que estejam regularmente matriculados na rede de ensino pública ou privada do município e estejam acompanhados por um professor orientador. A modalidade de expositor é dividida em 4 categorias, sendo elas: 1ª categoria: Ensino Fundamental – séries iniciais (1º ao 5º ano); 2ª categoria: Ensino fundamental – séries finais (6º ao 9º ano); 3ª categoria: 1ª e 2ª série do Ensino Médio; 4ª categoria: 1ª e 2ª série da Educação profissional técnica de nível médio.

A ação tem como objetivo assentar o espaço científico permanente na UFN, denominado Espaço Ciência, proporcionando um espaço direcionado para realização de mostras científicas de alunos e professores do ensino fundamental, médio e educação profissional técnica de nível médio de Santa Maria, para assim promover uma maior divulgação da ciência e da tecnologia para a sociedade. Com a oferta de oficinas interdisciplinares de formação continuada para professores da educação básica, o movimento procura promover a participação dos discentes do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIMAT) como orientadores de atividades de pesquisas relacionadas ao tema das edições do Espaço Ciência.

14/10/2019 – Quinta-feira

12h30 às 13h30 – Credenciamento

13h30 às 14h – Abertura

14h às 18h30 – Mostra de trabalhos
18h30 às 19h – Premiação e encerramento

Local: Universidade Franciscana, Conjunto III (Rua Silva Jardim, 1175), Hall do Prédio 15

O Pint of Science é o maior festival de divulgação de ciência que ocorre no mundo. Ele tem por objetivo levar os cientistas para perto do público leigo para conversarem sobre desenvolvimentos científicos contemporâneos de uma forma interessante, divertida, envolvente e acessível, em um ambiente descontraído de bares das cidades.
Chegou ao Brasil como um projeto piloto na cidade de São Carlos, em 2015. Logo, o evento conquistou as pessoas pela forma descontraída com a qual explica a dinâmica das pesquisas. Em 2016, foram sete municípios; em 2017 o festival esteve em 22 cidades e em 2018, foram 56 participantes! Este ano, 2019, o Brasil está em primeiro lugar com 87 cidades recebendo o festival; em segundo está a Espanha, com 72.
O festival acontece anualmente no mês de maio e simultaneamente em várias cidades do mundo. Em 2019, o evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de maio, entre 19h30 e 22h. Santa Maria está entre as 87 cidades brasileiras e realizará o evento nos bares Biroska (situado na Avenida Presidente Vargas, 2050) e Paiol (situado também na Avenida Presidente Vargas, 1892). A organização local está sob responsabilidade da Professora Dra Minéia  Weber Blattes (mineia_weber@yahoo.com.br e 55.99142-6460), representando a Universidade Franciscana (UFN) e a Pós-Doutoranda Leticia Arantes, representando a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A Assessoria de Comunicação é da Relações Públicas Fabiana Pereira (rpfabianapereira@hotmail.com e 55.99996.9360).
A programação traz assuntos de diferentes temáticas, num olhar da ciência para o público leigo, de forma descontraída, sem jargões e mantendo a credibilidade científica para a sociedade. O objetivo do festival é derrubar intermediários entre o cientista e a sociedade, estabelecendo um canal direto de conversa. O Pint of Science não tem fins lucrativos, e a atividade dos organizadores e dos cientistas não é remunerada.
Os bares não cobrarão ingresso, o público paga somente o que consumir em não precisa reservar lugares. Serão 2 bares por noite, com uma temática específica por bar e por noite. Veja a programação de Santa Maria ao final do texto.
O nome do evento se refere ao copo inglês e americano comum para se beber cervejas chamado Pint. Por trás do festival há uma equipe nacional de 10 pessoas, sete coordenadores regionais, os coordenadores dos municípios participantes e ainda os coordenadores de cada estabelecimento que recebe o festival. São voluntários, muitos professores e estudantes de pós-graduação e envolvidos na área científica das melhores universidades do país com o objetivo de explicar para a população como a Ciência funciona e suas novas descobertas.
Nascido em 2012, da iniciativa de dois pesquisadores do Imperial College que realizavam encontros em seus laboratórios sobre doenças neurodegenerativas, o festival logo conquistou os cinco continentes. Os pesquisadores Michael Motskin e Pavreen Paul recebiam pacientes e pessoas interessadas em suas pesquisas e com o sucesso do encontro se perguntaram como seria possível levar o cientista até as pessoas. Assim começava o Pint of Science; o maior festival de divulgação científica do mundo.

Programação de Santa Maria:

Dia 20.05
Bar Biroska – Av. Presidente Vargas, 2050
19h30min
Tema 1: Insetos X Humanos: uma convivência de conflitos
Palestrante: Prof. Dr. Jerson Carus Guedes
21h
Tema 2: Flores para todos: do Reino Unido para o Brasil
Palestrante: Prof. Dr. Nereu Augusto Streck

Bar Paiol – Av. Presidente Vargas, 1892
19h30min
Tema 1: A fonte da juventude existe?
Palestrante: Profa Dra Ivana Beatrice Mânica da Cruz
21h
Tema 2: E aí meu velho? Vamos envelhecer saudável?
Palestrante: Prof. Dr. Marco Aurélio de Figueiredo Acosta

Dia 21.05
 Bar Biroska – Av. Presidente Vargas, 2050
19h30min
Tema 1: Fake News: estamos sendo manipulados?
Palestrante: Prof. Ms. Iuri Lammel Marques
21h
Tema 2: Insegurança na rede: algoritmos, ferramentas e práticas
Palestrante: Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Zamberlan

Bar Paiol – Av. Presidente Vargas, 1892
19h30min
Tema 1: Uma viagem no tempo: as mudanças climáticas são recentes?
Palestrante: Prof. Dr. Otavio Costa Acevedo
21h
Tema 2: O clima esquentou? O que temos a ver com isso?
Palestrante: Profa Dra Nathalie Tissot Boiaski

Dia 22.05
 Bar Biroska – Av. Presidente Vargas, 2050
19h30min
Tema 1: O admirável mundo nanométrico
Palestrante: Profa Dra Solange Binotto Fagan
21h
Tema 2: O que os olhos não veem, mas nosso coração pode sentir
Palestrante: Profa Dra Aline Ferreira Orique

Bar Paiol – Av. Presidente Vargas, 1892
19h30min
Tema 1: Depressão: o mal do século?
Palestrante: Prof. Dr. Guilherme Vargas Bochi
21h
Tema 2: Em busca da felicidade: aspectos éticos e filosóficos
Palestrante: Prof. Dr Dejalma Cremonese
Mais informações sobre o evento local através dos organizadores ou no facebook – Pint of Science 2019 – Santa Maria
https://www.facebook.com/events/1518777768253284/
Mais informações sobre o evento nacional: http://pintofscience.com.br
https://www.facebook.com/pintofscienceBR/

Por Fabiana Pereira, relações públicas e professora da UFN

Maria Pinheiro é especialista em designer de superfície. Foto: arquivo pessoal

A palestra “Internet das coisas, tecnologia assistida e designer circular” foi o tema da palestra da designer Mariana Pinheiro, nesta quinta-feira, 25, na Universidade Franciscana. Pinheiro é professora do Instituto de Tecnologia Rochester, nos EUA, e especialista em Designer de Superfície.

Segundo a professora, a internet das coisas é o conceito de um ecossistema tecnológico em que os objetos estão interconectados. “A conectividade serve para que os objetos possam ficar mais eficientes e possam receber atributos complementares”, afirma Pinheiro. Como exemplo, ela explicou a utilização dos dispositivos nas áreas clinicas. “Através dos dispositivos conectados a internet, o paciente pode medir os batimentos cardíacos e enviar o exame para uma clínica medica”.

Pinheiro também mostrou o “Spymelign Line”  desenvolvido com a parceria da comunidade de Rochester. “Para pacientes com AVC, esse dispositivo alerta quando estiverem com a postura inclinada para um lado ou para o outro, transmitindo um sinal vibratório ou com ruídos”, afirma Pinheiro.

Outro trabalho citado pela designer foi “The Band Toy”. Feito de silicone, o Band Toy é um brinquedo projetado e adaptado que estimula os sentidos de crianças com deficiência na coordenação motora ou corporal através do uso de vibrações ou luzes.

A designer mostrou também o “Golulu”, uma garrafa que, além de motivar as crianças a beberem água, desperta um animal de estimação que vive dentro da garrafa. O dispositivo mede a ingestão de líquidos da criança e transmite todas as informações por meio de um aplicativo ligado à internet. “Além de jogar, incentiva a criança a hábitos de consumo saudáveis”, conclui Pinheiro.

Mariana Pinheiro relatou ainda a sua participação no Movimento Precious Plastic, na Holanda. Ela explica que, devido à quantidade de plásticos jogados na natureza, muitos animais confundem os resíduos com alimentos e acabam morrendo. “O movimento vem sendo adotado como referências por empresas na busca de soluções de sustentabilidade, para que os plásticos, como as garrafas, torna-se objetos de valor”, conclui.

Além da palestra, o evento apresentou novas marcas do curso de Design e do Laboratório de Projetos em Design (LPD).