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economia doméstica

Empoderamento feminino no meio rural

A 40° edição da Expointer abriu o cenário para o empoderamento da mulher no agronegócio. A feira que teve abertura no dia 26 de agosto e irá até 3 de setembro no Parque Assis Brasil, em

Comer fora ou fazer a própria refeição?

Santa Maria é uma cidade universitária que, a cada ano, recebe centenas de novos moradores. São estudantes que para fazer faculdade deixam a família e os amigos e vem a Santa Maria viver uma nova experiência,

A 40° edição da Expointer abriu o cenário para o empoderamento da mulher no agronegócio. A feira que teve abertura no dia 26 de agosto e irá até 3 de setembro no Parque Assis Brasil, em Esteio, não omitiu a profissão da mulher do campo, mas exaltou a dignidade de seu trabalho.

A feira, que se originou no ano de 1901, é mundialmente conhecida pela agropecuária e pela extensa variedade de produtos expostos para venda e degustação. Também oferece diversos conteúdos e mídias online através do site. O conteúdo publicado na página da Expointer, no dia dia 6 de agosto, revelou a realidade da autonomia feminina para além do comércio urbano: “De acordo com informações da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), no Pavilhão da Agricultura Familiar, por exemplo, 50% das agroindústrias que estão expondo são comandadas por mulheres. Em um estudo feito pelas Organização das Nações Unidas (ONU) o empoderamento da mulher do campo pode vir representar 30% na produção agrícola, assegurando assim a segurança alimentar do planeta”.

A igualdade de gênero tem sido uma luta diária para as mulheres. Incluindo a igualdade de profissão e de cargos. A mulher do campo tem expandido sua forma de trabalho. Ela faz artesanato, mas também pode administra empresa, sejam micro, pequena ou grande. Ela é mãe, mas também é apicultora. Ela é estudante, mas também é agricultora. Ela é casada ou solteira, mas também é pecuarista.

Texto: Mariana Tabarelli

Disciplina: Jornalismo Digital 1

Professor: Maurício Dias

Gráfico: Lucas Cirolini
Gráfico: Lucas Cirolini

Santa Maria é uma cidade universitária que, a cada ano, recebe centenas de novos moradores. São estudantes que para fazer faculdade deixam a família e os amigos e vem a Santa Maria viver uma nova experiência, longe do conforto de suas casas.

Com a crise econômica, que se agravou nos últimos dois anos, as pessoas têm mudado os hábitos alimentares. Famílias que costumavam comer fora com frequência, agora optam por fazer suas refeições em casa. Mas, para esses jovens que estão sem a família e moram sozinhos, qual a melhor opção? Qual a alternativa mais barata?

Vanessa Basso, estudante de Direito, prefere fazer a sua comida em casa. Ela gasta em torno de R$ 8,75 por dia para uma refeição básica, contando os gastos com temperos e o consumo de gás. No prato, vai arroz, feijão, carne e salada “o tempo gasto cozinhando, para mim, não é um problema, já que não moro muito perto de restaurantes”.

Já o tempo é um dos motivos que levam a estudante de psicologia Tatiane Reis a comer fora. Para ela, fazer as refeições em restaurantes é bem mais prático, pois, além de estudar, ela trabalha e não tem tempo para cozinhar. Sua refeição é basicamente a mesma da estudante de Direito (arroz, feijão, uma carne e saladas) e o valor gasto por dia é de cerca de R$ 9,40. 

Analisando os valores, Vanessa gasta R$0,75 a menos; uma diferença pequena. Mas será que ao fim do mês isso impacta no custo de vida? O professor Alexandre Reis, do curso de Economia do Centro Universitário Franciscano e coordenador da Clínica de Finanças da instituição, afirma que é necessário fazer um tripé de planejamento: econômico, nutricional e de domicílio. O economista diz que fazer um teste prático é uma boa opção na hora de analisar as contas. Para ele, quem vive sozinho, deve experimentar, durante trinta dias, comer em restaurantes e, no outro mês, fazer seu alimento em casa. Só assim, será possível concluir o que foi mais caro. O especialista ainda ressalta: “devido à crise econômica, os produtos industrializados tiveram um aumento significativo de preço. E para os estudantes que vivem sem suas famílias, o ideal seria que os mercados oferecessem porções menores e individualizadas para que o alimento não vença, nem estrague. Por isso, quem opta por cozinhar deve ter um planejamento sobre os gastos muito maior, ainda mais para poupar sem deixar de lado os alimentos saudáveis que são muito importantes, como frutas, legumes e verduras, os quais também são mais caros”.

Imagem: Lucas Cirolini
Imagem: Lucas Cirolini

Do ponto de vista do economista, o indicado para quem mora sozinho acaba sendo comer em buffets a quilo. Apesar de algumas vezes o valor ser um pouco maior, a ideia é que, escolhendo esse caminho, a pessoa economize tempo e possa se dedicar mais aos estudos.  Além disso, essa alternativa evita desperdícios e gastos com energia, gás e água (inclusive para a limpeza da louça). Mas Alexandre ressalta que essa opção é para quem mora sozinho. “No contexto familiar, comer por quilo não é favorável, principalmente quando se inclui crianças, que tendem a comer pouco e a deixar restos no prato. Então é outro tipo de planejamento”, observa.

Em casa ou na rua, o verbo é planejar e isso não é tão simples, segundo o professor. Portanto, é importante que as famílias trabalhem desde cedo, nas crianças e jovens, noções de economia doméstica, ensinando o valor do trabalho e do dinheiro que se recebe. Como finaliza Reis, “quanto mais cedo os jovens entendam isso, menos dificuldades terão para se adaptar depois”. O economista ainda brinca “assim como se organizam bem para as festas, devem se organizar financeiramente de forma correta para não gastar mais do que a renda”.

Por Ana Luiza Deicke e Bruna Bianchin para o Jornal Abra

 

 

Comemorar, brindar, festejar, assim o santa-mariense espera a chegada do Dia dos Pais, que ocorrerá neste domingo (9). Mas devido à atual condição financeira que se estabeleceu sobre o estado do Rio Grande do Sul, e que acabou ocasionando o parcelamento do salário dos servidores públicos, os gastos podem acabar sendo mais controlados.

Com menos sobras no orçamento, exigirá uma maior cautela dos consumidores gaúchos na hora das compras. Segundo pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao crédito) e pelo CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 43,8% dos brasileiros pretendem gastar menos com presentes neste ano do que em 2014.

Para a professora estadual Dagmar Kun, 63 anos, o parcelamento dos salários dos servidores públicos é um absurdo. “Isso é inconstitucional, infelizmente vivemos em um estado quebrado, estamos sob a judice de um governo sem reação. Que será de nós servidores públicos? Um futuro incerto”, desabafa Dagmar.

Um funcionário da Brigada Militar, que prefere manter o sigilo de sua identidade, relatou que mesmo com o parcelamento de seu salário esta data não pode passar em branco. “As dificuldades vão e vem, mas devemos ser otimistas que dias melhores virão. Este é o momento de prevalecer à união familiar, pois este é o verdadeiro motivo pelo qual se comemora esta data”, enfatiza o brigadiano.

O professor do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Franciscano e coordenador do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), Mateus Sangoi Frozza, analisa a crise financeira através de uma perspectiva histórica. “A crise da economia gaúcha remete-se à década de 60, quando ficamos fora do plano de metas de JK, ou seja, a indústria gaúcha ficou renegada (em segundo plano). Enquanto no centro do país fortalecia-se a indústria de base (bens duráveis”, conclui Frozza.

O Dia dos Pais será comemorado mesmo com o corte no orçamento, pois esta já está presente em nossa história há mais de 4 mil anos. Tudo começou na Babilônia, e o que a história nos relata é que um jovem esculpiu um cartão para seu pai, desejando sorte, saúde e muitos anos de vida, desta forma originou a esta data, que é festejada desde 1953 aqui no Brasil.

Para quem quiser aprender a controlar seus gastos de forma mais adequada, a Planilha de Controle de Gastos do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é uma boa ferramenta. A planilha auxilia a esquematizar de forma clara o orçamento familiar. Acesse também a Cartilha do Orçamento Doméstico.

 

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Tire suas dúvidas

Agencia Central Sul – Como organizar o orçamento familiar em tempos de crise?

Mateus Sangoi Frozza – O orçamento familiar fica restrito, escassos e o consumidor passa a fazer cada vez mais escolhas, aqui me refiro a produtos que compramos no supermercado. Talvez neste momento o consumo de frutas, legumes e carnes, esteja em segunda opção.

ACS – Quais as contas que devem ser privilegiadas ou cortadas?

Frozza – Privilegiar as contas vinculadas a aquisição da casa própria, cartão de crédito e o financiamento do carro.

ACS – Empréstimo bancário é uma saída?

Frozza – Se for um empréstimo consignado ou antecipação do 13º seria uma solução paliativa.

 

Dicas para auxiliar a reestruturação do orçamento

Pague o necessário como luz, habitação, e seu cartão de crédito
Renegocie suas demais contas. Troque a data do vencimento, assim você fraciona as contas com o seu salário que está fracionado
No supermercado, compre o básico, e de maneira fracionada, ou seja, o suficiente para 2 ou 3 dias no máximo
Elimine gastos com vestuário
Elimine gastos com saída à noite e gastos desnecessários como o presente do Dia dos Pais
Momento de restrição, exija-se prudência, paciência a cima de tudo força de vontade


Por Roger Haeffner

Por Roger Haeffner