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Educação no trânsito é tema de concurso em Santa Maria

A Prefeitura de Santa Maria lançou, na última segunda-feira, 27, o concurso cultural Nós Somos o Trânsito, coordenado pela  secretaria de Mobilidade Urbana, em parceria com a Secretaria de Educação. A iniciativa propõe ações educativas com motoristas, motociclistas e pedestres, além

Sinprosm destaca projetos de professores municipais

A criatividade é um diferencial dos professores da rede municipal de Santa Maria para modificar e fomentar a educação de crianças, jovens e adultos. Destacar algumas destas iniciativas é o objetivo da web série Ideias em Rede, uma

Augusto Ruschi: referência em educação e gestão

Com quase 30 anos de história, e atualmente uma referência no ensino e gestão, a Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi tem como marca a união entre professores, funcionários e alunos. Em 1980 a instituição

Slogan da Campanha Mobilidade Urbana de Santa Maria.

A Prefeitura de Santa Maria lançou, na última segunda-feira, 27, o concurso cultural Nós Somos o Trânsito, coordenado pela  secretaria de Mobilidade Urbana, em parceria com a Secretaria de Educação. A iniciativa propõe ações educativas com motoristas, motociclistas e pedestres, além da conscientização de crianças e adolescentes.  

Fomentar a educação na base é o objetivo da campanha, o trabalho é desenvolvido com os anos iniciais, para que os motoristas sejam mais conscientes e cumpridores da legislação.

SOBRE O CONCURSO

A participação no concurso cultural é exclusiva para alunos de escolas de Ensino Fundamental do Município, matriculados do 6º ao 9º ano. Para a inscrição, é fundamental a leitura do regulamento, disponível neste link. Cada participante deverá escrever uma frase criativa com, no máximo 200 caracteres (incluindo espaços e pontuações), sobre o tema da Semana Nacional do Trânsito de 2018: Nós Somos o Trânsito.

Até 14 de setembro, data limite para o envio de frases, o supervisor pedagógico de cada escola deverá selecionar três frases de cada turma participante, preencher os dados cadastrais do aluno e da instituição de ensino (conforme formulário disponível aqui) e entregar na Secretaria de Mobilidade Urbana (Rua Dr. Pantaleão, nº 165 – Centro), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Os trabalhos também podem ser enviados pelo e-mail mobilidadeurbana@santamaria.rs.gov.br.

 As frases serão analisadas por uma comissão julgadora mediante critérios como originalidade, criatividade e aspectos relacionados à Língua Portuguesa (coerência, coesão, concordância e ortografia). Serão escolhidas sete frases e todas receberão prêmios e o estudante classificado em primeiro lugar ganhará uma bicicleta. A premiação do concurso cultural Nós Somos o Trânsito está prevista para 25 de setembro, quando se comemora o Dia Nacional do Trânsito.

Fonte: Superintendência de Comunicação Prefeitura Municipal de Santa Maria

Professora Neusa Lima da EMEF.

A criatividade é um diferencial dos professores da rede municipal de Santa Maria para modificar e fomentar a educação de crianças, jovens e adultos. Destacar algumas destas iniciativas é o objetivo da web série Ideias em Rede, uma realização do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria.

O Sinprosm divulga mensalmente em suas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) um novo episódio dos mini documentários em que os próprios professores, alunos, funcionários e membros das comunidades escolares envolvidos narram a concepção, realização e resultados do trabalho destacado.

O primeiro episódio, publicado nesta segunda-feira (20), contou a história do projeto da professora Neusa Lima, da EMEF Reverendo Alfredo Winderlich, no Bairro Urlândia, zona sul de Santa Maria. Através da dança, alunos de diferentes turmas de 6º e 7º anos trabalharam o tema da tolerância em um espetáculo realizado na escola, onde as estrelas foram duas alunas incluídas e a coreografia esteve à cargo do ex-aluno e acadêmico do curso de Dança, Jonathan Maciel.

A produção é da Toca Audiovisual.

Fonte:  Paulo André Dutra, assessor  de comunicação do Sinprosm

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Crianças brincam durante intervalo no turno manhã. Foto: Roger Haeffner/ Laboratório de Fotografia e Memória

Com quase 30 anos de história, e atualmente uma referência no ensino e gestão, a Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi tem como marca a união entre professores, funcionários e alunos.

Em 1980 a instituição se fixou na Cohab como anexo da Escola Estadual Padre Caetano. No ano de 1982 as aulas foram transferidas para o Salão Comunitário da Santa Marta, e apenas em maio de 1986 foram entregues os prédios definitivos, onde os trabalhos eram realizados com os alunos da pré-escola à oitava série. Desde de 1990 o ensino médio faz parte da grade de ensino da escola.

Projetos

Além do ensino fundamental e médio, projetos como Escola Aberta estreitam a relação entre Augusto Ruschi e a comunidade. São oferecidas oficinas de informática, culinária, jogos, em que a parceria promove um comprometimento com a instituição, e pais e alunos cuidam da escola por se sentirem acolhidos e à vontade.

Há seis anos em atuação, a Escola Aberta gera oportunidades de experiências aos estudantes, principalmente, e aos moradores da Cohab durante os finais de semana. “A escola sempre recebe e abraça projetos bem estruturados. O importante é  que seja algo que venha para somar”, destaca a diretora Maria Antonieta Pistoia.

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Da esquerda para direita: Dir. Maria Antonieta, Coord. Pedag. Carine, Vice-diretora Grace. Foto: Roger Haeffner/ Laboratório de Fotografia e Memória

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é trabalhado há cerca de quatro anos por alunos da Universidade Federal de Santa Maria(UFSM) e Centro Universitário Franciscano. Esses estudantes atuam nas áreas de Pedagogia, Filosofia, História e Educação Física. Parcerias também são firmadas com outros grupos, como o projeto Santa Maria em Dança, e com o Centro de Tradições Folclóricas (CTF) Os Nativos.

O Ensino para Jovens e Adultos (EJA) e Instituto Federal Farroupilha- desde 2010-, também estão entre as conquistas do Augusto Ruschi. O EJA que, inicialmente, abriu com duas turmas, hoje conta com cinco. A intenção da escola é expandir este trabalho para o fundamental também.   Conforme a coordenadora pedagógica Carine Pistoia, a escola percebeu a demanda por essa forma de ensino. “As condições de trabalho são diferentes, são outros métodos. O sistema de avaliação é distinto, e as aulas são cem por cento presenciais, e está dando muito certo”, declara.

De acordo com a coordenadora, o turno da noite apresentava um alto número de evasão, visto que muitos alunos trabalham durante o dia e estudam à noite. Outro fator é o frio, pois durante o inverno as faltas são mais frequentes. “Como eles começam em março, até o final do ano terão concluído dois módulos, então ficam motivados”, explica a vice-diretora do turno da tarde, Grace Mobs sobre a vantagem do EJA para os alunos. Uma curiosidade é que há famílias que estudam juntas na instituição. São pais que levam seus filhos para a escola durante o dia, e voltam à note para aprender também. “Temos bastante alunos mais velhos, pais de família e pais de alunos. Alguns começaram o EJA para trazer o filho para a escola”, aponta Maria Antonieta.

Projetos na área da comunicação também são desenvolvidos no Augusto Ruschi. A TV OVO realiza oficinas audiovisuais para os alunos. A rádio escola trabalha com o quinto ano do fundamental atividades como a hora do conto, músicas, e recados. “Qualquer aluno pode participar dessas oficinas. É tudo dos alunos, aqui é a extensão da nossa casa”, explica Maria Antonieta.

Referência, amor e motivação

“Todos nós temos um papel importante aqui.  É uma instituição de ensino, em que os docentes são importantes, mas somente eles não conseguiriam.  Somos como uma engrenagem”. Esta é a frase da Carine sobre como é o trabalho em equipe na escola Augusto Ruschi. Conforme a coordenadoria e os docentes, a organização e a boa administração são fatores que contribuem para a motivação do trabalho.

Um dos diferenciais da escola, segundo Grece Mobs é atender diferentes séries, programas e projetos – o que requer administrações diferentes-, sendo que as maiores escolas de santa Maria trabalham apenas com o ensino médio. “Eu moro na faixa de São Sepé. Pego dois ônibus, mas não penso em sair daqui”, comenta a vice-diretora, no que a Maria Antonieta completa, ”quem vêm, dificilmente quer sair. A procura por vagas é alta. Alunos de diversos bairros e cidades chegam até a escola Augusto Ruschi, que não consegue atender a demanda.

“As verbas não são grandes, mas se administrar bem, conseguimos distribuir”, relata Maria Antonieta. Segundo a diretora, as verbas recebidas não são suficientes por si só, mas em comparação a outras instituições, o trabalho exercido pela Augusto Ruschi é referência. Por dois anos (2009 e 2013) a escola ganhou o prêmio de Gestão Escolar. “Estou aqui desde 1986, e sempre se buscou conservar o que temos. Todo final de ano pintamos as salas”, afirma.

A cantina oferece merenda nos três turnos. Um cardápio é enviado pela 8º Coordenadoria Regional de Educação (8ºCRE), e além da verba recebida para merenda é preciso contar com outros recursos. “ Se um trabalhador sobrevive com salário mínimo, pagando água e luz, também temos que gerenciar o que recebemos”, declara Carine.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Grace ainda destaca que a escola trabalha com sala de leitura além da biblioteca. A instituição também oferece laboratório de informática, ciências, sala de vídeo, artes e outra para Atendimento Educacional Especializado (AEE). ”Já trabalhei em outras escolas, e a sala de leitura é um espaço prazeroso para os alunos, que oferece livros literários, e isso ajuda muito”, aponta Grace.

A sala para AEE, é composta por jogos e materiais para trabalhar com todas as especificidades. Entre o primeiro ano do ensino fundamental e o primeiro do médio, há alunos com necessidades especiais que no turno inverso ao da aula realizam atividades na sala.

Conforme os relatos, a maior dificuldade foi encontrar um profissional que pudesse fazer esse atendimento, o que hoje já foi suprimido. Contudo, a carga horária necessária ainda não foi atingida, pois a educadora também atende a uma escola do município.

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Ginásio poliesportivo em construção. Foto: Roger Haeffner/ Laboratório de Fotografia e Memória

De acordo com Carine são dois horários semanais para cada aluno. Primeiramente, é feita uma avaliação e após é feito um encaminhamento para fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo ou psiquiatra. Outro problema enfrentado é a resistência dos pais. “Em alguns casos não podemos fazer mais pelas crianças, porque a mãe se nega a enxergar” lastima Maria Antonieta.

Para o futuro da escola Augusto Ruschi são esperados uma brinquedoteca, a união entre biblioteca e sala de leitura, e o ginásio poliesportivo.

Conforme a diretora Maria Antonieta a construção do ginásio – que iniciou esse ano – parou porque foi encontrado um erro na realização do projeto. “O ginásio vai ser aberto para a comunidade, mas o acesso vai ser feito por dentro da escola”, afirma.

De acordo com a coordenadora Carine, a educação de qualidade e o bem estar são os propósitos da instituição. Sobre os novos projetos e expectativas para a escola, Carine finaliza: ”Coragem não nos falta. Temos muito a aprender, não temos medo do novo. Não medimos esforços para o que for somar”.

A inclusão social de alunos com necessidades especiais nas escolas, sejam públicas, quanto particulares é uma questão de extrema relevância. Será que as escolas de Santa Maria estão preparadas para receber esses alunos? Há uma infra-estrutura para deficientes físicos? Os professores estão preparados? Há um projeto específico para alunos com necessidades especiais?

A Agência Central Sul de Notícias foi investigar essas questões em duas escolas da cidade: O Colégio Estadual Coronel Pilar e o Colégio Franciscano Sant’ Anna.

O Pilar conta com mais de 50 alunos incluídos, conforme uma das responsáveis, a educadora especial, Bernadete Santini Viero, de 47 anos, que há 7 trabalha na escola: “Nós temos 52 alunos incluídos e esses alunos são divididos entre os educadores especiais para que sejam trabalhados, conforme o nível de desenvolvimento de cada um”, relata. Segundo Bernadete, estes alunos estão incluídos em todos os níveis de ensino. “Temos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, até o terceiro do Ensino Médio, incluindo o EJA”.

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A professora Bernadete, à esquerda, em atividade recreativa com um aluno com síndrome de Down. Foto: Divulgação.

O Colégio Coronel Pilar se tornou uma referência em educação inclusiva, em 1993, quando a instituição recebeu o primeiro aluno cego em uma classe de ensino regular. Segundo informações da fanpage da escola, o grupo aceitou o desafio pedagógico de ter salas de aula mais plurais. A escola foi, inclusive, tema de um curta-metragem chamado “Outro Olhar”, que mostra a história da estudante Renata Basso, portadora de síndrome de down, que concluiu o Ensino Médio na instituição recentemente.

Já o Colégio Franciscano Sant’ Anna, apesar de ter 17 alunos portadores de algum tipo de necessidade, não possui educadora especial contratada. Isso não impede que atendam essas crianças. As necessidades são bem variadas, conta a coordenadora Helena Oliveira, de 52 anos.

“Possuímos alunos com vários tipos de deficiências: altistas, cadeirantes e até anões”. O diferencial da escola é a oferta de aulas de instrumentos musicais, como violão, teclado, piano e flauta. “ A música é importantíssima no desenvolvimento de qualquer criança, seja especial ou não, e o fato de ter aulas de música dentro da própria escola é um incentivador a mais para os alunos, sem contar que o preço é mais acessível do que aulas de música fora da escola”.

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Eduardo, de 7 anos, na aula de música.Foto:Divulgação.

O aluno Eduardo, de 7 anos, que apresenta autismo, está no segundo ano do Ensino Fundamental no Colégio Sant’ Anna, frequenta as aulas de música. Seu Pai, Paulo César Freitas, de 48 anos, afirma que a escola tem uma boa estrutura para o seu filho, e que as aulas de música são chave no seu desenvolvimento:

“No caso do autismo, o Colégio Sant’Anna está muito bem preparado. Apesar de não haver nenhum educador especial, os professores têm bastante conhecimento da doença e das limitações que ela causa, que é no raciocínio, concentração e certa dificuldade social. Com isso, os professores têm muita paciência com ele, e conscientizam também os outros alunos a respeito de suas dificuldades. A respeito das aulas de música, é algo que faz muito bem sem dúvida nenhuma, é um estimulo imenso aos sentidos, concentração e coordenação do Eduardo. É um trabalho a longo prazo, mas sem dúvidas em dois anos a evolução dele foi muito grande”.

 

Abaixo, um vídeo de Eduardo em ação nas aulas de música: [youtube_sc url=”https://www.facebook.com/video.php?v=657702144317398&set=vb.100002328556501&type=2&theater”]

Por Gabriel Batista Pfeifer para a disciplina de Jornalismo Online