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A influência do Whatsapp nas eleições de 2018

A polarização da eleição presidencial de 2018 alcançou diversas plataformas digitais de comunicação. O compartilhamento de notícias pelo aplicativo Whatsapp é recorrente entre os eleitores. A articulação de grupos nessa rede social pode ser vista por

Oficinas acontecem no último dia do Fórum

Na última tarde, do 14° Fórum de Comunicação,  a programação das oficinas seguiu a todo vapor, você pode conferir o que “rolou” nas dependências da Universidade Fransciscana: Oficina 8: Elaboração de projetos em marketing e patrocínio esportivo.

A polarização da eleição presidencial de 2018 alcançou diversas plataformas digitais de comunicação. O compartilhamento de notícias pelo aplicativo Whatsapp é recorrente entre os eleitores. A articulação de grupos nessa rede social pode ser vista por uma ótica positiva, já que possibilita discussões políticas, ou assumir um caráter negativo, já que torna-se uma rede de desinformação por meio da disseminação de notícias falsas. A influência do aplicativo nas eleições já é objeto de estudo das universidades brasileiras. Porém ainda não se efetivou uma regulamentação desse espaço virtual.

Maior discussão acerca do tema ocorreu após divulgação de reportagem da Folha de S.Paulo sobre prática ilegal na campanha de Jair Bolsonaro. O jornal revelou que empresas estavam comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o Partido do Trabalhadores (PT) no Whatsapp. Apesar do caso ser ilegal, porque a doação de campanha por empresas é vedada por legislação eleitoral, se torna também um alerta sobre como as autoridades brasileiras estão preparadas para lidar com as propagandas de campanha virtual.

Nesse sentido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se posicionou frente ao uso do Facebook e do Google durante as eleições. No entanto, quanto ao Whatsapp o órgão eleitoral ainda não apresentou regulamentação. Segundo Aline Gomes, advogada e professora de Direito, as propagandas eleitorais podem ocorrer por meio da internet, o que está regulamentado na Lei 9.504 de 1997. Também afirma que, segundo a lei, é proibido que a propaganda seja feita por meio de perfis falsos, a partir das chamadas fake news, que são notícias compartilhadas sem que se comprove a veracidade das informações.

No que se refere à criminalização, a professora salienta que o Código Eleitoral prevê a responsabilização pelos crimes de calúnia, injúria e difamação, quando estes estiverem atrelados às questões eleitorais. Contudo, para que haja a caracterização dos referidos crimes é necessário que eles sejam cometidos na própria propaganda eleitoral ou para fins de propaganda, o que dificulta a identificação, pois, muitas vezes, as fake news, são feitas por terceiros, de forma “despretensiosa” e disseminadas sem vinculação a um determinado candidato ou com objetivo direto de propaganda.

Desse modo, o aplicativo é utilizado por muitos eleitores como fonte principal das informações sobre as eleições. Segundo pesquisa do Datafolha, 47% dos eleitores acreditam nas notícias que recebem pelo whatsapp. No mesmo levantamento, quando questionados sobre os conteúdos, 44% disseram que receberam material falando mal de Jair Bolsonaro e do partido dele no último mês e 47% disseram que receberam conteúdo falando mal de Haddad e do partido dele no último mês. A pesquisa foi realizada com 9.173 eleitores em 341 municípios. Em um estudo anterior, o instituto apurou que 61% dos eleitores de Jair Bolsonaro leem notícias pelo aplicativo e 40% compartilham notícias da plataforma. Com Fernando Haddad, a pesquisa identificou 38% e 22% respectivamente.

Em Santa Maria, três estudantes foram questionadas sobre o uso do Whatsapp durante as eleições. Jéssica Carvalho, psicóloga e estudante de Sociologia, 26 anos, afirma que recebe frequentemente mensagens relacionadas às eleições no aplicativo, e que apesar de sempre verificar a veracidade das informações, pensa que as mensagens que recebe não são verificadas e fundamentadas com cunho científico e verídico. Júlia Ciervo Zucchetto, estudante de Psicologia, 19 anos, diz que seus contatos encaminham diariamente mensagens políticas no Whatsapp, e também acredita que as mensagens não são checadas por quem as enviou. Cássia Selso Camargo, estudante de cursinho pré-vestibular, 22 anos, declara que já recebeu mensagens eleitorais, mas que estas não provocaram nenhuma percepção de mudança sobre os candidatos.

Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a supervisão dos professores Sione Gomes e Maurício Dias

Na última tarde, do 14° Fórum de Comunicação,  a programação das oficinas seguiu a todo vapor, você pode conferir o que “rolou” nas dependências da Universidade Fransciscana:

Oficina 8: Elaboração de projetos em marketing e patrocínio esportivo.
Ministrante: Prof. Dr. Nicolas Caballero Lois – Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília – DF

Nicolas Caballero Lois – Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília – DF. Foto: Kauan Costa/LABFEM

O professor Nicolas apresentou dados sobre o marketing esportivo e afirmou que no Brasil, cerca de 57% das verbas investidas nos clubes esportivos são da televisão. Além disso, ele destacou que o governo brasileiro é um dos grandes investidores nos grandes clubes brasileiros de esporte. Na área de comunicação de marketing esportivo, o palestrante ressaltou as estratégias para se investir no esporte, como  o mecenato, que incentiva e patrocina os clubes esportivos.  Lois citou o brasileiro Antônio Carlos de Almeida Braga, conhecido como Braguinha, dono de umas das grandes seguradoras do Brasil e o primeiro a patrocinar um time de vôlei. Já na área do futebol, o primeiro time brasileiro a exibir a marca do patrocinador em cima dos números dos jogadores foi o Sport Club Internacional, de Porto Alegre. Para finalizar, Nicolas informou que os os patrocinadores usam estratégias para buscar seus públicos alvos.

Oficina 9: Discursos de ódio e fake news na internet: moralmente inaceitável ou juridicamente reprovável?
Ministrante: Profª. Drª. Rosane Leal da Silva – Curso de Direito da Universidade Franciscana

Rosane Leal da Silva – Curso de Direito da Universidade Franciscana. Foto: Juliana Gonçalves / LABFEM

A oficina de 2 horas, discutiu o discurso de ódio e as fake news, suas vertentes, o tipo de pessoa que comete e onde esses delitos ocorrem. Entre as questões debatidas na oficina está a moralidade dessas situações e até que ponto elas devem ser punidas como crime. Além disso, foram expostos projetos de leis e processos que estão em andamento. Rosane trabalha como professora na UFN e UFSM e integra o grupo do observatório NUDUFSM (núcleo de direito à informação).

Lucas Durr Missau – Laboratório de Experimentação em Jornalismo da UFSM. Foto: Juliana Gonçalves/LABFEM

Oficina 10: Fact Checking como ferramenta no combate às fake news e discursos falaciosos
Ministrante: Lucas Durr Missau – Laboratório de Experimentação em Jornalismo da UFSM – Santa Maria – RS.  Na oficina, foram apresentados os conceitos sobre o Fact Checking e o passo a passo para conferir as notícias repassadas por correntes do Whatsapp. Como exemplo, os alunos checaram uma corrente que circulou pelas redes sociais, que dizia que o BNDES junto com o PT (Partido dos Trabalhadores) de ter repassado R$300 bilhões de dólares para financiar obras em outros países. Os participantes verificaram as informações  em vários sites e a conclusão que chegaram é que: não confere!

Oficina 11: Empreendendo sua própria vida
Ministrante: Manuella Paula – Provocadora de Resultados da Nordi.ca – Florianópolis – SC

A oficina de duas horas, ministrada pela professora Manuella Paula, promoveu uma dinâmica de autoconhecimento nos participantes. Através de um questionário de 6 perguntas: nome, um sonho, um medo, o que deseja aprender, o que deseja ensinar e uma frase de definição. Através delas, foi feito uma rodada de respostas e discussões para entendimento do tema da atividade, ou seja, vida empreendedora. Manuela é Provocadora de Resultados da Nordi.ca de Florianópolis – SC.

 Tatiane Brum de Oliveira Reis – UFSM, Versa Agência de Eventos e Programa Profissionalmente Falando. Foto: Juliana Gonçalves/LABFEM

Oficina 12: Desenvolvimento de competências empreendedoras para jovens que estão entrando no mercado de trabalho
Ministrante: Profª. Drª. Tatiane Brum de Oliveira Reis – UFSM, Versa Agência de Eventos e Programa Profissionalmente Falando – Santa Maria – RS

Desenvolvimento de competências empreendedoras para jovens que estão entrando no mercado de trabalho. A oficina de 2 horas, ministrada pela professora Drª. Tatiane Brum de Oliveira Reis, foi aula de auto reflexão e aprendizado. Utilizando-se de uma dinâmica de perguntas e respostas, a Doutora conduziu uma apresentação muito divertida e construtiva. Na oficina, foi discutido a necessidade dos alunos desenvolverem atividades extracurriculares, que o mercado exige e acaba não sendo feito dentro da graduação. Desta forma, instiga os participantes, a terem sucesso em suas carreiras, pós faculdade. Tatiane é proprietária da Versa Agência de Eventos. Do Programa Profissionalmente Falando e também da ONE Produtora Musical de São Paulo.