
A Identidade Cultural de Porto Alegre pelo olhar de Arthur de Faria
Conheça um pouco da segunda obra da série de livros que conta a história de Porto Alegre através da música
Conheça um pouco da segunda obra da série de livros que conta a história de Porto Alegre através da música
A programação trouxe diversas atrações que levaram mais de 80 mil pessoas ao evento.
Raridades e discos atuais compartilharam espaço nas bancas.
Confira a partir de hoje, nas quintas-feiras, matérias produzidas por acadêmicos do curso de Jornalismo tendo como pano de fundo a Feira do Livro
Santa Maria recebe nesta sexta-feira (23), na Praça Saldanha Marinho, a 51ª Feira do Livro.
Será exibido hoje, na Feira do Livro de Santa Maria, o episódio Cidade de Lona, o primeiro da série documental Nova Santa Marta. A exibição ocorrerá as 19 horas, no Theatro Treze de Maio. O evento é
Há 50 anos, a Feira ocorre na Praça Saldanha Marinho. Iniciada em 1973, jovens escritores tiveram a oportunidade de lançar sua obra e o evento passou pelo desafio de se manter viva durante a pandemia. Jovens
O escritor, jornalista, editor e tradutor Eduardo Bueno, mais conhecido como Peninha, esteve na Feira do Livro de Santa Maria na segunda-feira, autografando suas obras e conversando com o público. Com seu modo irreverente, Peninha falou
Nesta sexta-feira, dia 29 de abril, foi o primeiro dia da 49º Feira do Livro que volta com força total depois de 2 anos de pandemia. A Patronesse da edição é a escritora, professora, pesquisadora e
A tradicional Feira do Livro de Santa Maria chega a sua 49ª edição de 29 de abril a 14 de maio. Depois de dois anos ocorrendo de modo híbrido, a Feira deste ano será totalmente presencial.
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Um compilado de informações importantes para a formação de Porto Alegre com ênfase em seus desafios políticos, morais e culturais através da música, recupera a história e as características da identidade da cidade. Esse é o conteúdo do segundo livro de uma série de obras sobre a música porto-alegrense, chamado Porto Alegre: Uma biografia musical, que recupera a história e as características da identidade da capital. Foramde três décadas de pesquisas do músico, jornalista e escritor Arthur de Faria. Que tem com foco, neste volume, na música popular da época.
Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com tese sobre Lupicínio Rodrigues, recentemente no evento Livro Livre, na 51ª Feira do Livro de Santa Maria, Arthur contou sobre suas obras e como foi crescer em Gravataí, na companhia dos pais, que inspiraram essa paixão pela música popular brasileira. Por outro lado, a veia de jornalista o ajudou a buscar todas as informações necessárias para reescrever a história da capital e sintetizá-la em 320 páginas.
Ao ler Porto Alegre: Uma biografia musical, o escritor traz à tona um protagonismo de pessoas pretas na construção da identidade cultural da capital porto-alegrense. Segundo as pesquisas de Arthur, em 1872, por exemplo, 1 um terço da população de Porto Alegre era negra, incluindo um príncipe, Babalorixá Africano, muito respeitado, que chegou no início do século XX, aconselhando nomes como Borges de Medeiros.
E não foi diferente na cena musical. Até o ano de 1960, o autor afirma que o protagonismo artístico da capital era 80% preto. Em sua fala, ele ainda lembra de Ilhota, uma comunidade de pessoas negras numa área central da cidade, onde viviam muitos artistas de classe média-baixa. Era um lugar frequentado por todos que buscavam entretenimento e que foi apagada após uma movimentação política e econômica. Ela situava-se onde hoje estão as Vilas: Lupicínio, Renascença I e Renascença II, e foi o local que revelou o grande cantor e compositor brasileiro, Lupicínio Rodrigues.
A obra de Faria retrata e eterniza a identidade de uma cidade através de outros olhos. Com foco em representações artísticas e musicais, mostra como a arte, mais precisamente a música e a dança, influenciaram na construção política e na formação da sociedade que viria a ser a nossa capital gaúcha. Arthur frisa em seu livro sobre uma “fantasia européia” que habita nos gaúchos, trazendo dados que confirmam que Porto Alegre tem uma história muito maior do que estamos acostumados a ouvir, propondo reflexões sobre os motivos desse protagonismo ter diminuído. Em entrevista para a Zero Hora, ele enfatiza que muitos artistas dessa época foram apagados ou esquecidos, abordando até um o impacto da Segunda Guerra Mundial na música do estado. O livro revive, a cada capítulo, nomes que marcaram cada época, como Paulo Coelho, Octávio Dutra e Chiquinho do Acordeon. O autor afirma que os leitores sentirão falta de dois nomes muito importantes, como Lupicínio Rodrigues e Radamés Gnatalli, isso porque Lupicínio: Uma Biografia Musical foi lançado como 3º terceiro livro da série e a obra de Radamés já está programada para ser um dos próximos lançamentos.
Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.
A 51ª Feira do Livro de Santa Maria encerrou na primeira semana de setembro e registrou a marca de mais de 30 mil exemplares vendidos. Além das bancas na Praça Saldanha Marinho, apresentações no Theatro Treze de Maio, como bonecos e artistas durante a Feira, contribuíram para diversificar as atrações e lançamentos que refletem a importância da cultura na formação e desenvolvimento da cidade.
Foram diversos nomes como Daniel Munduruku, Arthur de Faria, Janine Rodrigues, Geni Nuñez, Zeca Baleiro, Hique Gomez, além de outros, que trouxeram a leitura e a cultura para além das páginas nesta edição.
Um dos destaques foi o santamariense Armando Ribas Neto, que além de escritor, é publicitário. Armando trouxe sua obra Marvin Grinn e a Gaiola Dourada, o terceiro livro de uma série, para lançar no evento. Essa obra ilustra como a literatura pode capturar a imaginação dos leitores a partir de uma leitura divertida que traz a amizade, mistério e aventura na trama. Durante a Feira, o escritor também abriu uma casa temática baseada no livro, no centro da cidade.
Outra presença confirmada foi o autor Damião Santos, que abordou temas de liberdade em seus livros biográficos e poéticos. Seus trabalhos, que exploram temas de autonomia e identidade, sublinham como a literatura pode ser uma ferramenta poderosa para a introspecção e o diálogo social. No bate-papo com o público, Santos destacou como a leitura e a escrita são fundamentais para a construção de uma sociedade mais consciente e livre.
Outro nome de destaque foi Daniel Munduruku, escritor e ativista indígena, que tratou sobre a vivência dos povos originários e contou um pouco de sua infância, além de trazer diversas reflexões sobre o preconceito, que reverbera há séculos na sociedade, e a sutil diferença com o racismo
A Secretária Adjunta de Cultura da cidade de Santa Maria, Fabrise Müller, diz que a Feira é como um festival e que vai além da venda de livros. Uma “festa da leitura”. Nesta edição, foram mais de 80 oportunidades de convivência artística com os diferentes segmentos, pontua ela, marcada por contadores de histórias, personagens, falas, relatos e intervenções musicais. E que “esse é o perfil da Feira” que buscam trazer para Santa Maria.
Existem alguns projetos que a Secretaria de Cultura traz para as escolas, como o Conecta Cidade Universitária, e as atividades literárias, que buscam trazer essa proximidade dos alunos com o mundo da leitura. Uma maneira de formar leitores, engajar ainda mais o público e despertar interesse na Feira. Faz com que os alunos queiram ler, saber e visitar o evento, acredita Fabrise.
Fabrise destaca que certamente o incentivo à leitura nas escolas reverbera. E por mais que não tenha dados concretos sobre isso, o aumento das vendas e o maior interesse do público com relação à leitura nesta última edição, demonstra que as pessoas têm buscado cada vez mais os eventos literários e culturais na cidade.
Texto produzido por Emilly Pilar na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.
A última Feira do Livro de Santa Maria contou com a venda de discos de vinil usados. As bolachas que eram famosas nos anos setenta e oitenta, estiveram presentes em bancas na Praça Saldanha Marinho. Além dos vinilófilos, jovens também procuram adquirir esse antigo formato de ouvir música que tem encontrado novo fôlego no mercado fonográfico.
Clientes garimpam discos raros na Feira do Livro. Imagem: Enzo Martins
Lp´s originais dos anos 80, de artistas como Chico Buarque, João Bosco e Sandra de Sá, estavam disponíveis junto com discos de artistas Pop da atualidade, como Marina Sena e Duda Beat. Essa renovação no mercado e no público pode ser vista no relatório da Pró-Música, associação que representa os produtores fonográficos do Brasil, lançado ano passado. Apesar de a receita de vendas de música no formato físico representarem apenas 0,6% da receita total da indústria fonográfica brasileira, ela atingiu o maior patamar desde 2018 puxada pela venda dos discos de vinil, que foi o formato físico mais comercializado.
Atualmente, as plataformas de streaming como o Deezer e o Spotify dominam a indústria musical, mas para os compradores de discos, a experiência de ouvir uma música pelo celular ou pelo computador não é a mesma coisa que colocar o vinil no toca discos e olhar a arte da capa de um álbum. Márcio Grings, criador do selo Memorabília, e que reuniu discos seus e de amigos para vender na Feira, diz que não só o material gráfico do disco atrai as pessoas, mas a qualidade do som também é melhor.
Os donos das bancas percebem uma diferença entre os entusiastas de longa data do formato do vinil e os compradores jovens. Normalmente, os jovens que compram os discos dificilmente têm um tocador em casa e colecionam esses objetos como um ícone pop. Mesmo assim, os vendedores comemoram que a nova geração está voltando ao formato do vinil.
Texto produzido por Enzo Martins na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.
Confira a partir de hoje, nas quintas-feiras, matérias produzidas por acadêmicos do curso de Jornalismo tendo como pano de fundo a Feira do Livro
Após as enchentes do Rio Grande do Sul, houve algumas ações sociais para mobilizar a população a apoiar produtores e comerciantes locais. Com os bloqueios das estradas e o difícil acesso à capital, Porto Alegre, quem não tinha capacidade de estocar mantimentos e mercadorias, acabou sendo pego desprevenido, principalmente no ramo alimentício. Além disso, ambulantes que dependem do clima e do fluxo da cidade ficaram impossibilitados de trabalhar nesse período, por falta de mercadorias, compradores e até mesmo por morar em locais afetados.
Alguns comerciantes sentiram uma drástica diferença em suas vendas com a chegada da Feira do Livro, principalmente pela movimentação de estudantes no Calçadão santa-mariense, como disse Graziela Oliveira, funcionária de uma lancheria localizada em frente à Caixa Econômica Federal. Já Viviane, que é caixa do tradicional mercado no final do calçadão, comenta que houve aumento do movimento inclusive superando as edições passadas da Feira.
Desta vez, o evento não teve a tradicional praça de alimentação, o que ajudou na movimentação em seu entorno. Uma das opções foi o Café do Theatro Treze de Maio, que também foi palco do livro livre, onde ocorreram a maioria das atrações e contou com mesas e cadeiras disponíveis em frente ao local. Com essa mudança, barraquinhas como a de Deusa Sattes não puderam ficar próximas ao evento. Segundo a vendedora, a prefeitura estabeleceu o local em que eles poderiam atuar durante o evento, isto é, no final do calçadão, na esquina oposta ao local das bancas de livros. Embora à distância, conforme Deusa, o faturamento não foi impactado por conta da grande circulação de pessoas.
De acordo com a organização da Feira, foram cerca de oitenta mil pessoas que visitaram a Praça Saldanha Marinho durante as duas semanas de programação. A Feira do Livro de Santa Maria, que tradicionalmente ocorre no primeiro semestre do ano, em virtude das enchentes de maio, foi realizada neste ano de 2024 de 26 de agosto a 8 de setembro.
Texto produzido por Ana Cecília Montedo na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.
Santa Maria recebe nesta sexta-feira (23), na Praça Saldanha Marinho, a 51ª Feira do Livro. A festa literária foi transferida do primeiro semestre do ano devido as fortes chuvas no estado. A programação está com diversas atrações e espetáculos, que se estendem até o dia 07 de setembro (sábado).
Nesta edição, a patronesse da Feira do Livro de Santa Maria é Amanda Scherer, professora titular de Linguística do Departamento de Letras Clássicas e Linguística da UFSM. O professor homenageado é Enio Guerra, que atuou como regente titular e diretor da Orquestra Sinfônica da UFSM, e a homenageada póstuma é a professora e escritora, Aristilda Rechia. A Feira conta com uma intensa programação cultural gratuita, voltada ao público infantil e com espetáculos no Theatro Treze de Maio durante todas as tardes. Durante a semana, os espetáculos infantis serão destinados às escolas de Santa Maria e região, e aos finais de semana, os espetáculos infantis serão voltados à comunidade, que deve retirar os ingressos no site do Theatro Treze de Maio um dia antes de cada atividade.
Com um início promissor, a edição deste ano promete ser um sucesso, com o número de lançamentos literários dobrando em relação ao ano passado. A expectativa é alta para o evento, que promete atrair um grande público. A Universidade Franciscana (UFN) está desempenhando um papel importante, não apenas como uma das realizadoras do evento, mas também com uma participação destacada. A instituição vai lançar livros produzidos por sua editora, além de apresentar obras de seus professores.
A identidade visual foi desenvolvida pela acadêmica de Design, Fernanda Rockenbach. A ilustração, que marca esta edição do evento, se destaca por criar seu trabalho a partir do chafariz da praça, recém reformada, na qual ocorrerá o evento. A estudante incluiu três estátuas acima do monumento, que fazem referência à mitologia grega.
O curso de Jornalismo, através da disciplina de Áudio para Mídias Digitais, que conta com a orientação da professora Neli Mombelli, lançará o projeto “Nave de Histórias”. Um podcast infanto juvenil inspirado em obras de autores de Santa Maria. A exposição da nave estará aberta ao público de 26 a 30 de agosto e de 2 a 6 de setembro, das 16h às 18h.
No Instagram, a organização do evento cultural está compartilhando informações e respondendo às dúvidas dos interessados. Segue abaixo a programação dos lançamentos de livros produzidos pela Editora e professores da UFN:
26 de agosto (segunda-feira)
17h – O Admirável Mundo Nanométrico: Conceitos, propriedades e nanomateriais – Ivana Zanella da Silva e Solange Binotto Fagan
17h – Direito à saúde e à educação de crianças e adolescentes em tempos de pandemia: a atuação dos entes públicos brasileiros na efetivação de direitos fundamentais (Volume 1) – Rosane Leal da Silva e Josiane Rose Petry Veronese
29 de agosto (quinta-feira)
16h – A Sociedade Concórdia Caça e Pesca: história e memória da SOCEPE – Santa Maria RS – Eva Regina Coelho
17h – Upgrade: jogos, entretenimento e cultura (Volume 2) – Graziela Frainer Knoll e Fabrício Tonetto Londero
4 de setembro (quarta-feira)
15h – Torcida Organizada Maré Vermelha: uma trajetória de resistência nas arquibancadas de Santa Maria – RS – Eduardo Bortolotti Silveira, egresso do curso de História da UFN
5 de setembro (quinta-feira)
15h – A Bela polenta: por que é tão especial? – Rosemar de Fátima Vestena, Marcos Daniel Zancan, Thais Scotti do Canto-Dorow
15h – Ornito Álbum: revelando o mudo das aves – Mariana Sartori Hundermarck e Rosemar de Fátima Vestena
A 51ª Feira do Livro de Santa Maria é promovida pela Prefeitura de Santa Maria, através das Secretarias de Cultura e de Educação, Cesma, Câmara do Livro, 8ª Coordenadoria Regional de Educação, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Franciscana (UFN) e Instituto Federal Farroupilha (IFFar). A produção cultural é realizada por Denise Copetti e Bah! Comunicação Criativa. O incentivo cultural é da Clínica Viver, Rede Vivo, Unimed e Sul Veículos, com o apoio da Gráfica e Editora Pallotti. O financiamento é por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Santa Maria e pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC/RS), da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Será exibido hoje, na Feira do Livro de Santa Maria, o episódio Cidade de Lona, o primeiro da série documental Nova Santa Marta. A exibição ocorrerá as 19 horas, no Theatro Treze de Maio. O evento é gratuito e, para assistir, basta retirar uma ficha na bilheteria do Theatro.
Com direção de Paulo Tavares, realização da TV OVO e financiamento pela Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria, Cidade de Lona conta o início de uma das maiores ocupações urbanas da América Latina. Ocupada em 7 de dezembro de 1991, a antiga fazenda Santa Marta, desapropriada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 1978, se transformou em um local de habitação para muitas famílias. O bairro começou a se formar a partir de uma ocupação liderada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia de Santa Maria.
A ideia do projeto, é trazer mais visibilidade a essa comunidade, a partir das questões históricas que envolvem o bairro que já possui 31 anos de existência. O diretor da produção, Paulo Tavares, relata: “O episódio foi montado através da visão dos protagonistas, pessoas que estavam lá quando a comunidade surgiu e se dispuseram a contar suas memórias sobre a região. Um deles foi Bruno Martins, condutor da narrativa que praticamente nasceu no local.”
Cidade de Lona tem recursos de acessibilidade, com tradução em libras, legendas descritivas, e legendas em português, inglês e espanhol. Este é o primeiro de uma série de três episódios, que marcam os 3 momentos da comunidade. Cidade de Lona conta sobre o momento da ocupação e da conquista dos terrenos. O segundo episódio, a ser produzido nos próximos anos, “Cidade de Madeira”, irá contar toda luta e desenvolvimento da comunidade. O terceiro e último episódio, “Cidade de Concreto”, vai mostrar a comunidade nos dias atuais.
A assessora de comunicação do projeto Por Onde Passa a Memória da Cidade 2022, Tayná Lopes, contou como foi participar da equipe do audiovisual: “Foi uma honra fazer parte desta equipe auxiliando nos bastidores e trabalhando na divulgação desta produção tão necessária, importante e democrática. Logo que o Paulo, diretor da série, lançou a ideia eu já achei incrível, porque ao trabalhamos com a Nova Santa Marta estaríamos direcionado o nosso olhar para o diferente, para uma região pouco pautada, excluída e por vezes lembrada apenas pelas fragilidades. Mas sabemos que a região é muito mais do que isso e assim seguimos o projeto. A cada ação que participo da TV Ovo cresço como pessoa e profissional, ainda mais quando penso nas produções audiovisuais de estilo documental, porque são elas que me lembram a essência da profissão que escolhi. Para mim a essência do jornalismo, da comunicação, é contar histórias, ouvir pessoas, vê-las ganhando espaço, tendo autoestima, se sentindo pertencentes e sendo vistas, tendo suas causas, lutas e trajetórias, tendo visibilidade e é partir de produções como o Cidade de Lona que vejo caminhos assim possíveis.”
O episódio foi lançado com uma exibição no Bairro Santa Marta, no ginásio da escola marista e agora terá uma segunda exibição na Feira do Livro. Logo mais, também será disponibilizado no youtube. Mais informações sobre Cidades de Lona você encontra em clicando aqui.
Há 50 anos, a Feira ocorre na Praça Saldanha Marinho. Iniciada em 1973, jovens escritores tiveram a oportunidade de lançar sua obra e o evento passou pelo desafio de se manter viva durante a pandemia.
Jovens Escritores
Algo importante para o evento é que, a cada nova edição, surgem novos jovens escritores. Como, por exemplo, em 2022, quando o (hoje) acadêmico de Jornalismo João Lucas Oliveira lançou o livro Cada vez mais eu. O autor conta que a produção só foi possível devido ao incentivo de várias pessoas na escrita do livro. Ele acredita na iniciativa de novos escritores, porém crê também na experiência de vida: “De nada adianta ser o mais novo a lançar um livro, se você ainda não tem conhecimento suficiente para transparecer”
Oliveira acredita no legado de fazer o bem por meio de instrumentos que auxiliem a cuidar da saúde mental. Ele ainda ressalta que o leitor que adquirir o livro estará auxiliando no reflorestamento: ” A cada livro adquirido, uma muda de árvore de reflorestamento é plantada, como forma de repor o papel utilizado na impressão, e também de ajudar no combate ao desmatamento e contribuir no reflorestamento”
O livro de João Lucas pode ser adquirido através da Amazon ou WhatsApp.
O Recomeço Pós Pandêmico
Durante o ano de 2020 o mundo viu – se diante uma pandemia global, onde ficamos praticamente sem contato presencial por um tempo. Por isso, naquele ano a Feira do Livro ocorreu de forma híbrida pela primeira vez, na sua 47ª edição. Já em 2021 o evento voltou às suas origens, sendo realizada de modo 100 % presencial. Segundo Télcio Brezolin, presidente da Câmara do Livro de Santa Maria e: “Foram momentos de reencontrar pessoas num ambiente cheio de energia, desprovido de algoritmos, tão importante neste hiato da história da humanidade”.(depoimento dado à assessoria de imprensa da Feira de 2021)
Feira de 2023
Em 2023 a Feira Do Livro ocorre na Praça Saldanha Marinho de 28 de abril à 13 de maio. As inscrições para os escritores que querem lançar livros estão abertas até o dia 15/04, por meio de formulário . Mais informações podem ser adquiridas pelo e-mail feiradolivrosm73@gmail.com e no Instagram @feiradolivrosm.
O escritor, jornalista, editor e tradutor Eduardo Bueno, mais conhecido como Peninha, esteve na Feira do Livro de Santa Maria na segunda-feira, autografando suas obras e conversando com o público.
Com seu modo irreverente, Peninha falou especialmente sobre a História do Brasil e seu último livro “Dicionário da Independência – 200 anos em 200 verbetes”. O livro, que tem o formato de dicionário, traz ilustrações que ajudam a explicar o bicentenário da independência.“Utilizei a ilustração pois eu acredito em uma história pop. É fundamental conhecermos nosso passado, pois, como já diz o ditado, um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-lo”. Bueno respondeu questionamentos de quem estava presente, comentou sobre a direita no Brasil dizer que ele é de esquerda, além de acusá-lo de comunista, e as pessoas da esquerda dizerem que ele é de direita, com o bom humor que lhe é peculiar. Ao final, aplaudido de pé, gritou um Fora Bolsonaro que foi ecoado pelo público.
O autor tem mais de 30 livros publicados e com a coleção Brasilis, que reúne A viagem do descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, Capitães do Brasil e A coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas dos mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Já editou mais de 200 títulos, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras.
Para quem quiser acompanhar Eduardo Bueno pelas redes, ele mantém um Podcast e um canal no Youtube, ambos denominados Buenas Ideias.
A Feira do Livro de Santa Maria segue até dia 14 de maio, na Praça Saldanha Marinho. Para assistir ao Livro Livre, que ocorre todos os dias às 19h no Theatro Treze de Maio, é só pegar o ingresso gratuito na recepção do Theatro.
Nesta sexta-feira, dia 29 de abril, foi o primeiro dia da 49º Feira do Livro que volta com força total depois de 2 anos de pandemia. A Patronesse da edição é a escritora, professora, pesquisadora e ativista Nikelen Witter, e os homenageados são a professora e escritora Maria Esther Gomes de Souza e o médico e compositor nativista Mario Eleú da Silva que é homenageado póstumo.
Maria Esther possui deficiência auditiva e é educadora especial e lançou 2 livros nessa sexta-feira na Feira do Livro, Uma história de mãos brilhantes e Minivoleibol para Surdos que escreveu junto com Jeferson de Oliveira Miranda. O primeiro livro conta a história de Daniel, um rapaz surdo, e demonstra a importância da inclusão de jovens surdos e deficientes auditivos na educação desde jovens. Sobre isso a professora comentou que a sociedade precisa dar mais passos em direção a sensibilidade e abrir mais espaços para que histórias de mãos brilhantes como as de Daniel sejam contadas.
Também ocorre neste fim de semana o projeto Troca Livros, organizado pela Biblioteca Pública Henrique Bastide. O objetivo do projeto é promover a troca de livros em bom estado, com foco em livros literários. Outra atração foi o espetáculo 2 Lunáticos, que teve duas apresentações, de manhã e de tarde, no Teatro Treze de Maio, e recebeu um grande número de pessoas, em especial crianças que se contagiaram com a alegria dos artistas. A 49º Feira do Livro vai de 29 de abril até 14 de maio.
A tradicional Feira do Livro de Santa Maria chega a sua 49ª edição de 29 de abril a 14 de maio. Depois de dois anos ocorrendo de modo híbrido, a Feira deste ano será totalmente presencial. São cerca de 40 livreiros e mais de cem lançamentos de livros, sendo que boa parte de escritores locais.
A programação conta com apresentações de peças de teatro, shows musicais e cinema, além dos tradicionais estandes de livros. A patronesse desta edição é a professora, escritora, pesquisadora e ativista Nikelen Witter; e a professora homenageada, Maria Esther Gomes de Souza. Já o escritor homenageado (póstumo), é o médico e compositor Mário Eleú da Silva. No dia 7 de maio haverá a Noite da Patronesse: #LeiaMulheres, com a professora Nikelen acompanhada de Monalisa Dias e o Clube de Leituras Bem-ditas.
A abertura ocorre na sexta às 18h, no Theatro Treze de Maio, com uma homenagem à professora Maria Esther Gomes de Souza. Ela tem seis livros publicados e realiza trabalho de leitura inclusiva e se destaca no trabalho com alunos surdos na Escola Estadual de Educação Especial Dr. Reinaldo Fernando Cóser.
Veja a programação completa na página da Feira do Livro.