Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Feminicidio

Condição feminina é tema do espetáculo Há Perigo, Maria

Violência doméstica, machismo e feminicídio são os temas que motivaram a artista e aluna do curso de Artes Cênicas da UFSM, Bárbara Cembranel a idealizar o espetáculo Há Perigo, Maria. A peça teatral estreou em novembro de 2018

Lei do Feminicídio é aprovada pela Câmara dos Deputados

As mulheres continuam vulneráveis aos homens, sendo vítimas de abuso sexual, assassinato ou violência doméstica. Esse cenário pode mudar, com a aprovação pela Câmara de Deputados, nesta terça-feira, dia 03 de mais uma lei que estava em andamento,

Violência doméstica, machismo e feminicídio são os temas que motivaram a artista e aluna do curso de Artes Cênicas da UFSM, Bárbara Cembranel a idealizar o espetáculo Há Perigo, Maria. A peça teatral estreou em novembro de 2018 no Teatro Caixa Preta e, na próxima quinta-feira, 6 de junho, será apresentado no Theatro Treze de Maio, às 20h.

Com orientação da professora Mariane Magno, a peça discute o lugar da mulher numa sociedade que frequentemente a silencia. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Theatro ou pelos números 55 99677-5996, com Mariana Giacomini  e  55 98412-0821, com Bárbara Cembranel. A meia-entrada, referente a estudante e idosos é de R$10,00, antecipada ou sócios do teatro é R$15,00 e, na hora, será R$20,00.

Divulgação

O espetáculo tem duração de 60 minutos e a classificação é 14 anos. A organização também sugere a confirmação da presença no evento do Facebook.

Confira a sinopse:

A mulher que tem opinião própria. Puta

A mulher que exige respeito. Puta.
A mulher que não aceita ser tratada de qualquer forma. Puta.
A mulher que decide sobre sua própria vida. Puta.
A mulher que é violentada por um homem. Puta.
A mulher que é morta por um homem. Puta.
Há perigo em casa.
Há perigo na rua.
Há perigo no trabalho.
Há perigo em todos os lugares.
Onde posso me sentir segura?

 

As mulheres continuam vulneráveis aos homens, sendo vítimas de abuso sexual, assassinato ou violência doméstica. Esse cenário pode mudar, com a aprovação pela Câmara de Deputados, nesta terça-feira, dia 03 de mais uma lei que estava em andamento, sobre a violência contra mulheres foi aceita.  O projeto iniciou por meio de uma campanha para colher assinaturas, a partir de agosto de 2014.

A nova regulamentação considera o feminicídio como o sexto tipo de crime qualificado e, portanto, prevê que violência feminina seja considerada homicídio hediondo, como qualquer outro crime, como o genocídio ou estupro. Dessa forma, o assassino terá pena de prisão.

O agora art. 121 do Código Penal  tem pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão.  Para aqueles que cometem o assassinato de mulheres grávidas, tenham bebês recém-nascido, sejam menores de 14 anos ou idosas, a pena aumenta em um terço.

Embora seja um avanço fundamental, mulheres desacreditadas dos sistemas Legislativo e Judiciário não estão entusiasmados com os passos alcançados. Para a acadêmica de psicologia do Centro Universitário Franciscano, Liliane Lopes, essa lei é apenas mais uma entre tantas outras que existem para as mulheres e que não são cumpridas direito.”As leis que favorecem as mulheres nem sempre são cumpridas”, comenta a estudante.

Em contrapartida, o futuro dentista, Édes Cavalheiro, é mais otimista e acredita que cada um caso é um caso. Já o seu colega,Felipe Fagundes, defende os direitos iguais entre homens e mulheres. “As leis tinham que valer para homem e pra mulher, da mesma forma”, finaliza.