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Santa Maria, RS, Brazil

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Lucho, no quiero solo agradecerte

Identificação, palavra que no dicionário pode ser entendida como um processo inconsciente no qual existe a semelhança de pensamentos e comportamentos entre duas partes.

O que esperar dessa Copa?

Essa não será qualquer Copa do Mundo ou apenas mais um Mundial com as principais seleções do planeta, mas sim algo diferente. A primeira diferença já começa pela época a ser disputada, diferentemente das outras edições,

UFN em clima de Copa

Na tarde desta quinta-feira, 10, a Universidade Franciscana promoveu a Copa do Mundo da UFN. Durante o intervalo dos cursos da tarde, às 15h, teve apresentação ao vivo do programa da Rádio Web UFN, A Copa

Inter de Santa Maria disputa a Divisão de Acesso

A primeira divisão do futebol gaúcho tem início em menos de 15 dias. O Gauchão Série A2 – Divisão de Acesso está marcado para começar no dia 15 de agosto. Em virtude das restrições impostas pela

A realidade do Esporte Clube 14 de Julho

“O sentimento de ser jogador é maravilhoso. Desde criança sempre foi meu sonho.  Começou a ser realizado quando tinha 16 anos, fui jogar no Defensor de Montevideo, Inter-Santa Maria, Caxias, Avaí-SC, e depois para o 14

Amarelaram?

A CONMEMBOL confirmou nas últimas semanas a realização da competição continental no Brasil, depois da desistência da Argentina e da impossibilidade da realização na Colômbia. A Copa América que iria ser disputada em 2020 nesses dois

O futebol, ou simplesmente a minha vida

O gosto por partidas de futebol é algo que desde pequeno, com meus 9 ou 10 anos, de idade, possuo. Quando pequeno fui influenciado por meu pai e meu avô materno a gostar do esporte, os

Não nasci amando futebol

  Não nascemos amando tudo, tudo que amamos nos é apresentado pela primeira vez, às vezes vamos amar na hora e, às vezes, vamos construir esse amor. O futebol é assim, eu não nasci com gosto

Levamos outro gol?

Era uma bela manhã de sol… ou melhor, não seria uma tarde chuvosa? Se bem que poderia estar de noite, né!? O lugar também fica difícil de descrever: pode ser na fila do banco, no cafezinho da padaria,

Identificação, palavra que no dicionário pode ser entendida como um processo inconsciente no qual existe a semelhança de pensamentos e comportamentos entre duas partes. Já no esporte, mais precisamente no futebol, é explicada pela relação entre Luis Alberto Suárez Díaz e Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense em apenas 11 meses de convivência. 

O alcance da idolatria muitas vezes não é apenas por títulos ou conquistas, mas sim pela identificação. E ninguém entendeu mais nos últimos anos o que é vestir a camiseta do Grêmio do que Suárez. 
Por Suárez, por Renato, pela torcida, esse foi o Grêmio neste ano. Depois de 2 temporadas sofridas em que o gremista não conseguia ver uma partida tranquila sentado no sofá, conseguiu em 2023 ver de perto um dos maiores centroavantes da história do esporte. A recuperação do ânimo, da presença no estádio, de acreditar e do amor pelo futebol. Assim pode ser descrita a passagem de Suárez no Rio Grande do Sul. 

“Se ele não tivesse aqui, o Grêmio não seria o mesmo”, alguns dizem. Mas esses, esquecem que a suposição não existe no futebol. Suárez esteve aqui e colocou o tricolor de volta em uma Libertadores da América.  

Foram 53 jogos, 27 gols e 18 assistências em 2023. Tudo isso com 36 anos. A temporada em que mais entrou em campo, em que mais pisou no gramado e que mais lutou dentro das quatro linhas. 

Por isso, não posso só agradecer. Mas sim, te reverenciar e entender que a vontade e o esforço não dependem do clube em que joga, mas sim da própria personalidade. 

O gosto de que poderia ter sido mais, fica. Seria lindo e mágico ver Suárez em uma Libertadores. Mas esse é o futebol. Espero que tenham desfrutado. O melhor 9 do século jogou aqui. Jogou no Grêmio. Vestiu a camiseta azul, preta e branca. E podem ter certeza, coisas melhores estão por vir. 

Essa não será qualquer Copa do Mundo ou apenas mais um Mundial com as principais seleções do planeta, mas sim algo diferente. A primeira diferença já começa pela época a ser disputada, diferentemente das outras edições, essa será no final do ano, isso faz com que os principais jogadores cheguem em seus auges físicos, já que o calendário europeu está na metade. 

Pode ser esse ano que o torcedor verá a Copa mais parelha de todos os tempos, com muitos favoritos, muitas possíveis surpresas e craques em praticamente todas as seleções. 

O troféu mais desejado de 2022.

OS FAVORITOS

Brasil, Argentina e França podem ser consideradas o TOP 3 para 2022. Uma seleção brasileira organizada, com nove opções para o ataque, uma defesa sólida, jogadores se destacando nos principais clubes da Europa e Neymar em seu melhor início de temporada no PSG com sede do hexa. 

Já a Argentina tem o jogador mais diferenciado do mundo, Lionel Messi comanda um time cheio de experiência e juventude que está há 36 jogos invictos. Olhos abertos também para Julián Álvarez, que com 22 anos já ganha espaço com Pep Guardiola no Manchester City depois de se destacar no River Plate.

E por último, mas não menos favorita, a seleção francesa. A última campeã mundial chega com um time repleto de jovens jogadores com muito futebol a oferecer. Mbappé e Benzema podem fazer o ataque mais letal da Copa. Isso só acontece se a maldição dos campeões não aparecer de novo, desde 2010, os últimos vitoriosos não passam da fase de grupos. Itália (2010), Espanha (2014), Alemanha (2018), todas eliminadas ainda na fase inicial, Didier Deschamps tentará mudar a história em 2022.

AS SURPRESAS

Entre as tantas seleções que podem surpreender na Copa do Mundo, destaco duas: Uruguai e Dinamarca. Além dessas, é claro que os outros elencos podem incomodar, como a poderosa e longeva geração belga, Louis van Gaal e sua renovação holandesa e os inventores do futebol com seus jovens craques. 

A seleção uruguaia é mais uma que mescla experiência com a juventude e chega com seu melhor plantel desde 2010, quando alcançou uma semifinal na África do Sul. Fede Valverde, Darwin Nunez, Arrascaeta, Luiz Suárez e companhia podem chegar longe no Catar. Um possível confronto contra o Brasil pode acontecer já nas oitavas, caso um passe em 1º e outro em 2º em seus grupos. 

A Dinamarca chega com status de realidade para muitos e não mais uma surpresa. Depois de chegar nas semifinais da última Eurocopa e passear nas Eliminatórias, o time comandado por Kasper Hjulmand é um dos favoritos no grupo D junto com a França. Caso passe em segundo, a seleção dinamarquesa já encontra a Argentina, se passar em primeiro, nas oitavas. 

ESTREIAS

Os donos da casa, o Catar abre o Mundial contra o Equador neste próximo domingo (20), às 13h. Já a seleção brasileira entra em campo na quinta-feira (24) e enfrenta a Sérvia, às 16h.

Na tarde desta quinta-feira, 10, a Universidade Franciscana promoveu a Copa do Mundo da UFN. Durante o intervalo dos cursos da tarde, às 15h, teve apresentação ao vivo do programa da Rádio Web UFN, A Copa & Eu, e gravação do programa da UFN TV, Clima de Copa.

Segundo o acadêmico do curso de Jornalismo e apresentador da rádio, Lucas Acosta, “é um momento importante para a Rádio porque nós fomos convidados pela instituição. Fazer este programa no intervalo, ao vivo, onde várias pessoas podem nos acompanhar, é muito gratificante. Neste clima de Copa, onde todos acompanham o futebol, sendo fãs ou não, é bom nós podermos colaborar com este aumento de expectativa da chegada da Copa com o apoio da universidade”.

A Copa & Eu foi apresentada ao vivo na ocasião. Imagem: Nelson Bofill

A rádio teve apresentação de Lucas Acosta e Alam Carrion, Felipe Perosa nas reportagens e Clenilson Oliveira na central técnica. A UFN TV que cobriu a atividade e entrevistou participantes e envolvidos no projeto por meio de reportagens realizadas por Laíz Lacerda e Rogério Giaretta. Os programas apresentaram diversas entrevistas com os estudantes da instituição que compartilharam seus momentos mais marcantes da Copa do Mundo.

A coordenadora de relacionamentos da UFN, Laíse Chaves, comentou sobre o projeto ser uma ação conjunta, “a Copa já está chegando, todo mundo acaba se envolvendo, incluindo os professores, alunos e funcionários da universidade. Então foi uma ação conjunta, a Rádio já tem esse programa e a TV vai ter um quadro também, então surgiu essa ideia de brincar um pouco nesse clima de Copa”.

Acadêmico de Jornalismo e repórter Felipe Perosa, entrevistando o professor Bebeto Badke durante o programa de rádio A Copa & Eu. Imagem: Nelson Bofill

Segundo o acadêmico Ian Lopes “o programa A Copa & Eu já é uma ótima ideia. Trazer ele para o pátio e tornar mais interativo, foi ainda melhor. Gostei muito de ser entrevistado e acho muito bom também pela experiência que é adquirida como repórter ao gravar esse programa ao vivo”.

O programa A Copa e Eu é liberado semanalmente no canal do Youtube e Spotify da Rádio Web UFN, e a cada semana o programa trás um entrevistado diferente. As gravações realizadas pela TV serão disponibilizadas durante o programa Clima de Copa. A produção também envolve o campeonato e vai ser divulgada durante o período dos jogos.

Inter-SM em treinamentos para a Divisão de Acesso. Imagem: Renata Medina

A primeira divisão do futebol gaúcho tem início em menos de 15 dias. O Gauchão Série A2 – Divisão de Acesso está marcado para começar no dia 15 de agosto. Em virtude das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o campeonato foi interrompido na última temporada, após a realização de três rodadas.

Serão 16 clubes competindo, divididos em dois grupos com oito equipes em cada. A primeira etapa é uma disputa em turno e returno, classificando-se os quatros melhores para as quartas de final. A partir dessa etapa, os jogos serão no sistema mata-mata em ida e volta, prosseguindo assim na semifinal e na final. 

O campeão e o vice-campeão estarão classificados para o Gauchão Série A 2022 e os piores de cada grupo da fase inicial, vão direto para o rebaixamento do Gauchão Série B – Segunda Divisão. 

Conheça os grupos:

GRUPO A: Glória; Igrejinha; Passo Fundo; União Frederiquense; Tupi; Veranópolis; Cruzeiro e Brasil de Farroupilha.

GRUPO B: Inter de Santa Maria; São Gabriel; Guarani-Va; Guarany-Ba; São Paulo; Lajeadense; Bagé e Avenida.

O troféu da Série A2 homenageará o jornalista Sérgio Cabral, que sempre se dedicou ao crescimento do futebol gaúcho, atuando por muitos anos no jornal Diário Popular e também em emissoras de rádio de Pelotas. As taças que o campeão e o vice da competição erguerão terão o nome do profissional, que morreu em novembro de 2020, aos 61 anos, após uma cirurgia cardíaca. 

Clássico Inter-SM e São Gabriel

A primeira rodada do campeonato terá, entre os jogos, um clássico muito conhecido na região: O Inter-SM e o São Gabriel irão estrear no campeonato, no dia 15, no Estádio Presidente Vargas. 

 Esporte Clube Internacional (Inter-SM)

O clube brasileiro de futebol, da cidade de Santa Maria, no RS, teve sua fundação inspirada no Sport Clube Internacional, desde o nome até as cores do Inter-SM. Fundado em 16 de maio de 1928, o Esporte Clube Internacional nasceu como resultado de várias reuniões no extinto Café Guarany, entre um grupo de jovens que praticava o esporte.  

Na primeira partida oficial, válida pelo Torneio Início de 1930, o colorado santa-mariense venceu o 7 de Setembro por 1 a 0, no Estádio dos Eucaliptos. Um ano depois, conquistou o seu primeiro troféu, em uma partida amistosa contra o Brasil, com vitória de 5×2. Três anos mais tarde, venceu seu primeiro campeonato oficial: o Citadino de Segundos Quadros de Santa Maria.

Em 1940, o Internacional venceu pela primeira vez o seu maior rival, o Riograndense por 1×0 e, em 1954, o clube disputou seu primeiro Campeonato Gaúcho. Disputou o Campeonato Brasileiro de 1981 levando a Taça de Prata e, em 1982, participou da primeira divisão do futebol brasileiro e de uma semifinal de Campeonato Brasileiro Série B em 1984. 

Com um histórico de vitórias, o clube segue ainda na luta por lugares melhores. A pandemia do covid-19, instalada em 2020 no mundo inteiro, afetou o time em diversos aspectos, assim como toda a área do esporte. Porém, o time continua em busca de seu espaço e retorna com muita garra aos estádios este ano. 

Inter-SM na Divisão de Acesso

O Inter-SM, nos últimos quatro anos, conseguiu chegar em duas semifinais da competição. No ano de 2020, estava em segundo lugar na Divisão de Acesso, realizando uma ótima campanha e com um time consideravelmente forte. No entanto, em virtude da pandemia da Covid-19, o campeonato teve que ser cancelado.

Treinamentos para a Divisão de Acesso seguem em ritmo intenso. Imagem: Renata Medina.

O analista de mercado do time, Marcos Pedrozo, revela que este ano, o clube acredita estar preparado para a competição, com uma equipe competitiva de acordo com as características do treinador e com jogadores no perfil adequado ao modelo de jogo. Na parte física, o time está indo para a segunda semana de treinamentos, onde a primeira foi destinada mais à adaptação. Os 35 dias de pré-temporada estão servindo para preparo dos atletas e a chegada de novos atletas. 

A comissão técnica será mantida, Sananduva comandará a casamata, Guilherme Tocchetto será o auxiliar técnico e Henrique Braibante o preparador físico. A equipe se completa com o preparador de goleiros Ed Palmieli e os analistas de desempenho Mateus Bolivar e Flavio Salla. 

Esse ano o clube optou por trazer atletas com mais experiência, com conhecimento e contato com o campeonato gaúcho.  “Esses atletas tem que saber o peso que é essa competição e o maior objetivo do clube, que é trazer o acesso”, diz Marcos Pedroso.  

Primeiro amistoso contra o Grêmio em Porto Alegre. Imagem: Renata Medina

O Inter-SM vem realizando amistosos até a competição se iniciar. O primeiro amistoso de preparação para a Divisão de Acesso, foi na cidade de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. A disputa aconteceu no sábado 31 de julho, às 15h, no Centro de Treinamento Hélio Dourado.

O Alvirrubro teve muito trabalho no primeiro amistoso, o time santa-mariense saiu atrás no marcador, porém com muito esforço alcançou o adversário e conseguiu a virada, derrotando a equipe sub-20 do Grêmio por 2 a 1.

Retorno das torcidas nos estádios 

Recentemente, na Agência Central Sul foi publicada uma matéria a respeito do retorno dos torcedores aos estádios, veja e reveja. Até o momento não há nenhuma novidade, no entanto os clubes e as federações seguem atentas aos protocolos e normas a respeito do assunto.

Em entrevista ao Diário de Santa Maria, a assessoria de comunicação do Inter-SM, há uma possibilidade do retorno dos torcedores ainda nos jogos da Divisão de Acesso. Na sexta-feira, 30, foi concedido pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) um protocolo geral para a volta do público nos estádios no Rio Grande do Sul. 

Ao que tudo indica de acordo com o protocolo, a decisão depende somente da aprovação da Prefeitura de cada município. Em caso de aprovação do retorno, será permitido no máximo 25% da ocupação do estádio, o que equivale a 1.665 pessoas no Estádio Presidente Vargas, por exemplo. Além disso, é indispensável a apresentação da carteira nacional de vacinação, sendo obrigatória a imunização com as duas doses ou o exame RT-PCR com prazo máximo de 72h. Além de protocolos como venda de ingressos apenas de modo antecipado com prioridade para sócios em dia.

 

  • Reportagem feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o 1º semestre de 2021, sob supervisão da professora Glaíse Palma.

Pavilhão do Estádio João Martins. Foto: Lucas Acosta.

“O sentimento de ser jogador é maravilhoso. Desde criança sempre foi meu sonho.  Começou a ser realizado quando tinha 16 anos, fui jogar no Defensor de Montevideo, Inter-Santa Maria, Caxias, Avaí-SC, e depois para o 14 de Julho. Foi uma honra ter vestido esse manto, um dos clubes mais antigos do Brasil. A experiência foi maravilhosa por jogar na minha cidade”. esse é o sentimento de Gustavo Benitez, ex-jogador do Esporte Clube 14 de Julho, de Santana do Livramento. Um clube com uma história riquíssima e feitos históricos.

O começo

A história do clube começa em 1902 com garotos que jogavam um esporte ainda pouco conhecido pelas pessoas, em um espaço onde hoje se encontra o Parque Internacional, praça que divide as cidades de Santana do Livramento e Rivera, no Uruguai.

Parque Internacional atualmente.

Com a adoção das cores vermelho e preto, o clube do interior do Rio Grande do Sul, se tornou o primeiro rubro-negro do Brasil, com o passar dos anos outros grandes clubes adotaram essas mesmas cores, como Brasil de Pelotas e Flamengo. Além desse feito, o Esporte Clube 14 de Julho é o terceiro clube mais antigo do país, com fundação em 14 de julho de 1902, fica somente atrás do Sport Club Rio Grande, também do RS, fundado em 19 de julho de 1900 e a Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, São Paulo, fundada em 11 de agosto de 1900.

Evolução dos Uniformes ao longo dos anos:

 

O começo da caminhada do 14 de Julho é cheio de feitos históricos, que são lembrados até hoje. Em 1906, o clube aproveita a proximidade da cidade uruguaia e realiza um jogo contra o Rivera F.C, vence pelo placar de 2×1 e conquista a primeira vitória internacional de um clube brasileiro. Já em 1909, foi o primeiro clube a conquistar um campeonato internacional, a Copa La France, no Uruguai, competição que ajudou a fundar.

Os primeiros anos de história do clube foram vitoriosos, mas não só de vitórias se vive um time,  também de reconhecimento. Cipriano Nunes Silveira, o Castelhano, jogador do clube de 1907 a 1929, com exceção apenas do ano de 1920, quando atuou pelo poderoso Santos, se tornou o primeiro jogador do estado do Rio Grande do Sul a ser convocado para a seleção brasileira. Além disso, o clube é um dos fundadores da Federação Rio-Grandense de Desportos, hoje conhecida como Federação Gaúcha de Futebol (FGF).

Escudo do clube.

O apelido Leão da Fronteira surge com carinho e representação a garra com que os jogadores atuavam, pela localização e pelo grande número de uruguaios no time. O Leão sempre esteve presente no escudo do clube.

Esse começo de trajetória do clube foi muito importante, visto que, contribuiu para a evolução do esporte na cidade, no país ao lado e no estado.

O passado recente

A história recente do time santanense não é tão vitoriosa como antigamente, o clube que passou por inúmeras dificuldades ao longo das últimas décadas, hoje não possui time de futebol. Entre 1998 e 2004, o primeiro rubro-negro do Brasil também ficou com o departamento de futebol fechado, mesma situação que ocorreu no final de 2013, quando a então diretoria encerrou suas atividades de futebol por causa das dificuldades de manter o time.

Elenco do clube em 2012. Foto: Facebook/Gustavo.

Gustavo Benitez, meio-campo e ex-jogador do clube, atuou nos anos anteriores ao encerramento das atividades, “O ambiente era bem agradável, nossa equipe era muito boa, chegamos bem longe nas competições que participamos”, comenta Gustavo. O ex-jogador também conta um pouco da gestão do clube na época, “O clube teve muitas mudanças na estrutura. A gestão que estava na época fez várias melhorias arrumando vestiários, que nem time da primeira divisão tinha. Colocaram luz no campo, melhoraram o campo e a situação financeira nessa época estava muito boa, salários em dia…” O ex-jogador finaliza comentando também sobre o tratamento recebidos pelos jogadores, “O tratamento era bom, nós tínhamos tudo do bom e do melhor, ficávamos concentrados antes dos jogos, concentrávamos em hotéis muito bons, nem em vários times que passei não tinha toda essa estrutura pra nós jogadores.”

Desde 2013, com as atividades paradas e com os problemas se agravando, o clube ainda formou uma categoria de base, com futebol masculino e feminino. O Globo Esporte, com Alice Bastos Neves, foi a Santana do Livramento em outubro de 2014 para gravar o “Vem Alice”, quadro onde a apresentadora dava destaque para projetos novos e até projetos amadores no cenário sul-rio-grandense e mostrou para todo o estado a tentativa de recomeço de um grande time. Porém, a ideia que no começo era excelente, não foi tão a frente, também pelas dificuldades enfrentadas pelo clube.

Para olhar a reportagem, clique aqui.

O presente

Portão 1 do estádio João Martins. Foto: Lucas Acosta.

Já em 2018, uma nova gestão assumiu o comando do clube e fez algumas mudanças e reformas no João Martins, estádio próprio do 14 de Julho. Mercedes Cunha, assumiu como presidente e Adriano Silveira Trindade, como diretor de futebol.

Projeto Leão do Futuro. Foto: arquivo pessoal Adriano.

Adriano, conhecido por “Dingo”, também é ex-jogador do clube, e conta que em 5 de novembro de 2018 um projeto de categorias de base foi criado no clube, o Projeto Leão do Futuro, com crianças dos 6 aos 17 anos de idade. O diretor de futebol comenta também que o controle de dedicação é complicado com certas idades, já que atualmente existe muitas “distrações”. O Leão do Futuro era um trabalho social que contava com cerca de 160 crianças e recebia apoio de algumas empresas de Santana do Livramento, com alimentação e outras questões. Porém com a pandemia do Coronavírus, o projeto precisou dar uma pausa pela segurança das crianças, dos técnicos e dos demais envolvidos. O covid-19 não só  atrapalhou as categorias de base, mas também agravou a situação, que já era bem delicada na parte financeira do clube.

Leão do Futuro. Foto: arquivo pessoal Adriano.

Piscina térmica no estádio João Martins. Foto: Lucas Acosta.

Ao ser questionado sobre como o clube ainda se mantém vivo, Adriano respondeu “O clube, hoje, se mantém pela piscina, pelo departamento de piscina, com o pagamento dos sócios”. Em 1989, Hilário Nicolini, presidente do 14 de Julho naquele ano, construiu uma piscina térmica nas dependências do João Martins. Esse investimento, até hoje é usado, mas com a pandemia, também precisou parar de receber seus sócios. O diretor de futebol ainda ressalta que muitos sócios não fazem o pagamento e entende o lado dessas pessoas, visto que, o clube está fechado, mas pede que as pessoas entendam o lado do clube, que precisa manter o ambiente para uma possível reabertura.

Sobre o departamento de futebol ainda estar fechado, Adriano afirma que “O futebol, nesse momento, não tem condições, quem sabe no futuro”, já que em 2021 a Terceirona Gaúcha, terceira divisão do campeonato estadual, voltou a ser disputada e dá vaga para dois na próxima Divisão de Acesso, competição que o 14 de Julho poderá almejar em seu futuro, se o futebol retornar.

Adriano relata que várias soluções são pensadas para os problemas do clube, porém descreve o quão difícil é colocar as ideias em prática, por falta de recursos e também por falta de apoio. O diretor de futebol comenta que deveria existir uma união do esporte santanense, todos os clubes juntos em prol do esporte em geral e não em benefício a determinado clube. “O dia que parar as vaidades, rivalidades, a falta de respeito das pessoas se acharem melhores que as outras, diminuírem o valor das outras e sempre acharem que só elas têm a solução e só elas sabem das coisas, aí sim começamos a andar para frente.” complementa o diretor.

Aviso aos sócios na recepção. Foto: Lucas Acosta.

Com todas as dificuldades do clube, hoje o estádio e a piscina do João Martins não possuem funcionários, a diretoria procura ainda ajudar esses funcionários com cestas básicas e uma ajuda de custo, visto que poucos sócios realizam o pagamento das mensalidades durante a pandemia. Além disso, com as dívidas do clube, o complexo onde está situado o estádio já foi para leilão cinco vezes e, até o momento, pode estar indo para o sexto. Contudo advogados ligados ao clube tentam tornar o estádio João Martins patrimônio histórico da cidade e com isso o leilão não aconteceria.

Troféus do clube. A sala de troféus está em manutenção. Foto: Lucas Acosta.

Com 40 títulos municipais e campeão estadual de juniores em 1992, o Esporte Clube 14 de Julho possui um carinho enorme dos santanenses, porém no presente não conseguiu conquistar títulos e repetir o brilhantismo que existia no século passado. Com a categoria de base e novos projetos, a diretoria e os torcedores esperam que em um futuro próximo o clube volte a dar alegrias ao seu torcedor.

 

Os estádios não podem receber público desde março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus se instalou com força no Brasil. Já se passou mais de um ano e os clubes de futebol lamentam essa ausência. Os campeonatos retornaram suas atividades ainda em 2020, mas tanto o governo quanto a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sentem que ainda não é o momento mais seguro para o torcedor retornar aos estádios. 

Alguns estados até tentaram esse retorno, assim como o deputado estadual Romero Albuquerque, que apresentou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um projeto de lei que, caso aprovado, liberava o retorno das torcidas nos estádios de futebol. Essa proposta aconteceu em maio de 2021, solicitando a tramitação em regime de urgência do projeto que estabelece a entrada do público nos jogos.

A proposta do deputado determina que estádios e ginásios com capacidade de até 10 mil pessoas poderiam operar com até um quinto do público, mantendo distanciamento de 2 metros entre cada torcedor. Já em ambientes com a capacidade de menos de 10 mil pessoas, o distanciamento reduz para 1 metro, diante de uma limitação maior do público para um décimo da capacidade. 

A CBF já tem uma ideia de quando espera que isto possa acontecer no país. A entidade começa a trabalhar com a previsão de que, em setembro, os estádios possam começar a receber torcedores para as partidas do Campeonato Brasileiro e outras competições realizadas no país. Segundo Jorge Pagura, presidente da Comissão de Médicos de Futebol da entidade, durante participação no programa ‘Seleção SportTV’ do canal SporTV,  a data prevista é mesmo em setembro, mas ela pode mudar de acordo com os dados de disseminação da doença. 

Essa decisão somente será dada com base nos números determinados de incidência de casos, média móvel, taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e também a porcentagem de vacinados. 

Fora do Brasil a prática já é realidade 

 

Sob protocolos, as torcidas começam a voltar aos estádios no exterior. Em abril, ocorreu a final da Copa da Liga Inglesa, em Wembley, onde o Manchester City ganhou do Tottenham. O estádio recebeu quase 8.000 torcedores em mais um teste do governo britânico e das autoridades locais para avaliar o retorno do público em meio a pandemia da Covid-19.

A realidade de ver a torcida de volta aos campos, ginásios e nos principais eventos esportivos já não é novidade mundo afora. Ainda em abril, cerca de 51.723 pessoas estiveram no estádio Melbourne Cricket Ground, para acompanhar a um jogo de futebol australiano entre Carlton Blues e Collingwood Magpies. No estádio não havia obrigatoriedade do uso de máscaras. 

O gaúcho, natural de Caxias do Sul, Cássio Amaral, reside há 11 anos fora do Brasil e é torcedor do West Ham United, time do Leste de Londres, que conheceu em 2004 em sua primeira passagem pela capital inglesa. 

O calendário do futebol é diferente em relação ao do Brasil, praticamente toda a temporada 2020 e 2021 foi sem público nos estádios. O governo tentou realizar um teste em setembro do ano passado para todos os clubes poderem ter ao menos 2 mil pessoas por jogos, mas a alta no número de infectados e mortos cresceu muito, então não passou de um jogo. 

Em Londres houve uma queda significativa no número de óbitos, cerca de seis por dia no país inteiro, e menos de 200 infectados por dia. Essa queda foi resultado da forte campanha de vacinação na Inglaterra, onde 75% dos adultos já foram vacinados com a primeira dose e 35% dos adultos já fizeram a segunda dose. Esse fator possibilitou que o governo liberasse a presença do público para as duas últimas rodadas do campeonato, dando segurança aos torcedores.

A escolha de quem teria esse pequeno privilégio foi por meio de um processo de seleção. No caso do Cássio, o West Ham United, cujo estádio possui capacidade em torno de 65 mil sócios, com cadeiras cativas, foi realizado um sorteio onde apenas 20 mil torcedores foram selecionados. “Por mais que  sejamos portadores de cartões de acesso, o clube enviou por e-mail os ingressos, que poderia ser adicionado a carteira virtual do telefone, assim evitando qualquer tipo de contato na entrada. Recebemos o teste do COVID-19, no qual deveríamos apresentar a negativa antes do jogo”, comenta Cássio. Além disso, na chegada ao estádio, já há 500 metros havia um posto de triagem onde se passava por uma fiscalização, com a medição da febre e checagem da negativa do teste.

Cassio e sua filha voltando aos estádios pós pandemia. Imagem: arquivo pessoal

Com base na situação atual e no surgimento de novas variantes, Cássio ressalta que não se sente mais seguro, porém o campeonato retorna somente em agosto, o que pode trazer mudanças caso toda a população adulta já tenha se vacinado e a variante indiana controlada. 

Quem sofre também com a ausência da torcida são os clubes que acabam tendo uma perda significativa ligada a sua questão econômica. Reabrir os portões iria minimizar o prejuízo dos clubes de futebol no país, que se repetirá em 2021 e em suas competições. No ano passado, por exemplo, o Flamengo deixou de ganhar cerca de R $100 milhões sem receber torcedores no Maracanã. O Palmeiras também teve queda na receita de aproximadamente R $75 milhões com os portões do Allianz Parque fechados. 

De acordo com a proposta da CBF para o retorno, os torcedores só poderão voltar quando os estados da federação, com equipes em competições nacionais, não tiverem restrições para o retorno do público. Desse modo, a expectativa é que deva demorar, tendo em vista as dimensões continentais do Brasil e as diferentes realidades que cada região vive na saúde pública e na esfera política.

A CONMEMBOL confirmou nas últimas semanas a realização da competição continental no Brasil, depois da desistência da Argentina e da impossibilidade da realização na Colômbia. A Copa América que iria ser disputada em 2020 nesses dois países teve que ser adiada por causa da pandemia do Covid-19. Os argentinos, com um considerável aumento no número de casos do vírus, acabaram desistindo. Já os colombianos, com uma grave crise social em seu país, também comunicaram que não estariam a disposição como sede. Com isso, a competição veio parar em território brasileiro.

Porém, mesmo com o brasileiro apaixonado por esse esporte tão maravilhoso que é o futebol, a repercussão foi extremamente negativa por parte dos torcedores, imprensa, comissões técnicas das seleções e até os próprios jogadores. Em meio a tudo isso, mais um escândalo dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) veio à tona para o público, Rogério Caboclo, presidente da Confederação, foi denunciado por assédio moral e assédio sexual a uma funcionária da instituição. O presidente foi afastado por 30 dias e as investigações seguem, um áudio gravado por essa própria funcionária confirma o assédio, Caboclo questionou a trabalhadora com perguntas inoportunas e desconfortáveis. O afastamento foi decidido pelo Conselho de Ética da CBF, que a existência até me surpreende, já que escândalos lá dentro têm sido comum nas últimas gestões.

A seleção brasileira entrou em campo na sexta-feira, contra o Equador, No Beira-Rio em Porto Alegre. Com gols de Richarlison e Neymar, a seleção garantiu mais uma vitória nas Eliminatórias para Copa 2022 no Catar. No mesmo dia, a notícia que espalhavam os jornalistas esportivos em seus programas em todas as emissoras e internet, era de um possível boicote da seleção à Copa América, os jogadores não queriam jogar, a comissão técnica também não, além de influenciar outros jogadores de outras seleções a fazerem a mesma coisa.

Em entrevista pós-jogo para a Rede Globo, o capitão Casemiro foi questionado sobre esse pensamento dos jogadores em relação a competição, o jogador foi enfático e afirmou que a imprensa já sabia do posicionamento deles e que todos estão unidos. O que deu a entender é que realmente ali existia um posicionamento e esse era algo grande, que poderia entrar para a história do futebol e da seleção brasileira, os jogadores iriam vir a público na terça-feira, depois do jogo contra o Paraguai, também pelas Eliminatórias.

O pensamento de todos era de desistência, pela primeira vez na história aconteceria algo assim, os jogadores sairiam como heróis para grande parte da população, mas será que esse era realmente o posicionamento deles?

Pois é, não era… Depois da vitória contra o Paraguai, fora de casa, os jogadores, aqueles mesmos que tinham um posicionamento, postaram em suas redes sociais um simples manifesto com suas opiniões.

Uma piada. Como se estivesse muito frio e os jogadores todos de jaquetas, quisessem sentir um pouco desse frio e tiraram as jaquetas por alguns minutos, mas logo colocaram novamente, pois estava muito frio e acabaram se congelando. Foi exatamente isso que aconteceu. O que não dá para entender, é se esse era o real posicionamento desde sempre e o capitão Casemiro foi infeliz na sua entrevista ou se existia algum outro pensamento e acabou sendo cortado. Esse manifesto tenta agradar a todos, mas acaba não agradando ninguém. Depois da confusão, depois da tormenta, depois de toda repercussão que aconteceu no país, esse “posicionamento”, se é que dá pra chamar assim, vem a público. Em nenhum momento quiserem tornar uma discussão política, algo que já é político. São contra a realização da competição, mas todos jogarão. Nunca dirão não à seleção brasileira, mas de certa forma dizem não ao povo brasileiro. Uma piada.

O gosto por partidas de futebol é algo que desde pequeno, com meus 9 ou 10 anos, de idade, possuo. Quando pequeno fui influenciado por meu pai e meu avô materno a gostar do esporte, os dois fanáticos gremistas que acompanhavam quase todos os jogos do Grêmio.

Em minha casa, meu pai assistia aos jogos do Grêmio e também de várias equipes do interior do Rio Grande do Sul como, por exemplo, o Juventude de Caxias do Sul. Este que, desde aquela época, é meu segundo time do coração.

Ao redor de meu pai, eu ficava de olhos deslumbrados pelas jogadas, passes e gols que aconteciam nas partidas de futebol. A narração da partida e os gols com emoção fizeram com que eu, cada vez mais, gostasse desse esporte fantástico e sensacional.

Foto de Mike no Pexels

Não só de partidas de futebol eu gostava de assistir, gostava também de jogar, tanto em gramado, quadra, ou simples chão batido. O que eu mais queria era jogar, porque jogando futebol me sentia mais feliz e tudo era tão divertido.

O gosto pelo esporte também se passava no meu quadro e times de futebol de botão que ganhei de meu pai e que, muitas vezes, joguei com ele, meu irmão, primos ou, simplesmente, sozinho.

Foi no quadro de jogo de botão que aprendi a narrar partidas e a comentar os gols, e num simples quadro me imaginava em uma partida de verdade, onde eu era o narrador e o comentarista. A cada gol que saia, eu narrava com a emoção de como fosse uma partida real e eu estivesse narrando uma grande final. Quando saia um time de botão campeão, me sentia quase que um Galvão narrando para a televisão.

Com o passar dos anos troquei o quadro de botão por um videogame onde eu, na sala, na frente da televisão, continuei a narrar e comentar as partidas ainda com mais emoção. Mesmo gostando de narrar, meu sonho inicial era ser atleta profissional mas, como minha família não tinha condições,  foi por água abaixo meu plano de ser jogador e passei a pensar em outras profissões.

Ainda no ensino médio decidi fazer jornalismo e seguir meu sonho de trabalhar com esporte, só que de maneira diferente, não seria mais jogador e sim tentaria virar um narrador. Narrador que já era desde pequeno nos quadros de futebol de botão e no videogame em frente à televisão.

No ano de 2018 me inscrevi para o curso de Jornalismo na Universidade Franciscana, com a intenção de trabalhar com futebol e ser um dia um narrador ou comentarista profissional. Ao longo do curso tomei gosto por outras áreas do jornalismo, até pensei em mudar, porém meu gosto pelo esporte, especialmente o futebol, parece não acabar.

Cada vez mais gosto dessa modalidade esportiva. Com um convite de estágio, hoje eu atuo na área, trabalhando como produtor do programa de esportes JoGa Junto, da Rádio Medianeira 102.7, e tenho certeza que esse trabalho é o meu grande teste.

No ano de 2022 vou me formar e espero que, como narrador, comentarista ou repórter, a minha vida ganhar. Quem sabe algum dia serei como minhas inspirações, Glauco Pasa, Fernando Becker, Tino Marcos, Gustavo Berton, Paulo Brito, Galvão Bueno, Marco de Vargas ou um Pedro Ernesto Denardim e trazer muitas informações e fazer narrações.

 

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

 

Foto de JESHOOTS.com no Pexels

Não nascemos amando tudo, tudo que amamos nos é apresentado pela primeira vez, às vezes vamos amar na hora e, às vezes, vamos construir esse amor. O futebol é assim, eu não nasci com gosto pelo esporte e, muito menos, com amor pelo meu time.

Lembro-me que me vendia por qualquer doce quando diziam que deveria ser colorada ou gremista, eu não entendia direito o que era torcer.

Quando pequena, jogos de futebol na TV eram quase que uma tortura e um dos tédios mais prolongados da minha vida. Havia brigas pelo controle da TV com meu irmão toda vez que tinha jogo. E eu nem entendia a raiva e a alegria que ele demonstrava com gritos, xingões e abraços quando seu time estava em campo.

Somente na adolescência eu dei a oportunidade de me sentar no sofá e acompanhar os eternos 90 minutos de bola rolando. Sabe, foi a melhor escolha que fiz! De lá em diante, não perdia um jogo sequer do meu time, sabia o nome de todos os jogadores e já sabia como as regras funcionavam. Mas não foi só isso.

Comecei a ver meu irmão com olhos diferentes nos dias de jogos, entendi a raiva dele quando um passe era dado errado e, ainda mais, sua vibração quando sai um gol ao seu favorito. Essa emoção era tão grande que contagiava, se tornava linda aos meus olhos. Foi com ele que aprendi a amar meu time e a torcer com paixão.

O meu gosto por sentar e assistir um jogo e o meu amor em torcer pelo time nasceram disso, da influência do meu irmão. Aquele com quem eu tanto brigava pelo controle da TV era, então, meu mais novo companheiro de jogo e de vida.

Foi assim que minha família se uniu, em frente à TV nos finais de domingo, acompanhados de uma bacia enorme de pipoca doce e mate, sempre de olho nos jogos.

Meu pai, que não era muito ligado em futebol, também acabou sendo contagiado por nós. Assim que meu irmão se mudou, eu logo adotei meu pai como novo companheiro de jogo.  Às vezes no meio do jogo ele dormia, pois sempre estava cansado, mas eu não ficava chateada porque ele permanecia ao meu lado sempre. Quando tinha jogo da Libertadores, ele me buscava mais cedo no cursinho, sempre me esperando com uma cervejinha e uma carne assada.

Entende o que eu quero dizer? Não é nem tanto pelo jogo que digo tudo isso. É pelo que a paixão de um time e essa vontade de fazer questão em se unir, em esperar a hora do jogo para se sentar com quem gostamos, em volta de uma lareira, na roda do mate ou na beira da churrasqueira, é a “função” que se dá somente para ver nosso time.

E foi nessa “função” que eu tinha um dos meus momentos mais sagrados e amados em família. Todos juntos, criança atrapalhando no meio da sala, barulho de gente conversando, mas aquilo que era mágico, todos ali e no final estaríamos ou comemorando ou se lamentando, mas juntos.

Hoje, infelizmente, esses encontros não vão acontecer mais com tanta frequência e nem com o mesmo sentimento. Nosso pai partiu para outros campos e vamos sentir saudade do churrasquinho que ele fazia na hora do jogo, ou da dormidinha que ele dava no meio da partida. Assistir aos jogos não vai ser a mesma coisa, não vai ter aquela graça das piadas que ele fazia ou dos gritos que ele dava de susto.

Mas sabemos o quanto ele também gostava daquele momento, vamos continuar e, a camisa do grêmio que ele tanto queria e eu dei de Natal, vai estar estendida por ele. Seguiremos com nosso amor pelo futebol, torcendo pelo nosso time e ensinando os que vierem depois de nós o quanto momentos assim são importantes. Meu pai, certamente, desejaria nos ver juntos, assim.

Que todas as famílias, apaixonadas pelo futebol se unissem assim e conseguissem enxergar o quanto esse esporte pode unir as pessoas, torná-las mais próximas e alimentar esse sentimento.

 

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

Era uma bela manhã de sol… ou melhor, não seria uma tarde chuvosa? Se bem que poderia estar de noite, né!? O lugar também fica difícil de descrever: pode ser na fila do banco, no cafezinho da padaria, na roda de amigos ou até mesmo no trabalho. O fato é que futebol é assunto universal, basta apenas dois iniciarem a conversa que, em poucos minutos, já encheu de gente comentando sobre o lance de ontem ou a escalação de amanhã. E não precisam nem serem conhecidos.

Mas teve um dia que o assunto ficou meio de lado, com no máximo algumas colocações pontuais do tipo “é hoje, hein!” ou “e essa hora que não passa nunca?”.

Imagem de Rubén Calvo por Pixabay

18 de agosto de 2010. Quem dera se todos os dias do ano fossem como essa quarta-feira ensolarada. Aliás, a melhor parte do sol nesse dia foi quando ele se pôs, sinal que estava mais perto das 22h, quando a bola iria rolar no segundo jogo da final da Libertadores da América, entre Inter e Chivas. Mesmo com apenas 9 anos, lembro-me com perfeição dessa história realmente inesquecível.

Nesse fim de tarde, o restaurante de minha família, conhecido na época como bar dos colorados de Formigueiro (e localizado em frente ao dito bar dos gremistas, apesar desse fato nunca ter proporcionado desavenças), já estava começando a lotar. As mesas da parte interna já tinham “dono”, muitas desde o início da competição. Cadeiras de alumínio de alguma marca de bebida já sendo colocadas no espaço central. Tudo isso para olhar o jogo em uma simples televisão de 21 polegadas.

Mas a maior festa estava marcada para acontecer do lado de fora. A rua, pelo menos ali na frente, virou estacionamento de churrasqueiras: “cada um trás um pedaço e tudo certo”. Mas a essas alturas de ansiedade, a maioria nem fome tinha mais. O telão, pago através de vaquinha dos próprios clientes, reprisava os melhores momentos da conquista do mundial contra o Barcelona, em 2006. Com direito a comemoração no gol do Gabiru, claro.

E finalmente chegou a hora do jogo. A aba lateral externa do restaurante, um legítimo “garajão”, não tinha espaço para mais ninguém. Até nem sabia que existiam tantos colorados em Formigueiro. A alternativa para muitos foi olhar o jogo lá da rua mesmo. Mas eu já tinha garantido o lugar na primeira fileira, quase “dentro” da projeção. A última rápida saída dali havia sido para pintar algumas listras em vermelho e branco no rosto que, após muita insistência, minha mãe fez.

O clima era de estádio, com cantorias, gritos, aplausos e, óbvio, xingamentos ao juiz que, por incrível que pareça, sempre “rouba” contra o nosso time do coração. Era a hora de soltar toda emoção que ficou presa durante aquele demorado dia. E tínhamos motivo para isso, pois o Inter entrou em campo sendo campeão, após a vitória por 2 a 1 no primeiro jogo.

Mas perto final do primeiro tempo, aos 42 minutos, preteou o olho da gataiada: gol dos caras. Mas os deuses do futebol não iriam nos sacanear a essas alturas do campeonato. A classificação nas oitavas contra o Banfield após perder o primeiro jogo por três a um; O milagre de Giuliano em meio a fumaça contra o Estudiantes nas quartas de final; O segurar de resultado contra o São Paulo na semi. Só podiam ser sinais de que o bicampeonato viria.

Sóbis, nosso herói de 2006, devolveu a esperança aos 16 minutos da segunda etapa. Tudo igual. Mas ainda não era o suficiente. Damião corre com a bola, deixa a zaga adversária para trás e faz o segundo, aos 30 minutos. Loucura total. O título realmente viria.

A torcida ficou dividida entre os que assistiam os últimos 15 minutos e os que foram para a rua comemorar. Eu estava nos dois grupos, fazia um pouco de cada. Com uma bandeira do Colorado em uma taquara pesada e bem maior que eu, arrastando pra lá e pra cá. E foi tremulando ela que escutei novos gritos, era a comemoração do gol do Giuliano, aos 44, que só vi depois, no replay.

Que noite! Nem o melhor dos roteiristas conseguiria tramar algo com tanta perfeição.

Ao longo do futuro, certamente tantas novas conquistas virão. Mas nenhuma, nem mesmo outra Libertadores, será tão especial como essa. No dia seguinte, olhando a repercussão na imprensa, uma surpresa: vitória por 3 a 2. Como assim? Levamos outro gol?

Texto de Pablo Milani.

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.