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Estelionatos diminuem no RS e em Santa Maria

O estelionato ocorre quando alguém induz outra pessoa ao erro para obter vantagem de forma ilícita, geralmente financeira. Nos últimos tempos, mensagens de whatsapp tem sido um canal muito usado pelos estelionatários. O público mais atingido são

O estelionato ocorre quando alguém induz outra pessoa ao erro para obter vantagem de forma ilícita, geralmente financeira. Nos últimos tempos, mensagens de whatsapp tem sido um canal muito usado pelos estelionatários.

Golpes de whatsapp estão entre os estelionatos mais comuns. Imagem: Pixabay.

O público mais atingido são os idosos, como pontua a delegada Alessandra Padula, do 3º Departamento de Polícia Civil de Santa Maria. “O idoso acha que está fazendo uma negociação e acaba fazendo outra, vai sobrepondo um contrato sobre outro”, afirma a delegada. Segundo Alessandra, a principal maneira de se prevenir de um golpe é desconfiar e também procurar informações em sites confiáveis. Assim, as chances de o golpista tentar algo serão ineficazes.

Segundo dados da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o número de estelionatos ocorridos de janeiro a abril de 2023 diminuiu em relação ao mesmos meses do ano passado, tanto em Santa Maria quanto no estado.

Número de casos de estelionatos registrados

(Fonte: produção própria com dados da Segurança Pública do RS)

Um levantamento realizado pela empresa de segurança Kaspersky , mostra que o Brasil foi o país mais atacado por phishing em 2022, em que grande parte dos golpes foram realizados via Whatsapp, com mais de 76 mil bloqueios. Segundo o especialista Fábio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky, este golpe é mais comum no Brasil porque é muito simples criar com um custo baixo: “Essa ameaça se torna ainda mais eficaz devido a criatividade do cibercrime brasileiro, que consegue criar ‘desculpas’ convincentes para suas artimanhas.”

Mas, e se eu cair no golpe?

É importante saber como agir se você cair em um golpe. A delegada frisa a importância de realizar um boletim de ocorrência presencial ou online por meio do site da Delegacia do Rio Grande Do Sul . Além disso, a vítima deve ter prints das conversas realizadas via aplicativo de mensagens e o comprovante de boleto bancário ou pix, caso tenha tido alguma transição. É possível anexar essas provas na hora do BO online.

Dicas para NÃO cair no golpe

  1. Caso aparente ser alguém conhecido, ligue para a pessoa antes de realizar qualquer transação
  2. Não abra links desconhecidos
  3. Atente-se a ortografia do texto
  4. Utilize somente a versão oficial do app de mensagens
  5. Cuidado ao clicar em links desconhecidos (saiba mais)

Caso Real

O aposentado Rubens Francisco Miola, 58, revela que o principal motivo de ter sofrido o golpe de WhatsApp foi a falta de atenção, já que outras vezes em que houve tentativas de golpes ele não caiu.

A tática utilizada pelos golpistas foi o sentimento relacionado ao filho de Rubens. O aposentado estava no trânsito e recebeu uma ligação, supostamente, do novo número de seu filho, em que ele lhe pedia ajuda. “O número tinha o prefixo 55 daqui de Santa Maria e a foto era a dele com a esposa e a filhinha”, conta. O dinheiro então foi depositado.

Miola ainda dá um conselho para não cair neste tipo de estelionato: “é importante confirmar com quem está falando antes de realizar qualquer transação”. Ele infelizmente não recuperou o dinheiro, mas realizou o BO (Boletim de Ocorrência), embora o policial tenha dito que nada mais poderia ser feito.

Segundo uma pesquisa realizada em 2014 pelo gerenciador de pesquisas Frank Stefano da Universidade de Cambridge, uma das táticas dos golpistas, como exemplificado acima pelo caso de estelionato de Miola, é a pressão dada através de mensagens ríspidas e grosseiras para o dinheiro ser roubado de forma ágil e precisa.

Conheça os tipos de golpes de WhatsApp

Roubo de Contas: Este é um dos golpes mais comuns quando se trata de aplicar golpes neste tipo de aplicativo, nele ocorre a validação de um suposto atendimento.

Ajuda Financeira: CUIDADO! Este modelo de golpe pode ser facilmente realizado através de grupos de mensagens ou por meio do dispositivo de alguns celulares atuais que é o de proximidade.

Dois livros recém lançados na Universidade Federal da Paraíba e Universidade Nacional de Brasília, numa parceria entre o Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Revista Latino-americana de Jornalismo – Âncora, a Editora do CCTA e a RIA Editorial, foram disponibilizados de modo gratuito em plataformas para acesso de estudantes, pesquisadores e demais interessados na história política recente do Brasil.

Democracia Fraturada: a derrubada de Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a imprensa no Brasil  é um ensaio documental  de Pedro Nunes, jornalista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e pós-doutor em Comunicação em Sistemas Hipermídia pela Universidad Autónoma de Barcelona, atualmente professor na UFPB. Na obra o pesquisador  incorpora procedimentos do videodocumentário e elege personagens para tratar sobre as tramas político-jurídicas que antecederam e sucederam o processo de impeachment de 2016, as atuações do ex-juiz Federal Sergio Moro, o colapso da democracia e o papel do Jornalismo Investigativo no Brasil.

O autor alerta que o ensaio documental foi “originalmente produzido antes da publicação de um conjunto de reportagens jornalísticas, disponibilizadas pela agência de notícias The Intercept Brasil, sobre a operação Lava Jato, envolvendo conversas entre o ex-juiz Sergio Moro, o procurador federal Deltan Dallagnol, representantes do Supremo Tribunal Federal, integrantes da Polícia Federal e agentes do Ministério Público. Os arquivos das conversas privadas (textos, áudios, fotos, vídeos e documentos jurídicos) vêm sendo apresentados ao público preservando o sigilo da fonte. A referida postura editorial do The Intercept Brasil, em consonância com o exercício do jornalismo independente, encontra-se fundamentada no artigo 5º, inciso XIV, da Constituição Federal, que prevê o seguinte: é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. (BRASIL, 2019, p. 11)”.

O e-book pode ser acessado também neste endereço: Democracia Fraturada 

O segundo livro é Imprensa, crise política e golpe na Brasil  e reúne diferentes e aprofundados olhares interpretativos  de pesquisadores e pesquisadoras de diversas universidades (Brasil, Argentina, Portugal e Colômbia) que se debruçaram particularmente sobre as complexidades dos noticiamentos que envolveram o processo de derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato, a prisão de Lula e o cenário pós-golpe. Segundo os autores, a grande imprensa brasileira teve um papel preponderante no processo de encenação desse espetáculo político-jurídico envolvendo os poderes constituídos da República. Todos os capítulos que constituem a teia do presente livro, atestam a existência de fios desencapados que provocaram curtos-circuitos e constantes apagões e comprometimentos vitais na democracia brasileira.

Organizado por Pedro Nunes, o e-book é decorrente de uma versão ampliada de Dossiê publicado na Revista Âncora e também pode ser acessado aqui.