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Incêndio

Júri da Kiss ouvirá três testemunhas hoje

Hoje, segunda-feira, 6, estão previstos mais três depoimentos de testemunhas do Júri da Boate Kiss. A previsão é que sejam ouvidas Stenio Rodrigues Fernandes, ex-funcionário, Willian Machado, vítima sobrevivente e sobrinho do sócio da boate Elissandro

Unifra faz treinamento para prevenção de incêndio

Nesta quarta-feira, 19, aconteceu mais um treinamento de fuga de emergência da Brigada de Incêndio do Centro Universitário Franciscano. A simulação de evacuação foi realizada nos prédios 13 e 14 do conjunto III, na Rua Silva

O julgamento dos quatro réus acusados pelo incêndio na boate Kiss chega ao 6ºdia. Foto: Neli Mombeli

Hoje, segunda-feira, 6, estão previstos mais três depoimentos de testemunhas do Júri da Boate Kiss. A previsão é que sejam ouvidas Stenio Rodrigues Fernandes, ex-funcionário, Willian Machado, vítima sobrevivente e sobrinho do sócio da boate Elissandro Spohr e Nathália Daronch, esposa de Elissandro, também vítima sobrevivente.

O Tribunal do Júri está acontecendo no plenário do Foro Central de Porto Alegre, e começou na quarta-feira ,1º, presidido pelo juiz Orlando Faccini Neto. Hoje chega ao 6º dia com a estimativa de durar duas semanas. Já foram ouvidos até agora 16 depoimentos.

O incêndio da Boate Kiss ocorreu em Santa Maria, no dia 27 de janeiro de 2013. Os quatro acusados, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da Kiss e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, estão sendo julgados pela morte de 242 pessoas e pela tentativa de homicídio das outras 636 pessoas que ficaram feridas, causados por um show pirotécnico.

No 4º dia do Júri foram ouvidos Alexandre Marques (testemunha de defesa de Elissandro) e Maike Ariel dos Santos (vítima arrolada pela Assistência de Acusação).

No domingo (5), três pessoas prestaram depoimento. A testemunha Tiago Mutti, sócio da empresa que deu origem a Kiss, passou a ser informante porque responde a um processo por falsidade ideológica relacionado à boate. O depoimento de Tiago durou cerca de 5 horas, sendo um dos mais longos até agora durante as oitivas realizadas.

Foram ouvidos também o sobrevivente Delvani Brondani Rosso e a ex-segurança da boate, Doralina Peres.

O Juiz Orlando Faccini Neto determinou que somente três pessoas serão ouvidas por dia. Ainda restam 13 pessoas a serem ouvidas: dois sobreviventes e 11 testemunhas.

 

Nesta quarta-feira, 19, aconteceu mais um treinamento de fuga de emergência da Brigada de Incêndio do Centro Universitário Franciscano. A simulação de evacuação foi realizada nos prédios 13 e 14 do conjunto III, na Rua Silva Jardim. O primeiro toque de alarme de incêndio ocorreu às 8h20, à tarde às 14h20 e à noite está previsto para tocar às 19h20.

Simulação de acidente também foi realizada (Foto: Tiéle Abreu)
Simulação inclui a remoção de feridos. (Fotos: Tiéle Abreu)

A simulação e as orientações da evacuação foram dadas pela Engenheira de Segurança do Trabalho, Angelise Vieira Mendes, que destaca que o tempo ideal de evacuação é de 3’5.  Angelise integra a empresa Waterfire Prevenção que presta serviços à instituição. O treinamento faz parte do plano em implementação na Unifra, e que inclui uma parte teórica- prática, treinamentos de primeiros socorros e vistorias dos equipamentos de prevenção de incêndios.

A Unifra conta com um quadro de 401 professores e 233 funcionários segundo dados do mês de setembro, da assessoria de comunicação da instituição. A técnica de Segurança do Trabalho da instituição Adriana Marques Machado diz que no quadro de brigadianistas do Centro Universitário Franciscano são 30 funcionários envolvidos entre os quatros conjuntos.

“Algumas pessoas são resistentes, não querem se envolver pegando esse compromisso, ou tem medo de ver sangue ou outros receios por exemplo, sonorização de alarmes de incêndio”, pondera Adriana.

durante a evacuação o público ficou no pátio interno da instituição (Foto: Tiéle Abreu)
Durante a evacuação o público ficou no pátio interno da instituição.

Quem atua no treinamento

São três brigadistas por andar em todos os prédios dos conjuntos do Centro Universitário. Segundo  Angelise, cada brigadista líder fica encarregado de organizar todas as pessoas do respectivo andar para sair, o outro é o “puxa fila”  que encaminha as pessoas para as devidas saídas de emergências, e o terceiro é o “cerra fila”, responsável por fechar  as portas corta-incêndio depois de assegurar-se de que não há mais ninguém no local.

Segundo a engenheira, no treinamento da manhã de hoje, “o transtorno  foi o uso da escada social do prédio 13, porque  os estudantes não tinham conhecimento da escada de emergência, o que acabou afunilando”, destaca, a engenheira.

As secretárias dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Jornalismo e Publicidade e Propaganda,  Cristiane Sanchotene e Neusa Tavani atuam como brigadistas. Ambas ressaltam que nos sete andares do prédio 14  atuam apenas quatro pessoas como brigadistas: um professor e três técnicos administrativos.

No dia 26  haverá outra simulação, com a evacuação não mais para a parte interna do prédio e sim para à rua, onde será bloqueado o trânsito de veículos nas vias próximas ao conjunto III.

Por Tiéle Abreu