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jornalismo na era da internet

Um dia para refletir sobre jornalismo

O Colóquio 100/20 – Jornalismo na era da internet, mediado pelo repórter especial da Rede Globo Marcelo Canellas trouxe duas mesas-redondas no Theatro Treze de Maio nesta quinta-feira (12). A primeira discutiu “Novas plataformas, debate público e agendamento na

Colóquio 100/20 acontece nesta quinta-feira,12

Nessa quinta-feira, 12, ocorre o Colóquio 100/20 no Teatro Treze de Maio. O debate discutirá o jornalismo na era da internet através de um bate-papo com grandes nomes da área mediado pelo repórter Marcelo Canellas. Na tarde

Mesa-redonda da noite teve repórteres da Zero Hora, da Folha de S. Paulo e da Agência Pública
Mesa-redonda da noite teve repórteres da Zero Hora, da Folha de S. Paulo e da Agência Pública (Foto: Eduarda Garcia/Especial para Multijor)

O Colóquio 100/20 – Jornalismo na era da internet, mediado pelo repórter especial da Rede Globo Marcelo Canellas trouxe duas mesas-redondas no Theatro Treze de Maio nesta quinta-feira (12). A primeira discutiu “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”, e a segunda abordou “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”. Os convidados foram o jornalista Moisés Mendes, ex-colunista de Zero Hora; o professor Francisco Karam, do curso de Jornalismo na UFSC, o repórter Mauri König, que atuou como na Gazeta do Povo de Curitiba e hoje escreve para Folha de São Paulo; o repórter Humberto Trezzi, de Zero Hora; e a repórter Andrea Dip, da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo.

Na plateia estavam acadêmicos de Jornalismo, como o Leonardo Catto, 18 anos, que ressalta a importância do debate: “Foi bastante oportuno, pois falaram muito sobre a perspectiva do jornalismo na internet. Também passaram uma visão mais otimista sobre a crise da profissão.  A forma de fazer jornalismo é que está em crise, e não o jornalismo em si”, argumenta o aluno da UFSM.

Para a estudante de Jornalismo Dara Luiza Hamann, 20 anos, ouvir os jornalistas que já tem experiência na área é uma referência para a sua formação acadêmica. “É uma forma de ver, que apesar das dificuldades que vamos encontrar na profissão a gente tem possibilidades de exercer um bom jornalismo e que existem mais possibilidades além da mídia tradicional”, afirma a acadêmica do Centro Universitário Franciscano.

O universitário Felipe Michalski, 18 anos, considerou o colóquio interessante, pois teve a presença de grandes jornalistas, e pelo tema, que é pertinente para debater a situação atual do jornalismo. O estudante de Jornalismo da UFSM ainda ressaltou que: “o debate foi muito bom. Foi interessante ver os posicionamentos dos jornalistas sobre o futuro do jornalismo e em todas as outras questões que estão intimamente relacionadas com ele, como os posicionamentos políticos e estratégicos”.

A  jornalista Bruna Homrich, 24 anos, enfatiza a importância de discutir a grande reportagem e a reflexão sobre o futuro da profissão num cenário instável e incerto. “Foi interessante a participação da Agência  Pública, pois tenho interesse nesse jornalismo independente e autônomo”,  comenta.

O Colóquio foi promovido pela TV Ovo, pelo Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano e pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria. Além de debater o jornalismo, o evento integra as comemorações dos 20 anos da TV Ovo.

 

Por Anna Carolina Franchi Victórya Azambuja para a disciplina de Jornalismo Digital I  

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Da esquerda para a direita, Francisco Karam, Moisés Mendes e Marcelo Canellas (Foto: Roger Haeffner/ Lab. Fotografia e Memória)

O Theatro Treze de Maio foi palco para um bate-papo sobre o jornalismo na era da internet. O Colóquio 100/20, promovido pela TV OVO em parceria com o curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano e o Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), trouxe grandes nomes do jornalismo para Santa Maria nesta última quinta-feira, 12.
O primeiro debate, que iniciou às 16h, teve como tema “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”. Mediado pelo jornalista Marcelo Canellas, a mesa redonda contou com a participação do professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francisco Karam, e Moisés Mendes, que trabalhou durante 27 anos no jornal Zero Hora.
Moisés Mendes destacou que é preciso fazer uma avaliação da imprensa na cobertura dos fatos do cenário político e econômico do Brasil no qual, segundo ele, há falhas. Apontou que os jornalistas precisam olhar para si e debater sobre seus posicionamentos e ações. Para ele, o mercado está se modificando, as mídias tradicionais estão ficando cada vez mais enxutas, mas a internet ainda precisa ser melhor explorada para haver uma diversidade de produção e conteúdo.
Para o professor Francisco Karam, as redes sociais são uma esperança, mas não modificaram por completo a forma de se fazer jornalismo. Durante sua fala, salientou que há uma ideologia presente na prática da imprensa compatível com interesses diversos à honestidade que deve marcar a prática do jornalismo. Confira a entrevista com o professor Karam realizada pelo Laproa. [youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=2NClCGTe4kQ”]
Já na mesa das 19h, o debate teve como temática “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet” e contou com a repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, Andrea Dip, com o repórter da Zero Hora, Humberto Trezzi, e com jornalista Mauri Köning, que atuou por anos como repórter da Gazeta do Povo de Curitiba e hoje escreve para a Folha de São Paulo. A mediação também ficou por conta de Canellas.

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Da esquerda para a direita, Humberto Trezzi, Mauri Köning, Andrea Dip e Marcelo Canellas (Foto: Roger Haeffner/ Lab. Fotografia e Memória)

“Vivemos uma crise de modelo, não uma crise no jornalismo”, afirma Andrea. Os jornalistas concordam com a ideia de que o produto físico está condenado, mas acreditam que a grande reportagem independe do meio para continuar. Para Köning, o texto continua sendo o mais importante no jornalismo e os novos elementos trazidos pelas tecnologias ajudam a agregar ainda mais veracidade à informação apurada. “As pessoas lêem textos grandes na internet”, completa Andrea.
O jornalismo independente também foi assunto da mesa. Andrea comentou que o jornalismo independente online está ganhando espaço e atenção das pessoas desde as manifestações de 2013. A jornalista apontou que é possível se manter financeiramente com ele, através de crownding founding e parcerias de financiamento.
Questionados pela platéia, os jornalistas comentaram sobre as reportagens que mais os envolveram durante a produção. “Quando a gente sai para a rua sabendo do que está falando e volta totalmente perdido a gente sabe que está no caminho certo”, afirmou a repórter da Pública quando perguntada sobre o que ela entendia por grande reportagem. Para ela, umas das reportagens mais marcantes foi sobre a vida dos brasileiros na cidade-prisão na Bolívia. Já Köning relembra a reportagem feita sobre exploração sexual e reunida no livro O Brasil Oculto. Trezzi contou sua experiência na cobertura da tragédia Kiss, além das matérias feitas no período da Primavera Árabe e a reportagem intitulada Depenados, em que flagrou e denunciou o furto de peças de veículos apreendidos em depósitos do Detran.  O Laproa conversou com o Köning. [youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=lYqSMczaYI0″]

As comemorações do aniversário da TV OVO e do centenário do casarão continuam na tarde do dia 14, a partir das 16h na sede da instituição (R. Floriano Peixoto, 267). Entre as atrações programadas estão as bandas Guantánamo Groove e Pegada Torta, além do cantor e compositor Pirisca Grecco. O evento é aberto ao público e gratuito.

Por Paola Saldanha e Victoria Debortoli

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nessa quinta-feira, 12, ocorre o Colóquio 100/20 no Teatro Treze de Maio. O debate discutirá o jornalismo na era da internet através de um bate-papo com grandes nomes da área mediado pelo repórter Marcelo Canellas.

Na tarde do evento serão realizadas duas mesas. A primeira, marcada para as 16h, tem como tema “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”, com a participação do ex-colunista da Zero Hora, Moisés Mendes, e do fundador do Jornal Pessoal Lúcio Flávio Pinto. A segunda mesa, agendada para as 19h, tratará das “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”, com a participação de Mauri König, que escreve para a Folha de São Paulo, do repórter da Zero Hora, Huberto Trezzi, e da repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, Andrea Dip.

O Colóquio, realizado pela TV OVO, do curso de Jornalismo da Unifra e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM, visa debater assuntos atuais junto com a comunidade de Santa Maria. “A ideia primeira era que se pegasse mais a geração do Marcelo Canellas, das pessoas que pegaram formas bem diferentes de fazer jornalismo até hoje, que mudou muito a dinâmica e a lógica do processo e pensar para onde vamos e como a gente faz um bom jornalismo diante de todas essas transformações”, comenta a professora Neli Mombeli.

Para a coordenadora do curso de Jornalismo da Unifra, Sione Gomes, o evento representa um espaço de aprendizado. “É uma oportunidade única de escutar jornalistas do porte dos que estão convidados para os dois debates, tendo a oportunidade de trazer para a cena questões extremamente atuais e ouvir personalidades que tem uma trajetória, seja prática ou na própria academia, nessa área. Isso contribuiu muito, pois é assim que a gente cresce e amplia horizontes”, completa.

A entrada é gratuita mediante senhas que estão sendo retiradas desde 04 de maio. Para os acadêmicos, as senhas estão disponíveis nas respectivas coordenações. Já o público em geral tem acesso às entradas na bilheteria do Teatro Treze de Maio. Para quem não conseguir retirar a senha, haverá transmissão ao vivo na Unifra.