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Marcelo Canellas

Casarão é o presente de 20 anos da TV OVO

A emocionante cerimônia alusiva aos 20 anos da TV OVO aconteceu na manhã desta quinta-feira (12), no antigo casarão da Rua Floriano Peixoto, quando o  jornalista Marcelo Canellas oficializou a doação do imóvel para o grupo.

Colóquio 100/20 acontece nesta quinta-feira,12

Nessa quinta-feira, 12, ocorre o Colóquio 100/20 no Teatro Treze de Maio. O debate discutirá o jornalismo na era da internet através de um bate-papo com grandes nomes da área mediado pelo repórter Marcelo Canellas. Na tarde

Marcelo Canellas: “O jornalismo tem muito de paixão”

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do

Marcelo Canellas durante a cerimônia que marca os 20 anos da TV OVO. Foto: João Alves (Secretaria de Comunicação e Programação Institucional da Prefeitura de SMaria)
Marcelo Canellas durante a cerimônia que marca os 20 anos da TV OVO. Foto: João Alves (Secretaria de Comunicação e Programação Institucional da Prefeitura de Santa Maria)

A emocionante cerimônia alusiva aos 20 anos da TV OVO aconteceu na manhã desta quinta-feira (12), no antigo casarão da Rua Floriano Peixoto, quando o  jornalista Marcelo Canellas oficializou a doação do imóvel para o grupo.

Após o ato de assinatura de transmissão da propriedade e as manifestações tanto de Canellas quanto dos membros da equipe da TV OVO, foi apresentado o projeto arquitetônico  do futuro Sobrado Centro Cultural, espaço voltado à promoção de atividades culturais.

Sob responsabilidade técnica dos arquitetos Daniel Pereyron e Clarissa Pereira, o projeto foi desenvolvido por um coletivo de profissionais da área.  Na ocasião,  o prefeito Cézar Schirmer formalizou a entrega do documento de aprovação do projeto arquitetônico que prevê a reforma e ampliação do imóvel. Agora é possível passar a captar recursos para a restauração do Sobrado, que completa 100 anos em 2016, e da fachada do galpão.  A certidão de aprovação permite a demolição de parte da obra, situada na Rua Floriano Peixoto, esquina com a Rua Ernesto Beck. para posterior construção de nova área totalizando 1.362,72 m2.  O local será transformado em um centro cultural, abrigando cineclube, salas de aula e de exposições, bibliotecas, estúdios e outros ambientes para aproximar os santa-marienses de atividades culturais.

As comemorações dos 20 anos da TV OVO prosseguem no dia de hoje com a realização do Colóquio 100/20 que discute o  jornalismo na era da internet e promovido em parceria com o curso de Jornalismo da Unifra e da Pós-graduação em Comunicação da UFSM, no Teatro Treze de Maio.

Na tarde de hoje, às 16h,  um painel discutirá as “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”, com a participação do ex-colunista da Zero Hora, Moisés Mendes, e do fundador do Jornal Pessoal Lúcio Flávio Pinto.   Uma segunda mesa, agendada para as 19h, tratará das “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”, com a participação de Mauri König, que escreve para a Folha de São Paulo, do repórter da Zero Hora, Huberto Trezzi, e da repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, Andrea Dip.

O evento será transmitido ao vivo no site da TV OVO.  A TV OVO é uma associação sem fins lucrativos, criada em 1996, voltada ao desenvolvimento de projetos e oficinas em comunidades periféricas e escolas.

Fonte: Ana Bittencourt (Mtb 14265)/ Agência Central Sul

 

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nessa quinta-feira, 12, ocorre o Colóquio 100/20 no Teatro Treze de Maio. O debate discutirá o jornalismo na era da internet através de um bate-papo com grandes nomes da área mediado pelo repórter Marcelo Canellas.

Na tarde do evento serão realizadas duas mesas. A primeira, marcada para as 16h, tem como tema “Novas plataformas, debate público e agendamento na era da internet”, com a participação do ex-colunista da Zero Hora, Moisés Mendes, e do fundador do Jornal Pessoal Lúcio Flávio Pinto. A segunda mesa, agendada para as 19h, tratará das “Novas plataformas, investigação e grande reportagem na era da internet”, com a participação de Mauri König, que escreve para a Folha de São Paulo, do repórter da Zero Hora, Huberto Trezzi, e da repórter da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, Andrea Dip.

O Colóquio, realizado pela TV OVO, do curso de Jornalismo da Unifra e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM, visa debater assuntos atuais junto com a comunidade de Santa Maria. “A ideia primeira era que se pegasse mais a geração do Marcelo Canellas, das pessoas que pegaram formas bem diferentes de fazer jornalismo até hoje, que mudou muito a dinâmica e a lógica do processo e pensar para onde vamos e como a gente faz um bom jornalismo diante de todas essas transformações”, comenta a professora Neli Mombeli.

Para a coordenadora do curso de Jornalismo da Unifra, Sione Gomes, o evento representa um espaço de aprendizado. “É uma oportunidade única de escutar jornalistas do porte dos que estão convidados para os dois debates, tendo a oportunidade de trazer para a cena questões extremamente atuais e ouvir personalidades que tem uma trajetória, seja prática ou na própria academia, nessa área. Isso contribuiu muito, pois é assim que a gente cresce e amplia horizontes”, completa.

A entrada é gratuita mediante senhas que estão sendo retiradas desde 04 de maio. Para os acadêmicos, as senhas estão disponíveis nas respectivas coordenações. Já o público em geral tem acesso às entradas na bilheteria do Teatro Treze de Maio. Para quem não conseguir retirar a senha, haverá transmissão ao vivo na Unifra.

Canellas Cidades painel
Holzmann e Canellas debateram sobre a cidade de Santa Maria. Fotos: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O XVIII Sepe (Simpósio de Educação, Pesquisa e Extensão) realizou um painel na noite desta segunda-feira, 08 de setembro, com a presença do jornalista Marcelo Canellas e do arquiteto Tiago Holzmann. O evento lotou o salão de atos do campus I da UNIFRA e teve como tema ” A cidade e seus espaços de vida”.
Canellas e Holzmann debateram sobre alternativas para melhorar a cidade de Santa Maria e responderam a questionamentos do público presente.
Para o  jornalista Marcelo Canellas a cidade é o espaço de acontecer solidário. Todos, juntos, constroem a cidade. E sobre a violência, Canellas disse que ela possui vários significados: “Violência não se define por números de crimes, violência é quando a desigualdade é naturalizada”, afirma o jornalista. Canellas também fez referências a história da cidade, e falou sobre a importância de não esquecer o passado e conservar a história: “Devemos recuperar a memória e os seus espaços”, comentou ele que enxerga no patrimônio arquitetônico de Santa Maria o caminho para a recuperação da autoestima da cidade. Marcelo ressaltou que Santa Maria é uma cidade que é anfitriã, que projeta o futuro e que a vocação da cidade é o debate e a convivência. O jornalista finalizou, dizendo que a ética do jornalista é a ética do cidadão.

Publico lotou o Salão de Atos do Conjunto I da Unifra.
Publico lotou o Salão de Atos do Conjunto I da Unifra.

Já o arquiteto Tiago Holzmann fez um comparativo com exemplos próximos de cidades que se reergueram e hoje são referências no mundo. Ele defende que as pessoas devem sempre planejar o futuro da cidade: “Devemos pensar a cidade daqui a dez anos”, diz.
Holzemaan comentou sobre a situação da arquitetura no Rio Grande do sul e afirmou que ela não é valorizada. No entanto, se comparada a outros estados brasileiros, para ele, o Rio Grande do Sul ainda está bem.
Questionado quanto à pichação, Tiago disse: “Quando o lugar é de qualidade, o mesmo não é pichado”. Holzmann ressaltou também a importância das pessoas terem uma relação de pertencimento ao lugar onde nasceram ou moram. Isso faz com que elas cuidem mais do local onde vivem.

Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE
Marcelo Canellas em painel do XVIII SEPE. Foto: Pedro Pellegrini. Lab. Fotografia e Memória.

O Centro Universitário Franciscano recebeu ontem, 8 de setembro, o jornalista Marcelo Canellas e o arquiteto e urbanista, Tiago Holzmann, para debate no painel sobre “As cidades e seus espaços de vida”. A palestra foi parte da programação do XVIII SEPE: Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido anualmente pela Instituição. A conversa mediada pela jornalista do jornal Diário de Santa Maria, Liciane Brun, lotou o Salão de Atos do prédio 1, Conjunto I da Unifra. O público atento, teve significante participação no encontro através de perguntas aos convidados. A Agência Central Sul de Notícias se fez presente no evento e conversou com Marcelo Canellas sobre a profissão do jornalista. Confira o bate-papo:

ACS: Qual a principal mudança percebida por você no fazer jornalístico com a inserção das novas tecnologias?
Canellas: Houve uma mudança absurda. Houve uma verdadeira revolução tecnológica nos últimos 25 anos. Eu sou do tempo da máquina de escrever. Para fazer pesquisa tinha que estivar uma tonelada de papel. Hoje em dia, a vida da geração de vocês (acadêmicos de Jornalismo), está moleza comparada com a nossa quando começamos. Agora, o grande questionamento a se fazer é se existe uma correspondência a essa revolução tecnológica com uma revolução do ponto de vista do estofo teórico dos jornalistas para decifrar uma realidade cada vez mais complexa. A realidade hoje é muito mais complexa do que era há 25 anos atrás e é necessário, talvez, uma preparação muito maior por parte do jornalista. A grande dúvida é se essa revolução tecnológica causou também uma revolução no fazer jornalismo.

ACS: Sobre essa realidade, para você, o jornalismo a reflete, a recorta ou a constrói?
Canellas: É um recorte da realidade baseado na capacidade e nas ferramentas teóricas que o jornalista tem para raspar o verniz das aparências. Se o jornalista tiver essas ferramentas, quanto melhor forem essas ferramentas, melhor vai ser a leitura de uma realidade que sempre aparece caótica diante de nós. A realidade nunca aparece elucidada. Então, depende muito da capacidade do jornalista de fazer essa leitura da realidade, objetiva.

ACS: Qual o maior desafio da profissão?
Canellas: Eu acho que é contar, fazer juz a grandeza insubmissa do jornalismo. É você exercer a sua profissão na sua plenitude, que significa recuperar todas as prerrogativas do jornalista, inclusive a de interferir na agenda de cobertura dos lugares onde você trabalha.

ACS: Se você pudesse resumir em uma palavra a sua jornada jornalística até aqui, qual palavra seria?
Canellas: Paixão. Acho que o Jornalismo tem muito de paixão e … acho que é isso.

ACS: Você tem algum conselho que recebeu ainda em sala de aula e que carrega até hoje?
Canellas: O domínio das ferramentas da profissão, a começar pela língua. O prazer da leitura é uma preparação para o exercício da profissão.

ACS: Você tem algum conselho para os acadêmicos do curso de Jornalismo?
Canellas: Deixe-se surpreender pela vida. Não se submeta a ideias preconcebidas e teses à priori. Isso é a morte do jornalismo. O grande barato da profissão é se surpreender com a vida, que é muito mais surpreendente do que a tua própria imaginação.