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midias sociais

Um passarinho me contou

O que seria de nós se não tivéssemos alguém para contar o que ocorreu de forma tão rápida? Dizer o que não sabíamos e nos mantermos informados por algumas horas sobre o assunto? Colocar pessoas com

Como lidar com crianças e adolescentes nas mídias sociais?

Na primeira noite do XX SEPE,  Daniela Richter, doutora Direito pela UFSCe professora na Unifra debateu a responsabilidade que envolve a proteção integral de crianças e adolescentes e os novos riscos no ambiente digital. Com o salão do

Tema da redação propõe refletir sobre a vida midiatizada

“Tudo que é vivido é postado”,  a frase da professora de redação Mariana Lazzari, é a que melhor define o tema da redação deste vestibular de inverno.  O tema da prova do Centro Universitário Franciscano  sugere o contraponto

Histórias do Rosário e seu pôr do sol continuam a encantar

As histórias do bairro Rosário e seu pôr do sol iniciaram em um projeto no primeiro semestre de 2015, na disciplina de Jornalismo Online, com o professor Mauricio Dias, conforme foi relatado na reportagem da semana anterior.

O que seria de nós se não tivéssemos alguém para contar o que ocorreu de forma tão rápida? Dizer o que não sabíamos e nos mantermos informados por algumas horas sobre o assunto? Colocar pessoas com outro ponto de vista sobre algum desabafo? Excluir a solidão sem deixar o desânimo cair com suas brincadeiras? E ver o mundo em tempo real? Tudo isso um passarinho me contou.

Alguém que consiga manter horários em dia e permita salvar o que não pode ser lido na hora para que transmita alguma festa ao vivo durante as madrugadas com seu modo noturno enquanto faz uma busca avançada e profunda nas palavras mais vergonhosas de quando te conheci. Será que você é de Áries? Ou de Gêmeos?

Lugar onde tem ombro amigo o tempo todo, consegue novos #parsas e como toda relação tem tretas seguidas de muitos memes. Basta um clique no coração para curtir aquela mensagem do #crush e ainda colocar um comentário ao publicar para os seguidores. Todo dia um 7 X 1 diferente e muita história para contar com apenas 280 caracteres e abuso de hashtags.

Para o seu aniversário, a melhor coisa é chegar com os refri, rapaziada. Mas, como de costume, tem balões subindo na tela e arquibancada virtual perdida pela timeline, o dia era 21 de março de 2006, nascia o site que tornaria a segunda casa para todos que utilizam desta rede, puberdade chegou e só falta o passarinho azul chorar, mesmo com 12 anos de idade muitos ainda não entendem o verdadeiro sentido da rede social, mas sempre estará ali fazendo a mesma pergunta todos os dias “O que está acontecendo?”.

Obrigado Twitter, #LoveTwitter  

direito
 Daniela Richter é  doutora em Direito pela UFSC e mestre em Direito pela UNISC (2006). Atualmente é professora do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e da Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames). (Fotos: Juliana M. Brittes / Lab. de fotografia e memória)

Na primeira noite do XX SEPE,  Daniela Richter, doutora Direito pela UFSCe professora na Unifra debateu a responsabilidade que envolve a proteção integral de crianças e adolescentes e os novos riscos no ambiente digital. Com o salão do Júri lotado de estudantes não só da área do direito, mas também da comunicação, a professora fez uma introdução sobre o  direito da criança que, com a atualização da grade curricular do curso de Direito, tornou-se matéria obrigatória, além de ser muito cobrado em concursos públicos e na prova da OAB.

Segundo ela, a ênfase na temática começou em 88, com a Constituição Federal e ganhou força em 89, com a convenção da ONU que trabalhou a Doutrina de Proteção Integral, origem de todo o movimento do direito da criança, consolidada em 1990 no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “A expectativa inicial não era ter um capítulo especial para a família e para criança e adolescente dentro da Constituição. Isso acontece depois que movimentos sociais fazem pressão nos governantes. Lembro de ver as pessoas subindo as rampas do Planalto com carrinhos de mão cheios de milhares de abaixo-assinados de ONGS ligadas aos direitos da criança. Isso fez com que esse capítulo fosse incluído na Constituição”, explica.

Até então, a criança ou adolescente que era considerada órfã, ou se encontrava em estado de vulnerabilidade social, ou era pobre, ou que praticasse capoeira, e inclusive àqueles que cometiam atos infracionais, que naquela época eram considerados como crimes. Essa situação irregular tratava todos de forma igualitária, a Proteção Integral vem para acabar com isso, e definir a criança e o adolescente como ‘sujeitos de direitos’, baseada em três princípios básicos: liberdade, respeito e dignidade. “É por essa razão que muitas vezes quando nos perguntam sobre as crianças terem muitos direitos sempre os corrijo: não são apenas direitos, existem também deveres, mas em especial, por esse descaso, por muito tempo a criança era propriedade dos pais e quando não tinham, eram segregadas, tanto é que na década de 90, 80% da ocupação da FEBEM era composta por adolescentes e crianças que não tinham cometido nenhum crime, mas o Estado achava que se os tirassem da rua, estavam resolvendo o problema. Essa era a solução encontrada, uma resposta demagógica do poder”, diz.

Hoje, o direito da criança conta diretamente com o trabalho interdisciplinar, é com o apoio dos conselhos tutelares e de direito, do CRAS, CRES, e pensando no cumprimento de medidas socioeducativas, o CEDEDICA, que forma-se uma rede de proteção, e todos juntos se esforçam para o cumprimento desses direitos.

Professora Daniela Richter, doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Especialista em Direito Constitucional, com ênfase em Direito Municipal, pela Universidade Luterana do Brasil (2005) e Mestrado em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2006), Atualmente é professora do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e da Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames). Coordenadora da Cátedra de Direitos Humanos da FAMES. Tem experiência na área das Propedêuticas, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Constitucional e Direito Civil. É integrante do Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais da Criança e do Adolescente - NEJUSCA, da UFSC e do Grupo de Pesquisa Teoria Jurídica no Novo Milênio, da UNIFRA.
Palestra do XX SEPE na noite de ontem, no salão do Júri, prédio 13 do Conjunto II da Unifra.

Segundo ela, o Estatuto precisa ser atualizado em vista do advento da internet, para que haja uma maior conscientização sobre o uso dessa ferramenta. “Se nós adultos, muitas vezes cometemos gafes na internet, imaginem as crianças que têm acesso à internet, mas não sabem lidar com isso, pois na maioria das vezes estão desacompanhadas dos pais ou responsáveis”, afirma. Isso resulta na potencialização dessas crianças sofrerem crimes sexuais, como a pedofilia, o cyberbullying e o sexting, por exemplo. Ela também criticou o número altíssimo de lares ligados na televisão brasileira, destacando que quase 100% da população encara a TV como uma espécie de babá, já que as crianças passam mais tempo em frente à ela do que na escola.

A professora abordou também o cyberbullying e os casos de sexting polêmicos no Brasil nos últimos anos, e como essas práticas afetam diretamente na formação das crianças com acesso irrestrito à internet.  Segundo ela, é preciso que as famílias estejam preparadas para conversar abertamente sobre esses assuntos, mostrar que tudo que cai na rede, fica lá para sempre. Um exemplo perigoso disso é a pornografia da vingança, o grande problema da atualidade. A professora exibiu alguns vídeos com relatos de pessoas que sofreram esse tipo de prática e sobre como o aplicativo Whattsapp têm contribuído para a disseminação desses conteúdos. “A ideia da má reputação social e todo o contexto de não saber lidar com a situação pode muitas vezes acarretar em medo, vergonha, e em alguns casos, o suicídio.Então, basicamente, precisamos ficar atentos à esses riscos no ambiente digital e investir em prevenção e educação, para um uso responsável dessas novas tecnologias e um maior comprometimento da família com esse ambiente de relacionalidades, não é xingando que uma consciência desses direitos vai se formar, mas sim através de conversa e conscientização”, finaliza a professora.

Foto redação - Juliano Dutra
Tema da redação do vestibular de inverno da Unifra. Foto: Juliano Dutra

“Tudo que é vivido é postado”,  a frase da professora de redação Mariana Lazzari, é a que melhor define o tema da redação deste vestibular de inverno.  O tema da prova do Centro Universitário Franciscano  sugere o contraponto entre a vida real e a vida midiatizada, apresentando o texto  de Ruth Manus, “A diferença entre gente de verdade e gente feita para postar”, publicado  no blog do jornal o Estadão no último mês de março.

Para Mariane Lazzari, a professora de redação do Totem Vestibulares, o tema “foi bem acessível. Ele ressalta  a realidade do jovem na atualidade, que sempre quer postar fotos em lugares e com roupas para mostrar às pessoas um status. Com todos os acontecimentos no mundo, esperava um tema bem mais difícil, mas tratou bem a questão do narcisismo”.

Já para a professora  de redação, Jandira Pilar, do Colégio Riachuelo R1, “esse ano, a Instituição tem um tema interessante e diferente, porque ele realmente testa o aluno na sua modalidade de escrita, pois pede a opinião dele. Nisso, entra a questão da leitura, se ele vai estar preparado para isso, porque, por mais que o tema tenha saído várias vezes, a forma de abordagem foi diferente, tanto que tem uma frase muito interessante – considere além da opinião da autora. Foi um tema inesperado, uma coisa bem cotidiana”, explica a professora.

 

Segunda turma a trabalhar com o projeto Pôr do Sol do Rosário criou perfil no Instagram (Foto: Julia Trombini)

As histórias do bairro Rosário e seu pôr do sol iniciaram em um projeto no primeiro semestre de 2015, na disciplina de Jornalismo Online, com o professor Mauricio Dias, conforme foi relatado na reportagem da semana anterior.

A fanpage Pôr do Sol do Rosário deu tão certo que a turma deste segundo semestre dá continuidade aos trabalhos. Os vinte alunos dividiram as tarefas e saíram pelo bairro colhendo relatos de pessoas que nasceram ou optaram residir por ali.

Adriana Aires, Fabian Lisboa e Rubi Renck Pires são responsáveis pela divulgação, por meio de matérias postadas na Agência Central Sul. Paola Saldanha, Deivid Pazatto, Tayná Lopes Silva e Guilherme Trucollo cuidam da série de vídeos Antes do Sol de Pôr, disponível no canal do YouTube. Agnes Barriles, Alisson Ribeiro, Sarah Vianna e Pedro Gabriel fazem reportagens sobre o bairro e seus moradores. Julia Trombini e Victoria Martins registram as imagens do Rosário, por meio de fotografias postadas nas redes sociais. Larissa da Rosa e Caroline Moraes cuidam da produção gráfica, como os webcards relativos às metas alcançadas e à divulgação da página e dos perfis. Eduardo Schneider é o criador dos memes.  Emily Costa, Natália Zuliani, Larissa Essi e Tisa Lacerda gerenciam as mídias sociais (Facebook, Twitter e Instagram), interagem com os internautas, que encaminham fotos, e organizam as postagens.

Ao ser questionada sobre a participação no projeto da fanpage, a acadêmica Tisa Lacerda, do 2º semestre de Jornalismo, disse que é algo muito bom. “Gosto de acompanhar a evolução da página, crio uma expectativa bem grande, traço metas, corro atrás, faço com que as pessoas curtam, os meus amigos pelo menos. É uma adrenalina. Gosto de me envolver bastante com as publicações. É algo com que me identifico bastante”, ressalta.

Larissa da Rosa, também do 2º semestre, comenta sobre o trabalho com a produção gráfica. “Achei muito bom. A gente adquire muita experiência na prática que na teoria a gente não consegue. Claro que a teoria é essencial, mas até a gente experimentar aquilo não temos noção do que irá acontecer, como irá funcionar. Gostava de fazer em casa, mas não tinha experiência. Está sendo sensacional”, destaca.

A meta agora é atingir as duas mil curtidas na página no Facebook.

Se você ainda não curtiu, acesse o link abaixo e não deixe de apreciar o que o Rosário tem para oferecer.

Por Adriana Aires para a disciplina de Jornalismo Online

 Acompanhe a série de vídeos Antes do sol se pôr

Antes do sol se pôr

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=GZXlIS3o72k”]

A fé no Rosário

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=dgvjgrs6Qww”]

A educação no Rosário

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=z7hApNyY3nE”]

Com campanhas online como #PrimeiroAssédio, criado pelo Think Olga, onde mulheres contam o primeiro contato com a violência sexual, devido ao caso da menina Valentina, do programa Master Chef, que foi assediada por homens no Twitter, feministas estão protestando nas ruas e na internet. A hashtag foi replicada 82 mil vezes em respostas à comentários machistas.
Com isso, nas redes sociais está acontecendo uma espécie de “guerra fria” entre páginas ditas de direita e esquerda. No último domingo, 1, foi derrubada a página Orgulho de ser hetero, via denúncias de usuários do Facebook. No mesmo dia a página foi devolvida ao moderador e pelo menos cinco páginas feministas e pró LGBTs foram derrubadas, como a Feminismo sem demagogia e Jout Jout Prazer. As usuárias feministas tiveram seus perfis bloqueados por um tempo, inclusive, algumas mulheres ainda não conseguiram recuperar seu perfil.

Arte: divulgação/ThinkOlga
Arte: divulgação/ThinkOlga

Julia Tolezano, vlogueira do canal Jout Jout Prazer e moderadora da página, tuitou na terça-feira que não estava conseguindo acessar a página e nem seu perfil no Facebook. A colunista da Cosmolitan teve sua conta de volta na quarta-feira. E postou em seu perfil uma mensagem de carinho para os seguidores, também fez comentários sobre a “guerra” entre as páginas online.

As moderadoras da página Feminismo sem Demagogia também estão chocadas com o bloqueio e ainda não conseguiram recuperar a conta. O perfil da militante Stephanie Ribeiro também foi bloqueado, ela luta contra o machismo e racismo, com postagens de denúncia. Agora só consegue postar fotos via instragam para o Facebook e usar o bate-papo inbox, seus seguidores estão a acompanhando via twitter.

O blog Escreva Lola Escreva, também está sofrendo ameaças. A doutora em literatura, dona do site, Lola Aronovich, escreveu um desabafo sobre os fakes do blog que estão circulando e postando conteúdos inapropriados, misóginos, racistas, em seu nome. Um dos nomes fakes criados é o “Lola escreva Lola”. Foi criada uma hashtag de apoio à feminista, #ForçaLola, com mensagens de indignação e revolta aos ataques machistas.

O site Think Olga publicou um texto de solidariedade com as páginas que foram derrubadas, dando força para as feministas, afirmando que não calarão as mulheres! Em meio a tanta violência e agressividade contra mulheres e contra quem luta pelo feminismo – que visa a desconstrução dos papéis de gênero e a não objetificação da mulher – as feministas buscam forças em conversas e marchas contra o assédio e discriminação de gênero. Recentemente, com o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio abordar a persistência na violência contra a mulher brasileira, elas encontram esperanças e se tornam cada vez mais fortes, nas ruas e nas redes sociais. Visto os protestos contra o projeto de lei de Eduardo Cunha – que restringe os direitos à vítimas de estupro – e vídeos, como o do canal Jout Jout Prazer, incitando as mulheres a não se calarem, e fazerem um escândalo diante de abusos sexuais.

O grupo de machistas que derrubou ambas as páginas também está tentando derrubar a Quebrando o Tabu, com 2.097.032 curtidas, e a Travesti Reflexiva, com 174.016 curtidas. Inclusive, essa última, teve uma postagem censurada pelo Facebook, ao postar uma foto com os dizeres “sejam bem-viados”. Outras páginas de esquerda também estão sendo atacadas.
De acordo com as regras do Facebook, um post ou página pode ser bloqueado se for uma violação clara dos termos de uso da plataforma (como em casos de quebra de direitos autorais e perfis falsos) e em temas considerado “conteúdo ofensivo”. E deve haver uma justificação para a denúncia, após um funcionário do Facebook analisa a página ou perfil denunciado.

Assista ao vídeo de Julia Tolezano sobre a violência sexual e a voz das mulheres:

teatroNesse sábado, 28, o Teatro Por Que Não? apresentará a segunda sessão do espetáculo Say hello para o futuro,peça que discute sobre a nova realidade das tecnologias e redes sociais com sua constante evolução.  Com direção de Felipe Martinez, a apresentação acontecerá às 20h, no Espaço Cultural Victório Faccin, rua Duque de Caxias, 380, bairro Rosário. Os ingressos são R$ 16 (inteira) e R$8 (meia entrada, para estudantes e idosos).

Mais informações na página do Facebook da companhia.