Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Nanotecnologia

Biomateriais são usados na substituição de tecido humano

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da  palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.  Ela falou sobre

A nanotecnologia é o diferencial para a produção dos cosméticos

A mesa-redonda sobre segurança de produtos cosméticos encerrou a manhã desta quinta-feira, 23 de agosto, na VI Jornada Interdisciplinar em Saúde. O debate contou com a participação do pesquisadores, André Schuch e da pesquisadora Isabel Roggia.  Schuch,

Tecnologia a favor da comunicação

Há quarenta anos, nossos avós sequer sonhavam em ter uma máquina de lavar roupas, quiçá um dispositivo móvel que se tornaria uma caixa imensurável (ou quase) de informações que pudéssemos levar para qualquer lugar, que além

Nanotecnologia revoluciona indústria de cosméticos

Na tarde de hoje, 1 de outubro, data de início do XVIII SEPE ( Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão) do Centro Universitário Franciscano,  o tema da nanotecnologia em produtos cosméticos lotou a Sala de Videoconferências do prédio

Poliana Pollizello Lopes. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da  palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.  Ela falou sobre as novidades do mercado em biomateriais, as ferramentas utilizadas como a impressão de tecidos e as pesquisas realizadas na área. 

Os Biomateriais são  dispositivos artificiais ou naturais que utilizados para integrar ou substituir algum tecido natural, cuja função foi perdida ou danificada. Segundo  Poliana são materiais médicos que tem algum tipo de interação com o organismo, com a intenção de tratar ou reparar alguma função do tecido.

A professora falou sobre o contexto histórico dos biomateriais, que apresentam registros do período egipciano, com proteases de madeira e que portanto são classificados como  a primeira geração da tecnologia. Hoje, estamos na quarta geração, que apresenta uma grande preocupação de construir uma ligação entre tecido e material, para que ele funcione de uma maneira natural, concluiu.

Poliana falou as pesquisas na engenharia de tecido. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

A descelularização de órgãos foi um dos destaques da palestra, uma tecnologia personalizada que permite um tipo de lavagem do órgão doado, para que eles recebam uma cultivação de células novas correspondentes ao perfil da pessoa que o recebe. Esse procedimento diminui as chances de rejeição do tecido, informou Poliana.  Hoje, existem cerca de 40 mil pessoas em espera para receber algum tipo de doação. Essa lista só aumento, mas o numero de órgãos doados não, conclui a professora. Por isso “a base da engenharia de tecidos é visar a redução da escassez de órgãos e tecidos que estão disponíveis para transplantes. É suprir essa área que é bastante escassa”.

As inovações que estão sendo experimentadas na pesquisa sobre a impressão de tecidos cartilaginosos, muscular e até ovários foram apresentadas pela professora. Ela citou como exemplo uma pesquisa que teve uma orelha foi impressa e implementada em um rato de laboratório. Após dois meses, o material foi analisado e foi constatado que a estrutura deu origem a um tecido biológico, que estava vascularizado, ou seja, com circulação sanguínea, relatou a professora.  O  grande desafio da área é tornar o biomaterial eficiente em estimular células e consiga desenvolver um sistema vascular irrigado, para se naturalizar e crescer, finalizou Poliana.

 

 

 

 

 

O pesquisador André Schuch falou sobre a radiação ultravioleta.  Foto: Thayane Rodrigues

A mesa-redonda sobre segurança de produtos cosméticos encerrou a manhã desta quinta-feira, 23 de agosto, na VI Jornada Interdisciplinar em Saúde. O debate contou com a participação do pesquisadores, André Schuch e da pesquisadora Isabel Roggia.  Schuch, pesquisador em biotecnologia, falou sobre a proteção biológica de filtros solares, uma vez que os efeitos da radiação ultravioleta no corpo humano geram muitas de lesões que podem virar mutações e influenciar no desenvolvimento de um câncer de pele.  

O pesquisador explicou que a faixa da radiação ultravioleta é dividida em três bandas: UVC, UVB e UVA. Os raios UVC são os mais perigosos, porém, são filtrados na camada de ozônio antes de entrarem em contato com a superfície terrestre. Os raios UVB atingem as camadas mais superficiais da pele e são responsáveis pelas queimaduras solares, que causam  a vermelhidão. Já os raios UVA, atingem as camadas mais profundas da pele e são responsáveis pelo envelhecimento solar e outros danos irreversíveis.

“A camada de ozônio age com eficiência para barrar a camada UVB. Já a radiação UVA, sofre uma filtragem muito ruim, atingindo o solo em quase toda sua maioria. Na região sul do país, as alterações nos raios ultravioletas podem variar por causa da camada de ozônio. O buraco na camada está sobre a antártica, dessa forma, a massa de ar que cobre o ozônio chega até o Rio Grande do Sul”, destaca o biólogo.

Já a pesquisadora  Isabel Roggia falou sobre a nanotecnologia dos produtos cosméticos. Até 2016, o Brasil estava no ranking de terceiro país que mais consome cosméticos no mundo, perdendo apenas para o Japão e os Estados Unidos, informa Roggia. Ela acredita que a nanotecnologia é o diferencial para o mercado de cosméticos, que é competitivo e precisa de  algo distinto para manter a empresa no negócio.

“Um nanocosmético é um cosmético que contém estruturas organizadas, que apresentam propriedades diferentes dos produtos convencionais. É uma ciência que pode possibilitar a melhora da saúde”, destaca a farmacêutica. Isabel estima que em 2025, 80% dos produtos colocados no mercado serão da nanotecnologia. 

 

futurismo
Painel discutiu o futurismo e a tecnologia. Fotos: Julia Trombini

Há quarenta anos, nossos avós sequer sonhavam em ter uma máquina de lavar roupas, quiçá um dispositivo móvel que se tornaria uma caixa imensurável (ou quase) de informações que pudéssemos levar para qualquer lugar, que além de tudo isso nos transformasse em seres híbridos e, por vezes, dependentes.

Foi a partir da nanotecnologia que Solange Binotto Fagan, doutora, pró-reitora de pós-graduação e professora da Unifra instigou a segunda discussão da manhã junto a Orlando Fonseca Jr., Christian Ludtke, e Luciano Braga. Mediado por Alice Pavanello, o bate-papo enveredou em uma breve história das revoluções e mudanças tecnológicas pelas quais a humanidade já passou e ainda passará, trazendo aos acadêmicos presentes questionamentos sobre a implementação da tecnologia em nossas vidas.

“Todas as tecnologias que chegam, atraem coisas boas e ruins”, diz Ludtke sobre a interferência que a humanidade ainda há de presenciar com o avanço da nanotecnologia. Cabe ao usuário saber como fazer uso de algo tão poderoso, assim como lidar com as mudanças que trará às nossas vidas.

Por Bibiana Campos

FotoSEPENa tarde de hoje, 1 de outubro, data de início do XVIII SEPE ( Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão) do Centro Universitário Franciscano,  o tema da nanotecnologia em produtos cosméticos lotou a Sala de Videoconferências do prédio 16, no Conjunto III.

A professora Renata Platcheck Raffin, doutora em ciências Farmacêuticas e pós-doutorado em Nanotecnologia pela UFRGS, falou sobre a emergência da nanotecnologia e o seu uso em produtos voltado para o ramo da cosmética.

unnamed (3)
A professora Renata Platcheck Raffin. Foto. Eveline . Laboratório de Fotografia e Memória.

Entender o que é nanotecnologia não tem sido fácil para o público em geral.  Raffin explica que a definição é a de um estudo de objetos em pequena escala que são voltados para criar um novo dispositivo, com novas propriedades. Trabalhando com a área biológica, por exemplo, vai se ter uma faixa de 10o a 200 nanometros, que vem a ser do tamanho entre um vírus e uma bactéria. E o uso desse tamanho é favorecido, porque se permite controlar a disposição dessas partículas e evitar efeitos colaterais, como o de chegar à corrente sanguínea. Segundo ela, na Europa surgiu uma nova definição para o campo: a nanomaterial que, por enquanto, só é válida lá e no Brasil está sendo estudada. Trata-se de um material insolúvel e persistente, com pelo menos uma dimensão menor que 100 nanometros, que o corpo não metaboliza, e é considerado um produto de risco. Por isso, na Europa se requer um registro. A nanotecnologia engloba todas as nanos.

A professora diz que as empresas vem usando cada vez mais os nanomateriais, porque os cosméticos são fáceis de registrar e seus benefícios são vistos em uma ou duas semanas. A mais clássica traz a nanotecnologia para a pele, seja de hidratação, antirrugas, proteção solar, porque essas partículas atingem a camada da epiderme, onde se tem a divisão celular e é a camada aonde temos ao maior efeito da radiação ultra-violeta. De uns tempos para cá, segundo ela, a lista aumentou e se tem mais necessidades dos produtos como os shampoos de vários tipos, cremes e esmaltes de várias cores.”Todos os usos dos nanomateriais vem ganhando importância e relevância”, afirma.” Se tem um aumento da estabilidade do produto com a nano”.