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Conflito Social nas urnas é debatido durante a JAI da UFSM

A 33ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ocorreu na quinta-feira (25) da última semana e movimentou o ambiente universitário da cidade. Entre diversos eventos que ocorreram, chegou a sua 3ª

Biomateriais são usados na substituição de tecido humano

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Grupo de pesquisa em Cultura Digital abre vagas para pesquisa

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Quem são os donos das notícias no Brasil?

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Unifra prorroga inscrições XXI SEPE

O prazo de inscrições para o XXI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE foi prorrogado até quinta-feira, 17. O envio de trabalhos também foi prolongado. A submissão pode ser feita até segunda-feira, 21. O simpósio,

Mais de 300 TFGS mostram o curso de Jornalismo da Unifra

A linguagem jornalística, vitórias no esporte, tragédias que marcaram os últimos dez anos  em diferentes veículos de comunicação são algumas das temáticas que protagonizaram os Trabalhos Finais de Graduação do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.

Pesquisa: como vai a saúde pública?

A pesquisa  que sondou a opinião dos santa-marienses acerca de questões relevantes para a cidade e que são de responsabilidade da Administração Pública traz, hoje, a temática da Saúde e a sua relação com a mídia local. A

Pesquisa: santa-marienses seguem insatisfeitos com o transporte público

Uma pesquisa sondou o que os santa-marienses pensam acerca de questões relevantes para a cidade e que são de responsabilidade da Administração Pública. A sondagem foi realizada por acadêmicos de Jornalismo  do Centro Universitário Franciscano –

Bem-estar e felicidade foram tema de abertura do XVIII SEPE

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano.

A 33ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ocorreu na quinta-feira (25) da última semana e movimentou o ambiente universitário da cidade. Entre diversos eventos que ocorreram, chegou a sua 3ª edição a Jornada Acadêmica de Ciência Política. Organizada pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Ciência Política (NPCP) e pelo Núcleo de Estudos sobre Democracia e Desigualdades (NEDD) a programação contou com a mesa redonda “Conflito social nas urnas” que debateu a atual conjuntura política do país na quinta-feira no prédio de Ciências Sociais e Humanas da UFSM.

A professora Amanda Santos Machado, doutora em Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e o professor Maurício Michel Rebello, doutor em Ciência Política da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) foram os palestrantes da noite que contou com cerca de 50 participantes.

A professora Amanda Machado, primeira a abrir o momento de fala, fez sua análise da conjuntura brasileira a partir das Manifestações de Junho de 2013, relembrando outros momentos como o impeachment da presidenta Dilma Roussef, o governo de Michel Temer, finalizando com a polarização política atual. Segundo a professora, as manifestações por parte dos deputados que votaram no julgamento de impeachment da presidenta Dilma demonstraram os dois blocos que hoje em dia são possíveis de reconhecer no período eleitoral. Aqueles que de um lado clamavam em nome de Deus e da família e aqueles que defendiam a democracia e a legitimidade refletem o conteúdo das falas que o Brasil tem vivenciado nos últimos meses.

O professor Maurício Rabello fez uma projeção do cenário que poderá se em encontrar a partir de 2019. A fragmentação partidária teve destaque em sua fala citando o número de partidos que lançaram candidaturas presidenciais, ressaltando o quanto isso impacta a governabilidade do próximo presidente.

Para a mestranda de Ciências Sociais, Andressa Duarte, o momento talvez não tenha ideia partidária, destacando que não há uma conhecimento ideológico de uma parcela da população e sim uma aproximação de discurso na busca de solução de inúmeros problemas. “Neste momento, não é considerado o partido do candidato, se encontra identificação no discurso.” falou.

Andreia Maidani, pós-graduanda em Ciências Sociais ressaltou a importância de se levar o debate para fora das universidades, e respeito às instituições. “O  momento é que discutamos muito mais sobre a política e que tenhamos a oportunidade de exercer a nossa democracia não apenas no momento do voto e sim de cobrarmos de nossos políticos o que se propôs os programas de governo” ressaltou.

O evento ocorreu entre os dias 24 e 25 de outubro e além de mesas-redondas contou com minicursos e grupos de trabalhos durantes os dois dias.

Poliana Pollizello Lopes. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

As novas estratégias aplicáveis à engenharia de tecido foi o tema da  palestra desta quarta-feira, 10, no Workshop em Biotecnologia e Nanociências, ministrada pela professora do curso de Engenharia Química da UFSM, Poliana Pollizello Lopes.  Ela falou sobre as novidades do mercado em biomateriais, as ferramentas utilizadas como a impressão de tecidos e as pesquisas realizadas na área. 

Os Biomateriais são  dispositivos artificiais ou naturais que utilizados para integrar ou substituir algum tecido natural, cuja função foi perdida ou danificada. Segundo  Poliana são materiais médicos que tem algum tipo de interação com o organismo, com a intenção de tratar ou reparar alguma função do tecido.

A professora falou sobre o contexto histórico dos biomateriais, que apresentam registros do período egipciano, com proteases de madeira e que portanto são classificados como  a primeira geração da tecnologia. Hoje, estamos na quarta geração, que apresenta uma grande preocupação de construir uma ligação entre tecido e material, para que ele funcione de uma maneira natural, concluiu.

Poliana falou as pesquisas na engenharia de tecido. Foto: Thayane Rodrigues / LABFEM

A descelularização de órgãos foi um dos destaques da palestra, uma tecnologia personalizada que permite um tipo de lavagem do órgão doado, para que eles recebam uma cultivação de células novas correspondentes ao perfil da pessoa que o recebe. Esse procedimento diminui as chances de rejeição do tecido, informou Poliana.  Hoje, existem cerca de 40 mil pessoas em espera para receber algum tipo de doação. Essa lista só aumento, mas o numero de órgãos doados não, conclui a professora. Por isso “a base da engenharia de tecidos é visar a redução da escassez de órgãos e tecidos que estão disponíveis para transplantes. É suprir essa área que é bastante escassa”.

As inovações que estão sendo experimentadas na pesquisa sobre a impressão de tecidos cartilaginosos, muscular e até ovários foram apresentadas pela professora. Ela citou como exemplo uma pesquisa que teve uma orelha foi impressa e implementada em um rato de laboratório. Após dois meses, o material foi analisado e foi constatado que a estrutura deu origem a um tecido biológico, que estava vascularizado, ou seja, com circulação sanguínea, relatou a professora.  O  grande desafio da área é tornar o biomaterial eficiente em estimular células e consiga desenvolver um sistema vascular irrigado, para se naturalizar e crescer, finalizou Poliana.

 

 

 

 

 

Cultura digital constitui foco de grupo de pesquisa na UFN. Foto: arquivo

Alunos e docentes da Universidade Franciscana (UFN) interessados em  participar do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Tecnologias Digitais nos Processos de Ensino e Aprendizagem, com atividades EAD, tem uma oportunidade aberta.Registrado no CNPq e em andamento há mais de um ano, o grupo abre inscrições para interessados em pesquisar a temática. O grupo de pesquisa é coordenado pela professora Janilse Fernandes Nunes, e começa estudando  a Cultura Digital para, posteriormente,analisar a cultura digital no ambiente da educação.

”A ideia é avançar a teoria sobre a Cultura Digital e, depois, ir analisando e pegando como objeto de estudo a implementação da educação virtual, da educação à distância na própria instituição com os cursos que estão sendo oferecidos. Neste momento, temos cursos de extensão, mas no próximo vestibular já teremos cursos 100% EAD”, relatou a professora Fabiana Pereira que também integra o grupo de pesquisa.

A chamada é um convite para os estudantes de qualquer curso da instituição que se sintam interessados na temática da educação virtual ou da Cultura Digital. É um grupo que explana os diferentes olhares, fomentando as diferentes realidades dentro da Instituição.  Um dos objetivos do grupo é incentivar a pesquisa para quem tem interesse em especializações, lembrando que toda as participações são validadas com ACC (atividades complementares).

Mais informações com a professora Fabiana Pereira (fabiana.costa@unifra.br), ligar no ramal 9114 ou ir até a sala 713 nas terças e quintas-feiras à tarde, no Laboratório de Comunicação, que a mesma poderá explicar pessoalmente sobre o grupo de pesquisa. Os encontros acontecem aos sábado, das 8h às 10h, na sala 716 no prédio 16.

 

O estudo sobre quem são os proprietários da mídia no Brasil  e denominado Monitoramento da Propriedade da Mídia no Brasil foi publicada pelo Intervozes e pela Repórteres Sem Fronteiras. A pesquisa revela que muitos dos veículos de maior audiência no país são também parte de grupos econômicos. Realizada em 2017 e publicada como série no Le Monde Diplomatique Brasil, o objetivo do MOM-Brasil é deixar visível quem controla a mídia brasileira. Foram analisados 50 veículos de maior audiência da comunicação brasileira, investigando os grupos e pessoas por trás desses meios.

O Media Ownership Monitor (MOM) é um projeto global que, através de uma metodologia padronizada, desenvolveu uma ferramenta de mapeamento que gera um banco de dados disponível publicamente, com informações sobre os proprietários dos maiores veículos e os grupos de mídia detentores desses meios, além de suas relações políticas e interesses econômicos. A informação é publicada em um site, em inglês e na língua local, e constantemente atualizada. O projeto também fornece uma contextualização de cada país, assim como uma análise de seu mercado de mídia e do marco regulatório do setor.

No Brasil, os pesquisadores são Olívia Bandeira, jornalista, doutora em Antropologia e integrante do Intervozes, e André Pasti, mestre em Geografia, professor do Cotuca/Unicamp, também integrante do Conselho Diretor do Intervozes e coordenador da pesquisa MOM-Brasil.

Como dito antes, foram 50 veículos pesquisados que, ao longo do estudo,  verificou-se serem controlados por 26 grupos e empresas. Desses 26 grupos, 21 deles, ou seus principais acionistas, possuem atividades em outros setores econômicos, como educacional, financeiro, imobiliário, agropecuário, energético, de transportes, infraestrutura e saúde.

No primeiro artigo analisado, foi colocado como o exemplo a disputa entre o empresário da mídia Silvio Santos e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, foi observado com isso que são dois modos distintos de ver as cidades: seus terrenos devem estar disponíveis a interesses privados, dando ênfase a seu valor de troca, ou o planejamento urbano deve levar em consideração o valor de uso.

Os pesquisadores relataram que as relações entre os grandes grupos de mídia brasileiros e o agronegócio são antigas, como conta a história do Grupo Folha. Essa ligação pode ser observada hoje em outros grupos, como Globo, Objetivo, RBS, Bandeirantes e Conglomerado Alfa. Como exemplo dessa questão agrícola, estão os membros da família Marinho, que são donos de diversas fazendas e empresas de produção agrícola, algo que ajuda a compreender as motivações dos bilionários donos do Grupo Globo quando sua rede de TV lança a campanha “Agro é Pop, Agro é Tech, Agro é Tudo” – informes publicitários que buscam criar uma imagem positiva do agronegócio.

Se pensarmos na questão religiosa, na mídia religiosa, hoje ela não é composta apenas por veículos de nicho. Os conteúdos religiosos circulam cada vez mais nos grandes meios de comunicação, seja naqueles que se definem como religiosos, seja nos veículos de interesse geral. Esses conteúdos muitas vezes são explícitos, outras, nem tanto, é preciso atenção.

Entre os cinquenta veículos de maior audiência no país, considerando os meios impressos, online, rádio e TV, nove deles são de propriedade de lideranças religiosas, todas cristãs, dominantes no Brasil. Entre as onze redes de TV de maior audiência, três são de propriedade de lideranças evangélicas (Record TV, Record News e Gospel TV) e uma de liderança católica (Rede Vida). Entre as doze redes de rádio, duas são evangélicas (Aleluia e Novo Tempo) e uma católica (Rede Católica de Rádio). Isso é chocante, mas para mim, não é surpreendente.

Já entre os dez sites de maior audiência e os dezessete veículos impressos pagos de maior tiragem, aparecem dois de propriedade de lideranças religiosas: o portal R7 e o jornal diário Correio do Povo, ambos do bispo evangélico Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Em um dos artigos, li o seguinte: “Ao assumir a presidência da Câmara dos Deputados, em 2015, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-membro da igreja Sara Nossa Terra e atual integrante da Assembleia de Deus Ministério Madureira, afirmou que “aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”.

A frase diz muito sobre a forma como igrejas cristãs têm atuado no Brasil nas últimas décadas”, esse argumento é a mais pura realidade, as igrejas cristãs, desde sempre manipulam as ideias da sociedade, e hoje em dia, isso não é diferente.

A continuação daquele argumento é de que as lideranças evangélicas e católicas atuam na esfera pública em defesa de valores considerados por elas como cristãos, sob a justificativa de que estariam agindo “em nome de Deus” e do direito de terem seus interesses representados, em uma visão de democracia que a define mais como um governo da maioria do que como um governo de todos.

A programação dessa mídia religiosa é voltada para a defesa de valores considerados como cristãos, e coincidem com grande parte da atuação de igrejas evangélicas e católicas no sistema político brasileiro. A defesa de questões morais, da chamada “família tradicional”, a condenação da homossexualidade e do aborto são algumas pautas que reúnem grande número de evangélicos e católicos de diferentes correntes doutrinárias em sua atuação no Congresso Nacional.

O mais importante de observar nesses artigos é que nada é feito na ingenuidade, na inocência. Tudo que vemos e lemos na mídia tem um grande controle por trás. É um negócio, é movido por interesses financeiros, empresariais, políticos e religiosos. Temos que desconfiar de tudo aquilo que a grande mídia nos impõe diariamente. Como futuros jornalistas e leitores temos que buscar novas fontes, nova informações, diferentes pontos de vista.

Sarah Vianna,acadêmica do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

O prazo de inscrições para o XXI Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE foi prorrogado até quinta-feira, 17. O envio de trabalhos também foi prolongado. A submissão pode ser feita até segunda-feira, 21.

O simpósio, que ocorre de 4 a 6 de outubro, tem como tema desta edição a “Humanização e tecnologia: as fronteiras do futuro”. O investimento é de R$100,00 para professores, alunos e profissionais da Unifra e R$110,00 para o público externo.

Para mais informações, acesse o site da instituição.

A linguagem jornalística, vitórias no esporte, tragédias que marcaram os últimos dez anos  em diferentes veículos de comunicação são algumas das temáticas que protagonizaram os Trabalhos Finais de Graduação do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.  TV, rádio, jornais e revistas e web. Foram 332 TFGs entre 2006 e 2016.

Dentre os veículos abordados, os impressos, jornais e revistas, foram os que mais apareceram nos TFGs, num total de 96 trabalhos, o equivalente a 28,9% do todo. Depois dos impressos, os veículos de comunicação televisivos foram os mais abordados pelos alunos. Somam 74 trabalhos, que equivalem a 22,9% do total. Essa grande quantidade de trabalhos sobre um determinado veículo destaca-se desde a primeira turma. Em 2006, dos 31 TFGs apresentados, 11 eram sobre TV. Nos anos seguintes, o impresso reinou em primeiro lugar até 2014. Em 2015 e 2016 a web apareceu mais vezes.

Para quantificar os TFGs, eles foram divididos em subcategorias definidas em TV, rádio, impresso, cinema, rotinas produtivas, web, fotografia e outros (categorias diferenciadas). De todas estas, TV, rádio, impresso e cinema são as únicas que apareceram em todos os anos.

A categoria “outros” equivaleu a 11,2% do total. Nela foram inclusas análises comparativas, games (análise estética) e demais assuntos que não se enquadravam nas categorias. O ano de 2015 foi o único em que esta categoria não apareceu.

É sabido que veículos impressos, sejam eles jornais ou revistas, dependem muito das fotografias para cativar o leitor, deixar a matéria mais completa, etc. Porém, as fotografias no jornalismo da instituição não são estudadas com frequência. Ao todo, apenas oito trabalhos foram apresentados durante esses anos, o equivalente a 2,4%.

Outro ponto que vale destacar são os temas abordados em webjornalismo. Os alunos analisaram redes sociais, sites, blogs e também a internet como fonte para assessoria de imprensa.

Em 2017 novos  38 TFGs serão avaliados. Para saber as temáticas, acompanhe pelo https://lapecjor.wordpress.com/ , e onde também é possível encontrar os arquivos com as pesquisas monográficas dos formandos.

Por Larissa Essi, acadêmica do curso de Jornalismo

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Entrevista com empresas incubadas  para coleta de dados. Foto: divulgação/Itec

 A Incubadora Tecnológica do Centro Universitário Franciscano (Itec) recebeu nesta terça-feira,13, Fernando de Souza Savian, mestrando em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Maria (USFM).

Savian compõe o Núcleo de Inovação e Competitividade(NIC) da instituição federal, que entre os projetos desenvolvidos, engloba a pesquisa de gestão de riscos organizacionais de empresas incubadas.

De acordo com Savian, a proposta é coletar as informações e dar retorno às empresas, por meio da apresentação de alterativas para evitar perdas. O processo de pesquisa seguirá até julho de 2017.

Além desse estudo, outras duas pesquisas ainda estão em execução – análise de competitividade e comportamento empreendedor. As pesquisas também abrangeram a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), UFSM, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O objetivo é ainda coletar dados das incubadoras de Caxias do Sul e Lageado.

As análises de gestão de riscos organizacionais e de competitividade serão objetos de dissertações, e o estudo do comportamento empreendedor será objeto de tese de doutorado.

A pesquisa  que sondou a opinião dos santa-marienses acerca de questões relevantes para a cidade e que são de responsabilidade da Administração Pública traz, hoje, a temática da Saúde e a sua relação com a mídia local.
A sondagem foi realizada por acadêmicos de Jornalismo  do Centro Universitário Franciscano – Unifra, durante o primeiro semestre do corrente  ano,  como atividade das disciplinas de Políticas de Comunicação e com o objetivo de captar o que a população espera de uma nova administração da cidade. Desenvolvida ao longo de quatro sondagens em semanas diferentes,  a pesquisa voltou-se para públicos de várias idades e regiões da cidade, desde o centro até as áreas menos favorecidas.  Transporte público, saúde, segurança pública, educação pública, infraestrutura ( espaços públicos, iluminação, calçamento,) foram os temas sobre os quais a opinião pública se manifestou.  A ACS vem publicando, separadamente, o resultado de cada temática. 

Fachada do ginásio poliesportivo da APAE. Foto: Roger Haeffner/ Laboratório de Fotografia e Memória
Foto: Roger Haeffner/ Laboratório de Fotografia e Memória

Falta de médicos, demora no atendimento, falta de infraestrutura e longas filas. Essa é a ordem dos problemas do sistema público de saúde, elencados por 76 entrevistados de diferentes idades, em 25 bairros diferentes de Santa Maria. A ACS selecionou algumas das respostas ouvidas, omitindo, a pedido, o nome das fontes.
L. B., 56, cozinheira: “Deveria começar tudo de novo. É uma vergonha, é precário. O agendamento é demorado, chegamos às 4h e precisamos esperar até às 8h. Deveria haver uma maior atenção às pessoas.”
J.A., 24, dona de casa: “No posto próximo a minha casa (Nova Sta. Marta) o atendimento é péssimo, não há médicos, chegam tarde e nos atendem mal. Aqui (Sta. Marta), não gosto do calor, mas é o lugar que recebo atendimento.”
C.C., 53, aposentado: “Falta reformas das unidades, aumentar o número de médicos.”
D.S., 38, açougueira: “Precisa melhorar tudo. A estrutura e a otimização do tempo, por exemplo.”
M.D., 80, dona de casa: “O atendimento é horrível. Deveria mudar a estrutura dos postos e os aparelhos utilizados.”
E.C., 70, dona de casa: “ Há muita fila, muito tempo de espera, procuro outras clínicas.”
R. H., 68, aposentado: “Fui no Pronto Atendimento do Patronato, esperei quatro horas e desisti. Faltam médicos e verbas, e a estrutura deveria melhorar.”
A.P., 43, dona de casa: “É muito demorado, por não ser uma cidade muito grande, o investimento deveria ser maior.”
M.A., 53, aposentado: “Poderia ser melhor, mas dependemos de verbas, pagamos muito para a união. Aqui na cidade temos uma gestão competente, mas a situação do país é crítica.”
C.N., 50, cuidadora: “Precisa ser mudado os concursos públicos, colocar gente especializada. Falta administração. Os programas de saúde iniciam muito bem, mas depois já faltam aparelhos, remédios. Os hospitais não têm o básico para atender. Os postos de saúde sem remédios para distribuir para quem tem direito. Eu que fico com pessoas nos hospitais, vejo que as vezes os remédios que os médicos receitam nem no hospital tem.”
C.F., 18 , estudante: “Boa administração da saúde do município. Contratar pessoas capacitadas, que sabem o que estão fazendo.”
B.C.,30 , estudante: “Melhor atenção às mulheres grávidas, no pré e pós natal.”
J.M. 21, estudante: “Ampliar e melhorar a saúde. Investimento na infraestrutura e profissionais.”
L.F., 40 anos, professora: “Investimento na estrutura, mais material humano capacitado. Reorganização de todo o sistema de atendimento, para melhor auxílio da população.”

Ambulância a prontidão no Conjunto III para possíveis ocorrências. Foto: Diego Garlet, Laboratório de Fotografia e Memória
Foto: Diego Garlet, Laboratório de Fotografia e Memória

O que se viu na pesquisa de opinião pública sobre a saúde foi um misto de vivências no SUS e de opiniões elaboradas a partir do conhecimento de terceiros. A mídia contribui para essa formação, embora não de maneira tão incisiva.
Dos entrevistados, 55% utilizavam o sistema privado, enquanto  outros 45% usufruíam da precária infraestrutura do sistema público de saúde da cidade.
De modo geral, envolvendo todos as pessoas ouvidas, 42% avaliaram o SUS como “ruim”, situação que muda a partir do momento em que as respostas são divididas de acordo com o sistema de saúde utilizado. No entanto, nem todos que utilizam o Sistema Único de Saúde acham ele tão ruim assim.
Ao dividir as respostas dos entrevistados que utilizavam o sistema privado de saúde, 52% deles avaliaram o SUS como “ruim”. A opinião dos que nunca passaram pelo SUS vem de uma concepção estabelecida a partir da mídia ou, simplesmente, trazido de terceiros – salvo algumas exceções, que mudaram para o sistema privado porque não tinham suas necessidades supridas pelo sistema público.
Na contramão dos que têm um sistema privado de saúde, 38% dos entrevistados que utilizam o SUS para consultas e tratamentos médicos, avaliaram o mesmo como “bom”, enquanto 29% disseram que é ruim. Apesar das falhas, percebe-se que sistema público de saúde ainda consegue suprir as necessidades de quem não tem condições de ter um plano privado. O Brasil tem um sistema universal de saúde elogiado por especialistas, mas essa proposta ainda não se cumpriu efetivamente. Entre os principais problemas desse sistema, a falha mais citada pelos entrevistados foi a falta de médicos, mas se consideradas as respostas apenas de quem utiliza o SUS, o principal problema passa a ser a demora no atendimento e a infraestrutura defasada em muitos postos de saúde.

Uma semana após a pesquisa de opinião realizada, o principal telejornal de cidade exibiu uma matéria em que uma Pediatra e um Ginecologista não cumpriam com suas cargas horárias de trabalho, o que se comprova a partir dos problemas citados por quem utiliza o SUS diariamente.  A mídia local permanece como um espaço de voz, direta ou indiretamente, no qual a população enxerga como alternativa para falar da sua situação frente ao “perrengues” diários que enfrentam no SUS

Durante a pesquisa, em meio ao “surto” de vacinação da gripe, os jornais locais da cidade não pautavam outro assunto relacionado à saúde, a não ser matérias relacionadas a esse tema. A mídia, em certo ponto, não interferiu nas respostas dos entrevistados, já que pouquíssimos lembraram da vacinação no momento de elencar os problemas. Questionados sobre como veem a abordagem da mídia, os entrevistados que utilizam o Sistema Único de Saúde são incisivos ao dizerem que “a mídia mostra a realidade do descaso”.

Muito se reclama das condições oferecidas pelo sistema público, e a mídia aparece para mostrar isso, porém não acaba atendendo as expectativas de quem está num leito de hospital. A população não quer apenas que mostrem a precariedade do sistema, mas quer a mídia seja sua porta-voz para que as autoridades façam melhorias no SUS.  Também não se pode deixar de lado o fato de quem utiliza o plano privado menosprezar o sistema público, sem sequer ter usado algum dia. A mídia forma sim opinião e, devido a sua abordagem sobre as precariedades do SUS, transparece à população um sistema totalmente inviável, o que não se comprova por quem utiliza o sistema público. Esse sistema universal de saúde elogiado por especialistas tem muito para melhorar, e a mídia não pode pautar apenas o que há de ruim. O SUS tem muito a oferecer, mesmo com sua demora de agendamento, entretanto não se pode desmerecer um plano que salva a vida de milhares de brasileiros diariamente e que não têm condições de adquirir um plano privado.

Por  Deivid Pazatto, Diego Garlet, Guilherme Trucollo, João Pedro Foletto, Luana Oliveira, Paola Saldanha e Victória Debortolli

Uma pesquisa sondou o que os santa-marienses pensam acerca de questões relevantes para a cidade e que são de responsabilidade da Administração Pública. A sondagem foi realizada por acadêmicos de Jornalismo  do Centro Universitário Franciscano – Unifra, durante o primeiro semestre do corrente  ano,  como atividade das disciplinas de Políticas de Comunicação e com o objetivo de captar o que a população espera de uma nova administração da cidade.

Desenvolvida ao longo de quatro sondagens em semanas diferentes,  a pesquisa voltou-se para públicos de várias idades e regiões da cidade, desde o centro até as áreas menos favorecidas.  Transporte público, saúde, segurança pública, educação pública, infraestrutura ( espaços públicos, iluminação, calçamento,) foram os temas sobre os quais a opinião pública se manifestou.  A ACS vai publicar, separadamente, o resultado de cada temática. Hoje é a vez do transporte público.

Arquivo ACS
Arquivo ACS

          A pesquisa sobre o transporte público ouviu, de modo aleatório, oitenta pessoas: 40% são trabalhadores que dependem do transporte para ir ao trabalho e 60% de estudantes para ir à faculdade ou escola. Os resultados indicam que o transporte público de Santa Maria sofre com a falta de infraestrutura e investimento, pois mais da metade dos ônibus que circulam na cidade são de péssima qualidade, faltam oferta de mais horários nas diferentes linhas, o que causa superlotações. Outro fator apontado pela população, principalmente pelos estudantes, é o alto valor da passagem.

          A sondagem revela que as pessoas que consideram bom o transporte público de Santa Maria são aquelas que usam com pouca frequência ou são idosos que não precisam pagar a passagem. A maior porcentagem de exigências fica por conta dos estudantes que pedem por melhorias e por ser  Santa Maria uma cidade universitária, onde há uso diário do transporte coletivo. Também trabalhadores de diferentes classes sociais  classificam o transporte como ruim ou péssimo, pois são usuários que necessitam do transporte no dia a dia.

       Além disso, a pesquisa também cruzou os dados da opinião pública sobre as mídias da cidade. Nota-se que o público não se vê representado pelos veículos no quesito transporte público e gostaria de mais visibilidade aos problemas apresentados e enfrentados diariamente, porque acreditam que a mídia pode provocar mudança dessa realidade.

 Não foi encontrado nenhum passageiro que fosse vítima de assédio, no entanto, mulheres relataram um grande desconforto ao usar o transporte público.

       A crítica que fica é: se a população não se vê representada pela mídia, a opinião pública não influência em “nada”?  Ainda assim, acredita que se não for através da mídia, a situação atual dos transportes não irá mudar e as dúvidas frequentes dos usuários nunca serão respondidas e, as críticas, nunca serão atendidas.

      O problema é real, as críticas aumentam cada vez mais, assim como o perigo. A problemática não tem voz diante da mídia e, isso, é realidade preocupante que precisa, urgentemente, de mudanças.

Por Andressa Marin, Anna Carolina Franchi, Emily Costa e Victorya Azambuja.

Plateia atenta na palestra com o Professor Dr. Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Plateia atenta na palestra com o professor  Luis A. Paim Rohde. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

“O que interessa às pessoas: ausência de doença mental ou ampliação do bem-estar psíquico?”, essa foi a pergunta que regeu a palestra de abertura do XVIII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano. O encontro aconteceu na manhã da quarta-feira, 1˚ de outubro, no Salão de Atos do Conjunto I da Instituição quando acadêmicos e professores receberam  Luis Augusto Paim Rohde, professor titular de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor na Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Rohde que também é vice-coordenador do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência, afirmou estar interessado em estudar a relação entre os transtornos mentais e as etapas iniciais de vida. “A Psicologia e a Psiquiatria se centraram no estudo da saúde mental a partir do fim da adolescência, início da idade adulta, dando menos importância aos quadros de transtornos mentais na infância e adolescência”, afirmou. Segundo ele, os distúrbios como ansiedade, depressão, bipolaridade, déficit de atenção e hiperatividade são doenças crônicas dos jovens. “Boa parte dos transtornos já estão presentes na infância e na adolescência”, declarou. Para Rohde, é necessário dar mais atenção a essas etapas da vida.

Em resposta à pergunta tema da discussão, o doutor declarou que os pacientes não querem, apenas, se livrar do transtorno, mas buscam, sobretudo, o bem-estar e a felicidade. “O que interessa não é ter menos tristeza e preocupação, mas buscar contentamento e alegria”, explicou. Conforme a Organização Mundial de Saúde, saúde não é ausência de doença, mas estado completo de bem-estar físico, psicológico e social. A Psicologia Positiva estuda esses conceitos relacionados a sensação de bem-estar e felicidade. Ela é, também, a responsável pela quebra de paradigma – a Psicologia deixa de se preocupar com os transtornos para focar nas forças pessoais, no desenvolvimento humano positivo.

Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.
Rohde publicou cerca de 180 artigos científicos e é organizador ou editor de 8 livros sobre saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil, Inglaterra, Alemanha e EUA. Fotografia: Karin Spezia. Laboratório de Fotografia e Memória.

Bem-estar e Felicidade

A humanidade sempre esteve na luta pelo aumento da sensação de bem-estar. Rohde explica que o conceito está intimamente ligado ao suprimento das necessidades básicas humanas. Ainda explica que os aspectos psicológicos associados à sensação, refletem os sentimentos e pensamentos do indivíduo.

Segundo pesquisas, o indivíduo obtém sucesso na busca pelo bem-estar quando traça metas significantes para a própria vida e quando tem prazeres momentâneos, sentimentos positivos. Cientificamente, o Dr. Luis apresentou as alternativas como: bem-estar eudaimônico e bem-estar hedônico, respectivamente.

De acordo com uma pesquisa que tinha como objeto o Twitter, o final de semana é o período  em que as pessoas estão mais felizes. A pesquisa observou que as publicações de sexta-feira, sábado e domingo continham palavras associadas à felicidade, e tendia a decair quando chegava a segunda-feira.  Isso demonstra que há alguns determinantes para a sensação de bem-estar.

Dicas sobre como aumentar a sensação de bem-estar

Na última etapa da palestra, o professor garantiu que é possível intervir na sensação de bem-estar do indivíduo e que os resultados são significantes. Mediante pesquisa, foi possível constatar algumas intervenções que obtiveram sucesso. Foi proposto pelo especialista a um grupo de pessoas os seguintes exercícios:

  • Procure escrever, ao final do dia, o que deu certo. Não visualize somente os pontos negativos do seu dia.
  • Estabeleça metas e estude como executá-las.
  • Escreva uma carta em gratidão à alguém.
  • Faça uma lista de suas forças pessoais.
  • Faça um favor à alguém.
  • Identifique quem são os seus melhores amigos.

O Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão segue nessa quinta-feira, dia 2 de outubro. A novidade da edição é o intervalo cultural com atrações musicais, lançamentos de livros, abertura da exposição “Percursos Ana Norogrando” e apresentação da peça “Pedro: O viajante. As atividades culturais terão início às 15h, no Conjunto III do Centro Universitário Franciscano.