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Pôsteres

Iniciação científica faz parte do XXII SEPE/UFN

O XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, o SEPE, teve início ontem,03,  e vai até sexta-feira, 05. Ontem à tarde, o hall do prédio 15 teve uma exposição dos trabalhos de iniciação científica voltados ao campo das

XVI InLetras: 25 pôsteres no saguão 15 da Unifra

Troca de conhecimento, aprendizagens e reconhecimento dos trabalhos foram características marcantes da quinta-feira,24, de forte calor, no turno da tarde, no saguão do prédio 15 da Unifra. A partir das 17:00  várias pessoas tiveram a oportunidade de

Hall do prédio 15 recebeu os posters com trabalhos de iniciação científica. Foto: Thays Trindade

O XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, o SEPE, teve início ontem,03,  e vai até sexta-feira, 05. Ontem à tarde, o hall do prédio 15 teve uma exposição dos trabalhos de iniciação científica voltados ao campo das Ciências da Saúde e da Vida. Diversas pesquisas foram apresentada, em campos como a farmácia, odontologia, nutrição e psicologia.

Entre os trabalhos apresentados está o trabalho da acadêmica Franciele da Silva Bruckmann, Síntese de Biopolímero contendo óxido de grafeno: uma análise da potencial atividade antimicrobiana do composto, orientada pelo professor Cristiano Rodrigo Bohn Rhode. O trabalho associa o óxido de grafeno na síntese de peptídios para prevenir infecções advindas de cateteres alvos de bactérias que podem infeccionar o paciente.

Já o acadêmico Reviann Rosa Cristino, 25 anos, do curso de farmácia apresentou seu trabalho Plantas Medicinais administradas como tratamento adjuvante em pacientes diagnosticados com doença de Alzheimer, que mostra o uso de plantas medicinais que auxiliam a retardar os efeitos da doença de Alzheimer.

A estudante Layanne Almeida, 21 anos, do curso de odontologia, expôs o trabalho, As influências do tabagismo na periodontite apical: uma revisão de literatura. A pesquisa aborda o desenvolvimento e progressão da periodontite apical, uma doença periodontal infecciosa e bacteriana. Esta doença é a fase progressiva da gengivite, que por sua vez é a inflamação gengivale, o foco era tratar o desenvolvimento apenas em pacientes fumantes.

As acadêmicas do curso de odontologia, Mychelle da Costa Massoli e Anna Luiza Salvador da Cruz, ambas com 21 anos, exibiram o trabalho Banco do dente humano: relato de experiência. A pesquisa explica o funcionamento do banco de dentes que está instalado dentro da Universidade Franciscana. Lá são armazenados dentes que são doados para o curso e que são usados em atividades laboratoriais. O banco de dados existe para prevenir o comercio ilegal e também o risco de contaminação, todos os dentes seguem um cadastro, de acordo com uma lei do ministério da saúde, um dente doado segue o mesmo padrão de procedimento de uma doação de órgão.

A psicóloga Luiza Manassi da Conceição de Castro, 26 anos, expôs dois trabalhos:Saúde mental na infância e adolescência: interfaces com a educação e Interlocução Histórica da Infância e a infância na contemporaneidade. No primeiro trabalho a psicóloga debate a procura pelos serviços de saúde direcionado ao público infantil relacionados às demandas escolares. Para ela, a análise deve ir além de uma perspectiva educativa e sim preventiva. Com isso as escolas vem sendo um espaço potencial para a promoção da saúde infanto-juvenil.

No segundo trabalho, Luiza faz uma análise histórica da infância e mostra mudanças que ocorreram nas crianças. Alguns pontos apresentados são crianças, que dependendo da classe social, trabalham desde cedo enquanto outras, que desde pequenas são tratadas como adultos, são inseridas na cultura capitalista e ganham uma parcela de independência.

Daniela Bisognin Alves, 22 anos, do curso de Odontologia, trouxe a pesquisa que faz a Avaliação da prevalência de gestantes usuárias de drogas em Santa Maria. O estudo pesquisou diversas gestantes da cidade que relataram fazer uso de drogas lícitas e ilícitas, durante o período de gravidez. Cem gestantes foram entrevistadas. Destas, 44 afirmaram fazer uso de drogas de lícitas como cigarro e álcool, mas nenhuma das entrevistadas relatou usar drogas ilícitas como crack, cocaína e maconha. A partir desses dados obtidos foi  possível auxiliar as gestantes sobre os diversos riscos na gravidez, e  buscar prevenções tanto para a mãe, quanto para a criança.

Foto; Luis Ricardo.

Troca de conhecimento, aprendizagens e reconhecimento dos trabalhos foram características marcantes da quinta-feira,24, de forte calor, no turno da tarde, no saguão do prédio 15 da Unifra. A partir das 17:00  várias pessoas tiveram a oportunidade de apreciar os 25 pôsteres do  seminário interdisciplinar PIBID ( Programa institucional de bolsa de iniciação a docência) na Unifra.

Interpretar e não decorar os poemas são aspectos fundamentais para o processo de aprendizagem. Ter um olhar estético para a poesia é fundamental, ainda mais quando se está no segundo ano do ensino médio. Essa foi a percepção de Tiago Pereira, 25 anos, acadêmico do curso de letras do Centro Universitário Franciscano. Ele apresentou o seu trabalho do gênero poesia: Resgate da leitura e sensibilidade do discente.“O objetivo principal do projeto foi familiarizar os estudantes do ensino médio com o gênero poesia, por meio da leitura e produção textual”, conta Tiago.

Trabalhar com a cultura gaúcha e saber mais sobre os acontecimento gauchescos  é crucial para Thaís Costa, 22 anos, estudante de Letras da Universidade Federal de Santa Maria. A  acadêmica estudou dois dicionários: Regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, 1984 e o dicionário Gaúcho Brasileiro, de João Batista Alves Bossie , 2003. “ Estou em busca de autores que tentam explicar sobre a Revolução Farroupilha. Por que os  autores não falam sobre o acontecimento que foi extremamente importante?”, questiona. Ela explica também que no ano passado fez no seu projeto de estágio um minidicionário com alunos do ensino médio com a finalidade de desconstruir os discursos e mostrar que o glossário é incompleto.

Foto: Luis Ricardo

Com o tema o sujeito na experiência no ensino e questionando o capitalismo. Rodrigo Carlan, 30 anos, está no segundo semestre do mestrado em Letras do Centro Universitário Franciscano. Formado em psicologia, Rodrigo, traz a perspectiva  de dois autores Jorge Larrosa e Slavoj Zizek. “ Para ter sentido na vida precisamos praticar o capitalismo. De acordo com Slavoj, há o processo chamado de zumbificação, uma vez que o sujeito não experiência nada. Já na percepção de Larrosa o ensino só tem sentido quando há o desapego das relações virtuais e vivenciá-las de forma real não é possível”, explica o estudante. Questionar o quanto o capitalismo atravessa o sujeito, é um dos motivos que faz, Carlan, acreditar que o ensino é uma saída para isso.

Para Ernest Cadet, 28 anos, acadêmico de Filosofia do Centro Universitário Franciscano, o principal foco do seu projeto é a inclusão social e também ressalta que todos somos iguais em nossas diferenças. Ele conta também que ocorreram atividades experimentais para alunos da escola estadual Padre Rômulo Zanchi. Essas atividades consistiam em bastantes oficinas, como por exemplo, vôlei, corrida para cegos e também jogos paraolímpicos. ‘’ Essa experiência foi muito boa para nós e para eles. Pudemos entender a necessidade que um deficiente físico passa, queremos que as pessoas que não tem deficiência vejam essa dificuldade, fazer com que elas também entendam a importância da inclusão social’’, explica Ernest.

Saguão do prédio 15 da Unifra. Foto: Andressa Rodrigues, Labfem.

Entender quais são as visões que o homem constrói em   seus discursos sobre o tempo é   de muita importância para Patricia Inês, acadêmica do curso de Letras. Ela conta que, segundo sua pesquisas em jornais locais, a relação do homem com a natureza é de um aspecto negativo. ‘’ No momento em que uma pessoa ler uma reportagem e a natureza tiver representada de forma negativa, inconscientemente essas palavras vão afetar essa pessoa e ela vai transmitir isso para outra. A língua então é condicionadora de opinião’’, afirma a estudante.

Elisandra Aguirre, 36 anos, faz parte do curso ‘’Além da visão’’, da Universidade Federal de Santa Maria, no qual ela é professora e dá aulas de espanhol para alunos cegos. Esses alunos  vão servir de objeto de estudo em sua pesquisa sobre a intertextualidade da produção escrita. Essas aulas tem duração de um ano, e depois os alunos passam para uma fase mais avançada do curso. Todos precisam ter computadores adaptados em braille e os professores utilizam muito a oralidade. O Skype e o WhatsApp são as principais ferramentas para lecionar esses alunos.

Das 18:30 até 21:30, no Salão de atos do conjunto 13 foi discutido o tema ensino e formação docente. Esse foi o XVI Inletras I Siel XVIII PIBID que começou no dia 22 de agosto. Ao todo foram 9 oficinas ofertadas com 30 vagas disponíveis para cada seminário.

 

Por: Felipe Monteiro e Luis Ricardo Kaufmann da Silva