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SEPE

Sociedade e Ambiente é o tema das apresentações do SEPE

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Pesquisa analisa materiais poliméricos em resíduos hospitalares

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Como ensinar em tempos de convergência

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Curso de Jornalismo se faz presente no XXI SEPE

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Premiação do VI SIC e lançamento de obras no XX SEPE

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Mundo digital é progresso ou retrocesso?

Nesta manhã,08, ocorreu mais uma palestra, do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, SEPE, no Centro Universitário Franciscano. Luciane Najar Smeha psicóloga e professora no curso de Psicologia da Unifra palestrou sobre o vício em

XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE

Ocorre nesta quarta–feira (5) nova etapa do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão–SEPE. Com o objetivo de compartilhar experiências e promover o debate em volta do tema: Olhares sustentáveis em favor da vida. Os palestrantes serão Ana

XIX SEPE propõe debate atual sobre busca da humanização

Ocorreu na noite da última quinta-feira, 18, mais um encontro do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), que, neste ano, tem com o tema “Olhares sustentáveis em favor da vida”. Com a pauta “Espiritualidade:

A tinta capilar aumenta em 23% a chance de câncer de mama e, nas gestantes pode interferir no desenvolvimento da criança. Foto: Thayane Rodrigues

A palestra “Segurança e garantia de qualidade dos produtos cosméticos” foi o tema  nesta sexta-feira, 05, no XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão.  Maria Inês Harris, do Instituto Harris, de São Paulo, explicou para os professores e alunos presentes o seu trabalho no mercado de avaliação de segurança de produtos cosméticos.  Harris é doutora em Química e tem pós-doutorado em Toxicologia Celular e Molecular de Radicais Livres e  em Lesões de Ácidos Nucleicos.

Baseados em dados e pesquisas, a doutora apresentou seu serviços de avaliação de segurança de produtos cosméticos. Ela afirma que o mercado de cosméticos ainda tem muito a percorrer em termos de segurança de produtos.

Segundo Harris, um produto cosmético que se expandiu devido à estética foi a tatuagem de henna.  Ao contrário da henna natural, que raramente traz complicações e sua cor original é marrom, a henna negra pode causar reações alérgicas e queimaduras devido ao pigmento da cor preta usada.

Outro produto cosmético que pode causar uma doença é a tinta capilar. De acordo com a Harris, a tinta aumenta em 23% a chance de câncer de mama e, nas gestantes pode interferir no desenvolvimento da criança. Além disso, para o sexo masculino, causa um conjunto de ameaça à saúde reprodutiva, câncer de próstata e infertilidade masculina na vida adulta.

Além disso, os produtos cosméticos, como higiene pessoal e perfumes, pode provocar algum tipo de toxicidade na pele após a primeira aplicação ou em decorrência da continuidade do uso. A toxicidade é determinada por dois danos tecidual: agudo ou crônico. O agudo provoca uma irritação na região aplicada e a crônica, além de provoca uma irritação, ela causa sensibilidade, fotossensibilidade e toxidade sistêmica.

Conforme Harris, os metais pesados, como o chumbo e o mercúrio, podem estar presentes nos produtos cosméticos causando problemas de saúde. “Os metais pesados prejudicam no desenvolvimento mental, ou seja, toxicando o cérebro e tendo um comportamento agressivo nas pessoas”, diz a doutora. Para concluir, Harris afirma que não importa as etapas em que os produtos cosméticos estejam, segundo ela, “tanto no desenvolvimento como na produção, na comercialização e no destino, o produto pode estar contaminado”.

Foto: Thayane Rodrigues

 

Na tarde de hoje, quinta-feira, 04, aconteceram as apresentações orais de trabalhos do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPE. Uma delas foi a da acadêmica de Engenharia Química, Carolina Denardi Merlugo, que apresentou o trabalho “|Portabilidade da água de poços artesianos e divulgação dos resultados da comunidade”. As apresentações orais da temática sociedade e ambiente têm a finalidade de abordar a relação homem-ambiente que incorporam aspectos ambientais, considerando a preservação e uso racional dos recursos naturais.

Carolina iniciou a apresentação falando sobre as águas subterrâneas, um importante recurso natural que atua como método de abastecer a população.  A acadêmica explica que, “os poços artesianos tem sido uma alternativa para adquirir água potável e é de baixo custo”. Mas, a dúvida mais frequente é: a água do poço artesiano pode ser consumida?

Para acadêmica, seu trabalho tem como objetivo conscientizar a população sobre o uso da água. “As águas subterrâneas tem vantagem como a qualidade, pois, enquanto se infiltra, ela passa por sucessivos processos de filtragem e purificação que a tornam própria para consumo humano e animal”, explica ela. Além disso, ela conclui que cerca de 47 municípios do Estado do Rio Grande Sul possui poços artesianos.

Seguindo as apresentações, Gabriel Bassotto Moreti, acadêmico do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Franciscana,  apresentou o trabalho “Base de dados SQL para bacia hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí Marim”. Gabriel começou a apresentação com uma introdução do conceito de bacia hidrográfica,“ um conjunto de superfície vertente e de uma rede de drenagem formado por cursos de água”, diz.

Segundo Gabriel, “o Rio Grande do Sul possui três regiões hidrográficas: a Região Hidrográfica do Uruguai, do Guaíba e do Litoral. Dessas três regiões hidrográficas estão subdivididas em Comitês, chegando a 25 bacias hidrográficas”. Além disso, estão disponíveis no Estado 32 estações pluviométricas que ajuda coletar dados de níveis de chuva para controle e manejo de cultivos agrícolas.

Com objetivo de construir um banco de dados pluviais e fluviais através de uma linguagem de programação (SQL), Gabriel trabalha na elaboração de tabelas principais e secundárias, referindo a cada típica estação de monitoramento de água.

Mais do que uma simples viagem para conhecer outro país, o intercâmbio ajuda o estudante a ver o mundo com outros olhos. Amanda Ruiz Forgiarini, estudante do curso de Enfermagem da Universidade Franciscana, falou sobre “Mobilidade acadêmica de enfermagem na Colômbia: transcendendo espaços e fronteiras”. Depois de ter feito intercâmbio na Colômbia, Amanda explica que, mesmo sendo um país subdesenvolvido, “é um país que se preocupa com a educação. Além disso, ele ajuda estudantes estrangeiros a ganhar bolsas de estudos”.

A acadêmica conta que, “estudei na Universidade de La Sabana, localizada na Colômbia. É uma universidade sustentável e dotada com os melhores recursos técnicos para a educação, como laboratórios”.  Ainda ela explica que o Campus universitário está situado no município de Chía, ao norte da cidade de Bogotá.

Amanda diz que teve dificuldades para falar a língua espanhola. “Todo mundo acha que língua espanhola é fácil de aprender. Mas, para mim, foi uma grande barreira linguística”, conclui a acadêmica. Com o objetivo de relatar a sua experiência na Colômbia, ela reconhece e valoriza as potencialidades e avanços da enfermagem. E finaliza que, é um período de grande amadurecimento e autoconhecimento.

Seguindo para a última apresentação, Maria Paula da Rosa Ferreira, mestranda em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM apresentou o trabalho “Semente transgênicas e o monopólio da produção global de alimentos”. Segundo Maria, analisou o sistema de aprovação dos produtos transgênicos em relação ao princípio da precaução, a necessidade dos estudos prévios de impacto ambiental e os potenciais riscos ambientais e a saúde humana.

Com o objetivo de expandir o potencial dos organismos transgênicos, ela acredita que tem a finalidade de mudar o paradigma da legislação.  Em seu trabalho, a mestranda aplicou o método de abordagem dedutivo e o método de procedimento monográfico. E finaliza que, é uma estratégia de denominação do mercado corporativo de alimentos.

 

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Juliana Bratz Lourenço. Foto: Thayane Rodrigues/LABFEM

Na manhã desta quinta feira, 04, ocorreu no conjunto II da Universidade Franciscana a palestra “Materiais poliméricos em resíduos hospitalares: estudo da gestão e caracterização de materiais.” Juliana Bratz Lourenço, professora da UFN e palestrante, relatou para o público presente o seu estudo de doutorado. Baseada em dados e observações do dia a dia, a professora apresentou para os alunos o seu processo de pesquisa e o como vem construindo o trabalho. A seu objeto de estudo são os agentes biológicos e as formas de não serem perigosos. Ela explicou que foi muito difícil  iniciar o seu estudo, pois teve que passar por muitas etapas, já que o trabalho é realizado dentro do HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria).

Muito dos assuntos que estão sendo pesquisados irão  influenciar positivamente o hospital, já que após aprovação, a professora pretende apresentar o trabalho para os funcionários do HUSM, explicando o que pode ser feito com os resíduos poliméricos, que além da reciclagem, podem ser utilizados para melhorias dentro do hospital.

“Mostrar o resultado do estudo, pode mudar o pensamento das pessoas, e principalmente do lugar.”, relatou Juliana.

A palestra chamou a atenção dos alunos presentes e, principalmente, dos alunos do curso de direito da UFN, uma vez que os resíduos hospitalares são regidos por uma lei judicial que determina  como e onde devem ser descartados. Se forem utilizados de forma incorreta, podem gerar processos, para pessoa, empresas e, principalmente, hospitais.

“Quando entramos no curso, já estamos com uma ideia do que queremos e deixamos de lado as outras áreas.    Mas palestras como a de hoje, faz com que possamos enxergar de como nós podemos ajudar as pessoas,e tentar fazer com que as regras sejam seguidas.” comentou o aluno de direito, Daniel Messias, que se interessou pelo assunto e vê outras formas de exercer a profissão.

A educação nas escolas tem sido muito discutida nos últimos anos, seja em sua grade curricular, como em suas metodologias. É também consenso dizer que os alunos de hoje, não são mais os mesmos que frequentavam as salas de aula de 20 anos atrás. E isto porque as tecnologias transformaram o meio e, consequentemente, a maneira de pensar e raciocinar. Tal transformação se dá de forma acelerada em função da popularização de aparelhos eletrônicos. E no processo de aceleração do tempo social, muitos professores acabam presos a uma metodologia desatualizada para as novas cabeças que integram o ambiente escolar.

Professor Ronaldo Mota em conferência na UFN. Fotos: Mariana Olhaberriet, LABFEM

“O mundo contemporâneo não consegue dar conta dos novos desafios com os instrumentos antigos”, afirmou o professor Ronaldo Mota, chanceler do grupo Estácio de Sá, em  palestra sobre “A arte da educação nos dias de hoje”, durante o XXI Sepe, ocorrido em setembro, na Universidade Franciscana. Ele  explica que os modos de educar funcionaram por muito tempo da maneira convencional na chamada sala de aula. Todavia, a chegada da tecnologia trouxe uma revolução da educação, a qual não configura mais em métodos de ensino tradicionais. Para ele, vivencia-se um período em que se convive com o passado(analógico), presente (tecnologia) e futuro(inteligência artificial) em um mesmo lugar. Isso causa uma grande revolução e despreparo de profissionais, educados nos moldes antigo, para educar crianças que já nascem conectadas e com “tendências futurísticas.

Mota explicou a diferença de raciocínio que vem se mostrando muito evidente dentro de sala de aula. São os alunos cognitivos e metacognitivos. “Um empresário de softwares entrevista duas pessoas. Uma conhece tudo da área. A outra conhece pouco, mas promete estudar e trazer ideias e programas novos. O empresário cognitivo vai contratar o primeiro e logo vai falir. O empresário metacognitivo vai contratar o segundo e provavelmente, vai prosperar”, exemplifica ele.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Exemplos de metodologia cognitiva: conteúdo disciplinar, análise teórica, temas abstratos, laboratórios usuais, prova.[/dropshadowbox]

Conferência reuniu professores e acadêmicos da Universidade Franciscana.

O professor  descreve o atual cenário da escola com exemplos  práticos.  Segundo ele, em uma prova o aluno precisa saber o cálculo que, provavelmente, ele não entendeu no dia da explicação. Para resolver, ele vai buscar um vídeo ou qualquer outro meio, mas vai aprender esse cálculo.”O educando define onde, como e  com quem ele aprende, e isso é irreversível”, afirma. Ele ainda completou o pensamento com outro relato: ” Muitas professoras de séries iniciais reclamam que seus alunos dizem o seguinte: –  Professora, eu não sei se eu sei ou não sei, mas me dá o problema que eu resolvo! Ou seja, os alunos não querem saberes decorados. Eles querem aprender o assunto da maneira deles. E isso acontece porque suas mentes funcionam de maneira metacognitivos e entendem o conteúdo através de seu contexto”, diz.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Exemplos de metodologia metacognitiva: Capacidade de juntar áreas do saber diversas para resolver um problema, soluções de problemas, modelagem, simulação e inteligência artificial.[/dropshadowbox]

O problema está, segundo Mota, no fato dos professores não saberem lidar com esse tipo de aluno, configurando-o como problemático, quando na verdade são os verdadeiros profissionais do futuro.  “É um péssimo caminho pegar os verdadeiros talentos e tirar da sala, só porque não se sabe avaliar” reclama o professor. E conclui dizendo que o surgimento do metacognitivo é uma transformação brutal para o entendimento humano. O problema é que a escola tradicional está moldada nas metodologias cognitivas, causando um problema de entendimento, tanto para o professor quanto para o aluno.

Uma metodologia pensada para alunos metacognitivos na prática

Games integram as novas metodologias em sala de aula. Foto: arquivo pessoal

Um projeto chamado Laboratórios de Idéias vem transformando o ambiente escolar de uma universidade em Cruz Alta. De acordo com o professor Ricardo Lauxen ,coordenador do laboratório, o local é responsável por pesquisar, desenvolver, implementar e fomentar o desenvolvimento de metodologias ativas e a sua inclusão dentro da sala de aula. Como exemplo de iniciativa feita pelo projeto está a estratégia de gamificação, um tipo de jogo feito a partir da matéria. Ele é utilizada pelos professores em parceria com o laboratório da seguinte forma: as atividades realizadas pelos alunos passam a valer pontos no game. Estes, podem ser trocados por nota no fim do bimestre. O aluno que conseguir ser o melhor no game e na nota final, ganha certificado de aluno destaque.

Lauxen afirma ser um modelo analógico, mas que os alunos tendem a gostar muito. Ele permite que os estudantes trabalhem com os conteúdos de uma outra perspectiva, incentivando o trabalho em grupo, colaborativo além de incluir o controle de tempo. “Essas iniciativas permitem um ensino ativo onde o professor é parceiro do aluno na construção do conhecimento. Funcionando muito bem em cadeiras tradicionalmente “teóricas” ou que envolvem métodos sofisticados de matemática ou conceitos mais elaborados de algum tema”, afirma ele.

De acordo com a aluna do 4º semestre do curso de Engenharia Civil da Unicruz, Milena Proença, com a ajuda do laboratório de ideias são desenvolvidos jogos de tabuleiro com perguntas das disciplinas e o professor também aplica esses jogos em sala de aula. Os alunos trabalham em equipes para responder às perguntas. Muitas vezes, usam esses jogos para realizar a revisão para as avaliações e, assim, conseguem visualizar suas dificuldades e estudar para a prova. Além disso, durante as aulas, o professor utiliza um programa chamado Socrative, onde ele lança perguntas e os alunos respondem de forma anônima, permitindo que ele veja as porcentagens de acertos e erros, e saber qual conteúdo ele precisa explicar novamente. “Isso estimula muito os alunos a estudar com o objetivo de ganhar” relata a estudante.

Mylena participando de atividades do Laboratório de Idéias. FOTO: Arquivo pessoal

Ricardo relata que o laboratório de idéias surgiu a partir de uma demanda da assessoria pedagógica da instituição.  Em sua opinião, os anos de docência trazem um experiência fantástica, mas trazem consigo a armadilha do comodismo. Nesse sentido, ao invés dos professores repensarem as suas práticas e incorporarem elementos da nova geração, acabam fazendo o contrário, utilizando bibliografias desatualizadas e tentando proibir a entrada de novos elementos em sala de aula como aparelhos eletrônicos.

“O professor precisa aceitar que a sua prática deve ser repensada e incorporar novas tecnologias”, afirma Lauxen, que ressalta uma de suas metodologias de ensino para conteúdo: “Quando preciso utilizar slides, faço uma live a partir do Keynote e cada aluno abre a aula em seu computador, com o ritmo controlado por mim. Ele ainda brinca, “datashow é igual máquina do sono”.

Mylena afirma: “acredito que todas essas formas dinâmicas de ensino me ajudaram a aprender muito mais. Uma aula só falada ou até mesmo com data show se torna muito maçante, muitas vezes fazendo perder o interesse pela matéria”.

As alunas Agnes Barriles e Paola Saldanha, do curso de graduação em Jornalismo, da Unifra, trouxeram projetos ao segundo dia do Sepe, na apresentação de Pôsteres. A programação da tarde do dia 05 de outubro teve os seguintes eixos: Educação e Informação; Artes e Patrimônio Cultural; Sociedade e Ambiente; Nanociências e Tecnologias da Informação e Comunicação.

“Infografias e dados sócio-econômicos na Prova Brasil no Rio Grande do Sul”

Agnes Barriles e o trabalho de pesquisa apresentado na tarde de hoje no XXI SEPE. Fotos: Julie Brum/Labfem

O projeto de Agnes Barriles tem como objetivo analisar os índices sócio-econômicos de pais de alunos do RS e mapear a estrutura familiar, dados estes que influenciam o resultado do aluno na escola e na Prova Brasil. A pesquisa se deu a partir da busca e coleta de dados extraídos das Provas Brasil através do aplicativo Stata.

O trabalho, que iniciou em agosto deste ano, é uma parceria do curso de jornalismo com o mestrado em ensino de humanidades e linguagens (MEHL) e recebe orientação da professora Elsbeth Spode Becker.

“Buscamos entender como a atual crise econômica do Brasil afeta a família e a moradia dos alunos, porque isso afeta, consequentemente, o desenvolvimento dos alunos em um resultado final, que é a Prova Brasil”, disse Agnes.

“A comunicação como fator estratégico: o caso de um ambiente de inovação”

Paola Saldanha interage com os avaliadores do XXI SEPE.

O projeto de Paola Saldanha, sob orientação da professora Solange Fagan (Física Médica), trabalha na criação de um portal de informação para o Ambiente de Inovação (ITEC), inserido no Centro Universitário Franciscano. O ITEC é um ambiente que fornece suporte a projetos de novas empresas.

“Meu projeto é relacionado a comunicação deste ambiente, para que tenham uma plataforma concreta e mais atualizada. A intenção deste portal é facilitar o acesso externo de qualquer pessoa que tenha interesse de conhecê-lo e para o público interno (as empresas que compõe o local, hoje em torno de 19) para facilitar o acesso a documentos, fóruns com outras empresas, agenda para reuniões e palestras, entre outros, para, assim, facilitar a troca de informações”, falou Paola.

Para complementar o projeto, Paola faz pesquisas com cada empresa participante do ITEC buscando identificar as dificuldades de comunicação das mesmas. “Hoje, as empresas participantes do ITEC tem uma ideia diferente em relação à comunicação, percebem que é importante para que o negócio possa se desenvolver”, comentou a acadêmica.

A pesquisa começou em agosto deste ano e Paola tem a previsão de apresentar uma versão mais atualizada em agosto de 2018.

 

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Reitora da UNIFRA, Irmã Iraní Rupolo, parabeniza os premiados do 6º SIC.

Na tarde de quarta feira, 6, no hall do prédio 15, durante o XX SEPE,  ocorreu o lançamento de produções científicas e tecnológicas desenvolvidas por professores e alunos e a premiação dos trabalhos do 6º Salão de Iniciação Centífica (SIC), evento que é promovido anualmente e, neste ano, ocorreu nos dias 1 e 2 de junho. O SIC têm como objetivo divulgar, integrar e avaliar a pesquisa acadêmica em nível institucional, assim como promover a discussão dos trabalhos desenvolvidos e propiciar a integração científica e tecnológica da instituição, identificando os trabalhos que mais se destacam em suas áreas de conhecimento.

Lançamento de produções científicas e tecnológicas

A cartilha Educativa “Toda mulher têm direito a uma gravidez saudável e um parto seguro”, da professora mestranda Amália Lucia Machry Santos e Martha Helena Teixeira de Souza. Que trata sobre a violência obstétrica.

O livro “Solo do Rio Grande do Sul e sua relação com o clima”, de Elsbeth Léia Spode Becker, Galileo Adeli Buriol e Nereu Augusto Streck. Trazendo um estudo que serve para futuras pesquisas na àrea.

O mapa “Cartografia de Santa Maria: diálogos entre traços, imagens e texto”, de Lia Margot Donelles Viero. Que trás os mapas bases históricos, utilizados para o registro da cartografia antes da era digital.

O livro “Ensaios sobre gestão”, de Mateus Sangoi Frozza, Vanessa Almeira da Silva e Luiz Henrique Figuera Marquezan. Um livro interdisciplinar que une as áreas da economia.

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Professora de design Laura Viviane Pupim (à esquerda) e Laura Rahmeier e Nadiesca Fillippin apresentam os modelos de órgãos humanos feitos pela impressora 3D.  (Fotos: Gabriela Agertt/ Lab. fotografia e memória)

O E-book “Estudo das mídias: comunicação móvel e mobilização social”, de Taís Steffenello Ghisleni, Maicon Elias Kroth e Luciana Menezes de Carvalho. É o 6º volume de estudos resultados do LAPEC

E os cursos de design e fisioterapia produziram material didático a partir da impressão 3D de modelos de órgãos humanos, um cérebro, um coração em tamanho real e dois neurônios. Para melhor interação do aluno com as aulas de anatomia, projeto das professoras de fisioterapia Laura Rahmeier e Nadiesca Filippin junto à professora de design Viviane Marcello Pupim e Taiane Elesbão Tabarelli.

Premiação dos trabalhos do VI Salão de Iniciação Científica (SIC)

A Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão (PRPGPE) utiliza como processo de avaliação a assiduidade nas postagens das tarefas mensais no Ambiente Virtual de Aprendizagem (MOODLE), a frequência nas palestras e oficinas propostas pela PRPGPE, as apresentações parciais do andamento dos projetos e a nota da do VI SIC. Após esse processo, os 88 projetos avaliados foram distribuídos por eixo temático, que são: Inovação e tecnologia em saúde ; Processos, produtos e equipamentos ; Promoção e educação em saúde ; Sociedade e ambiente ; Tecnologias de informação e comunicação ; Educação e inovação ; Empreendedorismo ; Gestão de processos organizacionais ; Identidades, artes e patrimônio cultural ; Nanociências ; Direitos humanos e diversidade da ética e cidadania à responsabilidade e Atenção integral a saúde.  A qualidade dos trabalhos marcou a 6ª edição do SIC, demonstrando o aprimoramento da pesquisa científica e tecnológica na instituição.

Confira a lista dos premiados abaixo:

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Luciane Najar Smeha palestrou sobre o vicio em tecnologia, e games onlines, apresentando os sintomas dos “viciados”. Fotos: Ticiana Leal - Laboratório de Fotografia e Memória
Luciane Najar Smeha palestrou sobre o vicio em tecnologia, e games onlines, apresentando os sintomas dos “viciados”. Fotos: Ticiana Leal – Laboratório de Fotografia e Memória

Nesta manhã,08, ocorreu mais uma palestra, do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, SEPE, no Centro Universitário Franciscano. Luciane Najar Smeha psicóloga e professora no curso de Psicologia da Unifra palestrou sobre o vício em tecnologia e games onlines, apresentando os sintomas dos “viciados”, e possíveis soluções para esse vício.

Luciane contou que os sintomas de um viciado “na vida online” são basicamente semelhantes aos de um viciado em uma droga, “o principal e primeiro sintoma que vimos, é o da perda da noção de tempo.  Vamos ficar 5 minutos e perdemos horas ali”, completa a palestrante.

O tratamento para o vício da internet é considerado mais complexo que o de drogas como a cocaína, pois não tira totalmente o “produto” do usuário, mas sim o reeduca para usar de forma equilibrada. “Devemos controlar a tecnologia, para ela não nos controlar”, disse Luciane no encerramento da palestra.

 

Ocorre nesta quarta–feira (5) nova etapa do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão–SEPE. Com o objetivo de compartilhar experiências e promover o debate em volta do tema: Olhares sustentáveis em favor da vida. Os palestrantes serão Ana Carla Fonseca, coordenadora de cursos de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas/SP, e Alejandro Castañé, atuante em estratégia, desenvolvimento urbano, turismo e educação.

A 3ª Conferência Cidades Criativas e Inteligência Coletiva–A Cidade por Nós Mesmos será no Salão de Atos, Conjunto I do Centro Universitário Franciscano, às 19h.

Por Andressa Marin.

Na noite da última quinta-feira, 18, ocorreu a segunda conferência do XIX Simpósio​ de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe), no Salão de Atos do Prédio I do Conjunto I, do Centro Universitário Franciscano, Andradas (1614), com a abordagem: “Olhares Sustentáveis em favor da vida”. O conferencista frei Luiz Turra apresentou o tema “Espiritualidade: dimensão essencial da vida”, sob a coordenação do professor Valdir Pretto.

O frei Luiz Turra explanou sobre Espiritualidade e, em um dos momentos da palestra, ressaltou o período que estamos vivenciando. “Estamos vivendo uma mudança de época. Ela nos persegue de dia e noite. Estamos vivendo uma mudança. Estamos passando da modernidade. Estamos vivendo a Pós-modernidade”, comentou.

Em outro momento, o conferencista explicou a essência da espiritualidade e sua importância para o desenvolvimento humano. “Espiritualidade nos dá uma consequência de identificação. Ela nos humaniza, nos torna sociáveis. Pela espiritualidade a pessoa consegue entregar o negativo e aprende a viver.”. Declara ainda que,  “espiritualidade deve brotar de dentro, é uma sintonia, uma liberdade”.

Padre há quase 50 anos, frei Luiz Turra pontuou as diferenças de espiritualidades. “A espiritualidade cristã é uma espiritualidade de discípulo, de quem quer aprender. Não se começa a ser cristão por uma ideia ou por uma decisão médica, mas sim por um encontro com Jesus Cristo. A espiritualidade cristã é uma espiritualidade libertadora, comprometida, vai gerando convívio, amizades, alegria. A espiritualidade de comunhão é uma espiritualidade de amor”, explanou. O religioso exemplificou a espiritualidade de comunhão parafraseando a carta escrita pelo Papa Francisco: “só quem ama, cuida da casa. Casa essa que é o mundo”. Antes de concluir a palestra, Frei Luiz destacou: “o mais triste do mundo é perder o senso de encantamento. A espiritualidade é uma essência de Deus”.

A segunda etapa da conferência foi coordenada pelo professor do Centro Universitário Franciscano Valdir Pretto, que mediou a participação do público. A reitora da instituição, irmã Iraní Rupolo, agradeceu a participação do palestrante: “Estamos muito felizes em ouvi-lo”. E salientou: “para nós, educar é humanizar. Não tem como educar sem espiritualizar”.

O frei, ao ser questionado sobre as dificuldades de ensinar os jovens, postula: “a geração jovem é mais disposta à massificação e se deixa facilmente ‘arrancar-se’. Trabalhar a espiritualidade com o jovem é trabalhar com o contato. O jovem é mais disperso. A musicoterapia é uma solução”. Ao fim, o professor Valdir Pretto concluiu “espiritualidade nos ajuda a nos manter humanizados”.

 Por Victória Luiza para a disciplina de Jornalismo Online

Ocorreu na noite da última quinta-feira, 18, mais um encontro do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), que, neste ano, tem com o tema “Olhares sustentáveis em favor da vida”. Com a pauta “Espiritualidade: dimensão essencial da vida”, o palestrante frei Luiz Turra iniciou sua fala cantando “Vemos tão pouco com os nossos olhos / Ouvimos tão pouco com nossos ouvidos / É limitado o alcance dos sentimos / Só vemos bem com o coração”, onde expôs suas crenças no que diz respeito a conhecer a própria vida “por dentro”, ao invés de deixar-se levar: “É diferente eu me massificar, ser Maria vai com as outras, e ser sociável mantendo minha autenticidade”, explica.

Para o frei, não estamos vivendo uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Esse é um dos motivos pelos quais a Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano, Solange Binotto Fagan, acredita que falar sobre espiritualidade é extremamente pertinente: “Falar sobre olhares sustentáveis não é falar só sobre um olhar econômico ou ambiental, mas também falar sobre essa visão do todo, da vida e do sentido da vida”, revela Solange. A Pró-reitora ressalta que é preciso trabalhar, dentro da sustentabilidade, a não violência, a cultura da paz e a cultura da humanidade, temas bastante atuais dentro da “mudança de época” citada pelo Frei Turra.

Também foram abordadas as esferas relativas à lógica do consumo, ao da transcendência e do amor e a conexão com a liberdade absoluta, assuntos necessários para que a sociedade não só lamente o que está errado, mas, principalmente, encontre-se com o que está certo. Frei Turra, padre à quase 50 anos, salienta que um dos grandes males do mundo atual – também no espaço religioso – é o fanatismo, e que de nada vale considerar-se altamente espiritualizado por rezar, se você não é capaz de sorrir para os outros quando sai de casa: “Que espiritualidade é essa que não sorri?”. Quando questionado sobre a obrigatoriedade de rezar e frequentar a missa, ele responde: “Alguém é obrigado a viver? A gente vive por amor!”.

O SEPE propõe debates atuais e de temas transversais, onde o resultado reflete na comunidade, de uma forma ampla, mas também na formação do estudante, dia após dia. Tratar de olhares sustentáveis e espiritualidade não significa estudar o cristianismo, o budismo ou o judaísmo, mas compreender que toda espiritualidade é a busca da humanização.

 

Por Manuela Fantinel para a disciplina de Jornalismo Online