A palestra “Segurança e garantia de qualidade dos produtos cosméticos” foi o tema nesta sexta-feira, 05, no XXII Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão. Maria Inês Harris, do Instituto Harris, de São Paulo, explicou para os professores e alunos presentes o seu trabalho no mercado de avaliação de segurança de produtos cosméticos. Harris é doutora em Química e tem pós-doutorado em Toxicologia Celular e Molecular de Radicais Livres e em Lesões de Ácidos Nucleicos.
Baseados em dados e pesquisas, a doutora apresentou seu serviços de avaliação de segurança de produtos cosméticos. Ela afirma que o mercado de cosméticos ainda tem muito a percorrer em termos de segurança de produtos.
Segundo Harris, um produto cosmético que se expandiu devido à estética foi a tatuagem de henna. Ao contrário da henna natural, que raramente traz complicações e sua cor original é marrom, a henna negra pode causar reações alérgicas e queimaduras devido ao pigmento da cor preta usada.
Outro produto cosmético que pode causar uma doença é a tinta capilar. De acordo com a Harris, a tinta aumenta em 23% a chance de câncer de mama e, nas gestantes pode interferir no desenvolvimento da criança. Além disso, para o sexo masculino, causa um conjunto de ameaça à saúde reprodutiva, câncer de próstata e infertilidade masculina na vida adulta.
Além disso, os produtos cosméticos, como higiene pessoal e perfumes, pode provocar algum tipo de toxicidade na pele após a primeira aplicação ou em decorrência da continuidade do uso. A toxicidade é determinada por dois danos tecidual: agudo ou crônico. O agudo provoca uma irritação na região aplicada e a crônica, além de provoca uma irritação, ela causa sensibilidade, fotossensibilidade e toxidade sistêmica.
Conforme Harris, os metais pesados, como o chumbo e o mercúrio, podem estar presentes nos produtos cosméticos causando problemas de saúde. “Os metais pesados prejudicam no desenvolvimento mental, ou seja, toxicando o cérebro e tendo um comportamento agressivo nas pessoas”, diz a doutora. Para concluir, Harris afirma que não importa as etapas em que os produtos cosméticos estejam, segundo ela, “tanto no desenvolvimento como na produção, na comercialização e no destino, o produto pode estar contaminado”.
Foto: Thayane Rodrigues