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Santa Maria, RS, Brazil

A peregrina do Yoga

 A carioca Helena Dantas Tavares Salaverry, 82 anos, pioneira de Yoga no Rio Grande do Sul, faz de sua vida uma distribuição de conhecimentos pelos lugares onde passa.

Há dois meses, a professora está em Santa Maria, onde ministra aulas no Centro de Yoga Sérgio R. A Prestes. Helena, que praticava Yoga desde a infância, introduziu a técnica no Rio Grande do Sul com aulas na Associação Teosófica, nos anos 60.

 Segundo ela, para entender o Yoga é necessário ter conhecimentos de filosofia, anatomia, fisiologia e química orgânica dos alimentos.  Acredita que eletricidade demais pode prejudicar a pele, por isso tenta manter-se longe de luzes de mercúrio, é contra ar-condicionado por causa dos ácaros extraídos do meio ambiente.

 Helena só toma banho frio e acredita que temos que ter o domínio do nosso corpo. “Com toda nossa vida sedentária, somos sedentários pela maneira que comemos, respiramos, nos acomodamos. Como não conseguimos fazer uma coisa que uma pessoa faz a 3200 metros de altura, no Himalaia, e que não sente frio, porque sabe usar o corpo. Veja bem, então, temos que adaptá-lo ao nosso Brasil, não é?”, analisa. Ela utiliza baldes que a fazem lembrar de cachoeiras e confessa que para ela é muito prazeroso. Diz que é nos pequeninos detalhes que encontramos a paz.

Helena define Yoga com um conhecimento do corpo e acredita que a técnica traz ética para a vida, pensamentos, palavras e obras. Diz que é uma dedicação à vida, ter tempo para ela, ver a beleza nas coisas. Afirma que o yoga trouxe para ela uma facilidade maior de ser feliz, de saber se controlar, controlar as emoções, porque é nelas que estão os problemas.

História de vida

Helena foi casada, tem dois filhos, se formou em balé clássico pelo Teatro Municipal de São Paulo. Graduou-se em letras em São Paulo e, nos anos 60, veio para Porto Alegre, onde começou suas atividades com yoga.

Depois que seu marido faleceu, sentiu a necessidade de expandir suas vivências com o yoga e foi aí que começou a “peregrinar”. Ela muda constantemente de moradia, vai a lugares onde a convidam, por isso chegou a Santa Maria há dois meses e não sabe até quando será sua permanência, tudo depende da próxima proposta que receber.

Antes de chegar em Santa Maria, Helena estava em Santos num protesto contra os madeireiros piratas da floresta Amazônica junto com o grupo ativista Greenpeace. Além desta ONG, Helena pertence a outras entidades, como a Associação dos Professores de Yoga, Associação Teosófica, Associação Macrobiótica, casas de poetas e ainda é escoteira.

“Acredito que as atividades façam parte do yoga. As pessoas têm uma idéia pré-concebida que Yoga é simplesmente sentar e meditar. Para mim, é muito mais que isso, Yoga é ação”, finaliza.

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória 

 

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2 respostas

  1. Boa noite!
    Estou a procura dos parentes da Dona Helena ela está muito mal de saúde.
    Espero que alguém poça me ajudar.
    Desde já agradeço.

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 A carioca Helena Dantas Tavares Salaverry, 82 anos, pioneira de Yoga no Rio Grande do Sul, faz de sua vida uma distribuição de conhecimentos pelos lugares onde passa.

Há dois meses, a professora está em Santa Maria, onde ministra aulas no Centro de Yoga Sérgio R. A Prestes. Helena, que praticava Yoga desde a infância, introduziu a técnica no Rio Grande do Sul com aulas na Associação Teosófica, nos anos 60.

 Segundo ela, para entender o Yoga é necessário ter conhecimentos de filosofia, anatomia, fisiologia e química orgânica dos alimentos.  Acredita que eletricidade demais pode prejudicar a pele, por isso tenta manter-se longe de luzes de mercúrio, é contra ar-condicionado por causa dos ácaros extraídos do meio ambiente.

 Helena só toma banho frio e acredita que temos que ter o domínio do nosso corpo. “Com toda nossa vida sedentária, somos sedentários pela maneira que comemos, respiramos, nos acomodamos. Como não conseguimos fazer uma coisa que uma pessoa faz a 3200 metros de altura, no Himalaia, e que não sente frio, porque sabe usar o corpo. Veja bem, então, temos que adaptá-lo ao nosso Brasil, não é?”, analisa. Ela utiliza baldes que a fazem lembrar de cachoeiras e confessa que para ela é muito prazeroso. Diz que é nos pequeninos detalhes que encontramos a paz.

Helena define Yoga com um conhecimento do corpo e acredita que a técnica traz ética para a vida, pensamentos, palavras e obras. Diz que é uma dedicação à vida, ter tempo para ela, ver a beleza nas coisas. Afirma que o yoga trouxe para ela uma facilidade maior de ser feliz, de saber se controlar, controlar as emoções, porque é nelas que estão os problemas.

História de vida

Helena foi casada, tem dois filhos, se formou em balé clássico pelo Teatro Municipal de São Paulo. Graduou-se em letras em São Paulo e, nos anos 60, veio para Porto Alegre, onde começou suas atividades com yoga.

Depois que seu marido faleceu, sentiu a necessidade de expandir suas vivências com o yoga e foi aí que começou a “peregrinar”. Ela muda constantemente de moradia, vai a lugares onde a convidam, por isso chegou a Santa Maria há dois meses e não sabe até quando será sua permanência, tudo depende da próxima proposta que receber.

Antes de chegar em Santa Maria, Helena estava em Santos num protesto contra os madeireiros piratas da floresta Amazônica junto com o grupo ativista Greenpeace. Além desta ONG, Helena pertence a outras entidades, como a Associação dos Professores de Yoga, Associação Teosófica, Associação Macrobiótica, casas de poetas e ainda é escoteira.

“Acredito que as atividades façam parte do yoga. As pessoas têm uma idéia pré-concebida que Yoga é simplesmente sentar e meditar. Para mim, é muito mais que isso, Yoga é ação”, finaliza.

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória