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Santa Maria, RS, Brazil

Alternativas para o Cinema Comercial em Santa Maria

Santa Maria tem um passado cinematográfico rico se for levado em consideração o fato de ser uma cidade interiorana. Existiram os Cines Coliseu, Independência, Imperial e Odeon. Atualmente, a cidade conta com quatro salas de cinema, todas em shoppings.

A advogada e cinéfila, Luísa Müller, acrescenta: “hoje, as salas são muito pequenas e os filmes que vêm são exclusivamente comerciais. Perdeu-se aquele ritual de ir ao cinema só para ver filme”, lamenta. No entanto, há consumidores que preferem cinemas de shopping, como a estudante Mariana Zanon: “não acho que os cinemas de shopping sejam ruins, até prefiro porque são mais seguros. O que me parece é que os cinemas de antigamente pareciam dar mais valor aos filmes”, comenta.


As quatro salas de cinema de Santa Maria são de responsabilidade da empresa Sul Projeção Cinematográfica. O responsável pela programação cinematográfica, Nilo Bonfim, explica que “todos os filmes que chegam à empresa vêm de diferentes distribuidoras como Warner, Fox, Paramount. Na verdade, não temos o controle de que filmes virão. Cabe a nós apenas a distribuição pelo interior do estado”. 
 

Alternativas

É bastante questionado o fato da “quase exclusividade” de produções norte-americanas nas “telonas” dos cinemas santa-marienses. O cineclube é uma das alternativas para quem tem interesse em cinema e busca conhecer produções de outros países.
 

De acordo com a história da cidade, a tradição de clubes de cinema em Santa Maria vem desde os anos 50, quando Edmundo Cardoso, diretor, ator teatral e historiador, coordenou por 10 anos o Clube de Cinema de Santa Maria.
 

Na década de 60 e 70, Cineclubes foram fundados em escolas de Santa Maria, reunindo os fãs da arte cinematográfica. Muitos dos freqüentadores da época já começavam a produzir filmes, principalmente, de curta-metragem. Em 1979, foi fundado na cidade o Cineclube Lanterninha Aurélio, que tem esse nome em homenagem a um profissional que trabalhava no Cine Imperial.
 

Em 2004, instalou-se o Cineclube Unifra, do Centro Universitário Franciscano. O cineclube da Unifra é uma atividade acadêmica dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, sem fins lucrativos. A principal finalidade da atividade é discutir cinema e contribuir para a formação de um público crítico.
 

Outra alternativa que conquista muitos consumidores é a vídeo locadora. “Talvez pela comodidade de ver filme em casa é que procuro as locadoras. Mas, ainda assim, dependemos do estabelecimento para escolhermos ‘nosso cardápio’ de cinema”, conta a médica Jeanise Dal Bosco. “E comprar pela internet – que também é uma alternativa – acaba saindo muito caro”, completa.
 

A popularização do DVD no Brasil, a partir de 2001, o torna definitivamente sucessor do VHS. Diferente do VHS, o DVD permite acessar qualquer parte do filme, não deteriora tão facilmente, tem imagem e som infinitamente superiores, ocupa menos espaço e pode ser recheado de extras que compensam ao consumidor final a compra do produto.
 

O proprietário de uma locadora exclusiva de DVDs, em Santa Maria, Gustavo Krüeger Iop, afirma que procura sempre adquirir os volumes de filmes que não vêm aos cinemas da cidade. “Procuramos comprar os DVDs de filmes europeus e latinos porque conhecemos o nosso consumidor. Há sempre quem queira locar os filmes comerciais, mas temos um público que embora menor é bastante fiel aos filmes fora dos ciclos de cinema”, comenta. “Na verdade, eu não sei se é porque os filmes não vêm ao cinema ou se é porque são em DVD que eu acabo locando filmes europeus”, comenta o consumidor, Mariano Trevisán.

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Santa Maria tem um passado cinematográfico rico se for levado em consideração o fato de ser uma cidade interiorana. Existiram os Cines Coliseu, Independência, Imperial e Odeon. Atualmente, a cidade conta com quatro salas de cinema, todas em shoppings.

A advogada e cinéfila, Luísa Müller, acrescenta: “hoje, as salas são muito pequenas e os filmes que vêm são exclusivamente comerciais. Perdeu-se aquele ritual de ir ao cinema só para ver filme”, lamenta. No entanto, há consumidores que preferem cinemas de shopping, como a estudante Mariana Zanon: “não acho que os cinemas de shopping sejam ruins, até prefiro porque são mais seguros. O que me parece é que os cinemas de antigamente pareciam dar mais valor aos filmes”, comenta.


As quatro salas de cinema de Santa Maria são de responsabilidade da empresa Sul Projeção Cinematográfica. O responsável pela programação cinematográfica, Nilo Bonfim, explica que “todos os filmes que chegam à empresa vêm de diferentes distribuidoras como Warner, Fox, Paramount. Na verdade, não temos o controle de que filmes virão. Cabe a nós apenas a distribuição pelo interior do estado”. 
 

Alternativas

É bastante questionado o fato da “quase exclusividade” de produções norte-americanas nas “telonas” dos cinemas santa-marienses. O cineclube é uma das alternativas para quem tem interesse em cinema e busca conhecer produções de outros países.
 

De acordo com a história da cidade, a tradição de clubes de cinema em Santa Maria vem desde os anos 50, quando Edmundo Cardoso, diretor, ator teatral e historiador, coordenou por 10 anos o Clube de Cinema de Santa Maria.
 

Na década de 60 e 70, Cineclubes foram fundados em escolas de Santa Maria, reunindo os fãs da arte cinematográfica. Muitos dos freqüentadores da época já começavam a produzir filmes, principalmente, de curta-metragem. Em 1979, foi fundado na cidade o Cineclube Lanterninha Aurélio, que tem esse nome em homenagem a um profissional que trabalhava no Cine Imperial.
 

Em 2004, instalou-se o Cineclube Unifra, do Centro Universitário Franciscano. O cineclube da Unifra é uma atividade acadêmica dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, sem fins lucrativos. A principal finalidade da atividade é discutir cinema e contribuir para a formação de um público crítico.
 

Outra alternativa que conquista muitos consumidores é a vídeo locadora. “Talvez pela comodidade de ver filme em casa é que procuro as locadoras. Mas, ainda assim, dependemos do estabelecimento para escolhermos ‘nosso cardápio’ de cinema”, conta a médica Jeanise Dal Bosco. “E comprar pela internet – que também é uma alternativa – acaba saindo muito caro”, completa.
 

A popularização do DVD no Brasil, a partir de 2001, o torna definitivamente sucessor do VHS. Diferente do VHS, o DVD permite acessar qualquer parte do filme, não deteriora tão facilmente, tem imagem e som infinitamente superiores, ocupa menos espaço e pode ser recheado de extras que compensam ao consumidor final a compra do produto.
 

O proprietário de uma locadora exclusiva de DVDs, em Santa Maria, Gustavo Krüeger Iop, afirma que procura sempre adquirir os volumes de filmes que não vêm aos cinemas da cidade. “Procuramos comprar os DVDs de filmes europeus e latinos porque conhecemos o nosso consumidor. Há sempre quem queira locar os filmes comerciais, mas temos um público que embora menor é bastante fiel aos filmes fora dos ciclos de cinema”, comenta. “Na verdade, eu não sei se é porque os filmes não vêm ao cinema ou se é porque são em DVD que eu acabo locando filmes europeus”, comenta o consumidor, Mariano Trevisán.