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Santa Maria, RS, Brazil

Atleta santa-mariense é exemplo de sucesso

Os bons desempenhos dos atletas de Santa Maria em competições nacionais e internacionais provam o resultado positivo do Projeto Canoagem na Escola. Um bom exemplo é a canoísta Naiane Pereira, 22 anos. A atleta deu as primeiras remadas no Parque Náutico, entre 2000 e 2003. A boa participação tem levado Naiane a representar a Seleção Brasileira Feminina de Canoagem desde 2004, ano em que a equipe foi criada.

A santa-mariense é a 1ª colocada no ranking nacional e ostenta títulos e boas campanhas em competições de alto nível, como a Copa do Mundo de Canoagem. Em 2004, a canoísta ficou em 4º no Pan-Americano. O ano seguinte veio com os títulos sul-americano e brasileiro. A consagração no cenário nacional veio com o bicampeonato brasileiro em 2006.

Atualmente, Naiane reside em Caxias do Sul, onde cursa Educação Física na UCS e divide seu tempo entre os estudos e a Seleção Brasileira. Em breve visita a Santa Maria, a atleta, representante do Clube Comercial, falou sobre sua passagem pelo Projeto Canoagem na Escola e a ascensão na carreira.

– Como você entrou em contato com a canoagem?
Naiane –
Eu praticava montanhismo com meus amigos no Morro do Cechela. Um dia, observamos um pessoal remando na barragem. O Parque Náutico nos recebeu e eu já saí remando. No primeiro dia, acho que remei uns três quilômetros.

– O que mudou quando passou a integrar o Canoagem na Escola?
Naiane – Com o projeto, a gente teve um treinamento mais específico, para rendimento, em competições. Logo na primeira semana que comecei a remar, já competi numa maratona de 12 quilômetros, em Restinga Seca, no Passo das Tunas. Fiquei em terceiro lugar e eram três participantes. Mas, eu completei a prova. A partir daí, comecei a disputar competições de nível estadual e nacional, com um treinamento específico no clube.

– Como é a luta por patrocínio?
Naiane – A canoagem feminina não vendeu seu produto ainda, pois é recente. A Seleção Feminina existe desde 2004, e a gente ainda não teve um resultado muito significativo pra exigir patrocínio. Claro que é bom ser reconhecida, ter patrocínio. Isso é importante. Por enquanto é difícil, mas estamos batalhando pra mudar essa história.

Até que ponto a falta de patrocínio pode prejudicar um atleta?
Naiane – Ano passado, fui participar do Mundial, na Croácia e fiquei sabendo apenas uma semana antes. Eu nem estava treinando para a competição. A proporção de homens que vão nas embarcações internacionais é maior em relação às mulheres. Os homens têm mais bagagem na história da canoagem. Nessa Copa do Mundo, aconteceu diferente. Como a gente conseguiu uma parceria com a prefeitura de Caxias, nossa viagem foi custeada e só a equipe feminina embarcou. O patrocínio é importante para as viagens, senão nem teríamos participado. Tem que ganhar experiência em competição, ainda mais internacional.

O que o Comitê Olímpico Brasileiro oferece aos atletas?

Naiane – Com o COB, a gente tem plano de saúde, plano odontológico, equipe técnica. Nós recebemos ajuda de custo mensal que o COB paga. Temos os melhores materiais possíveis.

Como você define a canoagem?
Naiane – A canoagem é um esporte que exige muito. O material é caro e o frio afasta as pessoas. Tem que ser guerreiro. No momento que a pessoa se apega, fica difícil abandonar. Eu já tentei muitas vezes parar, mas não conseguia largar de mão. É um esporte bem complexo e único.

O que o esporte acrescentou na sua vida?

Naiane – Aprendi a ser responsável, disciplinada, educada, conheci muitas culturas e tradições. Até hoje eu aprendo muito com o esporte.

Como era a estrutura da canoagem na cidade quando você entrou no projeto?

Naiane – Acho que foi o auge da canoagem em Santa Maria. A gente contava com treinador, as viagens eram todas financiadas. Ganhamos materiais ótimos, barcos novos, remos. O projeto incentivou bastante a canoagem.

Qual a importância do reconhecimento do desempenho dos canoístas de Santa Maria?

Naiane – Aos poucos, estamos sendo reconhecidos. O pessoal daqui já chega e pergunta: “Tu não é a ‘canoeira’ ou ‘canoísta’?”. Tem bastante gente que reconhece. Uma ex-professora minha comentou que leu no jornal a respeito. Estamos ganhando espaço na imprensa também.

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Os bons desempenhos dos atletas de Santa Maria em competições nacionais e internacionais provam o resultado positivo do Projeto Canoagem na Escola. Um bom exemplo é a canoísta Naiane Pereira, 22 anos. A atleta deu as primeiras remadas no Parque Náutico, entre 2000 e 2003. A boa participação tem levado Naiane a representar a Seleção Brasileira Feminina de Canoagem desde 2004, ano em que a equipe foi criada.

A santa-mariense é a 1ª colocada no ranking nacional e ostenta títulos e boas campanhas em competições de alto nível, como a Copa do Mundo de Canoagem. Em 2004, a canoísta ficou em 4º no Pan-Americano. O ano seguinte veio com os títulos sul-americano e brasileiro. A consagração no cenário nacional veio com o bicampeonato brasileiro em 2006.

Atualmente, Naiane reside em Caxias do Sul, onde cursa Educação Física na UCS e divide seu tempo entre os estudos e a Seleção Brasileira. Em breve visita a Santa Maria, a atleta, representante do Clube Comercial, falou sobre sua passagem pelo Projeto Canoagem na Escola e a ascensão na carreira.

– Como você entrou em contato com a canoagem?
Naiane –
Eu praticava montanhismo com meus amigos no Morro do Cechela. Um dia, observamos um pessoal remando na barragem. O Parque Náutico nos recebeu e eu já saí remando. No primeiro dia, acho que remei uns três quilômetros.

– O que mudou quando passou a integrar o Canoagem na Escola?
Naiane – Com o projeto, a gente teve um treinamento mais específico, para rendimento, em competições. Logo na primeira semana que comecei a remar, já competi numa maratona de 12 quilômetros, em Restinga Seca, no Passo das Tunas. Fiquei em terceiro lugar e eram três participantes. Mas, eu completei a prova. A partir daí, comecei a disputar competições de nível estadual e nacional, com um treinamento específico no clube.

– Como é a luta por patrocínio?
Naiane – A canoagem feminina não vendeu seu produto ainda, pois é recente. A Seleção Feminina existe desde 2004, e a gente ainda não teve um resultado muito significativo pra exigir patrocínio. Claro que é bom ser reconhecida, ter patrocínio. Isso é importante. Por enquanto é difícil, mas estamos batalhando pra mudar essa história.

Até que ponto a falta de patrocínio pode prejudicar um atleta?
Naiane – Ano passado, fui participar do Mundial, na Croácia e fiquei sabendo apenas uma semana antes. Eu nem estava treinando para a competição. A proporção de homens que vão nas embarcações internacionais é maior em relação às mulheres. Os homens têm mais bagagem na história da canoagem. Nessa Copa do Mundo, aconteceu diferente. Como a gente conseguiu uma parceria com a prefeitura de Caxias, nossa viagem foi custeada e só a equipe feminina embarcou. O patrocínio é importante para as viagens, senão nem teríamos participado. Tem que ganhar experiência em competição, ainda mais internacional.

O que o Comitê Olímpico Brasileiro oferece aos atletas?

Naiane – Com o COB, a gente tem plano de saúde, plano odontológico, equipe técnica. Nós recebemos ajuda de custo mensal que o COB paga. Temos os melhores materiais possíveis.

Como você define a canoagem?
Naiane – A canoagem é um esporte que exige muito. O material é caro e o frio afasta as pessoas. Tem que ser guerreiro. No momento que a pessoa se apega, fica difícil abandonar. Eu já tentei muitas vezes parar, mas não conseguia largar de mão. É um esporte bem complexo e único.

O que o esporte acrescentou na sua vida?

Naiane – Aprendi a ser responsável, disciplinada, educada, conheci muitas culturas e tradições. Até hoje eu aprendo muito com o esporte.

Como era a estrutura da canoagem na cidade quando você entrou no projeto?

Naiane – Acho que foi o auge da canoagem em Santa Maria. A gente contava com treinador, as viagens eram todas financiadas. Ganhamos materiais ótimos, barcos novos, remos. O projeto incentivou bastante a canoagem.

Qual a importância do reconhecimento do desempenho dos canoístas de Santa Maria?

Naiane – Aos poucos, estamos sendo reconhecidos. O pessoal daqui já chega e pergunta: “Tu não é a ‘canoeira’ ou ‘canoísta’?”. Tem bastante gente que reconhece. Uma ex-professora minha comentou que leu no jornal a respeito. Estamos ganhando espaço na imprensa também.