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Cães são envenenados em Santa Maria

Maltratar ou praticar qualquer tipo de abuso contra animais é crime passível de multa e de três meses de detenção, isso é garantido pelo artigo 33 da Lei de Crimes Ambientais.

Em vários pontos de Santa Maria, desde o segundo semestre de 2005, houve um considerável número de cães mortos por envenenamento. Os responsáveis ainda não foram identificados.

 A família Noal, que mora no bairro residencial Duque de Caxias, teve quatro cachorros mortos, o último caso foi há três meses. Em dois cachorros dessa família foram feitos exames toxicológicos, que apontaram a presença de chumbinho, veneno utilizado por agricultores para combater lagartas, no organismo desses cães. Segundo um dos proprietários dos animais, o empresário Luiz Antônio Noal, o veneno é atirado para o pátio dentro de uma lingüiça, que é ingerida pelo animal, causando a morte em algumas horas. O motivo dos crimes é desconhecido. “É infundada a matança, os meus cachorros dormem dentro de casa, não ficam na rua durante a noite”, conclui Noal.

Como meio de prevenção, Noal adotou uma medida: não deixar os cães irem desacompanhados para o pátio. O empresário diz que depois do que aconteceu, a família ficou traumatizada. “Qualquer tosse, dos cachorros, já é motivo de preocupação”, conta. O empresário cogitou inclusive a possibilidade mudar de endereço.

A família Noal não é a única do bairro residencial Duque de Caxias que passou por isso. Vários cães da região foram envenenados. Engana-se quem pensa que os cachorros de apartamento estão seguros. Alguns dos que foram mortos por envenenamento moravam em prédios.

Venenos
Os principais venenos usados são estricnina, chumbinho e dessecante, este último causa perda de líquidos, levando a morte do animal. Produtos como estes deveriam ter a venda controlada pelo Ministério da Agricultura, mas são vendidos livremente em estabelecimentos comerciais. Segundo uma veterinária que não quis se identificar, eles são comercializados até mesmo nos camelos.

Estes venenos são nocivos para o meio ambiente. A estricnina, por exemplo, demora cerca 50 anos para se decompor e perder seu poder de destruição.

Atos desumanos como estes acontecem há muito tempo na cidade.  Cerca de três anos atrás, a moradora do parque Pinheiro Machado, Liziane Pereira, teve uma cadela, da raça pastor alemão, intoxicada com estricnina e outra ficou ferida depois que deram a ela rapadura com cacos de vidro.

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Maltratar ou praticar qualquer tipo de abuso contra animais é crime passível de multa e de três meses de detenção, isso é garantido pelo artigo 33 da Lei de Crimes Ambientais.

Em vários pontos de Santa Maria, desde o segundo semestre de 2005, houve um considerável número de cães mortos por envenenamento. Os responsáveis ainda não foram identificados.

 A família Noal, que mora no bairro residencial Duque de Caxias, teve quatro cachorros mortos, o último caso foi há três meses. Em dois cachorros dessa família foram feitos exames toxicológicos, que apontaram a presença de chumbinho, veneno utilizado por agricultores para combater lagartas, no organismo desses cães. Segundo um dos proprietários dos animais, o empresário Luiz Antônio Noal, o veneno é atirado para o pátio dentro de uma lingüiça, que é ingerida pelo animal, causando a morte em algumas horas. O motivo dos crimes é desconhecido. “É infundada a matança, os meus cachorros dormem dentro de casa, não ficam na rua durante a noite”, conclui Noal.

Como meio de prevenção, Noal adotou uma medida: não deixar os cães irem desacompanhados para o pátio. O empresário diz que depois do que aconteceu, a família ficou traumatizada. “Qualquer tosse, dos cachorros, já é motivo de preocupação”, conta. O empresário cogitou inclusive a possibilidade mudar de endereço.

A família Noal não é a única do bairro residencial Duque de Caxias que passou por isso. Vários cães da região foram envenenados. Engana-se quem pensa que os cachorros de apartamento estão seguros. Alguns dos que foram mortos por envenenamento moravam em prédios.

Venenos
Os principais venenos usados são estricnina, chumbinho e dessecante, este último causa perda de líquidos, levando a morte do animal. Produtos como estes deveriam ter a venda controlada pelo Ministério da Agricultura, mas são vendidos livremente em estabelecimentos comerciais. Segundo uma veterinária que não quis se identificar, eles são comercializados até mesmo nos camelos.

Estes venenos são nocivos para o meio ambiente. A estricnina, por exemplo, demora cerca 50 anos para se decompor e perder seu poder de destruição.

Atos desumanos como estes acontecem há muito tempo na cidade.  Cerca de três anos atrás, a moradora do parque Pinheiro Machado, Liziane Pereira, teve uma cadela, da raça pastor alemão, intoxicada com estricnina e outra ficou ferida depois que deram a ela rapadura com cacos de vidro.