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Camelôs: depois da confusão, volta a normalidade

Se alguma pessoa de fora de Santa Maria passar pelo camelódromo, na Avenida Rio Branco, nem imagina o cenário de guerra urbana que ocorreu no Centro, há cerca de 20 dias, em função das mercadorias contrabandeadas comercializadas no local.

No dia 13 de novembro, a Receita Federal, junto com a Brigada Militar, reuniu cerca de 120 agentes para uma operação de apreensão das mercadorias. Os camelôs revoltaram-se e saíram pelo Centro em protesto, obrigando o comércio a fechar as portas.  A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Muitos passaram mal ou se feriram e foram para o Pronto Atendimento do Patronato.

 

            Após o tumulto, nos primeiros dias, a maioria das bancas da Rio Branco encontrava-se fechada, segundo a professora Hilda Fortunati, 46 anos, que mora em frente ao camelô. De acordo com a moradora, aos poucos foram reabrindo e, atualmente, quase todos os pontos de venda estão funcionando normalmente.

 

            A reportagem foi ao local como cliente e, ao andar entre as barracas, percebeu-se a grande quantidade de eletro-eletrônicos expostos, CDs, roupas, brinquedos, etc. O que chama atenção são as mercadorias com temática natalina, pois um vendedor sem saber que estava sendo entrevistado, admitiu que boa parte dos produtos que ele tinha, foi apreendida na operação da Receita Federal, mas ainda sobraram mercadorias que havia estocado. “Essas de Natal eu tinha em casa, comprei no início de novembro. A gente sempre compra com bastante antecedência. Espero que agora deixem a gente trabalhar em paz,” diz o camelô.

 

            O movimento de clientes no local é intenso, compradores e vendedores parecem não temer outra ação da polícia. Além dos objetos expostos para vender, há muitos em malas ou sacolas que ficam embaixo das barracas. A reportagem pediu para ver um modelo de controle remoto que não tinha a mostra. A senhora responsável pela banca procurou em uma das sacolas embaixo da tenda e logo encontrou o produto pedido. “São trinta reais moça.” A equipe agradeceu e deixou a mercadoria.

 

            De acordo com a Receita Federal, outras ações estão planejadas até o fim do ano. Inclusive medidas preventivas com as polícias rodoviárias fiscalizando as cargas em veículos que entram pelas vias de acesso a Santa Maria. A Receita ainda afirma que, se necessário, haverá outra apreensão como a do dia 13 de novembro, mas não informou a data para não atrapalhar a operação.

 

 

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Se alguma pessoa de fora de Santa Maria passar pelo camelódromo, na Avenida Rio Branco, nem imagina o cenário de guerra urbana que ocorreu no Centro, há cerca de 20 dias, em função das mercadorias contrabandeadas comercializadas no local.

No dia 13 de novembro, a Receita Federal, junto com a Brigada Militar, reuniu cerca de 120 agentes para uma operação de apreensão das mercadorias. Os camelôs revoltaram-se e saíram pelo Centro em protesto, obrigando o comércio a fechar as portas.  A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Muitos passaram mal ou se feriram e foram para o Pronto Atendimento do Patronato.

 

            Após o tumulto, nos primeiros dias, a maioria das bancas da Rio Branco encontrava-se fechada, segundo a professora Hilda Fortunati, 46 anos, que mora em frente ao camelô. De acordo com a moradora, aos poucos foram reabrindo e, atualmente, quase todos os pontos de venda estão funcionando normalmente.

 

            A reportagem foi ao local como cliente e, ao andar entre as barracas, percebeu-se a grande quantidade de eletro-eletrônicos expostos, CDs, roupas, brinquedos, etc. O que chama atenção são as mercadorias com temática natalina, pois um vendedor sem saber que estava sendo entrevistado, admitiu que boa parte dos produtos que ele tinha, foi apreendida na operação da Receita Federal, mas ainda sobraram mercadorias que havia estocado. “Essas de Natal eu tinha em casa, comprei no início de novembro. A gente sempre compra com bastante antecedência. Espero que agora deixem a gente trabalhar em paz,” diz o camelô.

 

            O movimento de clientes no local é intenso, compradores e vendedores parecem não temer outra ação da polícia. Além dos objetos expostos para vender, há muitos em malas ou sacolas que ficam embaixo das barracas. A reportagem pediu para ver um modelo de controle remoto que não tinha a mostra. A senhora responsável pela banca procurou em uma das sacolas embaixo da tenda e logo encontrou o produto pedido. “São trinta reais moça.” A equipe agradeceu e deixou a mercadoria.

 

            De acordo com a Receita Federal, outras ações estão planejadas até o fim do ano. Inclusive medidas preventivas com as polícias rodoviárias fiscalizando as cargas em veículos que entram pelas vias de acesso a Santa Maria. A Receita ainda afirma que, se necessário, haverá outra apreensão como a do dia 13 de novembro, mas não informou a data para não atrapalhar a operação.