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Cresce a procura de cirurgias plásticas por adolescentes

Lipoescultura, alteração no nariz, correção de orelhas de abano e diminuição ou aumento das mamas são as mais procuradas. Nessa fase de mudanças no corpo, cada vez mais os adolescentes buscam na cirurgia plástica uma forma para saciar o ego ou se livrar de traumas de infância.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2000 e 2003, 20% dos procedimentos estéticos foram realizados em adolescentes e jovens de 14 a 25 anos. Há dez anos, esse número não ultrapassava os 5%. O Brasil é o país que registra o segundo maior número de cirurgias plásticas. Essa preocupação com a estética estende-se aos adolescentes, que hoje são responsáveis por 13% das plásticas feitas no país.

Para o cirurgião plástico César Fernandes, as plásticas podem começar a ser feitas desde os sete anos de idade se o problema for de orelhas de abano, pois é quando a criança começa a enfrentar os preconceitos em sala de aula. Já a cirurgia do nariz pode ser feita a partir dos 14 anos não só por estética, mas também porque ajuda a resolver problemas respiratórios.

A cirurgia de diminuição dos seios pode ser realizada depois dos 16 anos, quando a adolescente se sente incomodada com o peso e pode vir a ter problemas de coluna. “Mesmo que nessa fase os seios ainda não tenham parado de crescer, é possível fazê-la para dar o alívio à paciente”, explica Fernandes. Já a cirurgia de aumento dos seios é aconselhada somente a partir dos 18 anos, porque geralmente os seios estão formados. “Se a adolescente quiser fazer a cirurgia com idade inferior a 18 anos, eu procuro fazer uma análise de seis meses para ver se o crescimento dos seios parou”, esclarece.

Lipoaspiração e lipoescultura são cirurgias também indicadas para maiores de 18 anos. “Adolescentes com problemas de gordura vêm ao consultório à procura de milagres. É possível ajudá-las, mas sem academia e um bom acompanhamento psicológico, elas acabam saindo da sala de cirurgia frustradas”, conta Fernandes.  

Para o cirurgião plástico, algumas correções podem transformar a vida dos jovens, elevando a auto-estima e desfazendo traumas, principalmente porque o adolescente costuma passar por mudanças de ambiente, troca de escola, ingresso na faculdade e, assim, enfrentar as mudanças bem mais confiantes.  

Aos 16 anos, Flavia* já se sentia incomodada por ter os seios pequenos. “A sensação que eu tinha era que eles pararam de crescer quando eu tinha doze anos”, diz. Por causa disso, resolveu, de acordo com a mãe, Janete*, fazer a cirurgia de aumento das mamas. “O resultado foi ótimo, me sinto renovada, não tenho mais vergonha de usar blusas decotadas e me sinto bem mais feliz”, resume a adolescente. A mãe diz que, no começo, foi difícil autorizar, mas com a convicção da filha não conseguiu dizer não. “Vejo ela hoje muito mais confiante. Mesmo que eu pense que ela poderia ter esperado um pouco mais, sinto que ela estava madura para a cirurgia”, avalia a mãe da jovem.

Quais os riscos de uma cirurgia?

Toda cirurgia pode ter riscos, como em qualquer outra área médica. Porém, a cirurgia plástica estética é uma especialidade cirúrgica considerada de baixo risco, por dois motivos básicos:

– É uma modalidade considerada eletiva, ou seja, sem urgência. Ela permite que os pacientes sejam avaliados e selecionados de forma criteriosa antes que qualquer procedimento seja realizado.

– Qualquer cirurgião responsável e consciente pode e deve recusar pacientes de alto risco, ou que não estejam, no momento, em condições adequadas de saúde.

Esta segurança também aumenta quando o cirurgião se recusa a realizar várias intervenções em um paciente ao mesmo tempo, mesmo que possa parecer mais prático ou simples.

 

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Lipoescultura, alteração no nariz, correção de orelhas de abano e diminuição ou aumento das mamas são as mais procuradas. Nessa fase de mudanças no corpo, cada vez mais os adolescentes buscam na cirurgia plástica uma forma para saciar o ego ou se livrar de traumas de infância.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2000 e 2003, 20% dos procedimentos estéticos foram realizados em adolescentes e jovens de 14 a 25 anos. Há dez anos, esse número não ultrapassava os 5%. O Brasil é o país que registra o segundo maior número de cirurgias plásticas. Essa preocupação com a estética estende-se aos adolescentes, que hoje são responsáveis por 13% das plásticas feitas no país.

Para o cirurgião plástico César Fernandes, as plásticas podem começar a ser feitas desde os sete anos de idade se o problema for de orelhas de abano, pois é quando a criança começa a enfrentar os preconceitos em sala de aula. Já a cirurgia do nariz pode ser feita a partir dos 14 anos não só por estética, mas também porque ajuda a resolver problemas respiratórios.

A cirurgia de diminuição dos seios pode ser realizada depois dos 16 anos, quando a adolescente se sente incomodada com o peso e pode vir a ter problemas de coluna. “Mesmo que nessa fase os seios ainda não tenham parado de crescer, é possível fazê-la para dar o alívio à paciente”, explica Fernandes. Já a cirurgia de aumento dos seios é aconselhada somente a partir dos 18 anos, porque geralmente os seios estão formados. “Se a adolescente quiser fazer a cirurgia com idade inferior a 18 anos, eu procuro fazer uma análise de seis meses para ver se o crescimento dos seios parou”, esclarece.

Lipoaspiração e lipoescultura são cirurgias também indicadas para maiores de 18 anos. “Adolescentes com problemas de gordura vêm ao consultório à procura de milagres. É possível ajudá-las, mas sem academia e um bom acompanhamento psicológico, elas acabam saindo da sala de cirurgia frustradas”, conta Fernandes.  

Para o cirurgião plástico, algumas correções podem transformar a vida dos jovens, elevando a auto-estima e desfazendo traumas, principalmente porque o adolescente costuma passar por mudanças de ambiente, troca de escola, ingresso na faculdade e, assim, enfrentar as mudanças bem mais confiantes.  

Aos 16 anos, Flavia* já se sentia incomodada por ter os seios pequenos. “A sensação que eu tinha era que eles pararam de crescer quando eu tinha doze anos”, diz. Por causa disso, resolveu, de acordo com a mãe, Janete*, fazer a cirurgia de aumento das mamas. “O resultado foi ótimo, me sinto renovada, não tenho mais vergonha de usar blusas decotadas e me sinto bem mais feliz”, resume a adolescente. A mãe diz que, no começo, foi difícil autorizar, mas com a convicção da filha não conseguiu dizer não. “Vejo ela hoje muito mais confiante. Mesmo que eu pense que ela poderia ter esperado um pouco mais, sinto que ela estava madura para a cirurgia”, avalia a mãe da jovem.

Quais os riscos de uma cirurgia?

Toda cirurgia pode ter riscos, como em qualquer outra área médica. Porém, a cirurgia plástica estética é uma especialidade cirúrgica considerada de baixo risco, por dois motivos básicos:

– É uma modalidade considerada eletiva, ou seja, sem urgência. Ela permite que os pacientes sejam avaliados e selecionados de forma criteriosa antes que qualquer procedimento seja realizado.

– Qualquer cirurgião responsável e consciente pode e deve recusar pacientes de alto risco, ou que não estejam, no momento, em condições adequadas de saúde.

Esta segurança também aumenta quando o cirurgião se recusa a realizar várias intervenções em um paciente ao mesmo tempo, mesmo que possa parecer mais prático ou simples.