Faixa na entrada da Escola Estadual Cilon Rosa resume a insatisfação
dos professores
A greve dos professores estaduais continua como começou no início do mês: mestres descontentes, portões fechados e alunos em casa. No Cilon Rosa, um dos colégios mais tradicionais da cidade, 90% de seus professores aderiram à paralisação. Segundo a vice-diretora do turno da manhã, Welcir Santos Maffini, não há previsão de retorno às atividades.
“Tudo depende das próximas negociações com o governo do Estado”, explica a assistente administrativa da escola, Vânia Pires. A classe exige 28% de reposição salarial e 8,69% de reajuste. Até o momento, os mais prejudicados com o impasse são os alunos.
É o caso da estudante Deise da Silva, 15 anos, que já estava preparada para estrear no 1º ano do Ensino Médio: “Eu queria que as aulas começassem de uma vez, para depois não precisar recuperar em dezembro ou janeiro”, justifica a adolescente.
Das 39 escolas estaduais de Santa Maria, acredita-se que hoje 12 estejam paradas, seis têm aulas normais e 21 seguem funcionando de modo parcial. Amanhã haverá um ato público em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Professores da região irão participar.
Como a situação parece longe de ser resolvida, resta observar os contrastes da mobilização. A entrada do Cilon Rosa pela Rua Appel exibe a faixa preta vista no início da matéria, favorável ao movimento. Enquanto isso, do outro lado da instituição, a entrada pela Avenida Presidente Vargas expõe uma outra faixa que contraria a primeira: