Durante a primavera e o verão, a Terra está mais próxima do sol e, assim, os raios são mais intensos, exigindo proteção redobrada. Nesse verão, o fenômeno vem acompanhado de um dado assustador: o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica está aumentando.
Cientistas da NASA e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) informaram no último dia 19, que o buraco na camada de ozônio na região polar do hemisfério sul quebrou recordes de área e de profundidade.
"De 21 a 30 de setembro, a área média do buraco da camada de ozônio era o maior já observado, com 10,6 milhões de milhas quadradas. Se as condições climáticas estratosféricas tivessem sido normais, seria de se esperar que o buraco na camada de ozônio atingisse cerca de 8,9 a 9,3 milhões de milhas quadradas, aproximadamente a área da superfície da América do Norte". (FONTE: NASA DCTH507)
A camada de ozônio protege a vida na Terra bloqueando os raios ultravioletas. O "buraco" é um esvaziamento grave da camada de ozônio bem acima da Antártica. Ele é provocado por compostos produzidos pelos homens que liberam gases à base de cloro e bromo na estratosfera como combustão do carvão, petróleo e derivados; escape dos veículos motorizados; evaporação de solventes; processos industriais e lixos sólidos.
Os efeitos para a pele dos gaúchos podem ser graves. Segundo o Instituo Nacional do Câncer (Inca), estão na região sul, os maiores números de melanomas considerados letais.
O que são melanomas?
São modificações que acontecem nas células que produzem a melanina, que dá cor à pele. Ele é perigoso porque costuma causar metástase (transferência de células para outros órgãos) rapidamente e é responsável por três em cada quatro mortes por câncer de pele. Quando é reconhecido com antecedência, pode ser curado em 90% dos casos. Os melanomas estão geralmente associados à exposição ao sol, mas podem aparecer em regiões que não costumam ficar expostas.
A dermatologista Lenita Souza, reforça que os cuidados devem ser redobrados nessa época do ano quando as pessoas se expõem mais ao sol. "Quando começa a esquentar as pessoas procuram um bronzeado que não conseguem durante o ano. Juntando isso com o fato do sol estar mais próximo e a pele mais branca, vamos encontrar um aumento de risco", explica.
É importante procurar ajuda médica sempre que uma ferida não cicatriza em um mês, quando uma pinta cresce devagar e causa coceira, sangramento, mudança de cor, formato ou consistência. Suspeita-se de câncer quando uma pinta surge de repente ou começa a mudar sua forma habitual. "Muitas vezes, essas alterações são benignas, mas, às vezes, pode ser o início de um câncer de pele", alerta a dermatologista.
Segundo o Inca, a estimativa é de seis mil novas notificações de câncer de pele em 2006. Por isso, é fundamental tomar os cuidados necessários e se proteger corretamente dos raios solares. Em caso de dúvida, é fundamental a consulta de um dermatologista que saberá propor a solução mais adequada. "O filtro solar usado diariamente pela parte da manhã, já seria uma das melhores medidas de proteção", reforça a dermatologista.
Como se previne o câncer de pele?
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Evitar a exposição solar entre o horário das 10h às 15h
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Usar chapéu, roupas de algodão, óculos escuros e filtro solar
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O FPS (fator de proteção solar) número 15, permite ficar exposto ao sol por um tempo 15 vezes maior do que sem nenhuma proteção
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Para peles muito claras, é recomendado FPS 30
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Para as pessoas de pele mais escura, um FPS 15 é suficiente
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O mais importante é aplicação constante e uniforme do filtro solar em toda pele exposta, inclusive nos lábios
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Reaplicar a cada duas horas, principalmente na prática de esportes, após transpiração excessiva ou mergulho
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As crianças merecem atenção especial nesse sentido
Fonte: Instituto Nacional do Câncer
Fotos Núcleo de Fotografia e Memória (Nicolas Fonseca e Ericson Friedrich)