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Exposição ao sol requer cuidados

O verão se aproxima e com ele as complicações que a exposição exagerada ao sol pode ocasionar. Por isso, é importante ficar atento e ter alguns cuidados para aproveitar com saúde uma das melhores estações do ano.

 

       Para prevenir os danos causados pelos raios solares é importante evitar se expor ao sol sem proteção e nos horários inadequados, que vão das 10h às 15h, pois é onde se dá a maior incidência de radiação ultravioleta B, que é a maior causadora do câncer de pele.

 

        De acordo com a dermatologista Shirley M. Wayhs Matte, fatores ambientais contribuem para o agravamento dos efeitos solares. “Temos que considerar que essa época, a partir da primavera e até o início do verão, em toda a região do Rio Grande do Sul e também em direção ao pólo sul envolvendo o Uruguai, a Argentina e o Chile, é uma área que, na primavera, possui baixa camada de ozônio, fazendo com que o sol seja extremamente forte”, explica.

 

        A variedade de protetores solares no comércio, muitas vezes, dificulta a escolha pelo mais adequado. É importante saber qual o fator de proteção próprio para cada tipo de pele. “Quanto mais clara a pele, maior será o número do filtro, chegando ao que chamamos de bloqueador solar. Os que são de família de pele e olhos muito claros, precisam usar uma numeração em torno de 50, já os de pele mais morena e olhos mais escuros podem usar 30, como um filtro solar médio, e 15, que é a numeração considerada mais baixa”, diz Shirley.

 

        Existe também a preocupação de que crianças até dois anos não devem se expor diretamente ao sol. “Não há porque levar crianças de menos de dois anos para freqüentar a praia. Quando isso ocorrer, elas devem estar vestidas adequadamente com chapéu e camiseta, já que nesses casos não se pode usar filtro químico e a pele da criança não pode responder a uma agressão tão intensa quanto o sol”, alerta a dermatologista.

 

        Shirley salienta que existem dois tipos de complicações decorrentes do sol: as benignas e as malignas. Fazem partes das complicações benignas manchas que aparecem nas áreas expostas ao sol que podem ser acastanhadas, como se fossem sardas mais grosseiras ou claras. “A pele tenta agir contra a radiação solar, mas nem sempre consegue um bronzeamento homogêneo. Na tentativa de se defender, a pele mancha. Essas manchas vão se acentuando com a idade, porque o sol tem o efeito cumulativo”, diz a médica.

 

         Faz parte também dos casos benignos o envelhecimento precoce, onde acontece a acentuação das rugas de expressão e a pele fica grossa, amarelada e cheia de vincos. A dermatologista afirma que por ser o envelhecimento um dos grandes medos da maioria das pessoas, é mais fácil a conscientização nesses casos. “As pessoas não querem envelhecer, não querem rugas, por isso parece que conseguimos convencê-las a usar o filtro solar muito mais pelo lado estético do que no lado do perigo da doença”, reflete.

 

           Já as complicações malignas envolvem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular (é o mais brando de todos, parece inicialmente com uma espinha, só que não irá inflamar. Sua correção é feita através de cirurgia), carcinoma espinocelular (possui uma evolução rápida, sendo uma ferida desde os primeiros dias. Se localiza geralmente no lábio e corre o risco de metástase, inspira cuidados especiais, pois necessita de cirurgia e, em alguns casos, a complementação com radioterapia e quimioterapia) e o melanoma, que é o mais temido de todos.

 

           Este último surge com características muito especiais. “Ele é extremamente pigmentado, pode surgir na pele normal ou em cima de uma pinta acastanhada pré-existente, que a pessoa possua há anos. A mancha começa a mudar de cor ficando mais escura, a lesão cresce e se torna irregular, sangrando com facilidade. Isso, na maioria das vezes, chama a atenção precocemente, e o diagnóstico e a retirada mais precoce proporcionam grandes chances de cura completa”, finaliza a dermatologista.

 

 

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O verão se aproxima e com ele as complicações que a exposição exagerada ao sol pode ocasionar. Por isso, é importante ficar atento e ter alguns cuidados para aproveitar com saúde uma das melhores estações do ano.

 

       Para prevenir os danos causados pelos raios solares é importante evitar se expor ao sol sem proteção e nos horários inadequados, que vão das 10h às 15h, pois é onde se dá a maior incidência de radiação ultravioleta B, que é a maior causadora do câncer de pele.

 

        De acordo com a dermatologista Shirley M. Wayhs Matte, fatores ambientais contribuem para o agravamento dos efeitos solares. “Temos que considerar que essa época, a partir da primavera e até o início do verão, em toda a região do Rio Grande do Sul e também em direção ao pólo sul envolvendo o Uruguai, a Argentina e o Chile, é uma área que, na primavera, possui baixa camada de ozônio, fazendo com que o sol seja extremamente forte”, explica.

 

        A variedade de protetores solares no comércio, muitas vezes, dificulta a escolha pelo mais adequado. É importante saber qual o fator de proteção próprio para cada tipo de pele. “Quanto mais clara a pele, maior será o número do filtro, chegando ao que chamamos de bloqueador solar. Os que são de família de pele e olhos muito claros, precisam usar uma numeração em torno de 50, já os de pele mais morena e olhos mais escuros podem usar 30, como um filtro solar médio, e 15, que é a numeração considerada mais baixa”, diz Shirley.

 

        Existe também a preocupação de que crianças até dois anos não devem se expor diretamente ao sol. “Não há porque levar crianças de menos de dois anos para freqüentar a praia. Quando isso ocorrer, elas devem estar vestidas adequadamente com chapéu e camiseta, já que nesses casos não se pode usar filtro químico e a pele da criança não pode responder a uma agressão tão intensa quanto o sol”, alerta a dermatologista.

 

        Shirley salienta que existem dois tipos de complicações decorrentes do sol: as benignas e as malignas. Fazem partes das complicações benignas manchas que aparecem nas áreas expostas ao sol que podem ser acastanhadas, como se fossem sardas mais grosseiras ou claras. “A pele tenta agir contra a radiação solar, mas nem sempre consegue um bronzeamento homogêneo. Na tentativa de se defender, a pele mancha. Essas manchas vão se acentuando com a idade, porque o sol tem o efeito cumulativo”, diz a médica.

 

         Faz parte também dos casos benignos o envelhecimento precoce, onde acontece a acentuação das rugas de expressão e a pele fica grossa, amarelada e cheia de vincos. A dermatologista afirma que por ser o envelhecimento um dos grandes medos da maioria das pessoas, é mais fácil a conscientização nesses casos. “As pessoas não querem envelhecer, não querem rugas, por isso parece que conseguimos convencê-las a usar o filtro solar muito mais pelo lado estético do que no lado do perigo da doença”, reflete.

 

           Já as complicações malignas envolvem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular (é o mais brando de todos, parece inicialmente com uma espinha, só que não irá inflamar. Sua correção é feita através de cirurgia), carcinoma espinocelular (possui uma evolução rápida, sendo uma ferida desde os primeiros dias. Se localiza geralmente no lábio e corre o risco de metástase, inspira cuidados especiais, pois necessita de cirurgia e, em alguns casos, a complementação com radioterapia e quimioterapia) e o melanoma, que é o mais temido de todos.

 

           Este último surge com características muito especiais. “Ele é extremamente pigmentado, pode surgir na pele normal ou em cima de uma pinta acastanhada pré-existente, que a pessoa possua há anos. A mancha começa a mudar de cor ficando mais escura, a lesão cresce e se torna irregular, sangrando com facilidade. Isso, na maioria das vezes, chama a atenção precocemente, e o diagnóstico e a retirada mais precoce proporcionam grandes chances de cura completa”, finaliza a dermatologista.