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Santa Maria, RS, Brazil

Festbandas em São Pedro do Sul

No último sábado, dia 28, aconteceu em São Pedro do Sul o 1º Festbandas na Escola Estadual Tito Ferrari. Participaram bandas da cidade, independente de serem compostas por alunos da escola ou não, e bandas convidadas de outros municípios.

De acordo com Marizane da Costa, diretora da escola, o principal objetivo do festival é divulgar as bandas da cidade. “Muitas das bandas de São Pedro do Sul são constituídas por alunos da escola e as oportunidades para que eles apresentem seu trabalho são um pouco limitadas. Então, essa é uma oportunidade para que eles possam demonstrar seu talento e o empenho que estão tendo diariamente e possam ter uma continuidade na música”, avalia.

A diretora destaca ainda que a música é fundamental na educação do jovem. “Hoje em dia, é preferível que eles estejam tocando um instrumento e cantando, pois, ao se dedicarem à música, estão se afastando da questão das drogas”, salienta Marizane

Para Susane de Moura Coelho, vocalista da banda  Overdose, o festival é muito importante. “É uma grande oportunidade para as bandas menos reconhecidas mostrarem seu talento. Esse evento serve para nos auxiliar futuramente para quem sabe um dia nos tornarmos uma banda profissional”, destaca Susane.

O vocalista e guitarrista, Milton Godoi, da banda de Santa Maria Segredo das Coisas, diz ter gostado da iniciativa do festival: “esse projeto é muito legal, pois existem muitas bandas boas e é preciso divulgar e dar espaço para o pessoal”. O baterista da banda Luis Carlos, complementa que as oportunidades são raras: “Infelizmente, são poucos as iniciativas como esta. Deveriam haver muito mais projetos como este de música nas escolas,  onde as pessoas se juntaram e fizeram uma sociedade para ficar divulgando em todas as cidades”.

O baixista e vocalista da banda, Ivan Almeida, afirma que a falta de união entre os grupos musicais é um dos fatores que contribui na falta de espaço para eles. “Não há muitas chances, porque, muitas vezes, não existe ajuda entre as bandas, ao contrário de antigamente, onde os conjuntos se reuniam para tocar”, complementa.

A banda Nookie de Santa Maria também foi dar seu apoio ao projeto. Ela é composta por quatro integrantes: Henrrique Spiazzi (vocal e guitarra), Mini (baixo), André Marques (bateria) e Dj Orzabal (toca-discos). A Nookie também participou de alguns festivais antes de ser uma banda mais conhecida e ter CD próprio.

 

Confira a entrevista com os integrantes banda  Nookie:

 Como surgiu a idéia de criar a banda Nookie?

Henrique Spiazzi- A idéia surgiu no ano de 99 para 2000. O nome antes era versos. A banda surgiu por várias influências que cada integrante tinha. Na época, eram outros e hoje mudou totalmente. E a idéia foi essa, fazer música própria, tocar na rádio, lançar material e CD dentro do nosso estilo, que nos acompanha. Gostamos muito das bandas de Seattle, que é o grunge, como Nirvana, o Pearl Jan e estamos aí até hoje.

Essas bandas que você citou são as influências da Nookie?
Henrique Spiazzi- É, temos bastante influências do grunge e de coisas mais atuais como Linkin Park. Este tipo de banda tem nos influenciado bastante, mas sempre colocamos a “veia da banda”, que é o nosso material próprio, a nossa identidade.

Porque houve a troca do nome Versus para Nookie?
Henrique Spiazzi- Quando ganhamos o festival do Paredão Polar, em 2004, e um CD pela Orbeat Music, que foi gravado em Porto Alegre, tivemos que mudar o nome para Nookie, porque já existia outra banda chamada Versus em São Paulo e estava registrada. Mudamos, então, para Nookie, que é o nome de uma música do Limp Bizkitt, que nós achamos bastante sonoro e acho que o pessoal tem gostado.

O CD surgiu então através de um festival?
Dj Orzabal- Sim, o CD é fruto do festival Paredão Polar. Ele saiu em 2005e está nas lojas. É distribuído em lojas do RS e SC.

Ele é composto por quantas músicas?
Dj Orzabal- O CD têm 11 faixas, com composição do Henrique e foi produzido pelo Fredi Endres, guitarrista da Comunidade Nin-jitsu.

Como está sendo a divulgação do trabalho?
Dj Orzabal- Nós usamos muito a internet na divulgação. Hoje em dia, se acha muita coisa através dela, como contatos e endereços para mandar o trabalho para os produtores e gravadoras e contatos para show e eventos. Também, gravamos um DVD com o clipe da música Reaprenda a viver, que possui fotos dos shows. Este é um material que divulgamos bastante, enviamos para todos os lugares que desejamos nos apresentar. A banda também já esteve no programa Papo Clip, falou com o L.Potter ao vivo sobre o trabalho. O clipe abre uma gama muito grande, porque nele se tem áudio, que é o CD, imagem, que é o DVD, tem a internet ali para pegar todas as informações. Hoje em dia é bem mais fácil.

Como é feito o processo de composição das músicas?
Mini- O processo de composição é feito de duas maneiras. A primeira geralmente acontece quando se faz primeiro a música, acontece uma melodia em cima e depois fazemos a letra. A segunda maneira é fazer a letra primeiro e depois a música e encaixamos então a melodia na música.

Henrique Spiazzi- Tratamos de temas sobre a vida e o cotidiano. As letras falam de coisas boas e de desilusões. Então, deixamos bem claro que as pessoas têm que interpretar da sua maneira a música. Não vamos dizer que essa música fala de amor, aquela disso ou aquilo, deixamos isso para o público.

André Marques- A música em si é assim, por mais que, às vezes, a gente faça uma música com uma mentalidade, a pessoa que escuta, por estar passando por uma fase da vida dela, absorve aquilo de uma maneira diferente. Por isso, que cada pessoa tem a sua música em especial e que, muitas vezes, a música em si não tem nada de especial, mas para ela é. Então, a música tem essa metamorfose, a gente ouve e se identifica.

Qual o perfil do público de vocês?
André Marques- O nosso perfil de público é bem variado. Temos um repertório bem amplo. Sabemos que tem certas festas e eventos que o público vai ser mais jovem, então já temos as nossas músicas que tem mais impacto e o público jovem vem mais com a banda. Assim como quando fazemos shows em certos eventos, com um público com outra faixa etária, de 25 a 30 anos, temos um repertório com várias versões que a banda faz dos anos 70 e 80. Mas, o público das nossas composições é mais jovem.

Vocês participaram de muitos festivais antes de serem mais conhecidos?Como foi essa experiência?
 Mini- O primeiro festival que participamos foi o berçário, onde ganhamos a etapa de Santa Maria. Depois fomos para Porto Alegre e ficamos em segundo lugar. Um ano depois, aconteceu um festival chamado Paredão Polar, no início quando tivemos a idéia de participar, ficamos pensando se seria legal e se não íamos perder novamente. Mas, decidimos, então, ir lá para ganhar. Fomos com mais confiança e mais experiência, fizemos uma corrente antes de entrar e acabamos ficando em primeiro lugar graças a Deus.

O que vocês acham desses festivais para bandas novas?
André Marques- O festival é um evento muito legal porque influencia o pessoal jovem, que está crescendo nesse meio musical, a expor o seu trabalho. O importante é eles colocarem em prática essa influência e através desses festivais mostrarem suas músicas próprias. É uma escola, pois eles, muitas vezes, vão ter que compor suas próprias músicas com tudo o que ela exige. Inclusive, a Nookie está participando para dar um apoio para o pessoal, pois acreditamos muito no trabalho próprio, na música brasileira e que tem muita gente boa por aí.

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De acordo com Marizane da Costa, diretora da escola, o principal objetivo do festival é divulgar as bandas da cidade. “Muitas das bandas de São Pedro do Sul são constituídas por alunos da escola e as oportunidades para que eles apresentem seu trabalho são um pouco limitadas. Então, essa é uma oportunidade para que eles possam demonstrar seu talento e o empenho que estão tendo diariamente e possam ter uma continuidade na música”, avalia.

A diretora destaca ainda que a música é fundamental na educação do jovem. “Hoje em dia, é preferível que eles estejam tocando um instrumento e cantando, pois, ao se dedicarem à música, estão se afastando da questão das drogas”, salienta Marizane

Para Susane de Moura Coelho, vocalista da banda  Overdose, o festival é muito importante. “É uma grande oportunidade para as bandas menos reconhecidas mostrarem seu talento. Esse evento serve para nos auxiliar futuramente para quem sabe um dia nos tornarmos uma banda profissional”, destaca Susane.

O vocalista e guitarrista, Milton Godoi, da banda de Santa Maria Segredo das Coisas, diz ter gostado da iniciativa do festival: “esse projeto é muito legal, pois existem muitas bandas boas e é preciso divulgar e dar espaço para o pessoal”. O baterista da banda Luis Carlos, complementa que as oportunidades são raras: “Infelizmente, são poucos as iniciativas como esta. Deveriam haver muito mais projetos como este de música nas escolas,  onde as pessoas se juntaram e fizeram uma sociedade para ficar divulgando em todas as cidades”.

O baixista e vocalista da banda, Ivan Almeida, afirma que a falta de união entre os grupos musicais é um dos fatores que contribui na falta de espaço para eles. “Não há muitas chances, porque, muitas vezes, não existe ajuda entre as bandas, ao contrário de antigamente, onde os conjuntos se reuniam para tocar”, complementa.

A banda Nookie de Santa Maria também foi dar seu apoio ao projeto. Ela é composta por quatro integrantes: Henrrique Spiazzi (vocal e guitarra), Mini (baixo), André Marques (bateria) e Dj Orzabal (toca-discos). A Nookie também participou de alguns festivais antes de ser uma banda mais conhecida e ter CD próprio.

 

Confira a entrevista com os integrantes banda  Nookie:

 Como surgiu a idéia de criar a banda Nookie?

Henrique Spiazzi- A idéia surgiu no ano de 99 para 2000. O nome antes era versos. A banda surgiu por várias influências que cada integrante tinha. Na época, eram outros e hoje mudou totalmente. E a idéia foi essa, fazer música própria, tocar na rádio, lançar material e CD dentro do nosso estilo, que nos acompanha. Gostamos muito das bandas de Seattle, que é o grunge, como Nirvana, o Pearl Jan e estamos aí até hoje.

Essas bandas que você citou são as influências da Nookie?
Henrique Spiazzi- É, temos bastante influências do grunge e de coisas mais atuais como Linkin Park. Este tipo de banda tem nos influenciado bastante, mas sempre colocamos a “veia da banda”, que é o nosso material próprio, a nossa identidade.

Porque houve a troca do nome Versus para Nookie?
Henrique Spiazzi- Quando ganhamos o festival do Paredão Polar, em 2004, e um CD pela Orbeat Music, que foi gravado em Porto Alegre, tivemos que mudar o nome para Nookie, porque já existia outra banda chamada Versus em São Paulo e estava registrada. Mudamos, então, para Nookie, que é o nome de uma música do Limp Bizkitt, que nós achamos bastante sonoro e acho que o pessoal tem gostado.

O CD surgiu então através de um festival?
Dj Orzabal- Sim, o CD é fruto do festival Paredão Polar. Ele saiu em 2005e está nas lojas. É distribuído em lojas do RS e SC.

Ele é composto por quantas músicas?
Dj Orzabal- O CD têm 11 faixas, com composição do Henrique e foi produzido pelo Fredi Endres, guitarrista da Comunidade Nin-jitsu.

Como está sendo a divulgação do trabalho?
Dj Orzabal- Nós usamos muito a internet na divulgação. Hoje em dia, se acha muita coisa através dela, como contatos e endereços para mandar o trabalho para os produtores e gravadoras e contatos para show e eventos. Também, gravamos um DVD com o clipe da música Reaprenda a viver, que possui fotos dos shows. Este é um material que divulgamos bastante, enviamos para todos os lugares que desejamos nos apresentar. A banda também já esteve no programa Papo Clip, falou com o L.Potter ao vivo sobre o trabalho. O clipe abre uma gama muito grande, porque nele se tem áudio, que é o CD, imagem, que é o DVD, tem a internet ali para pegar todas as informações. Hoje em dia é bem mais fácil.

Como é feito o processo de composição das músicas?
Mini- O processo de composição é feito de duas maneiras. A primeira geralmente acontece quando se faz primeiro a música, acontece uma melodia em cima e depois fazemos a letra. A segunda maneira é fazer a letra primeiro e depois a música e encaixamos então a melodia na música.

Henrique Spiazzi- Tratamos de temas sobre a vida e o cotidiano. As letras falam de coisas boas e de desilusões. Então, deixamos bem claro que as pessoas têm que interpretar da sua maneira a música. Não vamos dizer que essa música fala de amor, aquela disso ou aquilo, deixamos isso para o público.

André Marques- A música em si é assim, por mais que, às vezes, a gente faça uma música com uma mentalidade, a pessoa que escuta, por estar passando por uma fase da vida dela, absorve aquilo de uma maneira diferente. Por isso, que cada pessoa tem a sua música em especial e que, muitas vezes, a música em si não tem nada de especial, mas para ela é. Então, a música tem essa metamorfose, a gente ouve e se identifica.

Qual o perfil do público de vocês?
André Marques- O nosso perfil de público é bem variado. Temos um repertório bem amplo. Sabemos que tem certas festas e eventos que o público vai ser mais jovem, então já temos as nossas músicas que tem mais impacto e o público jovem vem mais com a banda. Assim como quando fazemos shows em certos eventos, com um público com outra faixa etária, de 25 a 30 anos, temos um repertório com várias versões que a banda faz dos anos 70 e 80. Mas, o público das nossas composições é mais jovem.

Vocês participaram de muitos festivais antes de serem mais conhecidos?Como foi essa experiência?
 Mini- O primeiro festival que participamos foi o berçário, onde ganhamos a etapa de Santa Maria. Depois fomos para Porto Alegre e ficamos em segundo lugar. Um ano depois, aconteceu um festival chamado Paredão Polar, no início quando tivemos a idéia de participar, ficamos pensando se seria legal e se não íamos perder novamente. Mas, decidimos, então, ir lá para ganhar. Fomos com mais confiança e mais experiência, fizemos uma corrente antes de entrar e acabamos ficando em primeiro lugar graças a Deus.

O que vocês acham desses festivais para bandas novas?
André Marques- O festival é um evento muito legal porque influencia o pessoal jovem, que está crescendo nesse meio musical, a expor o seu trabalho. O importante é eles colocarem em prática essa influência e através desses festivais mostrarem suas músicas próprias. É uma escola, pois eles, muitas vezes, vão ter que compor suas próprias músicas com tudo o que ela exige. Inclusive, a Nookie está participando para dar um apoio para o pessoal, pois acreditamos muito no trabalho próprio, na música brasileira e que tem muita gente boa por aí.