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Garotas interrompidas

O drama dos distúrbios alimentares na adolescência.

Ter o corpo magro e bem definido mostrado nas capas de revista é o sonho de muitas garotas. Para conseguir esse objetivo, elas tentam desde dietas e redutores de apetite até longos períodos de jejum. Mas, o que poderia ser apenas uma preocupação com a aparência, pode virar uma doença grave. 

 

Os distúrbios alimentares abrangem, basicamente, três doenças: a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar, sendo que as duas primeiras estão, de acordo com informações do site Anatomia e Fisiologia Humanas, entre os transtornos mentais que mais causam mortalidade dos pacientes.

 

O fator que diferencia a bulimia da anorexia é que a primeira não causa perda drástica de peso, enquanto a outra pode levar o paciente a entrar num estágio avançado de desnutrição. Segundo a psicóloga Jennifer Coradini, quem sofre de algum transtorno alimentar tem uma idéia disfuncional de sua aparência. “A pessoa não enxerga o corpo da maneira como ele realmente é. Em alguns casos, o tratamento requer um monitoramento de tudo que o paciente ingere”, analisa.

 

De acordo com a nutricionista Lisandra Piovesan, o tratamento da bulimia é multiprofissional. “É preciso que médico, nutricionista e psicólogo trabalhem juntos para que o tratamento tenha sucesso. Não é simplesmente receitar uma dieta e pronto. Tanto o bulímico quanto o anoréxico têm muita dificuldade para aceitar que não irão engordar se comerem uma fatia de pão, por exemplo. Eles transformam a fatia em um pão inteiro”, avalia.

 

Há muitos casos de pessoas famosas que sofreram algum transtorno alimentar. A princesa Diana era bulímica assumida; a modelo Kate Moss foi internada várias vezes com sintomas de desnutrição e a cantora Karen Carpenter faleceu de parada cardíaca, aos 32 anos, em decorrência de uma anorexia nervosa.

 

A jovem V.C.P, 20 anos, começou a sofrer de bulimia aos 16 anos. Ela havia acabado de terminar um relacionamento de três meses. "Tinha crises de choro no meio da noite. Para tentar me acalmar, comia tudo que via pela frente e depois ficava com um peso na consciência", conta. Passado um ano, V.C.P não conseguia mais esconder a doença da família. "Minha mãe começou a desconfiar. Quando resolvi contar para ela, já estava num estágio avançado", lembra.

 

A menina, que perdeu cerca de 7 quilos, buscou ajuda com uma nutricionista e um psicólogo. "Tive algumas recaídas, mas nada grave. Agora gosto mais de mim", salienta. Hoje, V.C.P. participa de um grupo que ajuda meninas a melhorarem a auto-estima. "Tive uma parte da minha vida interrompida. Podia ter aproveitado, ao invés de ficar me olhando no espelho, procurando defeitos. Não quero que ninguém passe pelo que eu passei", finaliza.
 

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O drama dos distúrbios alimentares na adolescência.

Ter o corpo magro e bem definido mostrado nas capas de revista é o sonho de muitas garotas. Para conseguir esse objetivo, elas tentam desde dietas e redutores de apetite até longos períodos de jejum. Mas, o que poderia ser apenas uma preocupação com a aparência, pode virar uma doença grave. 

 

Os distúrbios alimentares abrangem, basicamente, três doenças: a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar, sendo que as duas primeiras estão, de acordo com informações do site Anatomia e Fisiologia Humanas, entre os transtornos mentais que mais causam mortalidade dos pacientes.

 

O fator que diferencia a bulimia da anorexia é que a primeira não causa perda drástica de peso, enquanto a outra pode levar o paciente a entrar num estágio avançado de desnutrição. Segundo a psicóloga Jennifer Coradini, quem sofre de algum transtorno alimentar tem uma idéia disfuncional de sua aparência. “A pessoa não enxerga o corpo da maneira como ele realmente é. Em alguns casos, o tratamento requer um monitoramento de tudo que o paciente ingere”, analisa.

 

De acordo com a nutricionista Lisandra Piovesan, o tratamento da bulimia é multiprofissional. “É preciso que médico, nutricionista e psicólogo trabalhem juntos para que o tratamento tenha sucesso. Não é simplesmente receitar uma dieta e pronto. Tanto o bulímico quanto o anoréxico têm muita dificuldade para aceitar que não irão engordar se comerem uma fatia de pão, por exemplo. Eles transformam a fatia em um pão inteiro”, avalia.

 

Há muitos casos de pessoas famosas que sofreram algum transtorno alimentar. A princesa Diana era bulímica assumida; a modelo Kate Moss foi internada várias vezes com sintomas de desnutrição e a cantora Karen Carpenter faleceu de parada cardíaca, aos 32 anos, em decorrência de uma anorexia nervosa.

 

A jovem V.C.P, 20 anos, começou a sofrer de bulimia aos 16 anos. Ela havia acabado de terminar um relacionamento de três meses. "Tinha crises de choro no meio da noite. Para tentar me acalmar, comia tudo que via pela frente e depois ficava com um peso na consciência", conta. Passado um ano, V.C.P não conseguia mais esconder a doença da família. "Minha mãe começou a desconfiar. Quando resolvi contar para ela, já estava num estágio avançado", lembra.

 

A menina, que perdeu cerca de 7 quilos, buscou ajuda com uma nutricionista e um psicólogo. "Tive algumas recaídas, mas nada grave. Agora gosto mais de mim", salienta. Hoje, V.C.P. participa de um grupo que ajuda meninas a melhorarem a auto-estima. "Tive uma parte da minha vida interrompida. Podia ter aproveitado, ao invés de ficar me olhando no espelho, procurando defeitos. Não quero que ninguém passe pelo que eu passei", finaliza.