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Santa Maria, RS, Brazil

Iniciativa une esporte e ecologia

Projeto “Canoagem na Escola” íntegra jovens ao meio ambiente através da prática do  esporte.

         O Rio Vacacaí Mirim, além de fazer o abastecimento de água para boa parte da população de Santa Maria, tem uma função social e ecológica. Nele é localizado o projeto “Canoagem na Escola”.

        Desenvolvido em 1997, atende cerca de 300 crianças de escolas públicas, entre 11 e 17 anos, muitas delas em situação de vulnerabilidade social. O projeto visa a formação consciente da cidadania através da prática do esporte olímpico da canoagem.

        Além da inclusão, também busca desenvolver questões ligadas à educação ambiental e aos direitos humanos, assim como os espíritos esportivo, de liderança e de cidadania.

       Desde 2003, o projeto conta com o apoio da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE). A parceria possibilitou a extensão do projeto para mais quatro cidades gaúchas: Candiota, São Leopoldo, São Jerônimo e Porto Alegre.

      Cada escola ligada ao projeto destina 10 vagas aos seus alunos. Além da prática do esporte, são realizadas atividades de conscientização ecológica, como a limpeza das margens da barragem, cuidados com a água e com resíduos sólidos.

       Após o período de participação, alguns jovens com melhor desempenho ou que demonstram um maior interesse são promovidos a monitores.

      A coordenadora do projeto “Canoagem na Escola” em Santa Maria, Margareth Fontoura, aponta algumas dificuldades enfrentadas como, falta de recursos, apoio, estrutura e segurança para a prática do esporte.  “O acesso é difícil, o ônibus só vai até um pedaço do caminho, o resto é percorrido a pé. Mas, agente contorna isso com muita boa vontade, a gurizada se empenha bastante”, salienta Margareth.

     A coordenadora batalha para conseguir uma estrutura melhor para abrigar os alunos, uma sede com novas instalações, espaços para sanitários, local para abrigar os caiaques, refeitórios e dormitórios.

     Apesar do desejo, a realidade é bem diferente. A sede do projeto conta apenas com uma  pequena casa, cuidada pela família de um aluno participante do projeto. A família utiliza o local também como moradia.

     Os nove anos do projeto já resultaram na ascensão de vários atletas, atualmente seis atletas saídos do projeto “Canoagem na Escola” integram a seleção brasileira da modalidade. Os atletas Jonatan Maia, Rafael Clastes, e os irmãos Givago e Gilvan Ribeiro fazem parte da seleção masculina, entre as mulheres , Naiane Prereira e Vanessa Pimentel são as representantes.

     Prova da competência dos atletas foi a conquista de 38 medalhas, sendo 22 de ouro no campeonato Brasileiro deste ano. “Enfrentamos muitas dificuldades, pois trabalhamos com crianças carentes. Se o projeto fosse realizado com a elite, o apoio seria bem maior, mesmo assim continuamos nosso trabalho com muito esforço”, conclui Margareth.

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Projeto “Canoagem na Escola” íntegra jovens ao meio ambiente através da prática do  esporte.

         O Rio Vacacaí Mirim, além de fazer o abastecimento de água para boa parte da população de Santa Maria, tem uma função social e ecológica. Nele é localizado o projeto “Canoagem na Escola”.

        Desenvolvido em 1997, atende cerca de 300 crianças de escolas públicas, entre 11 e 17 anos, muitas delas em situação de vulnerabilidade social. O projeto visa a formação consciente da cidadania através da prática do esporte olímpico da canoagem.

        Além da inclusão, também busca desenvolver questões ligadas à educação ambiental e aos direitos humanos, assim como os espíritos esportivo, de liderança e de cidadania.

       Desde 2003, o projeto conta com o apoio da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE). A parceria possibilitou a extensão do projeto para mais quatro cidades gaúchas: Candiota, São Leopoldo, São Jerônimo e Porto Alegre.

      Cada escola ligada ao projeto destina 10 vagas aos seus alunos. Além da prática do esporte, são realizadas atividades de conscientização ecológica, como a limpeza das margens da barragem, cuidados com a água e com resíduos sólidos.

       Após o período de participação, alguns jovens com melhor desempenho ou que demonstram um maior interesse são promovidos a monitores.

      A coordenadora do projeto “Canoagem na Escola” em Santa Maria, Margareth Fontoura, aponta algumas dificuldades enfrentadas como, falta de recursos, apoio, estrutura e segurança para a prática do esporte.  “O acesso é difícil, o ônibus só vai até um pedaço do caminho, o resto é percorrido a pé. Mas, agente contorna isso com muita boa vontade, a gurizada se empenha bastante”, salienta Margareth.

     A coordenadora batalha para conseguir uma estrutura melhor para abrigar os alunos, uma sede com novas instalações, espaços para sanitários, local para abrigar os caiaques, refeitórios e dormitórios.

     Apesar do desejo, a realidade é bem diferente. A sede do projeto conta apenas com uma  pequena casa, cuidada pela família de um aluno participante do projeto. A família utiliza o local também como moradia.

     Os nove anos do projeto já resultaram na ascensão de vários atletas, atualmente seis atletas saídos do projeto “Canoagem na Escola” integram a seleção brasileira da modalidade. Os atletas Jonatan Maia, Rafael Clastes, e os irmãos Givago e Gilvan Ribeiro fazem parte da seleção masculina, entre as mulheres , Naiane Prereira e Vanessa Pimentel são as representantes.

     Prova da competência dos atletas foi a conquista de 38 medalhas, sendo 22 de ouro no campeonato Brasileiro deste ano. “Enfrentamos muitas dificuldades, pois trabalhamos com crianças carentes. Se o projeto fosse realizado com a elite, o apoio seria bem maior, mesmo assim continuamos nosso trabalho com muito esforço”, conclui Margareth.