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Lúcia Santaella encerra 8ª Semana Acadêmica do Design

O objetivo principal da Semana Acadêmica do Design da Unifra foi promover e divulgar os trabalhos realizados pelos alunos nas disciplinas do ano de 2006, bem como a metodologia usada pelo corpo docente. Finalizando a programação da Semana Acadêmica, Lúcia discursou hoje, no campus II, sobre Semiótica aplicada ao design para os alunos e professores da instituição. Lúcia é autora de livros que são bibliografia básica em diferentes cursos sobre semiótica, como “O Que é Semiótica” e “Cultura das Mídias”. Segundo ela, aprender semiótica é compreender o mundo além do senso comum, sempre apoiado em teorias que aguçam o olhar de qualquer profissional.

O que se pode observar, segundo ela, é que toda a evolução imagética e visual de revista e jornais se deve a uma semiótica intuitiva desenvolvida pelos jornalistas e diagramadores. “O jornalista tem a ilusão de que a única linguagem de que deve ter conhecimento é a linguagem verbal. No entanto, a semiótica está presente em todas as áreas”, acredita Lúcia.

De acordo com alunos e professores, aprender e ensinar semiótica exige bastante esforço, pois se trata de um conteúdo complexo e abrangente. “Encontrei um pouco de dificuldade em entender as novas categorizações de Peirce, mas logo compreendi. No entanto, se tivéssemos de estudar mais profundamente, encontraria muitos problemas”, afirma o estudante de publicidade e propaganda, Renan Amaral.

 Lúcia explica que a dificuldade em compreender os elementos de Peirce, considerado o pai da semiótica, vem das origens das línguas latinas em que sempre se têm como base dois elementos. “Assim, para que os alunos possam compreender de forma mais adequada os padrões da semiótica, é necessário que eles aprendam a deixar um pouco de lado o padrão ocidental, ou seja, dicotomizado”.

* Maria Lucia Santaella Bragaé professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária e Livre-Docência em Ciências da Comunicação. É Diretora do Centro de Investigação em Mídias Digitais (CIMID) e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos (Grupo de pesquisa cadastrado no CNPq).

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória 

 

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O objetivo principal da Semana Acadêmica do Design da Unifra foi promover e divulgar os trabalhos realizados pelos alunos nas disciplinas do ano de 2006, bem como a metodologia usada pelo corpo docente. Finalizando a programação da Semana Acadêmica, Lúcia discursou hoje, no campus II, sobre Semiótica aplicada ao design para os alunos e professores da instituição. Lúcia é autora de livros que são bibliografia básica em diferentes cursos sobre semiótica, como “O Que é Semiótica” e “Cultura das Mídias”. Segundo ela, aprender semiótica é compreender o mundo além do senso comum, sempre apoiado em teorias que aguçam o olhar de qualquer profissional.

O que se pode observar, segundo ela, é que toda a evolução imagética e visual de revista e jornais se deve a uma semiótica intuitiva desenvolvida pelos jornalistas e diagramadores. “O jornalista tem a ilusão de que a única linguagem de que deve ter conhecimento é a linguagem verbal. No entanto, a semiótica está presente em todas as áreas”, acredita Lúcia.

De acordo com alunos e professores, aprender e ensinar semiótica exige bastante esforço, pois se trata de um conteúdo complexo e abrangente. “Encontrei um pouco de dificuldade em entender as novas categorizações de Peirce, mas logo compreendi. No entanto, se tivéssemos de estudar mais profundamente, encontraria muitos problemas”, afirma o estudante de publicidade e propaganda, Renan Amaral.

 Lúcia explica que a dificuldade em compreender os elementos de Peirce, considerado o pai da semiótica, vem das origens das línguas latinas em que sempre se têm como base dois elementos. “Assim, para que os alunos possam compreender de forma mais adequada os padrões da semiótica, é necessário que eles aprendam a deixar um pouco de lado o padrão ocidental, ou seja, dicotomizado”.

* Maria Lucia Santaella Bragaé professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária e Livre-Docência em Ciências da Comunicação. É Diretora do Centro de Investigação em Mídias Digitais (CIMID) e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos (Grupo de pesquisa cadastrado no CNPq).

Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória