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Santa Maria, RS, Brazil

Música e natureza: uma nova cultura

Quando um amigo meu DJ me informou de uma festa, logo pensei: “Mais uma”, mas desta vez estava errado.

Ao receber um scrapt, recado postado de um site de relacionamento, na semana passada, não imaginava como seria. O que me esperava era um festival de música eletrônica, ao ar livre, durante dois dias no sítio Quero-Quero, localizado na zona sul de Porto Alegre, a 30 quilômetros do centro.

 Festa, lugar e pessoas diferentes. Uma nova experiência. A previsão de chuva e frio não me assustou e encarei esse desafio.  
 A cena musical eletrônica possui várias vertentes. Nesse festival, os estilos tocados pelos 25 DJs que embalaram a festa foram o Electro House e o Psy trance. Para ter uma idéia, nunca se chegou a um consenso de quantas vertentes da música eletrônica existem porque são inúmeros gêneros e subgêneros. A maioria dos sites especializados divulga que o maior grupo é formado pelo house, techno, trance, drum´n´bass e hip hop.  No caso da Secrets, o Electro é oriundo do House e o Psy trance do Trance. O que ajuda a diferenciar os gêneros eletrônicos são o timbre e a velocidade da música, medida em BPM, batidas por minuto.
No “baile”, como é chamado entre o público freqüentador, o contato com a natureza é de fundamental importância. Ás 11 horas da manhã  de sábado, dia 2 de setembro, começou a festa. Como eu tive que trabalhar no primeiro dia do evento, acabei chegando no local depois das 23h. Estava frio, muito frio mesmo. No termômetro do relógio de um amigo marcavam três graus, mas a sensação térmica era de que a temperatura estava mais baixa. Aliás, minha dor de garganta e minha voz que o diga. 
Ao chegar ao sítio, não pude ter a real noção da estrutura da festa, devido a pouca luminosidade. O que me ajudava a ter noção do ambiente eram as duas fogueiras e um telão enorme ao lado do palco, onde foram reproduzidas figuras extremamente psicodélicas.  

Para me esquentar, revezei horas entre a beira da fogueira e o meio da pista de dança, onde me protegia do vento no meio da multidão. Mais de mil pessoas passaram pelo festival. Algumas acamparam, outras apenas dançaram. Como o tempo estava fechado, com perspectiva de chuva, a manhã demorou a chegar, mas finalmente ela chegou.

Eram 7h de domingo quando os primeiros raios de sol surgiram entre as nuvens.   Percebi que estava no alto de um morro, entre mais dois cerros, num lugar fantástico, uma indescritível sensação de liberdade. Ao meu lado esquerdo estavam o sol, um açude, um rebanho de vacas, e uma multidão rindo e “lagartiando” no gramado no meio daquele mundão verde e arborizado. 
 
À minha frente, uma pista de dança radiada pela luz solar em que o frio já não era mais um sofrimento para os que dançavam, pois o belo domingo e a boa música esquentavam o público ali presente. 
 
Entre os 25 artistas que se apresentaram no palco da Secrets, alguns DJs renomados destacaram-se, como os Djs Set, que reproduzem som de produtores: Rodrigo Carrera, Fischer, Juan Manoel, Andrew Olavrrieta Yuri Lima, Márcio TPS e Sabrina Flow . Os chamados Live, que é a apresentação de DJs produtores, é uma das maiores atrações da festa e deram um toque final ao espetáculo. Foram três apresentações: o grupo paranaense Oxid, o mexicano Delysid e o australiano Nuclear Device.  
 
Além das atrações musicais, o festival proporcionou camping com churrasqueira, praça de alimentação, banheiros químicos e palestras sobre calendário da paz e música eletrônica, ministradas respectivamente, por Carlos Salgado e pelo DJ Márcio TPS.

Retornei a Santa Maria quando o pôr do sol foi descansar. Vim sentado, apertado numa poltrona de um microônibus, com a sensação contrária das horas em que permaneci no sítio. Mas não me importei.     

No meu imaginário, eu ainda estava no alto do morro com a mesma sensação indescritível que senti durante as quase 20 horas que vivenciei a magia do show. Fui me dar conta que estava de volta aos meus domínios citadinos por volta das 11h30min da noite, ao avistar as luzes da cidade. Olhei para o lado e percebi que o micro em que eu viajava tinha mais alguns santa-marienses cansados, com fome, loucos por um banho, mas satisfeitos e com sorrisos estampados no rosto por terem vivenciado esse espetáculo ímpar chamado Secrets.

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Quando um amigo meu DJ me informou de uma festa, logo pensei: “Mais uma”, mas desta vez estava errado.

Ao receber um scrapt, recado postado de um site de relacionamento, na semana passada, não imaginava como seria. O que me esperava era um festival de música eletrônica, ao ar livre, durante dois dias no sítio Quero-Quero, localizado na zona sul de Porto Alegre, a 30 quilômetros do centro.

 Festa, lugar e pessoas diferentes. Uma nova experiência. A previsão de chuva e frio não me assustou e encarei esse desafio.  
 A cena musical eletrônica possui várias vertentes. Nesse festival, os estilos tocados pelos 25 DJs que embalaram a festa foram o Electro House e o Psy trance. Para ter uma idéia, nunca se chegou a um consenso de quantas vertentes da música eletrônica existem porque são inúmeros gêneros e subgêneros. A maioria dos sites especializados divulga que o maior grupo é formado pelo house, techno, trance, drum´n´bass e hip hop.  No caso da Secrets, o Electro é oriundo do House e o Psy trance do Trance. O que ajuda a diferenciar os gêneros eletrônicos são o timbre e a velocidade da música, medida em BPM, batidas por minuto.
No “baile”, como é chamado entre o público freqüentador, o contato com a natureza é de fundamental importância. Ás 11 horas da manhã  de sábado, dia 2 de setembro, começou a festa. Como eu tive que trabalhar no primeiro dia do evento, acabei chegando no local depois das 23h. Estava frio, muito frio mesmo. No termômetro do relógio de um amigo marcavam três graus, mas a sensação térmica era de que a temperatura estava mais baixa. Aliás, minha dor de garganta e minha voz que o diga. 
Ao chegar ao sítio, não pude ter a real noção da estrutura da festa, devido a pouca luminosidade. O que me ajudava a ter noção do ambiente eram as duas fogueiras e um telão enorme ao lado do palco, onde foram reproduzidas figuras extremamente psicodélicas.  

Para me esquentar, revezei horas entre a beira da fogueira e o meio da pista de dança, onde me protegia do vento no meio da multidão. Mais de mil pessoas passaram pelo festival. Algumas acamparam, outras apenas dançaram. Como o tempo estava fechado, com perspectiva de chuva, a manhã demorou a chegar, mas finalmente ela chegou.

Eram 7h de domingo quando os primeiros raios de sol surgiram entre as nuvens.   Percebi que estava no alto de um morro, entre mais dois cerros, num lugar fantástico, uma indescritível sensação de liberdade. Ao meu lado esquerdo estavam o sol, um açude, um rebanho de vacas, e uma multidão rindo e “lagartiando” no gramado no meio daquele mundão verde e arborizado. 
 
À minha frente, uma pista de dança radiada pela luz solar em que o frio já não era mais um sofrimento para os que dançavam, pois o belo domingo e a boa música esquentavam o público ali presente. 
 
Entre os 25 artistas que se apresentaram no palco da Secrets, alguns DJs renomados destacaram-se, como os Djs Set, que reproduzem som de produtores: Rodrigo Carrera, Fischer, Juan Manoel, Andrew Olavrrieta Yuri Lima, Márcio TPS e Sabrina Flow . Os chamados Live, que é a apresentação de DJs produtores, é uma das maiores atrações da festa e deram um toque final ao espetáculo. Foram três apresentações: o grupo paranaense Oxid, o mexicano Delysid e o australiano Nuclear Device.  
 
Além das atrações musicais, o festival proporcionou camping com churrasqueira, praça de alimentação, banheiros químicos e palestras sobre calendário da paz e música eletrônica, ministradas respectivamente, por Carlos Salgado e pelo DJ Márcio TPS.

Retornei a Santa Maria quando o pôr do sol foi descansar. Vim sentado, apertado numa poltrona de um microônibus, com a sensação contrária das horas em que permaneci no sítio. Mas não me importei.     

No meu imaginário, eu ainda estava no alto do morro com a mesma sensação indescritível que senti durante as quase 20 horas que vivenciei a magia do show. Fui me dar conta que estava de volta aos meus domínios citadinos por volta das 11h30min da noite, ao avistar as luzes da cidade. Olhei para o lado e percebi que o micro em que eu viajava tinha mais alguns santa-marienses cansados, com fome, loucos por um banho, mas satisfeitos e com sorrisos estampados no rosto por terem vivenciado esse espetáculo ímpar chamado Secrets.