Para assistir ao filme “O Código DaVinci”, inspirado no best-seller de Daw Bronw, existem duas opções: pagar R$ 8,00 para ver a seção no cinema ou desembolsar R$ 6,00 e comprar uma cópia pirata do filme com os ambulantes em volta do calçadão. |
Robert Langdon (Tom Hanks) e Sophie Neveau (Audrey Tautou) ainda não terminaram de desvendar os códigos nas obras de Leonardo Da Vinci nos cinemas, mas já é possível seguir o rastro de suas pistas nas ruas de Santa Maria. O ponto de partida é também onde a cidade nasceu: a Rua do Acampamento.
Neste local se concentram uma das sociedades mais vigiadas das cidades: os vendedores ambulantes. O que prova isso são os símbolos encontrados com eles: milhares de DVD’s piratas vendidos a um preço bem menor que o das lojas que pagam impostos.
Películas piratas do filme de Ron Howard, inspirado no best-seller de Daw Brow, são vendidas em quase todos os ambulantes do centro da cidade. Em um destes vendedores, localizado em frente à vitrine de uma farmácia, entre Acampamento e Venâncio Aires, dois personagens traçavam o seguinte diálogo:
– Os meus filhos gostaram do “Código”, mas eu queria dublado, não tem?!
– Tá pra chegar senhora. Mas, hoje a senhora pode levar um por R$ 6,00 ou dois por R$ 10,00.
A cópia à venda tem o áudio em inglês e legendas em português e espanhol. A seqüência comercializada nas ruas traz imagens um pouco mais escurecidas que o original em cartaz no Santa Maria Cine, às 15h30 e 19h . Já a tradução tem alguns erros de concordância e algumas das legendas, por serem muito longas, acabam tendo suas primeiras e últimas palavras “saindo fora” da tela.
Já outros títulos como “Horror em Amityville” e “O dia depois de amanhã” não apresentam erros de tradução e a qualidades de imagens se assemelham aos originais. Todos estes filmes e vários outros são vendidos a preços baixíssimos pelos ambulantes.
Algumas obras vendidas nos ambulantes
O que chama atenção em O Código da Vinci é ser o único filme a estar ao mesmo tempo em exibição nos cinemas e nos vendedores de rua. No entanto, não é um “privilégio” de Santa Maria ter um campeão de bilheterias vendido em cada esquina do centro.
Em Brasília o filme chegou às ruas dois dias depois de sua estréia mundial. Em Palatina (DF), a cópia pirata é alugada nas vídeo-locadoras. Piratas chineses já falam em lançar cópias melhoradas do filme.
Fotos: Núcleo de Fotografia e Memória (Tainara Becker)