Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Pata de Elefante em Santa Maria

 Trio instrumental fez show no último sábado, dia 7, no bar Macondo Lugar. A banda de Porto Alegre mostrou porque tem nome de peso.  

Com apenas um álbum lançado pelo selo independente Monstro Discos, a Pata de Elefante conquistou um público fiel e é responsável por quebrar tabu com os preconceituosos ao som instrumental.

 

 Formada em 2002, tem Gustavo Telles (Prego) na bateria, Gabriel Guedes e Daniel Mossmann que se revezam no baixo e a guitarra. Já com as 15 músicas do primeiro disco, gravadas no estúdio Vila do IAPI, ganhou a categoria Revelação no prêmio Açorianos, em 2005. Trabalho que contou com participações especiais como de Vicente Guedes, Leonardo Boff e o do saxofonista King Jim.

 

A banda está na fase de finalização das 25 canções do segundo álbum e segue com participações especiais.

 

Duas horas da madrugada de domingo e o bar estava lotado. Em frente ao não tão alto palco, algumas pessoas se espremiam para tentar um bom lugar para ver a banda, que ainda não havia pisado em Santa Maria. Demoraram alguns minutos e lá estavam eles, o power trio instrumental Pata de Elefante. Enquanto alguns balançavam a cabeça, uns dançavam com os olhos fechados e outros fixavam os atentos olhares nos habilidosos dedos nas cordas.

 

Foi difícil encontrar espaço para enxergar o show. Porém,  valeu a pena tanta procura. Os integrantes da banda são músicos admirados e elogiados, mas demonstraram que tudo isso não é de graça. Fizeram jus ao nome e desvendaram o porquê do respeito à Pata.
 
Entre composições do primeiro álbum e outras inéditas, o grupo mostrou que sabe tocar. Além de belas e harmoniosas melodias e as caretas de Prego quebrando a bateria, eles têm o que falta para algumas bandas, a química. Daniel virava para Prego e dizia “agora vai, Sooopraaa! Agora vai a música!”.

 

Concentrado e descontraído, eles conseguem fazer um som ao vivo sem serem desleixados. Os três mostraram que a música precisa de paixão e dedicação. Canções regadas com claras influências dos anos 60, como Jimi Hendrix, não deixam obscuras a pegada original da Pata.

 

  “Toca Soltaram!”. Essa foi a mais pedida durante o show, talvez por ser a mais conhecida. Foi também a música escolhida para o primeiro clipe gravado pela banda, no cais do Porto Alegre, com direção de René Goya Filho e Daniel Bacchieri. E então, Daniel vira para trás e fala para Gustavo, O Prego: “Soltaram!”. Um pequeno deslize de Gabriel na guitarra foi recompensado com o sorriso de Daniel para ele, mostrando mais uma vez a harmonia não só do som, mas da banda. Erro nem tão grave, apenas acidentes, assim como as escapadas de baquetas e cordas arrebentadas.


 A Pata fez, e faz, um som de peso. Sem pose e sem frescura. Direto e contagiante. E contagiou os admiradores mais recentes e os mais antigos. Teve quem ainda foi para conferir o porquê de tanta “falação” dessa tal Pata. O show acabou porque tinha horário para encerrar, mas o público não parecia nada cansado.

 

No final, um pedido do baterista Prego para que a platéia ficasse para fazer mais festa. Alguns ficaram e puderam conversar. Outros foram embora logo que acabou o show, ao som de Get Back, dos Beatles. Mas quem foi embora “cedo”, foi em paz. Para quem não foi, perdeu.
Mas, para compensar, pode-se conferir mais sobre a banda no site www.patadeelefante.com. Por lá dá para baixar até o clipe da música Soltaram!. Ou ainda tem a entrevista na íntegra, realizada no último sábado.

 

Fotos Vanessa Ayres Pires (Especial para a ACS)

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

 Trio instrumental fez show no último sábado, dia 7, no bar Macondo Lugar. A banda de Porto Alegre mostrou porque tem nome de peso.  

Com apenas um álbum lançado pelo selo independente Monstro Discos, a Pata de Elefante conquistou um público fiel e é responsável por quebrar tabu com os preconceituosos ao som instrumental.

 

 Formada em 2002, tem Gustavo Telles (Prego) na bateria, Gabriel Guedes e Daniel Mossmann que se revezam no baixo e a guitarra. Já com as 15 músicas do primeiro disco, gravadas no estúdio Vila do IAPI, ganhou a categoria Revelação no prêmio Açorianos, em 2005. Trabalho que contou com participações especiais como de Vicente Guedes, Leonardo Boff e o do saxofonista King Jim.

 

A banda está na fase de finalização das 25 canções do segundo álbum e segue com participações especiais.

 

Duas horas da madrugada de domingo e o bar estava lotado. Em frente ao não tão alto palco, algumas pessoas se espremiam para tentar um bom lugar para ver a banda, que ainda não havia pisado em Santa Maria. Demoraram alguns minutos e lá estavam eles, o power trio instrumental Pata de Elefante. Enquanto alguns balançavam a cabeça, uns dançavam com os olhos fechados e outros fixavam os atentos olhares nos habilidosos dedos nas cordas.

 

Foi difícil encontrar espaço para enxergar o show. Porém,  valeu a pena tanta procura. Os integrantes da banda são músicos admirados e elogiados, mas demonstraram que tudo isso não é de graça. Fizeram jus ao nome e desvendaram o porquê do respeito à Pata.
 
Entre composições do primeiro álbum e outras inéditas, o grupo mostrou que sabe tocar. Além de belas e harmoniosas melodias e as caretas de Prego quebrando a bateria, eles têm o que falta para algumas bandas, a química. Daniel virava para Prego e dizia “agora vai, Sooopraaa! Agora vai a música!”.

 

Concentrado e descontraído, eles conseguem fazer um som ao vivo sem serem desleixados. Os três mostraram que a música precisa de paixão e dedicação. Canções regadas com claras influências dos anos 60, como Jimi Hendrix, não deixam obscuras a pegada original da Pata.

 

  “Toca Soltaram!”. Essa foi a mais pedida durante o show, talvez por ser a mais conhecida. Foi também a música escolhida para o primeiro clipe gravado pela banda, no cais do Porto Alegre, com direção de René Goya Filho e Daniel Bacchieri. E então, Daniel vira para trás e fala para Gustavo, O Prego: “Soltaram!”. Um pequeno deslize de Gabriel na guitarra foi recompensado com o sorriso de Daniel para ele, mostrando mais uma vez a harmonia não só do som, mas da banda. Erro nem tão grave, apenas acidentes, assim como as escapadas de baquetas e cordas arrebentadas.


 A Pata fez, e faz, um som de peso. Sem pose e sem frescura. Direto e contagiante. E contagiou os admiradores mais recentes e os mais antigos. Teve quem ainda foi para conferir o porquê de tanta “falação” dessa tal Pata. O show acabou porque tinha horário para encerrar, mas o público não parecia nada cansado.

 

No final, um pedido do baterista Prego para que a platéia ficasse para fazer mais festa. Alguns ficaram e puderam conversar. Outros foram embora logo que acabou o show, ao som de Get Back, dos Beatles. Mas quem foi embora “cedo”, foi em paz. Para quem não foi, perdeu.
Mas, para compensar, pode-se conferir mais sobre a banda no site www.patadeelefante.com. Por lá dá para baixar até o clipe da música Soltaram!. Ou ainda tem a entrevista na íntegra, realizada no último sábado.

 

Fotos Vanessa Ayres Pires (Especial para a ACS)