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Selos e pôsteres: objetos de coleção

 Colecionar é uma atividade que mescla paixão, hobby e persistência na procura do objeto aspirado. Selos, moedas, cédulas, papel de carta e caixas de fósforo são alguns dos itens que tradicionalmente são colecionados. Atualmente, pode-se agregar à lista cartões telefônicos, pôsteres de filmes e de grupos musicais.

Colecionador de pôsteres de filmes há dois anos, Rodolfo Dalla Costa reúne o material por gostar muito de cinema. A idéia de colecionar partiu de uma amiga de escola que o presenteou com o pôster do Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. “Gostei da idéia e resolvi colecionar”, garante.

 Semanalmente, o colecionador freqüenta cinco locadoras e quando possível vai a outras. Também adquire pôsteres vindos de outras cidades como de Porto Alegre, Florianópolis e Rosário do Sul. “Eu ganho ou compro os pôsteres nas locadoras. Os preços variam muito, de R$ 0,25 a R$ 5,00 e até R$ 10,00. Quando quero um pôster muito especial eu mando fazer em Porto Alegre, por um preço mais elevado”, explica.

Dalla Costa possui uma grande quantidade de pôsteres. Porém, a coleção efetiva conta, em média, com 150. Muitos dos pôsteres recebidos e comprados acabam sendo descartados ou utilizados em outras funções. “Se ganho 10 pôsteres numa locadora, acabo ficando com um ou dois”, completa.

Além de colecionar pôsteres, Dalla Costa também os utiliza na fabricação e modificação de outros objetos. Caixinhas, porta-retratos e até mesmo uma porta e uma estante foram encapados com pôsteres pelo colecionador. 

A coleção abriga pôsteres de filmes de todos os gêneros. “Tenho pôsteres de todos os gêneros e coleciono aqueles que são de filmes que gosto e que já assisti. Sou extremamente eclético, então tenho pôsteres de filmes de ação, comédia, aventura, romance, fantasia, drama, terror, suspense e desenhos animados”, explica Dalla Costa. 

 

Selo: um dos mais antigos objetos de coleção

Os primeiros selos originaram-se na Inglaterra, no século XIX, como uma das conseqüências da Revolução Industrial. Com a expansão do comércio, o volume de correspondências aumentou consideravelmente e surgiu a necessidade de facilitar o serviço dos correios. Assim, em 6 de maio de 1840, a Inglaterra passou a utilizar selos, que tinham uma tarifa única e eram pagos pelo remetente.

A idéia inglesa de utilizar selos difundiu-se, sendo adotada pelos suíços em janeiro de 1943 e, pelo Brasil, no dia 1º de agosto do mesmo ano. A partir disso, vários países passaram a servir-se do sistema, tornando-o conhecido em todo o mundo.

 

Praticamente desde sua existência, o selo é um objeto de dupla finalidade: um meio de cobrar os serviços do correio e uma peça de coleção. Em 1842, dois anos após a invenção do selo, uma inglesa de origem nobre, anunciava nos classificados de um jornal o desejo de adquirir selos usados. Queria aproveitá-los para forrar sua penteadeira.

A prática de colecionar selos difundiu-se com o passar do tempo, sendo uma atividade comum até hoje. Porém, a estima pelas coleções tem diminuído.  “Antigamente, a procura por selos era bem maior, mesmo assim ainda atendemos a vários colecionadores que são geralmente homens de terceira idade. Ano passado realizamos um projeto em escolas da cidade, onde divulgamos a atividade. Graças a esse projeto algumas crianças passaram a se interessar pelo assunto e freqüentam a Filatelia com freqüência”, explica Rose Maria Portella, responsável pela Filatelia dos Correios de Santa Maria. 

 

 O professor Marcelo Barroso Kümmel coleciona selos desde os oito anos de idade e acredita ter tido influências familiares no começo da atividade. “Eu comecei a colecionar selos porque o meu pai, meu avô e minha tia tinham alguns selos e foram me dando. Depois a minha tia começou a me incentivar, me deu alguns selos e alguns álbuns. Foi assim que cresceu o meu interresse de manter a coleção”. 

 

Atualmente, a coleção conta com aproximadamente quatro mil selos de diversos países, entre eles alguns que não existem mais, e sobre variadas temáticas. Diferentemente dos colecionadores profissionais, Kümmel trabalha com vários temas, classificando seus selos por períodos e não por assuntos. 

 

Os selos são adquiridos através de compra, troca ou das próprias correspondências, antigas ou atuais. “O mais divertido é a busca dos selos antigos, principalmente aqueles anteriores a 1940. Encontrá-los em correspondências velhas, no baú da avó, essas coisas. Também recorto e guardo os selos que vêm nas correspondências atuais”, conta Kümmel. 

Além de selos, Kümmel coleciona chaveiros, calendários, canetas, medalhas e cédulas antigas. Antigamente, também colecionava santinhos distribuídos durante as campanhas eleitorais. “É claro que eu não tenho grande quantidade desses materiais. A maior coleção é a de selos, me parece que ela trás um maior impacto cultural, conhecimentos sobre outros países e sobre o próprio Brasil, além de serem artigos muito bonitos. Gosto de estudá-los, entender porque determinado selo foi lançado”, completa Kümmel.

 Fotos Mariana Silveira (da Redação)

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 Colecionar é uma atividade que mescla paixão, hobby e persistência na procura do objeto aspirado. Selos, moedas, cédulas, papel de carta e caixas de fósforo são alguns dos itens que tradicionalmente são colecionados. Atualmente, pode-se agregar à lista cartões telefônicos, pôsteres de filmes e de grupos musicais.

Colecionador de pôsteres de filmes há dois anos, Rodolfo Dalla Costa reúne o material por gostar muito de cinema. A idéia de colecionar partiu de uma amiga de escola que o presenteou com o pôster do Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. “Gostei da idéia e resolvi colecionar”, garante.

 Semanalmente, o colecionador freqüenta cinco locadoras e quando possível vai a outras. Também adquire pôsteres vindos de outras cidades como de Porto Alegre, Florianópolis e Rosário do Sul. “Eu ganho ou compro os pôsteres nas locadoras. Os preços variam muito, de R$ 0,25 a R$ 5,00 e até R$ 10,00. Quando quero um pôster muito especial eu mando fazer em Porto Alegre, por um preço mais elevado”, explica.

Dalla Costa possui uma grande quantidade de pôsteres. Porém, a coleção efetiva conta, em média, com 150. Muitos dos pôsteres recebidos e comprados acabam sendo descartados ou utilizados em outras funções. “Se ganho 10 pôsteres numa locadora, acabo ficando com um ou dois”, completa.

Além de colecionar pôsteres, Dalla Costa também os utiliza na fabricação e modificação de outros objetos. Caixinhas, porta-retratos e até mesmo uma porta e uma estante foram encapados com pôsteres pelo colecionador. 

A coleção abriga pôsteres de filmes de todos os gêneros. “Tenho pôsteres de todos os gêneros e coleciono aqueles que são de filmes que gosto e que já assisti. Sou extremamente eclético, então tenho pôsteres de filmes de ação, comédia, aventura, romance, fantasia, drama, terror, suspense e desenhos animados”, explica Dalla Costa. 

 

Selo: um dos mais antigos objetos de coleção

Os primeiros selos originaram-se na Inglaterra, no século XIX, como uma das conseqüências da Revolução Industrial. Com a expansão do comércio, o volume de correspondências aumentou consideravelmente e surgiu a necessidade de facilitar o serviço dos correios. Assim, em 6 de maio de 1840, a Inglaterra passou a utilizar selos, que tinham uma tarifa única e eram pagos pelo remetente.

A idéia inglesa de utilizar selos difundiu-se, sendo adotada pelos suíços em janeiro de 1943 e, pelo Brasil, no dia 1º de agosto do mesmo ano. A partir disso, vários países passaram a servir-se do sistema, tornando-o conhecido em todo o mundo.

 

Praticamente desde sua existência, o selo é um objeto de dupla finalidade: um meio de cobrar os serviços do correio e uma peça de coleção. Em 1842, dois anos após a invenção do selo, uma inglesa de origem nobre, anunciava nos classificados de um jornal o desejo de adquirir selos usados. Queria aproveitá-los para forrar sua penteadeira.

A prática de colecionar selos difundiu-se com o passar do tempo, sendo uma atividade comum até hoje. Porém, a estima pelas coleções tem diminuído.  “Antigamente, a procura por selos era bem maior, mesmo assim ainda atendemos a vários colecionadores que são geralmente homens de terceira idade. Ano passado realizamos um projeto em escolas da cidade, onde divulgamos a atividade. Graças a esse projeto algumas crianças passaram a se interessar pelo assunto e freqüentam a Filatelia com freqüência”, explica Rose Maria Portella, responsável pela Filatelia dos Correios de Santa Maria. 

 

 O professor Marcelo Barroso Kümmel coleciona selos desde os oito anos de idade e acredita ter tido influências familiares no começo da atividade. “Eu comecei a colecionar selos porque o meu pai, meu avô e minha tia tinham alguns selos e foram me dando. Depois a minha tia começou a me incentivar, me deu alguns selos e alguns álbuns. Foi assim que cresceu o meu interresse de manter a coleção”. 

 

Atualmente, a coleção conta com aproximadamente quatro mil selos de diversos países, entre eles alguns que não existem mais, e sobre variadas temáticas. Diferentemente dos colecionadores profissionais, Kümmel trabalha com vários temas, classificando seus selos por períodos e não por assuntos. 

 

Os selos são adquiridos através de compra, troca ou das próprias correspondências, antigas ou atuais. “O mais divertido é a busca dos selos antigos, principalmente aqueles anteriores a 1940. Encontrá-los em correspondências velhas, no baú da avó, essas coisas. Também recorto e guardo os selos que vêm nas correspondências atuais”, conta Kümmel. 

Além de selos, Kümmel coleciona chaveiros, calendários, canetas, medalhas e cédulas antigas. Antigamente, também colecionava santinhos distribuídos durante as campanhas eleitorais. “É claro que eu não tenho grande quantidade desses materiais. A maior coleção é a de selos, me parece que ela trás um maior impacto cultural, conhecimentos sobre outros países e sobre o próprio Brasil, além de serem artigos muito bonitos. Gosto de estudá-los, entender porque determinado selo foi lançado”, completa Kümmel.

 Fotos Mariana Silveira (da Redação)