Além de intercambistas do mundo inteiro trocando experiências, o Fórum Global também foi lugar de diferentes sabores neste fim de semana.
Em uma mesma praça de alimentação, pode-se provar panchos, esfihas, quibes e acarajés. Ao todo foram quatro etnias diferentes que mostram sua cultura através da culinária. A etnia mais representativa, que atraiu um grande público, foi a do Brasil. Localizada entre comidas árabes, judaicas e latinas, o acarajé ganhou destaque na feira. “Moro no Brasil, mas nunca havia provado acarajé, que aqui no sul não é nada comum”, disse Mônica Alves Almeida, que veio ao Fórum Global para se informar sobre intercâmbio e acabou não resistindo à iguaria.
O convite para a participação da culinária brasileira partiu da organização do evento. Dandara Yemise, que estave no atendimento, explica que a tenda faz parte do Projeto Negrinho do Pastoreio, que é dividido em cinco núcleos: música, esporte, teatro, educação e geração de trabalho e renda, o qual as mulheres aprendem um ofício para garantir o sustento de sua família. Dona Angélica, cozinheira da tenda, disse que o acarajé é feito de massa de feijão branco e camarão seco. Como acompanhamento, pode ser servido um molho de pimenta, vatapá ou caruaru.
O pensamento inicial dos organizadores era de colocar, ao todo, nove etnias e suas comidas típicas. Devido ao espaço limitado, esse número teve que ser diminuído. “Foi de extrema importância contarmos com a história da comida baiana, que tem ligação com a África”, explicou o coordenador do Fórum Global, Fábio Codevilla. Além do acarajé, que tem descendência afro-brasileira, foi servido também quindim, bolo de milho e canjica.