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Depressão no Inverno

     Com a chegada do inverno mudamos alguns de nossos hábitos, temos dificuldade de levantar da cama de manhã, além de preferirmos alimentos mais calóricos. Porém, o frio traz outros problemas, como a depressão sazonal de inverno. No final do outono, o sol se põe mais cedo, diminuindo a claridade, o que, segundo os especialistas é um dos motivos do aumento da tristeza.

    Depressão x tristeza

      O professor de psicologia da Unifra (Centro Universitário Franciscano), Carlos Alberto Décimo Martins, conta que é muito importante diferenciar tristeza de depressão. “É normal as pessoas se sentirem tristes depois de uma perda, uma frustração: perda do emprego, perda de alguém da família, perda de um objeto, frustração com uma pessoa, etc..” explica Martins. A depressão, assim, é uma tristeza que não diminui e tende a se agravar com o tempo, segundo ele.

     Entre alguns dos sintomas estão a perda de energia para exercer as atividades cotidianas, alteração de humor, alteração no apetite, aumento de irritabilidade e até mesmo, idéias suicidas. No entanto, Carlos Alberto ressalta a necessidade de um profissional para realizar o diagnóstico com precisão, “precisa ser um profissional da área da saúde que possui conhecimento específico, como psicólogo ou médico psiquiatra”. 

     A depressão possui vários níveis, chamados de transtornos de humor. “Tem o transtorno bem grave, que necessita de uma atenção maior; além disso, pode ocorrer junto com a depressão um outro tipo, que é o chamado transtorno bipolar” esclarece o professor. O transtorno bipolar é bem comentado na mídia atualmente. A bipolaridade é quando a pessoa vai de um situação de melancolia: enxerga as coisas sem cor, sem brilho, etc.; para uma situação de euforia. Rapidamente a pessoa se torna maníaca, quer dizer, tudo se torna fácil: sai a fazer compras, dançar, paquerar, etc..

      Depressão no Inverno

     Quando se trata de transtornos sazonais, o professor Carlos conta que alguns episódios podem ocorrer no verão, sendo raros. “É comum que aconteça entre o final do outono e início do inverno. Por isso sazonal, pois tem haver com as estações”, revela. Para a depressão ser considerada sazonal de inverno ela não pode estar relacionada a ingestão de substâncias, como medicação ou alguma droga específica, nem por uma condição médica relacionada a uma doença. Também não se pode considerar as pessoas que possuem empregos temporários de verão. Deste quadro de fatores, o psicólogo fala que os sintomas precisam aparecer no mínimo dois anos seguidos, além de serem empecilhos ou limitadores na qualidade de vida do indivíduo: comprometer os relacionamentos sociais, consigo próprio e nas atividades.

     A popularmente conhecida como depressão de inverno, está relacionada com as depressões maiores, embora, segundo Carlos Alberto Décimo Martins, algumas pesquisas já afirmem que episódios depressivos de menor intensidade podem ser explicados por meio da sazonalidade.

     Tratamento

    Para o psicólogo é importante ter claro que a depressão tem tratamento, e não é caro. “Em alguns casos é preciso tratar com psiquiatras através da medicação” destaca Martins, comentando sobre a depressão que é identificada pelos que convivem com o indivíduo, e não por ele próprio. Em qualquer que seja o caso, Martins adverte a necessidade da pessoa buscar ajuda profissional imediatamente.

     Além do acompanhamento terapêutico, algumas técnicas ajudam na superação da depressão e até mesmo nas apatias diárias. “Caminhadas ou qualquer atividade física, procurar desenvolver pensamentos positivos, ‘isso não é uma técnica, pensa positivamente que as coisas vão mudar’, técnicas respiratórias, meditação, entre outros” expõe o professor. Carlos diz que o depressivo, mesmo com dificuldade, deve procurar conviver mais, fazer novos amigos e retirar todos os pensamentos ruins da cabeça.

     Atendimento do curso

     Os acadêmicos do curso de Psicologia da Unifra (Centro Universitário Franciscano), dentro do estágio específico (8º e 10º semestre),  realizam atendimento clínico. Alguns estagiários atuam no NUPP (Núcleo das Práticas Profissionais) – localizado na José Bonifácio ao lado do Hospital de Caridade, e que no segundo semestre será transferido para o novo Conjunto da Unifra, localizado na Andradas – em PSFs (Programa da Saúde Familiar) na cidade e em empresas, onde o estagiário faz o diagnóstico e executa os encaminhamentos.

     Para ser atendido no NUPP o paciente precisa se inscrever no local, onde fica numa lista de espera. Quando surge vaga a pessoa passa pela triagem, para saber se tem ou não indicação à terapia. No caso de indicação, o aluno realiza o atendimento com a supervisão dos professores psicólogos. O serviço é aberto para toda a comunidade.

     Os alunos da Unifra podem contar com o Cores (Coordenadoria de Atenção ao Estudante) que verifica a necessidade e os encaminha para os estagiários.

Foto: Núcleo de Fotografia e Memória (Douglas Menezes)

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     Com a chegada do inverno mudamos alguns de nossos hábitos, temos dificuldade de levantar da cama de manhã, além de preferirmos alimentos mais calóricos. Porém, o frio traz outros problemas, como a depressão sazonal de inverno. No final do outono, o sol se põe mais cedo, diminuindo a claridade, o que, segundo os especialistas é um dos motivos do aumento da tristeza.

    Depressão x tristeza

      O professor de psicologia da Unifra (Centro Universitário Franciscano), Carlos Alberto Décimo Martins, conta que é muito importante diferenciar tristeza de depressão. “É normal as pessoas se sentirem tristes depois de uma perda, uma frustração: perda do emprego, perda de alguém da família, perda de um objeto, frustração com uma pessoa, etc..” explica Martins. A depressão, assim, é uma tristeza que não diminui e tende a se agravar com o tempo, segundo ele.

     Entre alguns dos sintomas estão a perda de energia para exercer as atividades cotidianas, alteração de humor, alteração no apetite, aumento de irritabilidade e até mesmo, idéias suicidas. No entanto, Carlos Alberto ressalta a necessidade de um profissional para realizar o diagnóstico com precisão, “precisa ser um profissional da área da saúde que possui conhecimento específico, como psicólogo ou médico psiquiatra”. 

     A depressão possui vários níveis, chamados de transtornos de humor. “Tem o transtorno bem grave, que necessita de uma atenção maior; além disso, pode ocorrer junto com a depressão um outro tipo, que é o chamado transtorno bipolar” esclarece o professor. O transtorno bipolar é bem comentado na mídia atualmente. A bipolaridade é quando a pessoa vai de um situação de melancolia: enxerga as coisas sem cor, sem brilho, etc.; para uma situação de euforia. Rapidamente a pessoa se torna maníaca, quer dizer, tudo se torna fácil: sai a fazer compras, dançar, paquerar, etc..

      Depressão no Inverno

     Quando se trata de transtornos sazonais, o professor Carlos conta que alguns episódios podem ocorrer no verão, sendo raros. “É comum que aconteça entre o final do outono e início do inverno. Por isso sazonal, pois tem haver com as estações”, revela. Para a depressão ser considerada sazonal de inverno ela não pode estar relacionada a ingestão de substâncias, como medicação ou alguma droga específica, nem por uma condição médica relacionada a uma doença. Também não se pode considerar as pessoas que possuem empregos temporários de verão. Deste quadro de fatores, o psicólogo fala que os sintomas precisam aparecer no mínimo dois anos seguidos, além de serem empecilhos ou limitadores na qualidade de vida do indivíduo: comprometer os relacionamentos sociais, consigo próprio e nas atividades.

     A popularmente conhecida como depressão de inverno, está relacionada com as depressões maiores, embora, segundo Carlos Alberto Décimo Martins, algumas pesquisas já afirmem que episódios depressivos de menor intensidade podem ser explicados por meio da sazonalidade.

     Tratamento

    Para o psicólogo é importante ter claro que a depressão tem tratamento, e não é caro. “Em alguns casos é preciso tratar com psiquiatras através da medicação” destaca Martins, comentando sobre a depressão que é identificada pelos que convivem com o indivíduo, e não por ele próprio. Em qualquer que seja o caso, Martins adverte a necessidade da pessoa buscar ajuda profissional imediatamente.

     Além do acompanhamento terapêutico, algumas técnicas ajudam na superação da depressão e até mesmo nas apatias diárias. “Caminhadas ou qualquer atividade física, procurar desenvolver pensamentos positivos, ‘isso não é uma técnica, pensa positivamente que as coisas vão mudar’, técnicas respiratórias, meditação, entre outros” expõe o professor. Carlos diz que o depressivo, mesmo com dificuldade, deve procurar conviver mais, fazer novos amigos e retirar todos os pensamentos ruins da cabeça.

     Atendimento do curso

     Os acadêmicos do curso de Psicologia da Unifra (Centro Universitário Franciscano), dentro do estágio específico (8º e 10º semestre),  realizam atendimento clínico. Alguns estagiários atuam no NUPP (Núcleo das Práticas Profissionais) – localizado na José Bonifácio ao lado do Hospital de Caridade, e que no segundo semestre será transferido para o novo Conjunto da Unifra, localizado na Andradas – em PSFs (Programa da Saúde Familiar) na cidade e em empresas, onde o estagiário faz o diagnóstico e executa os encaminhamentos.

     Para ser atendido no NUPP o paciente precisa se inscrever no local, onde fica numa lista de espera. Quando surge vaga a pessoa passa pela triagem, para saber se tem ou não indicação à terapia. No caso de indicação, o aluno realiza o atendimento com a supervisão dos professores psicólogos. O serviço é aberto para toda a comunidade.

     Os alunos da Unifra podem contar com o Cores (Coordenadoria de Atenção ao Estudante) que verifica a necessidade e os encaminha para os estagiários.

Foto: Núcleo de Fotografia e Memória (Douglas Menezes)