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Filme de Tabajara Ruas relata a história de general republicano

 O filme “Neto perde sua Alma”, que teve sua estréia nas telas do cinema no ano de 2001, conta a história de Antônio de Souza Neto, um estancieiro que se tornou republicano, aderiu a causa farroupilha e foi o proclamador da República Riograndense. No filme, o general Neto, após ser ferido durante a Guerra do Paraguai, é encaminhado a um hospital argentino, onde relembra momentos do passado enquanto se recupera. "Neto perde sua Alma" é baseado no romance do escritor Tabajara Ruas, o qual foi diretor do filme juntamente com Beto de Souza. Saiba mais sobre o autor, que esteve conversando com a reportagem da ACS.

Neto perde sua Alma é baseado no romance do escritor Tabajara Ruas, o qual foi diretor do filme juntamente com Beto de Souza. Tabajara diz que a escolha do tema para o filme deu-se pelo fato do deslumbre que o personagem lhe causou. “O que me fascinou nessa história foi principalmente a aventura humana. Muito mais que razões políticas, ideológicas ou econômicas que movem as guerras, eu fiquei fascinado pela história” diz o escritor.

O longa-metragem obteve grande sucesso, sendo ganhou 4 Kikitos de Ouro no Festival de Gramado, nas categorias de Melhor Filme – Júri Popular, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora e Prêmio Especial do Júri. Recebeu 2 indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil nas categorias de melhor ator (Werner Schünemann) e melhor roteiro adaptado. Também ganhou o prêmio de melhor ator (Werner Schünemann ) no Festival de Brasília, além de receber premiações no cinema internacional.

Sobre o autor:
 

O cineasta gaúcho Tabajara Ruas, além do livro que deu origem ao filme, já escreveu cerca de 10 obras sobre diversos assuntos. Ele escreveu seu primeiro livro durante o tempo em que esteve exilado, onde passou por lugares como Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Portugal. 

O escritor diz que esse foi um período bastante difícil em sua vida, mas que procurou superá-lo da melhor forma possível. “Na época da ditadura eu estive exilado de 71 a 81 e o exílio é algo que a gente procura esquecer, mas por outro lado tem que viver. Eu não me abati. Vi muita gente caindo em depressão, tentando se suicidar, muita gente desesperada, mas eu tratei de trabalhar, de aprender e de estudar. Terminei meu curso de Arquitetura e escrevi meu primeiro livro no exílio. Tratei de sobreviver” afirma. 

Ruas também participou como consultor na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”. O escritor realizou palestras com os atores da minissérie, conversou com os técnicos sobre figurino e costumes gaúchos. “Me chamaram lá na Globo para conversar à respeito de cultura gaúcha, até porque eu tinha feito o filme (Neto perde sua Alma) e haviam coisas que eram novidades como o modo que fazíamos a batalha; como se fazia a carga de cavalaria. No nosso filme foi a primeira vez que apareceram essas coisas no cinema brasileiro” afirma.

Sobre seus próximos trabalhos, Tabajara afirma que possivelmente neste ano lance dois livros, sendo que um deles vai se chamar “Diogo e Diana na ilha da magia”, um romance juvenil. O escritor também continua com seus projetos no cinema. Ele está terminando a continuação do filme que conta a história de Neto, o qual vai se chamar “Neto e o domador de cavalos”, que terá novamente os atores  Werner Schünemann no papel principal  e Tarcísio Filho no papel do domador.

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 O filme “Neto perde sua Alma”, que teve sua estréia nas telas do cinema no ano de 2001, conta a história de Antônio de Souza Neto, um estancieiro que se tornou republicano, aderiu a causa farroupilha e foi o proclamador da República Riograndense. No filme, o general Neto, após ser ferido durante a Guerra do Paraguai, é encaminhado a um hospital argentino, onde relembra momentos do passado enquanto se recupera. "Neto perde sua Alma" é baseado no romance do escritor Tabajara Ruas, o qual foi diretor do filme juntamente com Beto de Souza. Saiba mais sobre o autor, que esteve conversando com a reportagem da ACS.

Neto perde sua Alma é baseado no romance do escritor Tabajara Ruas, o qual foi diretor do filme juntamente com Beto de Souza. Tabajara diz que a escolha do tema para o filme deu-se pelo fato do deslumbre que o personagem lhe causou. “O que me fascinou nessa história foi principalmente a aventura humana. Muito mais que razões políticas, ideológicas ou econômicas que movem as guerras, eu fiquei fascinado pela história” diz o escritor.

O longa-metragem obteve grande sucesso, sendo ganhou 4 Kikitos de Ouro no Festival de Gramado, nas categorias de Melhor Filme – Júri Popular, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora e Prêmio Especial do Júri. Recebeu 2 indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil nas categorias de melhor ator (Werner Schünemann) e melhor roteiro adaptado. Também ganhou o prêmio de melhor ator (Werner Schünemann ) no Festival de Brasília, além de receber premiações no cinema internacional.

Sobre o autor:
 

O cineasta gaúcho Tabajara Ruas, além do livro que deu origem ao filme, já escreveu cerca de 10 obras sobre diversos assuntos. Ele escreveu seu primeiro livro durante o tempo em que esteve exilado, onde passou por lugares como Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Portugal. 

O escritor diz que esse foi um período bastante difícil em sua vida, mas que procurou superá-lo da melhor forma possível. “Na época da ditadura eu estive exilado de 71 a 81 e o exílio é algo que a gente procura esquecer, mas por outro lado tem que viver. Eu não me abati. Vi muita gente caindo em depressão, tentando se suicidar, muita gente desesperada, mas eu tratei de trabalhar, de aprender e de estudar. Terminei meu curso de Arquitetura e escrevi meu primeiro livro no exílio. Tratei de sobreviver” afirma. 

Ruas também participou como consultor na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”. O escritor realizou palestras com os atores da minissérie, conversou com os técnicos sobre figurino e costumes gaúchos. “Me chamaram lá na Globo para conversar à respeito de cultura gaúcha, até porque eu tinha feito o filme (Neto perde sua Alma) e haviam coisas que eram novidades como o modo que fazíamos a batalha; como se fazia a carga de cavalaria. No nosso filme foi a primeira vez que apareceram essas coisas no cinema brasileiro” afirma.

Sobre seus próximos trabalhos, Tabajara afirma que possivelmente neste ano lance dois livros, sendo que um deles vai se chamar “Diogo e Diana na ilha da magia”, um romance juvenil. O escritor também continua com seus projetos no cinema. Ele está terminando a continuação do filme que conta a história de Neto, o qual vai se chamar “Neto e o domador de cavalos”, que terá novamente os atores  Werner Schünemann no papel principal  e Tarcísio Filho no papel do domador.