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Novas maneiras de pensar a psicologia

O Curso de Psicologia da Unifra encerrou ontem sua 6ª Semana Acadêmica e provou que o tema proposto, “Saúdes – A Psicologia em Movimento” foi pertinente ao contexto no qual o psicólogo atual está inserido.

A palestrante esperada, Tatiana Ramminger, por imprevistos, não pôde comparecer. O eixo temático IV: Saúde Pública e Privada foi substituído por “Do Psicologismo ao Biologismo” e explanado pela doutoranda da PUCRS, Simone Ramin,3 0. Graduada em psicologia pela UNISC/RS, ela expôs uma série de indagações e possíveis previsões sobre o futuro da psicologia. “Estão acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo. Essa confusa globalização nos limita enxergar o que há por fora, como a psicologia irá se relacionar com essas novas invenções?”, perguntou.

Para tentar responder às questões, os participantes da Semana assistiram um  trecho do filme “GATTACA – A experiência genética”. A cena conclui que a psicologia encara significativas mudanças dentro das novas propostas científicas. A obviedade da profissão, que antes poderia resolver problemas em vários campos da saúde, tende a não se manter mais. Segundo a mestra, o que poderá ocorrer é a interligação entre biologia e psicologia. Problemas de identidade, personalidade, trauma e estresse são comuns dentro dos consultórios psicológicos e poderão ser justificados pela genética como diferentes reações químicas que o cérebro sofre.

Simone também apontou as causas desta nova maneira de pensar a psicologia: “O ser humano não distingue mais a vida natural da vida artificial. A qualidade de vida se busca pelo constante aperfeiçoamento do corpo”. A psicóloga complementou que a problematização do consumo é fundamental para as novas possibilidades de se relacionar com o corpo. Hoje a ausência de saúde não é fator que leve o paciente a procurar ajuda, mas sim a procura por prevenção e satisfação pessoal, por meio de plásticas, transplantes, tatuagens e piercings.

A palestrante finalizou dizendo que a psicologia tem feito alianças com a biotecnologia e biomedicina. Cabe ao psicólogo rever os modos preestabelecidos e abrir mão de conceitos mais antigos. Técnicas de tratamento cada vez mais modernas irão surgir para mostrar que a psicologia está sim, em constante movimento.

Os quatro dias do evento contaram com palestras, fóruns de discussão com média de 300 pessoas por dia e oficinas de aprendizagem e prática. A assembléia final, ocorrida nesta quinta-feira, teve como objetivo a criação de um documento que comprovou a integração entre os participantes da Semana Acadêmica e novas propostas de práticas em psicologia.

O debate na área da saúde segue na semana que vem, dos dias 3 a 6 de setembro com a Jornada Interdisciplinar em Saúde  – JIS, nos conjuntos I e III da Unifra. As inscrições para participação na Jornada já encerraram. Para mais informações acesse Eventos no site da Unifra.

 

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O Curso de Psicologia da Unifra encerrou ontem sua 6ª Semana Acadêmica e provou que o tema proposto, “Saúdes – A Psicologia em Movimento” foi pertinente ao contexto no qual o psicólogo atual está inserido.

A palestrante esperada, Tatiana Ramminger, por imprevistos, não pôde comparecer. O eixo temático IV: Saúde Pública e Privada foi substituído por “Do Psicologismo ao Biologismo” e explanado pela doutoranda da PUCRS, Simone Ramin,3 0. Graduada em psicologia pela UNISC/RS, ela expôs uma série de indagações e possíveis previsões sobre o futuro da psicologia. “Estão acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo. Essa confusa globalização nos limita enxergar o que há por fora, como a psicologia irá se relacionar com essas novas invenções?”, perguntou.

Para tentar responder às questões, os participantes da Semana assistiram um  trecho do filme “GATTACA – A experiência genética”. A cena conclui que a psicologia encara significativas mudanças dentro das novas propostas científicas. A obviedade da profissão, que antes poderia resolver problemas em vários campos da saúde, tende a não se manter mais. Segundo a mestra, o que poderá ocorrer é a interligação entre biologia e psicologia. Problemas de identidade, personalidade, trauma e estresse são comuns dentro dos consultórios psicológicos e poderão ser justificados pela genética como diferentes reações químicas que o cérebro sofre.

Simone também apontou as causas desta nova maneira de pensar a psicologia: “O ser humano não distingue mais a vida natural da vida artificial. A qualidade de vida se busca pelo constante aperfeiçoamento do corpo”. A psicóloga complementou que a problematização do consumo é fundamental para as novas possibilidades de se relacionar com o corpo. Hoje a ausência de saúde não é fator que leve o paciente a procurar ajuda, mas sim a procura por prevenção e satisfação pessoal, por meio de plásticas, transplantes, tatuagens e piercings.

A palestrante finalizou dizendo que a psicologia tem feito alianças com a biotecnologia e biomedicina. Cabe ao psicólogo rever os modos preestabelecidos e abrir mão de conceitos mais antigos. Técnicas de tratamento cada vez mais modernas irão surgir para mostrar que a psicologia está sim, em constante movimento.

Os quatro dias do evento contaram com palestras, fóruns de discussão com média de 300 pessoas por dia e oficinas de aprendizagem e prática. A assembléia final, ocorrida nesta quinta-feira, teve como objetivo a criação de um documento que comprovou a integração entre os participantes da Semana Acadêmica e novas propostas de práticas em psicologia.

O debate na área da saúde segue na semana que vem, dos dias 3 a 6 de setembro com a Jornada Interdisciplinar em Saúde  – JIS, nos conjuntos I e III da Unifra. As inscrições para participação na Jornada já encerraram. Para mais informações acesse Eventos no site da Unifra.