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Santa Maria, RS, Brazil

O poder de um abraço

      Um homem sai às ruas de Sidney, na Austrália, com um cartaz escrito “Free Hugs” (abraço grátis). Este é o começo do movimento que levou estudantes de jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), alunos do Colégio Riachuelo e também universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a levantarem cartazes com a frase “Abraços grátis”, na manhã e na tarde de hoje, no calçadão de Santa Maria. O objetivo, segundo o movimento, foi de aproximar as pessoas na tentativa de um mundo mais unido.

     A história começou com o australiano Juan Mann que saiu às ruas, no ano passado, com o cartaz “Free Hugs’’ e distribuiu abraços grátis. Muitas pessoas aderem ao movimento, mas a polícia resolve controlá-lo, proibindo-o. Os ‘distribuidores de abraço’ juntam 10 mil assinaturas para poderem continuar, gravam um vídeo e uma banda faz a música: Essa foi a fórmula do clip lançado no site Youtube que ganhou o prêmio de vídeo do ano. Ao assistirem ao vídeo, as pessoas resolvem levar para seus países, estados e cidades a atitude. E é assim que essas manifestações acabaram se espalhando pelo mundo e  chegando, hoje, a Santa Maria. Mais de 60 pessoas participaram do ato.

      O abraço, além de ser um ato de afeto, carinho, é também uma maneira de transmitir amor, conforme a terapeuta holística e massoterapeuta Marlene Aires, 47 anos, que estava passando pelo Calçadão, viu o movimento e acabou recebendo o abraço do grupo. “A campanha chega a arrepiar. Quando se abraça, o encostar dos corações faz com que aconteça uma troca de energia. Ao abraçarmos significa que estamos abertos a receber e a dar essa energia. O coração é o centro do amor incondicional e é para o amor incondicional que nos abrimos”, destaca.

     Entre idosos e crianças, o movimento foi mais aceito. Gabriela Vieira, 12 anos, e Leonardo Jonan, 12 anos, pararam para receber e dar o abraço e falaram que acharam a iniciativa boa. Para Leonardo, o abraço representa a fraternidade, já para Gabriela,  confiança. “Ao invés de as pessoas estarem promovendo a violência, deveriam estar dando abraços e promovendo a paz”, ressalta João Teixeira, 69 anos.

      O movimento se espalhou rapidamente pelo Calçadão e chamou atenção de quem passava por lá. Nara Wilka, 44 anos, disse que ouviu sobre o movimento no rádio e, então, resolveu conferir. “Acho uma boa idéia porque um abraço se torna difícil na sociedade individualizada que temos atualmente”, acredita.

     Em meio à correria do dia-a-dia, inúmeras pessoas pararam para abraçar e esse era o objetivo do grupo. Apesar da estranheza de alguns, muitos abraçaram. Alguns não entenderam o fato de o abraço ser “grátis” e quiseram pagar depois de serem abraçados. Outros acharam que era uma ‘pegadinha’.

     Os organizadores do movimento em Santa Maria prometem fazer mais manifestações, talvez uma vez por mês. Mais informações na comunidade do orkut “Abraço Grátis Santa Maria’’ ou no site www.abracogratissm.blogspot.com. 

 Foto: Núcleo de Fotografia e Memória (Nicholas Fonseca)

Colaboração: Natália Muller Poll e Cassiano Cavalheiro (da Redação)

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      Um homem sai às ruas de Sidney, na Austrália, com um cartaz escrito “Free Hugs” (abraço grátis). Este é o começo do movimento que levou estudantes de jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), alunos do Colégio Riachuelo e também universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a levantarem cartazes com a frase “Abraços grátis”, na manhã e na tarde de hoje, no calçadão de Santa Maria. O objetivo, segundo o movimento, foi de aproximar as pessoas na tentativa de um mundo mais unido.

     A história começou com o australiano Juan Mann que saiu às ruas, no ano passado, com o cartaz “Free Hugs’’ e distribuiu abraços grátis. Muitas pessoas aderem ao movimento, mas a polícia resolve controlá-lo, proibindo-o. Os ‘distribuidores de abraço’ juntam 10 mil assinaturas para poderem continuar, gravam um vídeo e uma banda faz a música: Essa foi a fórmula do clip lançado no site Youtube que ganhou o prêmio de vídeo do ano. Ao assistirem ao vídeo, as pessoas resolvem levar para seus países, estados e cidades a atitude. E é assim que essas manifestações acabaram se espalhando pelo mundo e  chegando, hoje, a Santa Maria. Mais de 60 pessoas participaram do ato.

      O abraço, além de ser um ato de afeto, carinho, é também uma maneira de transmitir amor, conforme a terapeuta holística e massoterapeuta Marlene Aires, 47 anos, que estava passando pelo Calçadão, viu o movimento e acabou recebendo o abraço do grupo. “A campanha chega a arrepiar. Quando se abraça, o encostar dos corações faz com que aconteça uma troca de energia. Ao abraçarmos significa que estamos abertos a receber e a dar essa energia. O coração é o centro do amor incondicional e é para o amor incondicional que nos abrimos”, destaca.

     Entre idosos e crianças, o movimento foi mais aceito. Gabriela Vieira, 12 anos, e Leonardo Jonan, 12 anos, pararam para receber e dar o abraço e falaram que acharam a iniciativa boa. Para Leonardo, o abraço representa a fraternidade, já para Gabriela,  confiança. “Ao invés de as pessoas estarem promovendo a violência, deveriam estar dando abraços e promovendo a paz”, ressalta João Teixeira, 69 anos.

      O movimento se espalhou rapidamente pelo Calçadão e chamou atenção de quem passava por lá. Nara Wilka, 44 anos, disse que ouviu sobre o movimento no rádio e, então, resolveu conferir. “Acho uma boa idéia porque um abraço se torna difícil na sociedade individualizada que temos atualmente”, acredita.

     Em meio à correria do dia-a-dia, inúmeras pessoas pararam para abraçar e esse era o objetivo do grupo. Apesar da estranheza de alguns, muitos abraçaram. Alguns não entenderam o fato de o abraço ser “grátis” e quiseram pagar depois de serem abraçados. Outros acharam que era uma ‘pegadinha’.

     Os organizadores do movimento em Santa Maria prometem fazer mais manifestações, talvez uma vez por mês. Mais informações na comunidade do orkut “Abraço Grátis Santa Maria’’ ou no site www.abracogratissm.blogspot.com. 

 Foto: Núcleo de Fotografia e Memória (Nicholas Fonseca)

Colaboração: Natália Muller Poll e Cassiano Cavalheiro (da Redação)