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Banco de Dentes Humanos incentiva doações

 Em algumas disciplinas dos cursos de Odontologia são utilizados dentes humanos para estudo e pesquisa. Com a preocupação de uma possível obtenção ilegal de dente, já que ele é um órgão, foi criado na Unifra o projeto Banco de Dentes Humanos.

 O banco foi desenvolvido baseado no exemplo do Banco de Dentes da Universidade de São Paulo (USP). “Toda instituição deveria ter um Banco de Dentes”, afirma Patrícia Dotto, uma das idealizadoras, e responsável pelo Banco da instituição.

 

O Banco de Dentes Humanos recebe os dentes, cataloga, limpa e armazena o material. Os dentes são separados por grupos, lados, superior e inferior, careados, restaurados, de leite, permanentes e os hígidos, os normais mais utilizados para pesquisas.

 

Os dentes mais doados são os permanentes e o menor número de doações é dos dentes incisivos, os da frente. Para o incentivo de doações dos dentes de leite, as crianças que doam ganham certificado de doador e carteirinha de sócio. “A doação de dentes de leite é mais complicada, até porque há a cultura de guardar os dentes, pela maioria das mães, para fazer jóias”, lamenta Patrícia.

 

Além dos estudos, os dentes são utilizados, também, para colagem de fragmentos, próteses totais, próteses removíveis e transplantes dentários. Há exigência de dentes humanos em algumas disciplinas como Dentística (restauração), Endodontia (tratamento de canais), Próteses, Ortodontia, para aulas teóricas e práticas. Por enquanto, as pesquisas têm sido realizadas por acadêmicos em fase final do curso, para os Trabalhos Finais de Graduação, as monografias. Mas podem ser solicitados dentes para pesquisadores.

 

 Segundo Patrícia, a esterilização do dente pode interferir nos resultados das pesquisas, por isso o procedimento não é realizado, a menos que o doador exija: “O que dificilmente acontece, pois quem doa quer ajudar nas pesquisas mesmo”.

              

A acadêmica Priscila Trindade Biscaino, membro do grupo responsável pelo projeto conta que  “o projeto viabiliza que acadêmicos e pesquisadores possam adquirir dentes de maneira lícita. O mais importante é a segurança de utilizar os dentes do banco. Eles já foram limpos da maneira adequada, e assim, evitam a contaminação de doenças, como bacterianas,  fúngicas e até hepatite”.

 

O projeto conta com apoio de quatro acadêmicas voluntárias do 3º e 6º semestres e duas professoras orientadoras – Patrícia Dotto e Sílvia Pithan.
 

Você sabia?

– É considerado ilegal guardar dentes em casa, mesmo colocá-los no lixo comum. O próprio dentista não pode armazená-los, sem que seja feito um termo de doação do paciente.

– Existem fichas nas clínicas odontológicas para incentivar as doações, com consentimento do dentista. 

– Para doar, os dentes podem estar limpos, mas apenas com água, soro diluído ou água oxigenada. O hipoclorito de sódio, usado como desinfetante, não deve ser utilizado para limpeza dentária. Quando um dente é doado, é feito o cadastro e termo de doação.

Doações: 

As doações podem ser feitas no 5º andar do prédio 17 da Unifra, na rua dos Andradas, sala 517. Os plantões são realizados duas vezes por semana: nas quartas-feiras, das 15h30min às 16h15min; e nas quintas-feiras, das 18 às 18h45min.

 

Fotos: Giulianno Olivar (Laboratório de Fotografia e Memória)

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 Em algumas disciplinas dos cursos de Odontologia são utilizados dentes humanos para estudo e pesquisa. Com a preocupação de uma possível obtenção ilegal de dente, já que ele é um órgão, foi criado na Unifra o projeto Banco de Dentes Humanos.

 O banco foi desenvolvido baseado no exemplo do Banco de Dentes da Universidade de São Paulo (USP). “Toda instituição deveria ter um Banco de Dentes”, afirma Patrícia Dotto, uma das idealizadoras, e responsável pelo Banco da instituição.

 

O Banco de Dentes Humanos recebe os dentes, cataloga, limpa e armazena o material. Os dentes são separados por grupos, lados, superior e inferior, careados, restaurados, de leite, permanentes e os hígidos, os normais mais utilizados para pesquisas.

 

Os dentes mais doados são os permanentes e o menor número de doações é dos dentes incisivos, os da frente. Para o incentivo de doações dos dentes de leite, as crianças que doam ganham certificado de doador e carteirinha de sócio. “A doação de dentes de leite é mais complicada, até porque há a cultura de guardar os dentes, pela maioria das mães, para fazer jóias”, lamenta Patrícia.

 

Além dos estudos, os dentes são utilizados, também, para colagem de fragmentos, próteses totais, próteses removíveis e transplantes dentários. Há exigência de dentes humanos em algumas disciplinas como Dentística (restauração), Endodontia (tratamento de canais), Próteses, Ortodontia, para aulas teóricas e práticas. Por enquanto, as pesquisas têm sido realizadas por acadêmicos em fase final do curso, para os Trabalhos Finais de Graduação, as monografias. Mas podem ser solicitados dentes para pesquisadores.

 

 Segundo Patrícia, a esterilização do dente pode interferir nos resultados das pesquisas, por isso o procedimento não é realizado, a menos que o doador exija: “O que dificilmente acontece, pois quem doa quer ajudar nas pesquisas mesmo”.

              

A acadêmica Priscila Trindade Biscaino, membro do grupo responsável pelo projeto conta que  “o projeto viabiliza que acadêmicos e pesquisadores possam adquirir dentes de maneira lícita. O mais importante é a segurança de utilizar os dentes do banco. Eles já foram limpos da maneira adequada, e assim, evitam a contaminação de doenças, como bacterianas,  fúngicas e até hepatite”.

 

O projeto conta com apoio de quatro acadêmicas voluntárias do 3º e 6º semestres e duas professoras orientadoras – Patrícia Dotto e Sílvia Pithan.
 

Você sabia?

– É considerado ilegal guardar dentes em casa, mesmo colocá-los no lixo comum. O próprio dentista não pode armazená-los, sem que seja feito um termo de doação do paciente.

– Existem fichas nas clínicas odontológicas para incentivar as doações, com consentimento do dentista. 

– Para doar, os dentes podem estar limpos, mas apenas com água, soro diluído ou água oxigenada. O hipoclorito de sódio, usado como desinfetante, não deve ser utilizado para limpeza dentária. Quando um dente é doado, é feito o cadastro e termo de doação.

Doações: 

As doações podem ser feitas no 5º andar do prédio 17 da Unifra, na rua dos Andradas, sala 517. Os plantões são realizados duas vezes por semana: nas quartas-feiras, das 15h30min às 16h15min; e nas quintas-feiras, das 18 às 18h45min.

 

Fotos: Giulianno Olivar (Laboratório de Fotografia e Memória)