Santa Maria, RS (ver mais >>)

Santa Maria, RS, Brazil

Cidade prevenida, mas atenta

Uma doença transmitida por vetores urbanos vem causando dor de cabeça aos brasileiros. Transmitida pela picada da  fêmea do mosquito Aedes aegypti, a dengue ressurgiu no país sem que o sistema de vigilância epidemiológica fosse capaz de detectá-la a tempo de impedir sua difusão, o que resultou em epidemia no Rio de Janeiro. Aqui em Santa Maria, uma equipe com 19 membros da Vigilância Sanitária faz a prevenção da enfermidade durante todo o ano.

Há dez anos, os agentes da Vigilância Sanitária preparam emboscadas para o controle dos possíveis focos da doença. A partir do mapeamento do município, eles marcam os pontos estratégicos para fixar as 283 armadilhas com objetivo de capturar a larva do mosquito transmissor. Se concentram nas RS’s e BR’s 287, 392 ,158 , pois as larvas virão sempre em ônibus, caminhões e demais veículos vindos de fora de Santa Maria.Outros pontos de alerta são os postos de gasolina e borracharias onde esses transportes circulam.Totalizam 200 os lugares estratégicos em que a equipe realiza o trabalho.

O coordenador de campo da dengue, Antônio de Oliveira, 48 anos, explica que as armadilhas são simples, feitas de pneus e arames e que são colocadas a 80 cm do chão, altura em que a fêmea voa. Ele salienta que os locais onde são depositados esses artifícios são visitados semanalmente para não virar um futuro paradouro. Sobre as residências, Oliveira afirma que 10% delas são freqüentadas pelos agentes. O coordenador é confiante quando assegura que não existem mosquitos transmissores na cidade.

 O biólogo e coordenador técnico, Ivan dos Santos Xavier, 46 anos, explica que a dengue é uma doença infecciosa causada por quatro tipos diferentes de vírus. No caso de uma epidemia, como no Rio de Janeiro, é preciso identificar o tipo que está em circulação. Xavier esclarece que se a pessoa adquire o tipo 1 e cura-se, ela está imune ao mesmo vírus, mas propensa aos demais. Os principais sintomas da doença são dores de cabeça, nos músculos, nas articulações e no fundo dos olhos, manchas no corpo e febre.

Prevenção – Para impedir que a doença chegue à cidade, alguns cuidados devem ser tomados pelos cidadãos. Para impedir a proliferação do mosquito é necessário cuidar qualquer local com água parada, como potes de água e pneus. Tampar caixas d’água e piscinas também é importante. “Todos os recipientes que trazem o chamativo para o inseto devem ser e limpos depois de esvaziados, pois a fêmea não coloca os ovos diretamente na água e sim nas bordas”, sugere Xavier.

Se algum santa-mariense viajar para os locais de risco no país, Xavier orienta sobre o uso de repelentes e perfume, pois o cheiro forte espanta o mosquito. Transpiração, climas úmidos e quentes são atrativos para os insetos.

 
Vetor da doença – Uma curiosidade sobre a fêmea do Aedes aegypti é que ela possui o espermateca, uma espécie de depósito de esperma. A partir disso ela pode se auto-reproduzir sem a necessidade de um macho. Somente a fêmea transmite a enfermidade, pois  ela precisa da proteína do sangue para dar alimento para os ovos. Para contagiar alguém sadio, o inseto precisa picar uma pessoa contaminada. Existem diferenças físicas entre o macho e a fêmea: o primeiro possui garras no abdômen e antenas plumadas e segunda possui uma abertura no final da barriga e antenas penadas.

Fotos: Letícia Sarturi Isaia

LEIA TAMBÉM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adicione o texto do seu título aqui

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Uma doença transmitida por vetores urbanos vem causando dor de cabeça aos brasileiros. Transmitida pela picada da  fêmea do mosquito Aedes aegypti, a dengue ressurgiu no país sem que o sistema de vigilância epidemiológica fosse capaz de detectá-la a tempo de impedir sua difusão, o que resultou em epidemia no Rio de Janeiro. Aqui em Santa Maria, uma equipe com 19 membros da Vigilância Sanitária faz a prevenção da enfermidade durante todo o ano.

Há dez anos, os agentes da Vigilância Sanitária preparam emboscadas para o controle dos possíveis focos da doença. A partir do mapeamento do município, eles marcam os pontos estratégicos para fixar as 283 armadilhas com objetivo de capturar a larva do mosquito transmissor. Se concentram nas RS’s e BR’s 287, 392 ,158 , pois as larvas virão sempre em ônibus, caminhões e demais veículos vindos de fora de Santa Maria.Outros pontos de alerta são os postos de gasolina e borracharias onde esses transportes circulam.Totalizam 200 os lugares estratégicos em que a equipe realiza o trabalho.

O coordenador de campo da dengue, Antônio de Oliveira, 48 anos, explica que as armadilhas são simples, feitas de pneus e arames e que são colocadas a 80 cm do chão, altura em que a fêmea voa. Ele salienta que os locais onde são depositados esses artifícios são visitados semanalmente para não virar um futuro paradouro. Sobre as residências, Oliveira afirma que 10% delas são freqüentadas pelos agentes. O coordenador é confiante quando assegura que não existem mosquitos transmissores na cidade.

 O biólogo e coordenador técnico, Ivan dos Santos Xavier, 46 anos, explica que a dengue é uma doença infecciosa causada por quatro tipos diferentes de vírus. No caso de uma epidemia, como no Rio de Janeiro, é preciso identificar o tipo que está em circulação. Xavier esclarece que se a pessoa adquire o tipo 1 e cura-se, ela está imune ao mesmo vírus, mas propensa aos demais. Os principais sintomas da doença são dores de cabeça, nos músculos, nas articulações e no fundo dos olhos, manchas no corpo e febre.

Prevenção – Para impedir que a doença chegue à cidade, alguns cuidados devem ser tomados pelos cidadãos. Para impedir a proliferação do mosquito é necessário cuidar qualquer local com água parada, como potes de água e pneus. Tampar caixas d’água e piscinas também é importante. “Todos os recipientes que trazem o chamativo para o inseto devem ser e limpos depois de esvaziados, pois a fêmea não coloca os ovos diretamente na água e sim nas bordas”, sugere Xavier.

Se algum santa-mariense viajar para os locais de risco no país, Xavier orienta sobre o uso de repelentes e perfume, pois o cheiro forte espanta o mosquito. Transpiração, climas úmidos e quentes são atrativos para os insetos.

 
Vetor da doença – Uma curiosidade sobre a fêmea do Aedes aegypti é que ela possui o espermateca, uma espécie de depósito de esperma. A partir disso ela pode se auto-reproduzir sem a necessidade de um macho. Somente a fêmea transmite a enfermidade, pois  ela precisa da proteína do sangue para dar alimento para os ovos. Para contagiar alguém sadio, o inseto precisa picar uma pessoa contaminada. Existem diferenças físicas entre o macho e a fêmea: o primeiro possui garras no abdômen e antenas plumadas e segunda possui uma abertura no final da barriga e antenas penadas.

Fotos: Letícia Sarturi Isaia