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Curso prepara professores contra a violência

Um grito de “Não à violência!” foi exclamado na segunda pela manhã, no salão de eventos do Itaimbé Palace Hotel. A frase define o objetivo do I Curso de Formação de Profissionais da Educação. Com base no projeto Escola Que Protege, o curso busca qualificar profissionais da educação para identificar e trabalhar na redução da violência contra a criança e o adolescente. O evento tem 900 inscritos, vai até o dia 31 de outubro e conta com a organização do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação Inicial, Continuada e Alfabetização (GEPFICA).

 

 A coordenadora do curso, Helenise Sangoi Antunes, conta que foram três anos para trazer o projeto Escola Que Protege para Santa Maria. Até então, ele só funcionava nas capitais. Através de um edital aprovado pelo Ministério da Educação (MEC) foi possível, agora, efetivá-lo na cidade e, assim, capacitar os professores da educação e das diversas áreas para reconhecer as crianças vítimas de violência e encaminhá-las a uma rede de proteção.
 
 
 A palestra de abertura ficou a cargo de dois coordenadores representantes do MEC, Rosilea Wille e Leandro da Costa Fialho. “Educação se faz com esforço conjugado de todos”, destacou Fialho em sua fala de apresentação. Ele explicou que ainda há resistência de professores para trabalhar com a temática da violência física e psicológica. Neste ponto, o projeto consegue dar respostas significativas, a partir do momento em que se verifica que os profissionais passam a perceber sinais de violência e encaminhar os menores para áreas de assistência, de saúde ou judiciária. “Onde há Escola Que Protege, há mais denúncias”, afirma o coordenador.
 
 
 Outra questão enfatizada no discurso de Fialho diz respeito ao diálogo que a escola deveria ter com a sociedade, inclusive nos casos de instituições que não oferecem espaço físico suficiente, deveria haver a possibilidade de aprendizado em todos os locais. “Não dá mais para pensar em uma escola ‘com muros altos’, sem relação com a sociedade”, declara ele.
          
A secretária municipal de Educação, Maria Alcione Munhoz, expõe sua preocupação ao dizer que crianças e jovens, hoje, são privados de ter e poder viver uma das fases mais significativas e necessárias da vida e alerta: “Devemos ter responsabilidade de encontrar alternativas para frear esta situação”.
Professora do Centro de Educação e da pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Helenise concorda com Maria Alcione e ressalta que trabalhar pelo fim da violência é trabalhar por uma infância mais feliz. O maior desafio, de acordo com a professora, é engajar as pessoas e sensibilizá-las para lutar contra a violência. Ela aponta que Santa Maria está na rota da violência, com uma proporção significativa de casos de maus-tratos, incluindo trabalho infantil, pedofilia, prostituição, e a questão do bullying, que compreende todas as formas de atitudes agressivas e intencionais. 
O I Curso de Formação de Profissionais da Educação ainda oferece 33 oficinas, entre as quais estão: A moderna discussão de violência escolar, A sexualidade infantil e a escola, Abrigo para criança e adolescente em situação de risco social, Maus-Tratos na Infância: Repercussões na Vida Afetiva Adulta e Mídia e Violência.

 

Confira a programação completa e mais informações no site.

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 A coordenadora do curso, Helenise Sangoi Antunes, conta que foram três anos para trazer o projeto Escola Que Protege para Santa Maria. Até então, ele só funcionava nas capitais. Através de um edital aprovado pelo Ministério da Educação (MEC) foi possível, agora, efetivá-lo na cidade e, assim, capacitar os professores da educação e das diversas áreas para reconhecer as crianças vítimas de violência e encaminhá-las a uma rede de proteção.
 
 
 A palestra de abertura ficou a cargo de dois coordenadores representantes do MEC, Rosilea Wille e Leandro da Costa Fialho. “Educação se faz com esforço conjugado de todos”, destacou Fialho em sua fala de apresentação. Ele explicou que ainda há resistência de professores para trabalhar com a temática da violência física e psicológica. Neste ponto, o projeto consegue dar respostas significativas, a partir do momento em que se verifica que os profissionais passam a perceber sinais de violência e encaminhar os menores para áreas de assistência, de saúde ou judiciária. “Onde há Escola Que Protege, há mais denúncias”, afirma o coordenador.
 
 
 Outra questão enfatizada no discurso de Fialho diz respeito ao diálogo que a escola deveria ter com a sociedade, inclusive nos casos de instituições que não oferecem espaço físico suficiente, deveria haver a possibilidade de aprendizado em todos os locais. “Não dá mais para pensar em uma escola ‘com muros altos’, sem relação com a sociedade”, declara ele.
          
A secretária municipal de Educação, Maria Alcione Munhoz, expõe sua preocupação ao dizer que crianças e jovens, hoje, são privados de ter e poder viver uma das fases mais significativas e necessárias da vida e alerta: “Devemos ter responsabilidade de encontrar alternativas para frear esta situação”.
Professora do Centro de Educação e da pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Helenise concorda com Maria Alcione e ressalta que trabalhar pelo fim da violência é trabalhar por uma infância mais feliz. O maior desafio, de acordo com a professora, é engajar as pessoas e sensibilizá-las para lutar contra a violência. Ela aponta que Santa Maria está na rota da violência, com uma proporção significativa de casos de maus-tratos, incluindo trabalho infantil, pedofilia, prostituição, e a questão do bullying, que compreende todas as formas de atitudes agressivas e intencionais. 
O I Curso de Formação de Profissionais da Educação ainda oferece 33 oficinas, entre as quais estão: A moderna discussão de violência escolar, A sexualidade infantil e a escola, Abrigo para criança e adolescente em situação de risco social, Maus-Tratos na Infância: Repercussões na Vida Afetiva Adulta e Mídia e Violência.

 

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