Um grito de “Não à violência!” foi exclamado na segunda pela manhã, no salão de eventos do Itaimbé Palace Hotel. A frase define o objetivo do I Curso de Formação de Profissionais da Educação. Com base no projeto Escola Que Protege, o curso busca qualificar profissionais da educação para identificar e trabalhar na redução da violência contra a criança e o adolescente. O evento tem 900 inscritos, vai até o dia 31 de outubro e conta com a organização do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação Inicial, Continuada e Alfabetização (GEPFICA).



A secretária municipal de Educação, Maria Alcione Munhoz, expõe sua preocupação ao dizer que crianças e jovens, hoje, são privados de ter e poder viver uma das fases mais significativas e necessárias da vida e alerta: “Devemos ter responsabilidade de encontrar alternativas para frear esta situação”.
Professora do Centro de Educação e da pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Helenise concorda com Maria Alcione e ressalta que trabalhar pelo fim da violência é trabalhar por uma infância mais feliz. O maior desafio, de acordo com a professora, é engajar as pessoas e sensibilizá-las para lutar contra a violência. Ela aponta que Santa Maria está na rota da violência, com uma proporção significativa de casos de maus-tratos, incluindo trabalho infantil, pedofilia, prostituição, e a questão do bullying, que compreende todas as formas de atitudes agressivas e intencionais.
O I Curso de Formação de Profissionais da Educação ainda oferece 33 oficinas, entre as quais estão: A moderna discussão de violência escolar, A sexualidade infantil e a escola, Abrigo para criança e adolescente em situação de risco social, Maus-Tratos na Infância: Repercussões na Vida Afetiva Adulta e Mídia e Violência.
Confira a programação completa e mais informações no site.