
Para demonstrar a importância do projeto, o artista plástico contou que em certa ocasião decidiu seguir uma senhora que recolhia latas e as vendia num ferro velho. Durante uma semana, observou que ela vendia os objetos e, com o dinheiro, ia até um açougue comprar pé de galinha. Num desses dias, Luiz abordou a senhora e explicou que trabalhava com oficina de reciclagem. O artista aproveitou o momento para convidá-la a participar do projeto, porém ela não demonstrou interesse. Um tempo depois, a mesma senhora procurou Luiz para aprender o ofício. O resultado o surpreendeu: num certo dia, ela o chamou até sua casa e mostrou que com a confecção e venda dos objetos conseguiu comprar uma televisão à vista.
O artista plástico trabalha há 10 anos reciclando alumínio e há 2 anos tem a parceria da Coca-Cola na campanha “Reciclar também é gerar renda”. Com o apoio da empresa, Luiz conseguiu realizar seu sonho de abrir a ONG Ecolata. A entidade atende a vários públicos, e o enfoque principal deste trabalho se detém à terapia ocupacional, com ênfase aos deficientes físicos. Aos que portam o mal de Parkinson é oferecida a possibilidade de desenvolver melhor a coordenação motora durante o aprendizado. Na ONG, cerca de 800 pessoas participam das oficinas. “Nenhum deles ganha menos de R$40,00 por dia”, explica Luiz.
No domingo, dois de novembro, o artista ministrou uma oficina de reciclagem com latas de alumínio em um estande da Feisma.