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Mercado informal e construção civil têm motivo para comemorar

O Dia do Trabalho, comemorado neste 1° de maio, tem sua história marcada pelas lutas por melhores condições de trabalho no início do século XX.  A data foi instituída mundialmente em homenagem aos operários da cidade de Chicago, nos Estados Unidos, mortos nas manifestação por direitos trabalhistas em 1886. No Brasil de 2008, três fatos marcam a data: o crescimento do mercado informal, a expansão do setor da construção civil e o lançamento da nova carteira do trabalho.

No país, o dia 1° de maio tornou-se feriado em 1925 por decreto do presidente Artur Bernardes. Getúlio Vargas mudou o nome do feriado de Dia do Trabalhador, por acreditar que o título denotava tendências comunistas, para Dia do Trabalho.  Mudou-se o nome, mudou-se o enfoque. O feriado passou de dia de reivindicações para dia de comemorações.

“Preciso mesmo é comemorar”, afirma o promotor de vendas Denilson Nascimento há dois anos com carteira assinada. Denílson já foi garçom, frentista e distribuidor de panfletos e somente no atual emprego teve sua carteira de trabalho assinada, garantindo seus direitos pela consolidação das leis do trabalho.

A CLT, assinada no Dia do Trabalho de 1943 durante o Governo Vargas, unifica e garante os direitos dos profissionais como fundo de garantia, férias e 40 horas semanais de trabalho. Infelizmente, isso não é a realidade de todos os brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, em Porto Alegre o percentual dos empregados sem carteira assinada no mês de março teve uma alta de 10,5% em relação ao ano passado.

 Muitos trabalhadores cumprem jornada dupla de trabalho. Essa é a alternativa que o casal Eliane e Norton Souza encontrou para complementar a renda familiar. O casal é proprietário, há 17 anos, de uma banca de venda de incensos no calçadão. Norton ainda é policial militar e Eliane cuida da casa. “É cansativo, mas conheço gente e acabo fazendo amizades”, afirma Eliane que se reveza entre o cuidado dos dois filhos e o trabalho de vendedora.

Conforme pesquisa do IBGE, o setor da Construção Civil é o que mais cresce no Brasil. Na pesquisa do mês de março, as ofertas neste setor apresentaram um acréscimo de 4,3%. Já o setor de prestação de serviços domésticos apresentou um declínio de 6,1% nas ofertas, porém esse é o setor mais procurado no Sistema Nacional de Empregos, SINE, de Santa Maria.

Nova Carteira de Trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego lançou na manhã desta quarta-feira, dia 30 de abril, a nova carteira de trabalho informatizada, em que poderão ser registrados dados desde o primeiro emprego até a aposentadoria do cidadão.

 

A nova carteira de trabalho é em formato de cartão magnético e armazenará eletronicamente o histórico do trabalhador e informações como saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o direito ao abono salarial e o seguro-desemprego. Além da  novidade agilizar o atendimento e tornar mais seguros os acesso aos dados do trabalhadores, a nova carteira é mais barata, passa de R$ 2,40 para R$ 0,60. A previsão do Ministério do Trabalho é que nos próximos 12 meses sejam emitidos 4 milhões dos novos documentos.

Fotos: Juliana Bolzan (Núcleo de Fotografia e Memória)

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O Dia do Trabalho, comemorado neste 1° de maio, tem sua história marcada pelas lutas por melhores condições de trabalho no início do século XX.  A data foi instituída mundialmente em homenagem aos operários da cidade de Chicago, nos Estados Unidos, mortos nas manifestação por direitos trabalhistas em 1886. No Brasil de 2008, três fatos marcam a data: o crescimento do mercado informal, a expansão do setor da construção civil e o lançamento da nova carteira do trabalho.

No país, o dia 1° de maio tornou-se feriado em 1925 por decreto do presidente Artur Bernardes. Getúlio Vargas mudou o nome do feriado de Dia do Trabalhador, por acreditar que o título denotava tendências comunistas, para Dia do Trabalho.  Mudou-se o nome, mudou-se o enfoque. O feriado passou de dia de reivindicações para dia de comemorações.

“Preciso mesmo é comemorar”, afirma o promotor de vendas Denilson Nascimento há dois anos com carteira assinada. Denílson já foi garçom, frentista e distribuidor de panfletos e somente no atual emprego teve sua carteira de trabalho assinada, garantindo seus direitos pela consolidação das leis do trabalho.

A CLT, assinada no Dia do Trabalho de 1943 durante o Governo Vargas, unifica e garante os direitos dos profissionais como fundo de garantia, férias e 40 horas semanais de trabalho. Infelizmente, isso não é a realidade de todos os brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, em Porto Alegre o percentual dos empregados sem carteira assinada no mês de março teve uma alta de 10,5% em relação ao ano passado.

 Muitos trabalhadores cumprem jornada dupla de trabalho. Essa é a alternativa que o casal Eliane e Norton Souza encontrou para complementar a renda familiar. O casal é proprietário, há 17 anos, de uma banca de venda de incensos no calçadão. Norton ainda é policial militar e Eliane cuida da casa. “É cansativo, mas conheço gente e acabo fazendo amizades”, afirma Eliane que se reveza entre o cuidado dos dois filhos e o trabalho de vendedora.

Conforme pesquisa do IBGE, o setor da Construção Civil é o que mais cresce no Brasil. Na pesquisa do mês de março, as ofertas neste setor apresentaram um acréscimo de 4,3%. Já o setor de prestação de serviços domésticos apresentou um declínio de 6,1% nas ofertas, porém esse é o setor mais procurado no Sistema Nacional de Empregos, SINE, de Santa Maria.

Nova Carteira de Trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego lançou na manhã desta quarta-feira, dia 30 de abril, a nova carteira de trabalho informatizada, em que poderão ser registrados dados desde o primeiro emprego até a aposentadoria do cidadão.

 

A nova carteira de trabalho é em formato de cartão magnético e armazenará eletronicamente o histórico do trabalhador e informações como saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o direito ao abono salarial e o seguro-desemprego. Além da  novidade agilizar o atendimento e tornar mais seguros os acesso aos dados do trabalhadores, a nova carteira é mais barata, passa de R$ 2,40 para R$ 0,60. A previsão do Ministério do Trabalho é que nos próximos 12 meses sejam emitidos 4 milhões dos novos documentos.

Fotos: Juliana Bolzan (Núcleo de Fotografia e Memória)