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Na memória, 40 anos de revolta

 Através da comédia, o grupo Saca-Rolhas Teatro & Cia abriu o projeto Maio de 68: e depois? A intervenção cênica que ocorreu ontem, dia 7, no Conjunto III da Unifra, antecedeu a conferência do cientista político italiano Giuseppe Mario Cocco. O tema Maio de 68 – Poder e Resistência 40 anos depois discutiu o evento emblemático iniciado na França, que ainda suscita interesse e traz indagações.
 
Em 1968, o mundo presenciou a eclosão de um dos mais relevantes movimentos estudantis. Realizada em Paris, a agitação lutava pela liberdade sexual e contestava os valores sociais e políticos vigentes. Aliado aos estudantes, estavam os operários que exigiam uma reforma radical das condições trabalhistas. O levante, que se estendeu todo mês de maio, levou cerca de 10 milhões de pessoas às ruas. A polícia revidava as pedradas dos manifestantes com bombas de gás lacrimogênio e agressões.
 
De acordo com Cocco, o Maio de 68 foi atravessado por duas correntes ideológicas. A primeira é a luta operária, constituída por bases e movimentos da massa. Já a segunda se refere aos estudantes, à crítica à sociedade de consumo e aos legados culturais, isto é, questionavam as relações entre poder e consumo e as formas de vida.
A revolução promoveu a prática da libertação e quebra do padrão disciplinar a que estavam submetidos os franceses. Houve uma transformação sócio-econômica. As diretrizes do capitalismo foram baseadas no conjunto das relações humanas, para a geração de produtividade.
 
Apesar das modificações, o movimento passa por uma constante reavaliação, em que é possível pensar na revolução como aspecto insolúvel. Não há o fim da história, pois através dela é possível aprender a enfrentar as novas dinâmicas, conflitos e suspeitas que possam surgir.

O projeto Maio de 68 prevê diversas atividades. Confira a agenda de algumas delas:

Dia 8/5: Intervenção Cênica com o grupo Saca Rolhas Teatro & Cia, com a apresentação Volta-Revolta, às 18h30min, na Praça Saldanha Marinho, na Feira do Livro, Projeto Livro-Livre.

Dia 8/5: Conferência Maio de 68 – Poder e Resistência 40 anos depois, com Giuseppe Mario Cocco, às 19h, na Praça Saldanha Marinho, na Feira do Livro, Projeto Livro-Livre.

Dia 16/5: Debate promovido pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM. O Cultura na SEDUFSM discute Maio de 68, 40 anos depois, com João Quartim e Antônio Carlos Mazzeo, a partir das 9h, no anfiteatro Gulerpe, Campus da UFSM. A entrada é franca.

Aos Sábados
: O Cineclube UNIFRA apresenta o ciclo Maio de 68: e depois? com programação especial sobre os direitos do homem e os ideais da Revolução Francesa, às 16h, no Salão Azul do Conjunto I da Unifra (Rua dos Andradas, 1614). A entrada é franca.

Mais informações em: www.maiode68.blogspot.com

 

Fotos: Douglas Menezes (Núcleo de Fotografia e Memória)


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 Através da comédia, o grupo Saca-Rolhas Teatro & Cia abriu o projeto Maio de 68: e depois? A intervenção cênica que ocorreu ontem, dia 7, no Conjunto III da Unifra, antecedeu a conferência do cientista político italiano Giuseppe Mario Cocco. O tema Maio de 68 – Poder e Resistência 40 anos depois discutiu o evento emblemático iniciado na França, que ainda suscita interesse e traz indagações.
 
Em 1968, o mundo presenciou a eclosão de um dos mais relevantes movimentos estudantis. Realizada em Paris, a agitação lutava pela liberdade sexual e contestava os valores sociais e políticos vigentes. Aliado aos estudantes, estavam os operários que exigiam uma reforma radical das condições trabalhistas. O levante, que se estendeu todo mês de maio, levou cerca de 10 milhões de pessoas às ruas. A polícia revidava as pedradas dos manifestantes com bombas de gás lacrimogênio e agressões.
 
De acordo com Cocco, o Maio de 68 foi atravessado por duas correntes ideológicas. A primeira é a luta operária, constituída por bases e movimentos da massa. Já a segunda se refere aos estudantes, à crítica à sociedade de consumo e aos legados culturais, isto é, questionavam as relações entre poder e consumo e as formas de vida.
A revolução promoveu a prática da libertação e quebra do padrão disciplinar a que estavam submetidos os franceses. Houve uma transformação sócio-econômica. As diretrizes do capitalismo foram baseadas no conjunto das relações humanas, para a geração de produtividade.
 
Apesar das modificações, o movimento passa por uma constante reavaliação, em que é possível pensar na revolução como aspecto insolúvel. Não há o fim da história, pois através dela é possível aprender a enfrentar as novas dinâmicas, conflitos e suspeitas que possam surgir.

O projeto Maio de 68 prevê diversas atividades. Confira a agenda de algumas delas:

Dia 8/5: Intervenção Cênica com o grupo Saca Rolhas Teatro & Cia, com a apresentação Volta-Revolta, às 18h30min, na Praça Saldanha Marinho, na Feira do Livro, Projeto Livro-Livre.

Dia 8/5: Conferência Maio de 68 – Poder e Resistência 40 anos depois, com Giuseppe Mario Cocco, às 19h, na Praça Saldanha Marinho, na Feira do Livro, Projeto Livro-Livre.

Dia 16/5: Debate promovido pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM. O Cultura na SEDUFSM discute Maio de 68, 40 anos depois, com João Quartim e Antônio Carlos Mazzeo, a partir das 9h, no anfiteatro Gulerpe, Campus da UFSM. A entrada é franca.

Aos Sábados
: O Cineclube UNIFRA apresenta o ciclo Maio de 68: e depois? com programação especial sobre os direitos do homem e os ideais da Revolução Francesa, às 16h, no Salão Azul do Conjunto I da Unifra (Rua dos Andradas, 1614). A entrada é franca.

Mais informações em: www.maiode68.blogspot.com

 

Fotos: Douglas Menezes (Núcleo de Fotografia e Memória)