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Preocupação ambiental no bairro Perpétuo Socorro

Quando o assunto se refere ao meio ambiente as previsões não são nada boas. As idéias que se revezam entre questões científicas, alarmistas ou realistas se confirmam no cotidiano. A poluição, a falta de água, o desmatamento, as mudanças climáticas e a biodegradação  são fatores que devem despertar a atenção do ser humano. Pensando nisso, a Associação Comunitária do Bairro Perpétuo Socorro, de Santa Maria, desenvolve uma programação durante a semana que remete ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na próxima quinta-feira, 5 de junho.

A abertura oficial das comemorações ocorreu no último domingo, com celebração na Igreja Nossa Srª do Perpétuo Socorro e atividades no salão paroquial. Estão marcadas ainda para o decorrer da semana  palestras nas escolas do bairro em horários variados. O ambientalista Beto Fidler irá falar sobre temas como lixo, água e aquecimento global. A proposta é esclarecer às pessoas sobre os benefícios da reciclagem e discutir algumas questões: por que o lixo deve ser segregado? Por que lâmpadas fluorescentes não deveriam ser jogadas em lixeiras comuns? O que fazer para sensibilizar e conscientizar a população no sentido de se precaver dos danos futuros?

 O militar Nelson Greff, ex-presidente do conselho de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Condema) e integrante da Associação Comunitária do bairro conta que em 1990 concorreu pela primeira vez a um cargo na Associação. O primeiro grande evento do qual participou, Nossos Talentos, era um projeto  da Prefeitura que percorria os bairros da cidade. “Lembro que tivemos o cuidado de colocar lixeiras nas ruas e, quando o evento terminou, a rua estava cheia de papel, saquinho de pipoca, copo descartável e garrafas de refrigerante”, declara Greff. Assim, ele explica que nasceu a conscientização da comunidade e a preocupação com o meio ambiente.

Hoje, a entidade é dirigida por um Conselho composto de quinze pessoas, mas todos os moradores do bairro são membros. A comunidade visa a mobilização dos integrantes, busca melhorias e cumpre o papel de educar e motivar os cidadãos para o bem comum. Dentro dos projetos desenvolvidos está a programação que envolve a arborização urbana, em que escolas da comunidade e de bairros vizinhos irão aprender a plantar árvores, além de receber um material com informações sobre a fauna e flora. De acordo com Greff, a Associação já desenvolveu um projeto de integração que envolveu três eixos: educação ambiental, coleta seletiva e geração de trabalho e renda. “Tivemos a coleta seletiva  de resíduos reciclados durante três anos, mas deixamos de desenvolvê-la, porque o galpão que era emprestado foi vendido e hoje os catadores fazem individualmente, no entanto, ficou na população a vontade e a idéia de separar o lixo, o que facilita o trabalho dos catadores”, explica ele.

Para o militar, problemas que envolvem o Cadena, o excesso de impermeabilização do solo, a falta de arborização urbana e o tratamento de esgoto podem ser solucionados apenas através da conscientização: “Estas ações isoladas das comunidades funcionam, é possível mudar isto com o apoio de professores, parceiros e universidades. Basta plantar a idéia, educar e gerenciar”, aponta Greff.

Seguindo a programação, ocorre dia 8, domingo, a II Caminhada Ambiental, com participação do grupo de Escoteiros, Grupo Bandeirantes da Serra,  Companhia Ambiental da Brigada Militar, fundações e professores. A saída é às 8 horas em frente ao Clube Atirador Esportivo. O grupo vai seguir uma trilha pelo morro da Casa Branca. Para participar, basta ser maior de idade. Menores de 14 anos devem estar acompanhados por responsáveis.

Foto: Francine Boijink (Núcleo de Fotografia e Memória)

 

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Quando o assunto se refere ao meio ambiente as previsões não são nada boas. As idéias que se revezam entre questões científicas, alarmistas ou realistas se confirmam no cotidiano. A poluição, a falta de água, o desmatamento, as mudanças climáticas e a biodegradação  são fatores que devem despertar a atenção do ser humano. Pensando nisso, a Associação Comunitária do Bairro Perpétuo Socorro, de Santa Maria, desenvolve uma programação durante a semana que remete ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na próxima quinta-feira, 5 de junho.

A abertura oficial das comemorações ocorreu no último domingo, com celebração na Igreja Nossa Srª do Perpétuo Socorro e atividades no salão paroquial. Estão marcadas ainda para o decorrer da semana  palestras nas escolas do bairro em horários variados. O ambientalista Beto Fidler irá falar sobre temas como lixo, água e aquecimento global. A proposta é esclarecer às pessoas sobre os benefícios da reciclagem e discutir algumas questões: por que o lixo deve ser segregado? Por que lâmpadas fluorescentes não deveriam ser jogadas em lixeiras comuns? O que fazer para sensibilizar e conscientizar a população no sentido de se precaver dos danos futuros?

 O militar Nelson Greff, ex-presidente do conselho de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Condema) e integrante da Associação Comunitária do bairro conta que em 1990 concorreu pela primeira vez a um cargo na Associação. O primeiro grande evento do qual participou, Nossos Talentos, era um projeto  da Prefeitura que percorria os bairros da cidade. “Lembro que tivemos o cuidado de colocar lixeiras nas ruas e, quando o evento terminou, a rua estava cheia de papel, saquinho de pipoca, copo descartável e garrafas de refrigerante”, declara Greff. Assim, ele explica que nasceu a conscientização da comunidade e a preocupação com o meio ambiente.

Hoje, a entidade é dirigida por um Conselho composto de quinze pessoas, mas todos os moradores do bairro são membros. A comunidade visa a mobilização dos integrantes, busca melhorias e cumpre o papel de educar e motivar os cidadãos para o bem comum. Dentro dos projetos desenvolvidos está a programação que envolve a arborização urbana, em que escolas da comunidade e de bairros vizinhos irão aprender a plantar árvores, além de receber um material com informações sobre a fauna e flora. De acordo com Greff, a Associação já desenvolveu um projeto de integração que envolveu três eixos: educação ambiental, coleta seletiva e geração de trabalho e renda. “Tivemos a coleta seletiva  de resíduos reciclados durante três anos, mas deixamos de desenvolvê-la, porque o galpão que era emprestado foi vendido e hoje os catadores fazem individualmente, no entanto, ficou na população a vontade e a idéia de separar o lixo, o que facilita o trabalho dos catadores”, explica ele.

Para o militar, problemas que envolvem o Cadena, o excesso de impermeabilização do solo, a falta de arborização urbana e o tratamento de esgoto podem ser solucionados apenas através da conscientização: “Estas ações isoladas das comunidades funcionam, é possível mudar isto com o apoio de professores, parceiros e universidades. Basta plantar a idéia, educar e gerenciar”, aponta Greff.

Seguindo a programação, ocorre dia 8, domingo, a II Caminhada Ambiental, com participação do grupo de Escoteiros, Grupo Bandeirantes da Serra,  Companhia Ambiental da Brigada Militar, fundações e professores. A saída é às 8 horas em frente ao Clube Atirador Esportivo. O grupo vai seguir uma trilha pelo morro da Casa Branca. Para participar, basta ser maior de idade. Menores de 14 anos devem estar acompanhados por responsáveis.

Foto: Francine Boijink (Núcleo de Fotografia e Memória)