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Responsabilidade que não precisa de tradução

 Idiomas à parte, falar de responsabilidade social tem a mesma tradução em todos os lugares do mundo, assim como a comunicação estará presente onde houver vida humana no planeta. Foi por isso que, em um claro espanhol argentino, a professora e doutora Stella Martini, da Universidade de Buenos Aires, falou do compromisso da mídia com a sociedade. Em uma palestra lotada, os participantes do VI Fórum de Comunicação Social da Unifra puderam compreender bem do que é que se estava falando.

 Falar de um tema tão amplo como o proposto por esta edição do Fórum, exige, no mínimo,  uma análise detalhada da sociedade em que vivemos. Nas quase duas horas de conversa, Stella falou de comunicação comunitária, relações do Mercosul,  interesses da mídia, comunicação intercultural e, principalmente, a responsabilidade dos meios. “Penso que temos que atentar-nos para o fato de que a mídia é quem fala, e as pessoas consomem o que a mídia produz. A mídia forma opinião. Não porque as pessoas sejam tontas, mas porque ocupam seu tempo com seu trabalho, suas famílias” salientou a Stella.

Mesmo diante dos tantos problemas expostos pela professora, ela ainda acredita que se possa fazer um jornalismo comprometido. “Temos que entender que não se trata de um jornalismo de denuncismo, mas sim de um jornalismo atento em fiscalizar o que há de errado. Não pelo espetáculo, mas pelo comprometimento” esclarece. Conforme Stella, esse é um aspecto pelo qual as cidades pequenas se favorecem. “Nos lugares menores, a mídia tem maior facilidade em atuar como agente gerenciador”, afirma.

 Porém, a grande mudança pode estar em outro aspecto e diretamente relacionada aos conceitos da sociedade. “Precisamos nos atentar às armas de comunicação pública e perceber que nesta afirmação da democracia não devemos entender a pobreza como algo inevitável”. Além dessa alternativa, a professora sonha ainda mais alto. De acordo com Stella, esse comprometimento da mídia deve partir de dentro das faculdades de Comunicação. Para efetivar esse meio, ela enxerga a criação de Observatório de Comunicação Social das universidades da América Latina. “Pode ser uma certa utopia minha, mas penso que essa seja uma alternativa para fiscalizar os nosso deveres enquanto comunicadores”, frisa.

 

                                                  A abertura do VI Fórum de Comunicação da Unifra ocorreu nesta terça-feira, 19 de agosto, com a presença da reitora do Centro Universitário Franciscano, Irani Rupolo e dos coordenadores dos cursos de Comunicação Social – Jornalismo e Publicidade e Propaganda, professores Rosana Zucolo e Luciano Matana.

 

 

 

 

 

Fotos: Carolina Moro, Gabriela Perufo e Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória) 

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 Idiomas à parte, falar de responsabilidade social tem a mesma tradução em todos os lugares do mundo, assim como a comunicação estará presente onde houver vida humana no planeta. Foi por isso que, em um claro espanhol argentino, a professora e doutora Stella Martini, da Universidade de Buenos Aires, falou do compromisso da mídia com a sociedade. Em uma palestra lotada, os participantes do VI Fórum de Comunicação Social da Unifra puderam compreender bem do que é que se estava falando.

 Falar de um tema tão amplo como o proposto por esta edição do Fórum, exige, no mínimo,  uma análise detalhada da sociedade em que vivemos. Nas quase duas horas de conversa, Stella falou de comunicação comunitária, relações do Mercosul,  interesses da mídia, comunicação intercultural e, principalmente, a responsabilidade dos meios. “Penso que temos que atentar-nos para o fato de que a mídia é quem fala, e as pessoas consomem o que a mídia produz. A mídia forma opinião. Não porque as pessoas sejam tontas, mas porque ocupam seu tempo com seu trabalho, suas famílias” salientou a Stella.

Mesmo diante dos tantos problemas expostos pela professora, ela ainda acredita que se possa fazer um jornalismo comprometido. “Temos que entender que não se trata de um jornalismo de denuncismo, mas sim de um jornalismo atento em fiscalizar o que há de errado. Não pelo espetáculo, mas pelo comprometimento” esclarece. Conforme Stella, esse é um aspecto pelo qual as cidades pequenas se favorecem. “Nos lugares menores, a mídia tem maior facilidade em atuar como agente gerenciador”, afirma.

 Porém, a grande mudança pode estar em outro aspecto e diretamente relacionada aos conceitos da sociedade. “Precisamos nos atentar às armas de comunicação pública e perceber que nesta afirmação da democracia não devemos entender a pobreza como algo inevitável”. Além dessa alternativa, a professora sonha ainda mais alto. De acordo com Stella, esse comprometimento da mídia deve partir de dentro das faculdades de Comunicação. Para efetivar esse meio, ela enxerga a criação de Observatório de Comunicação Social das universidades da América Latina. “Pode ser uma certa utopia minha, mas penso que essa seja uma alternativa para fiscalizar os nosso deveres enquanto comunicadores”, frisa.

 

                                                  A abertura do VI Fórum de Comunicação da Unifra ocorreu nesta terça-feira, 19 de agosto, com a presença da reitora do Centro Universitário Franciscano, Irani Rupolo e dos coordenadores dos cursos de Comunicação Social – Jornalismo e Publicidade e Propaganda, professores Rosana Zucolo e Luciano Matana.

 

 

 

 

 

Fotos: Carolina Moro, Gabriela Perufo e Bibiane Moreira (Laboratório de Fotografia e Memória)